O Evangelho de João é o livro que foi
escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos
possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como
o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o
tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João
Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte
do mundo. Estamos vendo o capítulo 11, da parte II.
Breve síntese do capítulo 11
No capítulo 11, Jesus é a ressurreição e a
vida! Com a morte de Jesus, todos, ganhamos a vida eterna. A vida eterna é
universal! No entanto, muitos passarão a vida eterna no inferno e outros não.
Jesus sabia o que estava prestes a fazer e
sabia ser muito grande, por isso se deteve ainda por 4 dias. Ele ressuscitou um
morto de 4 dias que já cheirava mal! Com apenas um chamado, Lázaro teve de vir
para fora ainda todo envolvido com os panos de sua preparação.
A morte não pode deter ninguém que Deus
chama. Sabemos que ele irá nos chamar a todos no tempo oportuno. Que maravilha!
Apesar de seu grande e poderoso feito demonstrando seu poder absoluto contra a
mais temível de todos pelos homens, a morte, ainda assim, muitos não creram
nele, pelo contrário, estavam tramando planos para matá-lo.
Os sinais que Jesus fazia eram notórios e
fantásticos por isso que nada podiam fazer contra, mas não criam nele que fazia
esses sinais justamente para eles crerem. Impressionante! Eles estavam
preocupados com a sequência dos eventos onde, se todos nele cressem, haveriam
problemas com os Romanos e perderiam até a nação. Assim, não somente o
rejeitaram, como também tramaram contra ele.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior
parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas
festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público
de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a
proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram
durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a
Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O
seu ministério na Galileia (6.1-71) – já
vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas (7.1-12.50) – estamos vendo.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias
festas (7.1-12.50) - continuação.
Como
dissemos, esses vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante
várias festas começa no capítulo 7 e termina no 12. Assim, dividiremos essa
alínea “E” em 3 seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos
(7.1-10.21) – começaremos agora; E2.
Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em Jerusalém e
vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E3. Em Jerusalém e vizinhança,
perto da páscoa (11.1-12.50).
Jesus
entrou em Jerusalém, realizou milagres e revelou a realidade da sua morte
iminente e ressurreição. De modo geral, ele foi admirado pelos gentios, mas
apenas alguns judeus o receberam. João relata, portanto, os
acontecimentos finais que ocorreram no ministério público de Jesus à medida que
ele se aproximava de Jerusalém e vizinhança, estando já próxima a Páscoa.
João
dividiu essas atividades de Jesus em seis partes principais: a. Ressuscitando
os mortos (11.1-44) – veremos agora; b.
A conspiração para matar Jesus (11.45-57)
– veremos agora; c. A unção em Betânia (12.1-8); d. A entrada triunfal
(12.9-19); e. A reação dos gentios (12.20-36); e, f. A reação dos judeus
(12.37-50).
a. Ressuscitando os mortos (11.1-44).
O milagre da ressurreição de Lázaro é o
clímax de todos os sinais precedentes pelos quais a glória de Deus vinha sendo
revelada por meio de Jesus. Aqui, até mesmo a morte, o inimigo derradeiro da
humanidade, foi derrotada com êxito por aquele que é "a ressurreição e a
vida' (11.25).
No entanto, até mesmo esse sinal glorioso,
do mesmo modo que os anteriores, dividiu aqueles que o testemunharam em dois
grupos: os que creram e os que rejeitaram a glória revelada e decidiram matar
Jesus (vs. 46-57).
Esse Lázaro é nomeado somente no Evangelho
de João, e não deve ser confundido com o Lázaro de Lc 16.20. Ele era de
Betânia, do povoado de Maria e Marta, suas irmãs. Maria é a mesma cujo ato –
ungir os pés de Jesus - está registrado em 12.1-8.
Uma notícia fora enviada para Jesus dizendo
que estava enfermo aquele a quem ele amava. Um pedido de socorro que
aparentemente foi enviado pouco antes da morte de Lázaro.
Ao invés de se abalar ou se desesperar,
tranquilizou-se e anunciou a todos que aquela enfermidade não era para morte.
Jesus não estava negando que Lázaro estaria morto por quatro dias, mas sim que
Lázaro não permaneceria morto.
É dito que Jesus amava aquela família,
mesmo assim, se demorou dois dias ainda antes de ir acudi-los. Uma demora que
as irmãs tiveram muita dificuldade para entender.
