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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Salmo 22: 1-31 - O SOFRIMENTO E A VITÓRIA DO MESSIAS

Como pode Davi viver aquele momento na cruz de forma tão precisa como se fosse o próprio Cristo que ainda viria uns 1000 anos depois? É isso que fala o Salmo 22, do sofrimento de Cristo na cruz do Calvário.
De quem e do que e em que situação Davi escreveu este salmo? Como estava ele e o que enfrentava? Certamente Davi falou pelo Espírito Santo e descreveu momentos especiais do Cristo na cruz enquanto era imolado o cordeiro do sacrifício pascoal.
Outro paralelo da descrição de Cristo neste momento amargo é o que se encontra em Isaias, no capítulo 53. Outro autor, não bíblico,  que explora bem estes momentos em sua obra literária, um romance, é Fiodor Dostoievski, em Os Irmãos Karamazóvi[1].
No comentário de Calvino, em sua introdução, encontramos:
Davi se queixa neste salmo, que ele é reduzido a tais circunstâncias de angústia que ele é como um homem desesperado. Mas, depois de ter contado as calamidades com as quais ele estava tão severamente afligido, ele sai do abismo das tentações e ancorando-se na coragem, conforta-se com a garantia da libertação. Ao mesmo tempo, ele coloca diante de nós, em sua própria pessoa, um tipo de Cristo, que ele conheceu pelo Espírito de profecia, para ser abatido de maneiras maravilhosas e incomuns antes de sua exaltação pelo Pai. Assim, o salmo, nas suas duas partes consiste em explicar a profecia de Isaías (Isaías 53: 8): "Ele foi tirado da prisão e do juízo; e quem declarará a sua geração?"
Para o principal músico. No meio da manhã. Um salmo de David.
Inicialmente, calvino explica o texto “no meio da manhã” que não parece fazer sentido de ali se encontrar e depois, continua…
(…) parece que Davi não se refere apenas a uma perseguição, mas compreende todas as perseguições que sofreu sob Saul. No entanto, é incerto se ele compôs este salmo quando desfrutava pacificamente o seu reino, ou no tempo de sua aflição; mas não há dúvida de que ele aqui descreve os pensamentos que passaram por sua mente no meio de seus problemas, perplexidades e tristezas.
Salmo messiânico que reflete detalhes da vida do Messias de uma forma impressionante.
Sl 22:1 Deus meu, Deus meu,
por que me desamparaste?
Por que se acham longe de minha salvação
as palavras de meu bramido?
Sl 22:2 Deus meu,
clamo de dia,
e não me respondes;
também de noite,
porém não tenho sossego.
Sl 22:3 Contudo,
tu és santo,
entronizado entre os louvores de Israel.
Sl 22:4 Nossos pais confiaram em ti;
confiaram,
e os livraste.
Sl 22:5 A ti clamaram
e se livraram;
confiaram em ti
e não foram confundidos.
Sl 22:6 Mas eu sou verme
e não homem;
opróbrio dos homens
e desprezado do povo.
Sl 22:7 Todos os que me veem
zombam de mim;
afrouxam os lábios
e meneiam a cabeça:
Sl 22:8 Confiou no SENHOR!
Livre-o ele;
salve-o,
pois nele tem prazer.
Sl 22:9 Contudo,
tu és quem me fez nascer;
e me preservaste,
estando eu ainda ao seio de minha mãe.
Sl 22:10 A ti me entreguei
desde o meu nascimento;
desde o ventre de minha mãe,
tu és meu Deus.
Sl 22:11 Não te distancies de mim,
porque a tribulação está próxima,
e não há quem me acuda.
Sl 22:12 Muitos touros me cercam,
fortes touros de Basã me rodeiam.
Sl 22:13 Contra mim
abrem a boca,
como faz o leão que despedaça e ruge.
Sl 22:14 Derramei-me como água,
e todos os meus ossos se desconjuntaram;
meu coração
fez-se como cera,
derreteu-se dentro de mim.
Sl 22:15 Secou-se o meu vigor,
como um caco de barro,
e a língua se me apega ao céu da boca;
assim, me deitas no pó da morte.
Sl 22:16 Cães me cercam;
uma súcia de malfeitores me rodeia;
traspassaram-me as mãos e os pés.
Sl 22:17 Posso contar todos os meus ossos;
eles me estão olhando
e encarando em mim.
Sl 22:18 Repartem entre si
as minhas vestes
e sobre a minha túnica
deitam sortes.
Sl 22:19 Tu, porém, SENHOR,
não te afastes de mim;
força minha,
apressa-te em socorrer-me.
Sl 22:20 Livra a minha alma
da espada,
e, das presas do cão,
a minha vida.
Sl 22:21 Salva-me
das fauces do leão
e dos chifres dos búfalos;
sim, tu me respondes.
Sl 22:22 A meus irmãos
declararei o teu nome;
cantar-te-ei
louvores no meio da congregação;
Sl 22:23 vós que temeis o SENHOR,
louvai-o;
glorificai-o,
vós todos, descendência de Jacó;
reverenciai-o,
vós todos, posteridade de Israel.
Sl 22:24 Pois não desprezou,
nem abominou a dor do aflito,
nem ocultou dele o rosto,
mas o ouviu,
quando lhe gritou por socorro.
Sl 22:25 De ti
vem o meu louvor na grande congregação;
cumprirei os meus votos
na presença dos que o temem.
Sl 22:26 Os sofredores
hão de comer e fartar-se;
louvarão o SENHOR
os que o buscam.
Viva para sempre o vosso coração.
Sl 22:27 Lembrar-se-ão do SENHOR
e a ele se converterão os confins da terra;
perante ele
se prostrarão todas as famílias das nações.
Sl 22:28 Pois do SENHOR
é o reino,
é ele
quem governa as nações.
Sl 22:29 Todos os opulentos da terra
hão de comer e adorar,
e todos os que descem ao pó
se prostrarão perante ele,
até aquele que não pode preservar a própria vida.
Sl 22:30 A posteridade
o servirá;
falar-se-á do Senhor
à geração vindoura.
Sl 22:31 Hão de vir anunciar
a justiça dele;
ao povo que há de nascer,
contarão que foi ele
quem o fez.
Ele aqui fala que aos seus irmãos declarará o nome do Senhor e cantará louvores a ele. É como se depois de ter passado pela agonia da morte naquela cruz horrível, ele está a comunicar os eventos futuros ligados à sua ressurreição a qual, em primeiro momento, não será vivida por todo o mundo, mas por aqueles que ele tem separado para isso e que os chama de amigos.
Estes amigos, nós crentes em Jesus Cristo, pela vontade de Deus, devemos agora fazer o que nos pede: anunciar o evangelho para a salvação de almas e alegria do Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br



