quarta-feira, 4 de março de 2015
quarta-feira, março 04, 2015
Jamais Desista
Jeremias 31:1-40 - A RESTAURAÇÃO SERÁ GRANDE - VALE A PENA ESPERAR!
Estamos na décima terceira parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 31.
XIII. A CERTEZA DE RESTAURAÇÃO (30.1-33.26)- continuação.
Vimos que apesar do exílio iminente, Jeremias
reafirmou a promessa de que o povo de Deus voltaria do cativeiro e que esses
capítulos são chamados com frequência de "livro de consolação" de
Jeremias, pois que contêm promessas da restauração de Israel e Judá depois dos
setenta anos de exílio.
Para melhor compreensão, também dividimos
essa parte XIII, em três seções: A. O livro de restauração (30.1-31.40) – concluiremos agora; B. Uma compra
simbólica (32.1-44); e, C. Predições de restauração (33.1-26).
A. O livro de restauração (30.1-31.40) - continuação.
Estamos vendo nessa seção “A” o que se
classifica como o livro da restauração onde a visão do futuro dada ao profeta
mostra uma perspectiva gloriosa para o povo de Deus.
O capítulo começa com a promessa de que o
Senhor naquele tempo seria o Deus de todas as famílias de Israel e eles seriam
o seu povo, uma aliança com o Messias e a Igreja para todo o sempre.
O remanescente que escapou da espada é que
achou graça no deserto. Foi por meio dele que os propósitos de Deus haveriam de
ter continuidade (v. 7; 6.9; 23.3).
A volta da Babilônia seria pelo deserto (o
atual deserto árabe), como havia sido o êxodo da terra do Egito. A mesma
analogia pode ser encontrada em Is 40.3-4; 43.19-20. Como no primeiro êxodo, a
restauração do exílio seria um exemplo do poder salvador do Senhor que iria a
frente e daria descanso a Israel.
Como bem enfatiza o escritor de Hebreus, o
descanso não era para qualquer um, mas para os que criam, por isso que ele os
exortava a se esforçarem por entrar no descanso de Deus - Hebreus 4:1-3, 9-12:
"procuremos diligentemente entrar no
descanso de Deus".
A referência inicial, aqui no verso 3, ao
falar que de longe o Senhor lhe apareceu é muito provavelmente uma referência
ao Sinai (Êx 19-24). O povo de Israel foi eleito por Deus com base no amor
divino (Dt 7.6-7) - não por méritos ou obras que tenham praticado - e no
caráter eterno da aliança afirmada em Gn 17.7, onde com benignidade, outro
símbolo do restabelecimento da aliança rompida, os atraiu.
Na era da restauração, depois do exílio, a
mácula indelével da profanação seria, finalmente, removida. É interessante
observar que a virgem de Israel, do verso 4, é desejada, em contraste com
18:13-15 onde a "virgindade" de Israel é desperdiçada.
A bênção da aliança na natureza (Dt 7.13;
28.4,30) seria experimentada até nos montes de Samaria, a capital do Reino do
Norte, que teve o seu povo exilado pelos assírios em 722 a.C. A renovação
depois do exílio seria tão grande que até mesmo esse Reino do Norte seria
restaurado, mas como no caso da restauração de Judá, a de Samaria não foi
diferente e também não se concretizou inteiramente devido à infidelidade do
povo. Quem sabe, agora com a igreja do Senhor, não seja diferente?
Os atalaias do verso 6 talvez fossem homens
responsáveis por saber as datas das festas anuais mediante a observação da lua.
Era na região montanhosa de Efraim que ele proclamava a subida a Sião para
adorarem a Deus. No período de restauração, o povo não frequentaria mais os
santuários apóstatas do norte construídos por Jeroboão em Betel e Dã (1 Rs
12.26-33). Em vez disso, iriam a Sião.
A ordem era para o povo cantar e se alegrar
e vibrar com a certeza do retorno porque o Senhor os haveria de restaurar; o
resto de Israel seria restaurado. A promessa era de que os traria do reino do
norte e os congregaria das extremidades da terra. Os que são citados são as
grávidas, os aleijados, os cegos, as de parto, justamente as que dependiam de
ajuda para virem.
