Estamos fazendo nossa devocional de hoje no
capítulo 8, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do
Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias;
e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de
Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação
para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A
destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo
Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados
para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a
BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou
em derrota (6.1-7.2) – já vimos; c.
Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16) – já vimos; e, d. A segunda convocação
para a derrota na guerra (8.1-14) – veremos
agora e concluiremos.
d. A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
Nos próximos 14 versículos do capítulo
oito, estaremos vendo a segunda convocação para a derrota na guerra.
A seção em que Oseias trata do julgamento
pela guerra (5.8-8.14) termina como começou (5.8-15), com um chamado para
Israel se preparar para uma guerra na qual inevitavelmente seria derrotado.
Oseias confrontou a idolatria da nação e as alianças estrangeiras.
O alarme urgente (cf. 5.8) da trombeta –
vs. 1 - advertiu que uma águia ou um inimigo voraz (cf. Dt 28.49-50; Jr 4.13;
48.40, Lm 4.19; Hb 1.8), a Assíria, estava se aproximando rapidamente para
aplicar o julgamento de Deus contra a casa do SENHOR. Conforme a BEG, tanto
pode referir-se à Terra Prometida como ao templo (9.8,15).
O motivo disso era que eles haviam
transgredido o pacto do Senhor, a sua aliança e haviam se rebelado contra a sua
lei. A rebelião contra os termos da aliança era semelhante à rebelião contra
Deus (4.6; 6.6-7; 7.13; 8.12).
O desastroso era que invocavam a Deus como
se o conhecessem – vs. 2. Em seu grito por socorro, os israelitas afirmavam
conhecer a Deus, mas suas ações não correspondiam às suas palavras (6.1-8).
A verdade era que Israel havia desprezado o
bem do Senhor – vs. 3. Termo que descreve todas as bênçãos sob a aliança de
Deus; pode, também, referir-se ao único bem verdadeiro, o próprio Deus (Am
5.14-15; Mq 6.8). A consequência triste disso seria que seriam perseguidos pelo
inimigo – vs. 3.
Em sua rebeldia, fizeram reis e príncipes,
mas não pelo Senhor. A independência de Israel com relação a Deus, na esfera
política, ficou evidente em sua recusa de consultar ao Senhor na escolha de
seus líderes. Esse fato desencadeou uma extraordinária série de conspirações e
assassinatos violentos (7.3-7; 2Rs 15.8-30).
Além disso, de escolherem os seus
governantes e príncipes sem a consulta a Deus, fizeram ainda pior com a sua
prata e o seu ouro, objetos de valor, ídolos para si, somente para serem
destruídos.
Por meio da fabricação de deuses de prata e
ouro, Israel expressou uma desafiante rejeição do que era bom (8.5; Ex 20.3-6;
34.17; Lv 19.4). Era mesmo como se o Senhor estivesse dando mais cordas ainda para
eles ainda mais se afundarem no pecado para depois não haver mais jeito mesmo,
pois o ato seguinte seria o juízo terrível de Deus, onde ao final somente iriam
saber, como diz o profeta Ezequiel, mais de 96 vezes, que saberão que o Senhor
é Deus.
A julgar pelo paralelo, o bezerro foi
originalmente manufaturado como pedestal para sustentar uma divindade; foi
estabelecido por Jeroboão I como um ídolo para representar o Senhor (1 Rs
12.26-30; cf. Ex 32) e aparece descrito aqui como o próprio objeto de adoração.
No verso 5, o Senhor pede a eles que lancem
fora o seu ídolo, pois a sua ira se acendia contra eles por causa disso. O Senhor
então expressa sua indignação lamentando do tempo perdido: até quando? Um lamento
apaixonado que expressa a dor de Deus com relação ao pecado de Israel
propositadamente justaposto a uma expressão da ira de Deus.
Embora o bezerro tenha vindo de Israel e
pelas mãos de um hábil escultor, ele não era Deus e seria partido em pedaços,
uma indicação clara de que o que aconteceria ao ídolo, aconteceria ao povo de
Deus, seu possuidor.
Eles estavam segando o vento e, portanto
haveriam de colher na justa medida. Esse dito de sabedoria enfatizou a terrível
relação de causa e efeito entre o pecado e o grande castigo (cf. 10.13; Jó 4.8;
SI 126.5-6; Pv 11.18; 22.8; GI 6.7-9).