Então ele anunciou aos seus discípulos que
iria voltar para a Judéia, onde os judeus procuravam apedrejá-lo. A execução de
Jesus não foi uma morte trágica de alguém que tentava escapar, mas sim a morte
deliberada de um sacerdote que ofereceu a si mesmo como sacrifício. Jesus e
seus discípulos sabiam que, caso voltasse para Jerusalém, a sua vida estaria em
perigo.
Explicando aos discípulos, disse que Lázaro
tinha adormecido, mas que iria acordá-lo.
No Novo Testamento, a morte é representada
com frequência como o ato de dormir (At 7.60; 1Co 15.51; 1 Ts 4.13). Contudo,
essa linguagem não justifica a elaboração de uma doutrina do "sono da
alma" para os santos que partiram. O termo é simplesmente um eufemismo. A
consciência permanece ativa após a morte (cf. Lc 23.43; Fp 1.21-24).
Os seus discípulos entenderam mesmo que ele
estava dormindo e Jesus teve de falar a verdade de sua morte. Jesus estava
alegre pelo que iria realizar e que seria um grande sinal aos que creem.
Tomé logo tomou a iniciativa de dizer que também
eles iriam ali para, se preciso, morrerem com ele. A hostilidade contra Jesus
havia alcançado um patamar que convenceu os discípulos de que uma viagem para
Jerusalém seria o fim de Jesus. Como não conseguiram convencê-lo a desistir da
viagem, ao menos declararam a disposição de morrer com ele.
Jesus ao chegar foi notificado que Lázaro
já estava morto há 4 dias. Essa referência à duração do tempo que ele passaria
na sepultura, repetida no vs. 39, tem a intenção de demonstrar que Lázaro
estava morto de fato, e não apenas doente.
Betânia estava distante apenas 3 km de
Jerusalém e elas não entendiam e lamentavam o fato de Jesus ter se demorado
tanto. Cada irmã fez esse comentário melancólico (cf. vs. 32), referindo-se a
Jesus na terceira pessoa. É provável que elas tenha repetido essas palavras
várias vezes durante esses quatro dias de angústia, enquanto aguardavam.
Marta ainda esperava um milagre, embora
tudo indicasse que o seu irmão estava irrevogavelmente morto. Quando Jesus
falou sobre a ressurreição, ela associou essa ideia com o futuro distante,
"no último dia" (vs. 24). Ainda assim, a sua crença era mais bem
instruída que a dos saduceus, que negavam a ressurreição dos mortos (Mt 22.23).
Elas exclamaram que se Jesus estivera
ali... Ele, prontamente respondeu: Eu sou a ressurreição e a vida. Jesus repete
em parte essa afirmação em 14.6.
Ele é não apenas a fonte e o sustentador da
ressurreição e da vida, mas também está tão intimamente ligado com esse
propósito que pode dizer que é a ressurreição e a vida (cf. At 3.15; Hb 7.16).
Num sentido real, a ressurreição e a vida dos cristãos são a ressurreição e a vida
do próprio Jesus (Rm 6.5; Gl 2.20; a BEG, aqui, recomenda a leitura de seu
excelente artigo teológico “A união com Cristo", em Gl 6).
Sendo ele a ressurreição e a vida, aquele
que vive e nele crê não morreria eternamente e ele pergunta a ela se ela cria
nisso. Sim, ela disse, eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus que deveria
vir ao mundo – vs. 27 - uma confissão de fé semelhante à de Pedro (Mt 16.16).
Marta ouviu e confessou aquilo e foi para
casa e chamou Maria à parte e anunciou que o Mestre a estava chamando. O termo
mestre apontava para uma descrição do ministério de Jesus onde ele não
desprezava ensinar às mulheres, como faziam frequentemente os judeus (Lc
10.39,42).
Maria foi até Jesus chorando e isso o
comoveu. A demonstração de tristeza daqueles ao redor de Jesus o deixaram
comovido, e ele chorou (vs. 35) em simpatia pelos enlutados.
Jesus queria saber onde o colocaram e
levaram-no ao sepulcro. O Evangelho de João nos ensina a divindade de Cristo
(1.1,18) e sua total humanidade. Sendo verdadeiramente humano (porém sem
abdicar de sua divindade), Jesus poderia tanto lamentar quanto ignorar certos
fatos (vs. 34-35). (A BEG recomenda aqui outra leitura de um outro excelente
artigo teológico deles chamado “A humanidade plena de Jesus", em Lc 3).