Eles voltariam com choro, provavelmente de
grande alegria (vs. 16) e seriam guiados aos ribeiros de águas, por caminho
reto - Is 40.4 – para um lugar de descanso e refrigério para suas almas e
corpos cansados da viagem - SI 23.2; Is 48.21; 49.10. Deus aqui estaria se
revelando a eles como a um Pai, onde Efraim seria o seu primogênito - 3.4;
31.20; Êx 4.22; Os 11.1-4.
O Senhor é quem redimiu, ou resgatou, literalmente,
"libertou mediante o pagamento de um resgate" (Lv 27.27). O termo
também é usado para a libertação do povo de Israel do Egito pelo Senhor (Dt
7.8; 9.26). Não somente os resgatou como também os libertou, termo também usado
com o sentido de redenção por um parente "resgatador" (Rt 3.9; veja
Lv 25.25-28; Jr 32.7-8) de uma propriedade perdida por um membro da família.
Esse termo igualmente também se refere à redenção de Israel do Egito
("resgatarei", Êx 6.6), indicando que os israelitas foram resgatados
para um relacionamento íntimo com o Senhor - Êx 6.7. As duas ideias (o
pagamento de um preço e a obrigação e relação de parentesco) são unidas na
teologia da expiação do Novo Testamento.
Havia uma mão mais forte do que Jacó que o
prendia no seu cativeiro, mas Deus, seu resgatador e redentor os livraria e
agora viriam e cantariam de júbilo nos altos de Sião onde estariam radiantes
pelos inúmeros benefícios do Senhor – vs. 12 – que nos faz ser esse jardim
regado especial repleto de bênçãos:
·
Do
trigo – o pão que sustenta e dá vida.
·
Do
mosto – que alegra o coração.
·
Do
azeite – que separa e unge para o serviço.
·
Dos
cordeiros – do próprio sacrifício.
·
Dos
bezerros – do próprio sacrifício.
Onde a virgem se alegrará na dança, como
bem assim os mancebos e igualmente os velhos porque o Senhor trocaria o pranto
por gozo, a tristeza pela alegria e os consolaria – vs. 13. Também os
sacerdotes e todos do povo se fartariam das benesses do Senhor.
No verso 15, um lamento, um choro incomum
em Ramá que ficava na tribo de Benjamim, no antigo território do norte. Raquel
era a avó de Efraim e Manasses (progenitores das principais tribos do norte).
Ela é retratada chorando pela destruição do Reino do Norte em 722 a.C.
Em Mt 2.18 essa imagem é aplicada à matança
de inocentes ordenada por Herodes, pois Israel ainda estava sob a tirania de
potências estrangeiras (romanas) quando Jesus nasceu.
A promessa é de que esses seus filhos
voltariam – vs. 17 - para os seus termos, ou sejam ressuscitarão no tempo
devido. Efraim aqui se mostra arrependido e crente em sua absolvição final
embora tenha de passar por algum disciplinamento necessário para sua
edificação. Ele exclama e pede para ser castigado e depois restaurado, pois
nele havia arrependimento.
No verso 20, o Senhor se mostra favorável a
ele e declara assim o seu amor e aceita suas orações. No tempo devido, será ele
restaurado e reintegrado ao povo de Deus.
Há no verso 21, uma exortação aos exilados
para se lembraram da Terra Prometida, para deixarem essa lembrança inspirar seu
arrependimento e para voltarem à Terra Prometida durante a restauração.
A nova salvação não diminuiria a necessidade
do apelo do Senhor para que o seu povo fosse fiel. O significado da coisa nova
do Senhor, da mulher resgatando o varão – vs. 22 -, é obscuro, mas talvez o
ditado evoque a imagem de uma mãe protegendo seu filho do sexo masculino
(retratando, portanto, segurança), ou também pode ser uma metáfora para Israel,
a noiva do Senhor, abraçando-a com fidelidade total (Os 2.16).
Dos vs. 23 ao 28, vemos promessas de Deus
de muitas bênçãos e de vitórias para Judá e Jerusalém e também Israel. Todas elas
vinculadas ao término do cativeiro, o qual estariam todas obrigadas a passar e
ter paciência. A alma cansada será saciada e a faminta e a sedenta encontrariam
o refrigério e o cuidado.