Apesar de um dia ter sido escolhido dentre
todas as nações (Êx 19.5; Am 3.2), Israel já não possuía nada que fosse útil,
desejável ou precioso, por isso que ele era já uma coisa de que ninguém se agradava
– vs. 8.
Isso porque subiram à Assíria onde se
venderam para os seus amantes. Oseias os compara ao jumento selvagem pela sua
teimosia, pois, obstinadamente, rejeitaram ao Senhor para oferecerem seus
favores à Assíria (II Re 15:19; 17:3). Provavelmente, nos diz a BEG, essa era
uma referência à submissão do rei Oseias à Assíria em sua tentativa de manter o
poder que conseguiram por ter assassinado a Peca (cf. 7:8-12; II Re 15:19; 17:3).
O Senhor viu isso, mas iria os ajuntar e
logo começariam a se definhar sob a opressão do rei poderoso, mesmo que Efraim
tenha constituído muitos altares para ofertas pelo pecado, eles mesmos é que
seriam altares para o pecado. Ou seja, o altar era para tratar do pecado e não
para servir o pecado.
Livro de Oseias – capítulo 8:
1 Põe a trombeta à tua boca.
Ele vem como
águia contra a casa do Senhor;
porque
eles transgrediram o meu pacto,
e
se rebelaram contra a minha lei.
2 E a mim
clamam:
Deus
meu, nós, Israel, te conhecemos.
3 Israel
desprezou o bem;
o
inimigo persegui-lo-á.
4 Eles
fizeram reis, mas não por mim;
constituíram
príncipes, mas sem a minha aprovação;
da
sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si,
para
serem destruídos.
5 O teu
bezerro, ó Samária, é rejeitado;
a
minha ira se acendeu contra eles;
até
quando serão eles incapazes da inocência?
6 Pois isso
procede de Israel;
um
artífice o fez, e não é Deus.
Será
desfeito em pedaços o bezerro de Samária
7 Porquanto
semeiam o vento,
hão
de ceifar o turbilhão;
não
haverá seara,
a erva não dará farinha;
se
a der, tragá-la-ão os estrangeiros.
8 Israel foi
devorado; agora está entre as nações
como
um vaso em que ninguém tem prazer.
9 Porque
subiram à Assíria, qual asno selvagem andando sozinho;
mercou
Efraim amores.
10 Todavia,
ainda que eles merquem entre as nações,
eu
as congregarei; já começaram a ser diminuídos
por
causa da carga do rei dos príncipes.
11 Ainda que
Efraim tem multiplicado altares,
estes
se lhe tornaram altares para pecar.
12 Escrevi
para ele miríades de coisas da minha lei;
mas
isso é para ele como coisa estranha.
13 Quanto aos
sacrifícios das minhas ofertas,
eles
sacrificam carne, e a comem;
mas
o Senhor não os aceita;
agora
se lembrará da iniqüidade deles,
e
punirá os seus pecados;
eles
voltarão para o Egito.
14 Pois
Israel se esqueceu do seu Criador,
e
edificou palácios,
e
Judá multiplicou cidades fortificadas.
Mas eu
enviarei sobre as suas cidades
um
fogo que consumirá os seus castelos.
Ainda que a lei fosse inscrita em milhares
de pedaços, ainda assim, seria rejeitada, porque consideravam algo estranho. Eles
não estavam acostumados com o Senhor, mas com as práticas malignas das cidades
e nações vizinhas.
Em vão, os impenitentes israelitas
participavam dos sacrifícios regulares – Lv 7:11-18; Dt 12:7; Jr 7:21 – pois que
Deus não estava se agradando deles e os ameaçou a levá-los de volta ao Egito. Ironicamente,
o lugar de onde Deus havia chamado Israel com amor – 11:1 – era agora o local
de cativeiro e castigo – Dt 28:68; Os 9:3; 11:5.
Tudo isso porque Israel tinha se esquecido
de seu Criador, construído palácios e Judá tinha também fortificado muitas
cidades. Eles nutriam a convicção de que suas construções eram sagradas e uma
espécie de amuleto contra o mal trazendo segurança espiritual e
política-militar. No entanto, Deus enviaria fogo sobre essas cidades que
consumiria todas as suas fortalezas.
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1 comentários:
Uma benção este estudo :)
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