Todos notaram que aquilo tinha abalado
Jesus e o quanto Lázaro era querido dele. Outros que o viam assim, logo
passaram a criticá-lo dizendo que se ele tinha aberto aos olhos a cegos, por
que não curara seu amigo?
Esses judeus usaram o poder milagroso de
Jesus como base para uma repreensão, uma vez que ele não o havia exercido em
tempo para evitar a morte de Lázaro.
Eles não refletiram sobre o fato de que a
cura do homem cego havia sido realizada para a glória de Deus (9.3), e não
apenas para aliviar uma situação difícil.
Do mesmo modo, permitiu que Lázaro morresse
- e as irmãs lamentassem - para que a glória de Deus pudesse ser manifestada na
ressurreição desse homem (vs. 4).
Diante da morte, Jesus ordena que tirem a
pedra – vs. 39. Um convite para os seres humanos fazerem o que está ao seu
alcance, ainda que uma obra sobrenatural esteja sendo realizada (cf. vs. 44). A
ordem de Jesus pode ter parecido imprópria e até mesmo ofensiva. Marta queria
evitar a propagação do mau cheiro da morte.
Jesus estava no direito de exigir total
confiança em seu controle da situação. Quando removeram a pedra, ele se dirige,
em público, ao seu Pai dando-lhe graças. Antes mesmo de o milagre ter
acontecido, Jesus agradeceu a resposta à sua oração. Ele relacionou esse
milagre com o seu ministério como Messias.
Eles tiraram a pedra. Jesus deu graças e
agora ordenou novamente, dessa vez para o que jazia morto por 4 dias – vs. 43:
Lázaro, vem para fora! Por que gritar uma ordem para um homem morto? Os mortos
não ouvem, sejam gritos ou murmúrios, mas Jesus queria que as pessoas presentes
testemunhassem que a voz de Deus pode ressuscitar os mortos (5.28-29). Sua ordem
divina que dá vida aos mortos é uma ilustração vívida do chamado de Deus para
dar vida espiritual àqueles que estão mortos no pecado (Ef 2.5).
b. A conspiração para matar Jesus (11.45-57).
Diante do sol que brilha podemos ter dois
tipos de elementos com comportamentos diferentes: o barro que endurece, e a
cera que se derrete.
Os crentes eram os corações de cera que se
derreteram pelo Senhor, mas havia ali, no meio deles, os corações de barro, que
diante de um tão grande e terrível milagre, foram capazes de se endurecerem a
ponto de conspirarem – vs. 45-57 - para matar Jesus. Os líderes judeus reagiram
aos milagres de Jesus com a intenção de matá-lo. A obra de Deus teve um
resultado duplo: alguns creram, mas outros resistiram e permaneceram incrédulos
(cf. Mt 13.10ss.). O mesmo se dá com a pregação da palavra de Deus que converte
e endurece corações.
O Sinédrio, que detinha a autoridade
religiosa suprema, temia que o ministério de Jesus fosse causar um levante
popular que forçaria os romanos a agirem com violência, resultando numa maior
pressão do controle de Roma e uma redução da influência do Sinédrio.
Caifás era um saduceu, genro de Anás. Anás
havia sido deposto pelos romanos, mas ainda exercia considerável influência
sobre os líderes religiosos (18.13). Numa declaração fundamentada em grosseiro
utilitarismo, Caifás sugeriu que a execução de um inocente seria necessária
para favorecer a nação. Ele se esqueceu da mensagem de Pv 17.15: "O que
justifica o perverso e o que condena o justo abomináveis são para o Senhor,
tanto um como o outro".
Pela providência de Deus, Caifás expressou
involuntariamente uma grande verdade, embora seus sentimentos não estivessem de
acordo: seria uma bênção Jesus morrer, pois a sua morte era necessária para a
salvação não apenas do povo judeu, mas também de todos os eleitos espalhados
pelo mundo.
Deus pode usar as palavras de um homem
perverso e dar um sentido profético a elas, ainda que não tenha sido a opinião
ou intenção original desse homem. O objetivo de Deus com a morte de Jesus
estava claramente relacionado com aqueles que planejou salvar: os filhos de
Deus espalhados ao redor do mundo.
Daquele dia em diante os judeus tinham
resolvido ser melhor tirar a vida de Jesus. A crescente hostilidade dos líderes
judeus fez com que Jesus deixasse Jerusalém por algum tempo. Ele se retirou
para um povoado chamado de Efraim, onde ficou com os seus discípulos.