Também se poria fim a um velho ditado muito
falado também em Ezequiel de que os pais comeram as uvas verdes, mas foram os
dentes dos filhos que se embotaram. Esse provérbio foi usado pelos exilados
para culpar as gerações anteriores pela calamidade do exílio, possivelmente com
base numa compreensão equivocada de Êx 20.5 e Nm 14.18; Ez 18.2.
Não era como se pensava, mas cada um seria
ou deveria ser morto pela sua própria iniquidade. Durante o período de
restauração, as pessoas seriam julgadas individualmente. Veja a discussão
detalhada em Ez 18.4-32 (veja também Dt 24.16). Embora as várias gerações
anteriores também fossem culpadas (7.13;11.7-8), fica claro que essa geração
merecia plenamente o castigo que lhe estava reservado.
Dos versos de 31 aos 34, temos a retomada
de temas apresentados inicialmente por Moisés (Dt 30.1-10). Jeremias profetiza
que Deus faria uma nova aliança com o seu povo. Como na antiga aliança (Êx
19-24) firmada depois da redenção do Egito (Êx 12 15), a nova aliança
permitiria a redenção do exílio (v. 34). Essa passagem é citada em Hb 8.8-12.
O profeta, ao se expressar – vs. 31 - que
viram dias de novo pacto, ele está se referindo ao período de restauração
depois do exílio, quando Deus abençoaria o seu povo ricamente.
A ideia da nova aliança não era algo que
fosse novo nesse sentido de surgimento, mas de renovação. O conceito claro aqui
é de uma aliança renovada em vez de uma substituição de aliança - a BEG propõe e
achamos interessante essa pausa, que se veja o seu artigo teológico "A aliança das obras e a aliança da graça",
em Gn 6, e o quadro "As principais
alianças na Bíblia", em Gn 9.
Algumas passagens do Novo Testamento (p.
ex., 1Co 11.25; 2Co 3.6; Hb 9.15; 12.24) revelam que a nova aliança se cumpriu
em Cristo, que realizou o desejo do Senhor de ter um relacionamento pactual
renovado com o seu povo.
Ainda assim, na sua primeira vinda, Cristo
apenas deu início à nova aliança. Ele continua a estabelecê-la neste período
entre a sua primeira e a segunda vinda e a instituirá plenamente quando voltar
em glória.
Essa aliança seria com a casa de Israel e
com a casa de Judá, enfatizando a continuidade da aliança de Deus; porém, veja
também 23.3 (E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas de todas as terras para
onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão,
e se multiplicarão).
A Israel da nova aliança seria a
descendência de Abraão, mas como os profetas do Antigo Testamento e o Novo Testamento
indicam, os gentios crentes também seriam incluídos (GI 3.16,26-29). Essa foi a
maior bênção de Deus a todos os povos da terra as quais alguns judeus mais
zelosos acharam difícil de suportar tal compartilhamento dessas bênçãos de
Deus, pois queriam mesmo a exclusividade delas.
A nova aliança a ser sancionada estaria em
contraste com a antiga aliança no sentido de que, de modo algum, ela seria
quebrada como a antiga o foi (v. 32; Hb 8.7-8).
Em outras passagens, esse contraste é
associado à graça mediada pelo Servo justo que, pelo seu sacrifício definitivo,
garantiria as bênçãos da aliança para o seu povo (p. ex., Is 53.4-5,8,10-12;
cf. Hb 9.12-15; 10.1-4,10-18).
Apesar de Cristo já ter realizado muita
coisa (isto é, antes de voltar em glória para estabelecer plenamente a nova
aliança), a nossa situação como indivíduos e grupos é bastante semelhante à do
povo na antiga aliança (1Co 10.1-11).
Nos dias de hoje, ainda é possível um
cristão fazer parte da igreja visível (uma comunidade da nova aliança) e romper
a aliança de modo tão severo a ponto de receber o julgamento ou a disciplina de
Deus (veja Hb 10.29). Seria interessante também nesse momento uma boa reflexão
no texto recomendado pela BEG, em seu artigo teológico "A perseverança e a preservação dos
santos", em Fp 1. Essa possibilidade só será eliminada quando Cristo
voltar.
Ao se referir ao pacto que fará depois
daqueles dias, o profeta está falando de um tempo depois do exílio, mas não o
especifica. O Novo Testamento mostra que esse período foi iniciado por Cristo.
