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sábado, 6 de junho de 2015

Oseias 8:1-14 - O CASTIGO ÀS PORTAS.

Estamos fazendo nossa devocional de hoje no capítulo 8, de Oseias. Estamos na parte III. Como já dissemos, a palavra do Senhor foi pregada por ele nos tempos dos reis de Judá Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias; e, nos tempos do rei do norte, Jeroboão II (cerca de 786-746 a.C.), filho de Joás.
Em nossa leitura e reflexão, nos encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra (5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2) – já vimos; c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16) – já vimos; e, d. A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14) – veremos agora e concluiremos.
d. A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
Nos próximos 14 versículos do capítulo oito, estaremos vendo a segunda convocação para a derrota na guerra.
A seção em que Oseias trata do julgamento pela guerra (5.8-8.14) termina como começou (5.8-15), com um chamado para Israel se preparar para uma guerra na qual inevitavelmente seria derrotado. Oseias confrontou a idolatria da nação e as alianças estrangeiras.
O alarme urgente (cf. 5.8) da trombeta – vs. 1 - advertiu que uma águia ou um inimigo voraz (cf. Dt 28.49-50; Jr 4.13; 48.40, Lm 4.19; Hb 1.8), a Assíria, estava se aproximando rapidamente para aplicar o julgamento de Deus contra a casa do SENHOR. Conforme a BEG, tanto pode referir-se à Terra Prometida como ao templo (9.8,15).
O motivo disso era que eles haviam transgredido o pacto do Senhor, a sua aliança e haviam se rebelado contra a sua lei. A rebelião contra os termos da aliança era semelhante à rebelião contra Deus (4.6; 6.6-7; 7.13; 8.12).
O desastroso era que invocavam a Deus como se o conhecessem – vs. 2. Em seu grito por socorro, os israelitas afirmavam conhecer a Deus, mas suas ações não correspondiam às suas palavras (6.1-8).
A verdade era que Israel havia desprezado o bem do Senhor – vs. 3. Termo que descreve todas as bênçãos sob a aliança de Deus; pode, também, referir-se ao único bem verdadeiro, o próprio Deus (Am 5.14-15; Mq 6.8). A consequência triste disso seria que seriam perseguidos pelo inimigo – vs. 3.
Em sua rebeldia, fizeram reis e príncipes, mas não pelo Senhor. A independência de Israel com relação a Deus, na esfera política, ficou evidente em sua recusa de consultar ao Senhor na escolha de seus líderes. Esse fato desencadeou uma extraordinária série de conspirações e assassinatos violentos (7.3-7; 2Rs 15.8-30).
Além disso, de escolherem os seus governantes e príncipes sem a consulta a Deus, fizeram ainda pior com a sua prata e o seu ouro, objetos de valor, ídolos para si, somente para serem destruídos.
Por meio da fabricação de deuses de prata e ouro, Israel expressou uma desafiante rejeição do que era bom (8.5; Ex 20.3-6; 34.17; Lv 19.4). Era mesmo como se o Senhor estivesse dando mais cordas ainda para eles ainda mais se afundarem no pecado para depois não haver mais jeito mesmo, pois o ato seguinte seria o juízo terrível de Deus, onde ao final somente iriam saber, como diz o profeta Ezequiel, mais de 96 vezes, que saberão que o Senhor é Deus.
A julgar pelo paralelo, o bezerro foi originalmente manufaturado como pedestal para sustentar uma divindade; foi estabelecido por Jeroboão I como um ídolo para representar o Senhor (1 Rs 12.26-30; cf. Ex 32) e aparece descrito aqui como o próprio objeto de adoração.
No verso 5, o Senhor pede a eles que lancem fora o seu ídolo, pois a sua ira se acendia contra eles por causa disso. O Senhor então expressa sua indignação lamentando do tempo perdido: até quando? Um lamento apaixonado que expressa a dor de Deus com relação ao pecado de Israel propositadamente justaposto a uma expressão da ira de Deus.
Embora o bezerro tenha vindo de Israel e pelas mãos de um hábil escultor, ele não era Deus e seria partido em pedaços, uma indicação clara de que o que aconteceria ao ídolo, aconteceria ao povo de Deus, seu possuidor.