A páscoa se aproximava e a procura por
Jesus somente aumentava, mas os sacerdotes e os fariseus tinham ordenado que se
alguém soubesse onde ele se encontrava, era para lhes falar para que assim
pudessem prendê-lo.
Jo 11:1 Estava enfermo Lázaro,
de
Betânia, da aldeia de Maria e de sua irmã Marta.
Jo 11:2 Esta Maria, cujo irmão Lázaro
estava enfermo,
era
a mesma que ungiu com bálsamo o Senhor
e
lhe enxugou os pés com os seus cabelos.
Jo 11:3 Mandaram, pois, as irmãs de
Lázaro dizer a Jesus:
Senhor,
está enfermo aquele a quem amas.
Jo 11:4 Ao receber a notícia, disse
Jesus:
Esta
enfermidade não é para morte,
e
sim para a glória de Deus,
a
fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado.
Jo 11:5 Ora, amava Jesus
a
Marta, e a sua irmã, e a Lázaro.
Jo 11:6 Quando, pois, soube que Lázaro
estava doente,
ainda
se demorou dois dias no lugar onde estava.
Jo
11:7 Depois, disse aos seus discípulos:
Vamos
outra vez para a Judéia.
Jo
11:8 Disseram-lhe os discípulos:
Mestre,
ainda agora os judeus
procuravam
apedrejar-te,
e
voltas para lá?
Jo
11:9 Respondeu Jesus:
Não
são doze as horas do dia?
Se
alguém andar de dia, não tropeça,
porque
vê a luz deste mundo;
Jo
11:10 mas, se andar de noite, tropeça,
porque
nele não há luz.
Jo 11:11 Isto dizia e depois lhes
acrescentou:
Nosso
amigo Lázaro adormeceu,
mas
vou para despertá-lo.
Jo 11:12 Disseram-lhe, pois, os
discípulos:
Senhor,
se dorme, estará salvo.
Jo 11:13 Jesus, porém, falara com
respeito à morte de Lázaro;
mas
eles supunham que tivesse falado do repouso do sono.
Jo 11:14 Então, Jesus lhes disse
claramente:
Lázaro
morreu;
Jo
11:15 e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse,
para
que possais crer;
mas
vamos ter com ele.
Jo 11:16 Então, Tomé, chamado Dídimo,
disse aos condiscípulos:
Vamos
também nós para morrermos com ele.
Jo 11:17 Chegando Jesus,
encontrou
Lázaro já sepultado, havia quatro dias.
Jo 11:18 Ora, Betânia estava cerca de
quinze estádios perto de Jerusalém.
Jo 11:19 Muitos dentre os judeus tinham
vindo ter com Marta e Maria,
para
as consolar a respeito de seu irmão.
Jo 11:20 Marta, quando soube que vinha
Jesus,
saiu
ao seu encontro;
Maria, porém, ficou sentada em casa.
Jo 11:21 Disse, pois, Marta a Jesus:
Senhor,
se estiveras aqui,
não
teria morrido meu irmão.
Jo
11:22 Mas também sei que, mesmo agora,
tudo
quanto pedires a Deus,
Deus
to concederá.
Jo 11:23 Declarou-lhe Jesus:
Teu
irmão há de ressurgir.
Jo 11:24 Eu sei, replicou Marta,
que
ele há de ressurgir na ressurreição,
no
último dia.
Jo 11:25 Disse-lhe Jesus:
Eu
sou a ressurreição
e
a vida.
Quem
crê em mim,
ainda
que morra,
viverá;
Jo
11:26 e todo o que vive e crê em mim
não
morrerá, eternamente.
Crês
isto?
Jo
11:27 Sim, Senhor, respondeu ela,
eu
tenho crido que tu és o Cristo,
o
Filho de Deus que devia vir ao mundo.
Jo 11:28 Tendo dito isto, retirou-se e
chamou Maria, sua irmã,
e lhe disse
em particular:
O Mestre chegou e te chama.
Jo 11:29 Ela, ouvindo isto,
levantou-se
depressa e foi ter com ele,
Jo
11:30 pois Jesus ainda não tinha entrado na aldeia,
mas
permanecia onde Marta se avistara com ele.
Jo 11:31 Os judeus que estavam com Maria
em casa
e a consolavam,
vendo-a
levantar-se depressa e sair,
seguiram-na,
supondo
que ela ia ao túmulo para chorar.