O novo pacto seria inculcado diretamente na
mente e no coração do crente. Os judaítas incrédulos do tempo de Jeremias
reduziram a lei a um padrão externo, numa atitude bastante parecida com a dos
judeus do tempo de Jesus e da igreja primitiva, cheia de regras e preceitos a
serem observados – há cerca de 617 deles!
A ideia da lei impressa na mente e no
coração não é nova. Era o ideal da antiga aliança que se realizou parcialmente
nos homens e mulheres do Antigo Testamento que demonstraram ter uma fé
verdadeira (Dt 6.5; 26.16; 32.46; 30.1,14).
Quando a nova aliança for plenamente
instituída com a volta de Cristo, a lei de Deus será gravada no coração de cada
participante da aliança de tal modo que se tornará impossível desobedecer a ela.
Enquanto esse dia não chega, os cristãos experimentam o cumprimento parcial
dessa promessa. Assim, nossas tentativas de interiorizar e amar a lei de Deus
nunca são inteiramente bem-sucedidas.
O fato é que como não temos o livre-arbítrio
(diga-se de passagem como o fato de não conseguirmos agir de modo contrário à
nossa natureza) hoje e é impossível não pecar, depois, continuará sendo
impossível, pela ausência do livre-arbítrio, pecarmos.
Essa é a fórmula da antiga aliança (1v
26.12; cf. 7.23): eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. A nova aliança
não abolirá a antiga; antes, renovará e cumprirá os seus ideais – vs. 31.
Por conta dessa novidade de vida não será
mais necessário o ensinamento para conhecer ao Senhor, pois todos o conhecerão.
Essa exortação resume a obrigação da lei (p. ex., 22.16-17; 1 Cr 28.9).
A antiga aliança exigia que o povo de Deus
o conhecesse, mas durante o exílio, o conhecimento de Deus em Israel quase se
extinguiu.
Na plenitude da nova aliança, quando Jesus
voltar, todos os seus participantes conhecerão a Deus que realizará, na nova
aliança, aquilo que ordenou na antiga.
De acordo com a sua promessa, ele dará ao
seu povo um coração para conhecê-lo (24.7). Por certo, apesar de Cristo ter
dado início à nova aliança com sua morte e ressurreição, nem todos os participantes
da nova aliança (a igreja visível) têm um conhecimento salvador do Senhor.
Os cristãos de hoje ainda precisam ensinar
uns aos outros a conhecerem o Senhor. As palavras de Jeremias só se realizarão
completamente quando Cristo voltar.
A base da promessa do perdão nos vs. 32-33
é identificada aqui como uma nova obra de redenção que se iniciou em Cristo em
sua primeira vinda e se completará na volta de Cristo (veja Hb 10.1-17) onde
jamais se lembraria novamente dos nossos pecados.
A palavra "jamais" ressalta que a
expiação futura pelos pecados seria definitiva e perfeita, eliminando a
necessidade de outros sacrifícios pelo pecado. O fato é que Deus não iria
esquecer no sentido de perder a sua memória – impossível! – mas no sentido de
que não tomaria mais decisões a partir daquele contexto ruim de pecado.
Jr 31:1 Naquele tempo, diz o Senhor,
serei o Deus
de todas as famílias de Israel, e elas serão o meu povo.
Jr 31:2 Assim diz o Senhor:
O povo que
escapou da espada achou graça no deserto.
Eu
irei e darei descanso a Israel.
Jr 31:3 De longe o Senhor me apareceu,
dizendo:
Pois que com
amor eterno te amei,
também
com benignidade te atraí.
Jr 31:4 De
novo te edificarei, e serás edificada ó virgem de Israel!
ainda
serás adornada com os teus adufes,
e
sairás nas danças dos que se alegram.
Jr 31:5 Ainda
plantarás vinhas nos montes de Samária;
os
plantadores plantarão e gozarão dos frutos.
Jr 31:6 Pois
haverá um dia em que gritarão os vigias
sobre
o monte de Efraim:
Levantai-vos,
e subamos a Sião, ao Senhor nosso Deus.
Jr 31:7 Pois assim diz o Senhor:
Cantai sobre
Jacó com alegria, e exultai por causa
da
principal das nações; proclamai, cantai louvores, e dizei:
Salva,
Senhor, o teu povo, o resto de Israel.
