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sábado, 25 de abril de 2015

Ezequiel 26:1-21 - ORÁCULOS CONTRA TIRO.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Agora, estamos na parte II, no capítulo 26. Ressaltamos que entre os oráculos de advertência sobre a destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de esperança e restauração (caps. 33-48), Ezequiel, o profeta, o filho do homem, incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES (25.1-32.32) - continuação.
Como já dissemos, o profeta denunciou sete nações, assim como Amós havia falado contra sete nações antes de empreender as suas acusações contra Israel (Am 1.3-2.5).
Ele apresentou seus oráculos em ordem geográfica, começando no noroeste com Amom e prosseguindo de acordo o fuso horário para o sul e ao redor até os estados fenícios no norte, então voltando ao poder de maior importância no sul, o Egito.
A maioria dos antigos estados do Oriente Próximo foi objeto desses oráculos ou foi pelo menos mencionada por eles - com uma notável exceção - a Babilônia (38.2). A Babilônia foi o instrumento do castigo de Deus contra a maioria dessas nações.
Ezequiel anunciou que Deus traria devastação sobre as nações que haviam afligido o seu povo.
Relembrando: essa parte II, foi dividida em seis seções: A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – iniciaremos agora; F. Egito (29.1-32.32).
E. Fenícia (26.1-28.26).
Doravante até o capítulo 28, veremos as palavras proféticas contra a Fenícia, vizinhos de Israel, principalmente Tiro (26.1-28.19).
Os capítulos se dividirão em cinco subseções, cada uma introduzida pela frase "veio a mim a palavra do SENHOR": 1. Profecia de julgamento contra Tiro (26.1-21) – veremos agora; 2. Lamento por Tiro (27.1-36); 3. Profecia de julgamento contra o rei de Tiro (28.1-10); 4. Lamento pelo rei de Tiro (28.11-19); e, 5. Profecia de julgamento contra Sidom (28.20-26).
Embora ocasionalmente tivesse havido conflito militar entre Israel e os fenícios, a Bíblia menciona Tiro e Sidom principalmente como fonte de cultos pagãos e em especial o culto a Baal de Jezabel, a princesa fenícia (Jz 10.6; 1Rs 11.1,5,33; 16.31; 2Rs 23.13).
Os fenícios supriam Israel com comércio e trabalho especializado (2Sm 5.11; 1Rs 5.1,6; 7.13-14; 9.11-12; 1Cr 14.1; 22.4; 2Cr 2.3,11,14; Ed 3.7; Ne 13.16; SI 45.12; JI 3.3-6; Am 1.9; At 12.20). Outros livros proféticos também incluem oráculos contra Tiro e Sidom (Is 23.1-22; JI 3.4, Am 1.9-10; Zc 9.2-3).
1. Profecia de julgamento contra Tiro (26.1-21).
Neste capítulo veremos somente oráculos de julgamento contra Tiro. Ezequiel apresentou um oráculo de julgamento contra Tiro.
É estranho que somente aqui se mencionam o ano e o primeiro dia do mês, mas não se menciona o mês propriamente dito. Então, foi nessa data, 01/??/11, que veio a palavra profética para Ezequiel acerca de Tiro.
A palavra é dirigida ao Filho do homem para reparar no que o povo da cidade de Tiro estava dizendo que Jerusalém, a rival no comércio, estava arrasada.
Tiro se beneficiaria da queda de Jerusalém. Judá em várias ocasiões controlou um longo segmento da vital estrada internacional ao longo da planície costeira até o Egito e as rotas do porto de Eziom-Geber, pela ligação com o lucrativo comércio vindo da Arábia e da África. O infortúnio de Jerusalém eliminaria negociações com um poderoso parceiro intermediário e aumentaria o benefício comercial para Tiro.
Por causa disso, o Senhor estaria sendo contra Tiro e faria subir contra ela diversas nações, como as ondas do mar que nunca cessam de chegar.
O profeta emprega um jogo de palavras: Tiro, em hebraico se parece com a palavra rocha (penha), e Deus deixaria a ilha como uma penha descalvada (26.4,14).
E em função disso, ela viria a se tornar um lugar de enxugar redes apenas, um lugar de despojo das nações, sendo que até suas filhas – cidades próximas – seriam mortas à espada. Nesse tempo haveriam de saber que o Senhor é Deus, como sempre quando não haveria mais jeito para ela.
Imediatamente após a queda de Jerusalém, Nabucodonosor instituiu o cerco a Tiro. A parte da cidade que estava no continente foi ocupada rapidamente em 585 a.C., mas a fortaleza na ilha resistiu aos exércitos da Babilônia durante treze anos, até cair em 572 a.C. (cf. 29.17-18).