Eles estavam segando o vento e, portanto haveriam de colher na justa medida. Esse dito de sabedoria enfatizou a terrível relação de causa e efeito entre o pecado e o grande castigo (cf. 10.13; Jó 4.8; SI 126.5-6; Pv 11.18; 22.8; GI 6.7-9).
Apesar de um dia ter sido escolhido dentre todas as nações (Êx 19.5; Am 3.2), Israel já não possuía nada que fosse útil, desejável ou precioso, por isso que ele era já uma coisa de que ninguém se agradava – vs. 8.
Isso porque subiram à Assíria onde se venderam para os seus amantes. Oseias os compara ao jumento selvagem pela sua teimosia, pois, obstinadamente, rejeitaram ao Senhor para oferecerem seus favores à Assíria (II Re 15:19; 17:3). Provavelmente, nos diz a BEG, essa era uma referência à submissão do rei Oseias à Assíria em sua tentativa de manter o poder que conseguiram por ter assassinado a Peca (cf. 7:8-12; II Re 15:19; 17:3).
O Senhor viu isso, mas iria os ajuntar e logo começariam a se definhar sob a opressão do rei poderoso, mesmo que Efraim tenha constituído muitos altares para ofertas pelo pecado, eles mesmos é que seriam altares para o pecado. Ou seja, o altar era para tratar do pecado e não para servir o pecado.
Livro de Oseias – capítulo 8:
1 Põe a trombeta à tua boca.
Ele vem como águia contra a casa do Senhor;
porque eles transgrediram o meu pacto,
e se rebelaram contra a minha lei.
2 E a mim clamam:
Deus meu, nós, Israel, te conhecemos.
3 Israel desprezou o bem;
o inimigo persegui-lo-á.
4 Eles fizeram reis, mas não por mim;
constituíram príncipes, mas sem a minha aprovação;
da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si,
para serem destruídos.
5 O teu bezerro, ó Samária, é rejeitado;
a minha ira se acendeu contra eles;
até quando serão eles incapazes da inocência?
6 Pois isso procede de Israel;
um artífice o fez, e não é Deus.
Será desfeito em pedaços o bezerro de Samária
7 Porquanto semeiam o vento,
hão de ceifar o turbilhão;
não haverá seara,
 a erva não dará farinha;
se a der, tragá-la-ão os estrangeiros.
8 Israel foi devorado; agora está entre as nações
como um vaso em que ninguém tem prazer.
9 Porque subiram à Assíria, qual asno selvagem andando sozinho;
mercou Efraim amores.
10 Todavia, ainda que eles merquem entre as nações,
eu as congregarei; já começaram a ser diminuídos
por causa da carga do rei dos príncipes.
11 Ainda que Efraim tem multiplicado altares,
estes se lhe tornaram altares para pecar.
12 Escrevi para ele miríades de coisas da minha lei;
mas isso é para ele como coisa estranha.
13 Quanto aos sacrifícios das minhas ofertas,
eles sacrificam carne, e a comem;
mas o Senhor não os aceita;
agora se lembrará da iniqüidade deles,
e punirá os seus pecados;
eles voltarão para o Egito.
14 Pois Israel se esqueceu do seu Criador,
e edificou palácios,
e Judá multiplicou cidades fortificadas.
Mas eu enviarei sobre as suas cidades
um fogo que consumirá os seus castelos. 
Ainda que a lei fosse inscrita em milhares de pedaços, ainda assim, seria rejeitada, porque consideravam algo estranho. Eles não estavam acostumados com o Senhor, mas com as práticas malignas das cidades e nações vizinhas.
Em vão, os impenitentes israelitas participavam dos sacrifícios regulares – Lv 7:11-18; Dt 12:7; Jr 7:21 – pois que Deus não estava se agradando deles e os ameaçou a levá-los de volta ao Egito. Ironicamente, o lugar de onde Deus havia chamado Israel com amor – 11:1 – era agora o local de cativeiro e castigo – Dt 28:68; Os 9:3; 11:5.
Tudo isso porque Israel tinha se esquecido de seu Criador, construído palácios e Judá tinha também fortificado muitas cidades. Eles nutriam a convicção de que suas construções eram sagradas e uma espécie de amuleto contra o mal trazendo segurança espiritual e política-militar. No entanto, Deus enviaria fogo sobre essas cidades que consumiria todas as suas fortalezas.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.