Jr 31:8 Eis
que os trarei da terra do norte
e
os congregarei das extremidades da terra;
e
com eles os cegos e aleijados,
as
mulheres grávidas e as de parto juntamente;
em
grande companhia voltarão para cá.
Jr 31:9 Virão
com choro, e com súplicas os levarei;
guiá-los-ei
aos ribeiros de águas,
por
caminho direito em que não tropeçarão;
porque
sou um pai para Israel,
e
Efraim é o meu primogênito.
Jr 31:10 Ouvi a palavra do Senhor, ó
nações, e anunciai-a
nas
longínquas terras marítimas, e dizei:
Aquele
que espalhou a Israel o congregará e o guardará,
como
o pastor ao seu rebanho.
Jr 31:11 Pois
o Senhor resgatou a Jacó,
e
o livrou da mão do que era mais forte do que ele.
Jr 31:12 E
virão, e cantarão de júbilo nos altos de Sião,
e
ficarão radiantes pelos bens do Senhor,
pelo
trigo, o mosto, e o azeite,
pelos
cordeiros e os bezerros;
e a sua vida
será como um jardim regado,
e
nunca mais desfalecerão.
Jr 31:13
Então a virgem se alegrará na dança,
como
também os mancebos e os velhos juntamente;
porque
tornarei o seu pranto em gozo,
e
os consolarei,
e
lhes darei alegria em lugar de tristeza.
Jr 31:14 E
saciarei de gordura a alma dos sacerdotes,
e
o meu povo se fartará dos meus bens, diz o Senhor.
Jr 31:15 Assim diz o Senhor:
Ouviu-se um
clamor em Ramá, lamentação e choro amargo.
Raquel chora
a seus filhos, e não se deixa consolar a respeito deles,
porque
já não existem.
Jr 31:16 Assim diz o Senhor:
Reprime a tua
voz do choro, e das lágrimas os teus olhos;
porque
há galardão para o teu trabalho, diz o Senhor,
e
eles voltarão da terra do inimigo.
Jr 31:17 E há
esperança para o teu futuro, diz o Senhor;
pois
teus filhos voltarão para os seus termos.
Jr 31:18 Bem
ouvi eu que Efraim se queixava, dizendo:
Castigaste-me
e fui castigado,
como
novilho ainda não domado;
restaura-me,
para que eu seja restaurado,
pois
tu és o Senhor meu Deus.
Jr 31:19 Na
verdade depois que me desviei, arrependi-me;
e
depois que fui instruído, bati na minha coxa;
fiquei
confundido e envergonhado,
porque
suportei o opróbrio da minha mocidade.
Jr 31:20 Não
é Efraim meu filho querido?
filhinho
em quem me deleito?
Pois
quantas vezes falo contra ele,
tantas
vezes me lembro dele solicitamente;
por
isso se comovem por ele as minhas entranhas;
deveras me
compadecerei dele, diz o Senhor.
Jr 31:21
Põe-te marcos, faze postes que te guiem;
dirige
a tua atenção à estrada, ao caminho pelo qual foste;
regressa,
ó virgem de Israel,
regressa
a estas tuas cidades.
Jr 31:22 Até
quando andarás errante, ó filha rebelde?
pois
o senhor criou uma coisa nova na terra:
uma
mulher protege a um varão.
Jr 31:23 Assim diz o Senhor dos
exércitos, o Deus de Israel:
Ainda dirão
esta palavra na terra de Judá, e nas suas cidades,
quando
eu acabar o seu cativeiro:
O Senhor te
abençoe, ó morada de justiça, ó monte de santidade!
Jr 31:24 E
nela habitarão Judá, e todas as suas cidades juntamente;
como
também os lavradores e os que pastoreiam os rebanhos.
Jr 31:25 Pois
saciarei a alma cansada,
e
fartarei toda alma desfalecida.
Jr 31:26
Nisto acordei, e olhei; e o meu sono foi doce para mim.
Jr 31:27 Eis
que os dias vêm, diz o Senhor,
em
que semearei de homens e de animais a casa de Israel
e
a casa de Judá.
Jr 31:28 E
será que, como vigiei sobre eles
para
arrancar e derribar,
para
transtornar, destruir, e afligir,
assim
vigiarei sobre eles
para
edificar e para plantar, diz o Senhor.