Jo 11:32 Quando Maria chegou ao lugar
onde estava Jesus,
ao
vê-lo,
lançou-se-lhe
aos pés, dizendo:
Senhor,
se estiveras aqui,
meu
irmão não teria morrido.
Jo 11:33 Jesus, vendo-a chorar,
e bem assim os judeus que a
acompanhavam,
agitou-se
no espírito
e
comoveu-se.
Jo 11:34 E perguntou:
Onde
o sepultastes?
Eles lhe responderam:
Senhor,
vem e vê!
Jo
11:35 Jesus chorou.
Jo 11:36 Então, disseram os judeus:
Vede
quanto o amava.
Jo 11:37 Mas alguns objetaram:
Não
podia ele, que abriu os olhos ao cego,
fazer
que este não morresse?
Jo 11:38 Jesus, agitando-se novamente em
si mesmo,
encaminhou-se
para o túmulo;
era
este uma gruta a cuja entrada tinham posto uma pedra.
Jo 11:39 Então, ordenou Jesus:
Tirai
a pedra.
Disse-lhe Marta, irmã do morto:
Senhor,
já cheira mal,
porque
já é de quatro dias.
Jo 11:40 Respondeu-lhe Jesus:
Não
te disse eu que, se creres,
verás
a glória de Deus?
Jo 11:41 Tiraram, então, a pedra.
E
Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:
Pai,
graças te dou porque me ouviste.
Jo
11:42 Aliás, eu sabia que sempre me ouves,
mas
assim falei por causa da multidão presente,
para
que creiam que tu me enviaste.
Jo 11:43 E, tendo dito isto, clamou em
alta voz:
Lázaro,
vem
para fora!
Jo 11:44 Saiu aquele que estivera morto,
tendo
os pés
e
as mãos ligados com ataduras
e
o rosto envolto num lenço.
Então, lhes ordenou Jesus:
Desatai-o
e
deixai-o ir.
Jo 11:45 Muitos, pois, dentre os judeus
que tinham vindo visitar Maria,
vendo
o que fizera Jesus,
creram
nele.
Jo
11:46 Outros, porém,
foram
ter com os fariseus
e
lhes contaram dos feitos que Jesus realizara.
Jo 11:47 Então, os principais sacerdotes
e os fariseus convocaram o Sinédrio; e disseram:
Que
estamos fazendo,
uma
vez que este homem opera muitos sinais?
Jo 11:48 Se o deixarmos assim,
todos
crerão nele;
depois,
virão os romanos
e
tomarão não só o nosso lugar,
mas
a própria nação.
Jo 11:49 Caifás, porém, um dentre eles,
sumo
sacerdote naquele ano, advertiu-os, dizendo:
Vós
nada sabeis,
Jo
11:50 nem considerais que vos convém
que
morra um só homem pelo povo
e
que não venha a perecer toda a nação.
Jo 11:51 Ora, ele não disse isto de si
mesmo;
mas,
sendo sumo sacerdote naquele ano,
profetizou
que Jesus estava para morrer pela nação
Jo
11:52 e não somente pela nação,
mas
também para reunir em um só corpo
os
filhos de Deus, que andam dispersos.
Jo
11:53 Desde aquele dia,
resolveram
matá-lo.
Jo 11:54 De sorte que Jesus já não
andava publicamente entre os judeus,
mas
retirou-se para uma região vizinha ao deserto,
para
uma cidade chamada Efraim;
e
ali permaneceu com os discípulos.
Jo 11:55 Estava próxima a Páscoa dos
judeus;
e muitos daquela região subiram para
Jerusalém antes da Páscoa,
para
se purificarem.
Jo 11:56 Lá, procuravam Jesus
e, estando eles no templo, diziam uns
aos outros:
Que
vos parece?
Não
virá ele à festa?
Jo 11:57 Ora, os principais sacerdotes e
os fariseus
tinham
dado ordem para, se alguém soubesse onde ele estava,
denunciá-lo,
a
fim de o prenderem.
Eles estavam
tramando contra o Senhor que lhes falava a palavra de salvação e de vida. O que
buscamos a todo tempo, se não a vida e a nossa salvação? Eles também a
buscavam, mas procuravam onde ela não estava e assim desprezavam a Jesus que
vinha com a resposta deles e para eles. Como somos tolos!
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
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