[1] Os Irmãos Karamazov (em russo Братья Карамазовы, Brat'ya Karamazovy, AFI ['bratʲjə karə'mazəvɨ]) é um romance de Fiódor Dostoiévski, escrito em 1879, uma das mais importantes obras das literaturas russas e mundiais, ou, conforme afirmou Freud[1]: "a maior obra da história". Freud considera esse romance, juntamente com Édipo Rei e Hamlet, três importantes livros a respeito do embate pai e filho, e retratam o complexo de Édipo.
É uma obra aclamada pela crítica e trata-se de uma narração muito pormenorizada como que de uma testemunha dos aludidos fatos numa cidade afastada russa. O narrador pede constantes desculpas ao leitor por não saber alguns fatos, por considerar a própria narrativa longa (mesmo nos formatos grandes o livro passa de 700 páginas) e por considerar seu herói alguém pouco conhecido ou, até mesmo, desimportante. A narrativa não só conversa com o leitor, mas é onipresente e também indica ou infere os pensamentos dos incontáveis personagens.
Provavelmente o nome Karamázov foi forjado a partir de "kara", "castigo" ou "punição", e do verbo "mázat", "sujar", "pintar", "não acertar". Significaria, então, aquele que com seu comportamento desacertado provoca a própria punição', segundo nota dos tradutores da obra.[2]” (Fonte: wikipedia)

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.