Jr 31:29
Naqueles dias não dirão mais:
Os
pais comeram uvas verdes,
e
os dentes dos filhos se embotaram.
Jr 31:30 Pelo
contrário, cada um morrerá
pela
sua própria iniqüidade;
de
todo homem que comer uvas verdes,
é
que os dentes se embotarão.
Jr 31:31 Eis
que os dias vêm, diz o Senhor,
em
que farei um pacto novo com a casa de Israel
e
com a casa de Judá,
Jr
31:32 não conforme o pacto que fiz com seus pais,
no
dia em que os tomei pela mão,
para
os tirar da terra do Egito,
esse
meu pacto que eles invalidaram,
apesar
de eu os haver desposado, diz o Senhor.
Jr 31:33 Mas
este é o pacto que farei com a casa de Israel
depois
daqueles dias, diz o Senhor:
Porei
a minha lei no seu interior,
e
a escreverei no seu coração;
e eu serei o
seu Deus e eles serão o meu povo.
Jr 31:34 E
não ensinarão mais cada um
a seu
próximo, nem cada um a seu irmão, dizendo:
Conhecei
ao Senhor; porque todos me
conhecerão,
desde o menor deles
até
o maior, diz o Senhor;
pois
lhes perdoarei a sua iniqüidade,
e
não me lembrarei mais dos seus pecados.
Jr 31:35 Assim diz o Senhor,
que dá o sol
para luz do dia,
e a ordem
estabelecida da lua e das estrelas para luz da noite,
que agita o
mar, de modo que bramem as suas ondas;
o
Senhor dos exércitos é o seu nome:
Jr 31:36 Se
esta ordem estabelecida falhar diante de mim,
diz
o Senhor, deixará também a linhagem de Israel
de
ser uma nação diante de mim para sempre.
Jr 31:37 Assim diz o Senhor:
Se puderem
ser medidos os céus lá em cima,
e
sondados os fundamentos da terra cá em baixo,
também
eu rejeitarei toda a linhagem de Israel,
por
tudo quanto eles têm feito, diz o Senhor.
Jr 31:38 Eis
que vêm os dias, diz o Senhor,
em
que esta cidade será reedificada para o Senhor,
desde
a torre de Hananel até a porta da esquina.
Jr 31:39 E a
linha de medir estender-se-á para diante,
até
o outeiro de Garebe, e dará volta até Goa.
Jr 31:40 E o
vale inteiro dos cadáveres e da cinza,
e
todos os campos até o ribeiro de Cedrom,
até
a esquina da porta dos cavalos para o oriente,
tudo
será santo ao Senhor;
nunca
mais será arrancado nem derribado.
Dos versos de 35 aos 37, vemos Deus falando
da sua criação e que ela fora afetada pela queda do homem. Em outros tempos, a
infidelidade pactual de Israel trouxe julgamento sobre a própria criação (4.23-26).
Agora, a durabilidade da criação de Deus é definida como medida do seu
compromisso com o seu povo na nova aliança.
Jerusalém foi reconstruída sob a liderança
de Zorobabel e Neemias (Ed 1; Ne 1-12), mas esse programa de restauração fracassou
devido ao pecado contínuo do povo. Para o Novo Testamento, essa promessa se
cumprirá na nova Jerusalém que surgirá quando Cristo voltar (Ap 21.2,10).
A Torre de Hananel e a Porta da Esquina –
vs. 38 – são os extremos opostos da cidade, indicando a sua totalidade (veja
2Cr 26.9; Zc 14.10-11).
Tudo agora seria santo ao Senhor e nunca mais
seriam arrancados, nem derribados. A vitória esperada será demasiadamente
grande, por isso convém ter paciência com a presente era e esperar nossa
redenção final a qualquer momento.
...
1 comentários:
que lição maravilhosa, riqueza que é desprezada por muitos que não conseguem ver quão preciosa são estas palavras.Anseio chegar no dia dessas promessas se cumprirem na minha casa e com a nova família que ganhei quando Cristo meu Senhor me resgatou.Tem promessas nos esperando depois de todos os sofrimentos Creio em nome de Jesus Cristo! O senhor nos abençoe , amém.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.