Dos versos 8 ao 18, Ezequiel descreve como será a ruína da cidade e como ela será atacada em suas torres, muralhas. Por causa da multidão do inimigo, ele cobrirá a cidade com o pó de seus cavalos, onde até os muros tremerão pelo estrondo dos cavaleiros em marcha de guerra.
Eles matarão, exterminarão e roubarão as riquezas de Tiro, saquearão as suas mercadorias, derrubarão os muros, arrasarão as casas agradáveis e lançarão no meio das águas suas pedras, madeiras e solo.
A destruição será tão intensa que afetará todos em todos os lugares.
Ao final – vs. 17 e 18 – ele propõe um canto fúnebre que irão cantar para ela falando de sua destruição.
Ez 26:1 Ora sucedeu no undécimo ano, ao primeiro do mês,
que veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 26:2 Filho do homem,
visto como Tiro disse no tocante a Jerusalém:
Ah! está quebrada a porta dos povos;
está aberta para mim;
eu me encherei, agora que ela está assolada;
Ez 26:3 portanto assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu sou contra ti, ó Tiro,
e farei subir contra ti muitas nações,
como o mar faz subir as suas ondas.
Ez 26:4 Elas destruirão os muros de Tiro,
e derrubarão as suas torres;
e eu varrerei o seu solo,
e dela farei uma rocha descalvada.
Ez 26:5 Ela virá a ser no meio do mar um enxugadouro de redes;
pois eu o falei, diz o Senhor Deus;
e ela servirá de despojo para as nações.
Ez 26:6 Também suas filhas que estão no campo
serão mortas à espada;
e saberão que eu sou o Senhor.
Ez 26:7 Porque assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu trarei contra Tiro a Nabucodonosor,
rei de Babilônia, desde o norte, o rei dos reis,
com cavalos, e com carros, e com cavaleiros, sim,
companhias e muito povo.
Ez 26:8 As tuas filhas ele matará à espada no campo;
e construirá fortes contra ti,
levantará contra ti uma tranqueira,
e alçará paveses contra ti;
Ez 26:9 dirigirá os golpes dos seus arietes contra os teus muros,
e derrubará as tuas torres com os seus machados.
Ez 26:10 Por causa da multidão de seus cavalos te cobrirá o seu pó;
os teus muros tremerão com o estrondo dos cavaleiros,
e das carroças, e dos carros,
quando ele entrar pelas tuas portas,
como quem entra numa cidade em que se fez brecha.
Ez 26:11 Com as patas dos seus cavalos pisará todas as tuas ruas;
ao teu povo matará à espada,
e as tuas fortes colunas cairão por terra.
Ez 26:12 Também eles roubarão as tuas riquezas
e saquearão as tuas mercadorias;
derrubarão os teus muros
e arrasarão as tuas casas agradáveis;
e lançarão no meio das águas as tuas pedras,
as tuas madeiras, e o teu solo.
Ez 26:13 E eu farei cessar o arruído das tuas cantigas,
e o som das tuas harpas não se ouvira mais;
Ez 26:14 e farei de ti uma rocha descalvada;
viras a ser um enxugadouro das redes,
nunca mais serás edificada;
pois eu, o Senhor, o falei, diz o Senhor Deus.
Ez 26:15 Assim diz o Senhor Deus a Tiro:
Acaso não tremerão as ilhas com o estrondo da tua queda,
quando gemerem os feridos,
quando se fizer a matança no meio de ti?
Ez 26:16 Então todos os príncipes do mar descerão dos seus tronos,
e porão de lado os seus mantos,
e despirão as suas vestes bordadas;
de tremores se vestirão;
sobre a terra se assentarão;
e estremecerão a cada momento,
e de ti se espantarão.
Ez 26:17 E farão uma lamentação sobre ti, e te dirão:
Como pereceste, ó povoada de navegantes, ó cidade afamada,
que foste forte no mar!
tu e os teus moradores que atemorizastes
a todos os que habitam ao teu redor!
Ez 26:18 Agora estremecerão as ilhas no dia da tua queda;
sim, as ilhas, que estão no mar,
espantar-se-ão da tua saída.
Ez 26:19 Pois assim diz o Senhor Deus:
Quando eu te fizer uma cidade assolada,
como as cidades que não se habitam,
quando fizer subir sobre ti o abismo,
e as muitas águas te cobrirem,
Ez 26:20 então te farei descer com os que descem à cova,
ao povo antigo, e te farei habitar
nas mais baixas partes da terra,
em lugares desertos de há muito,
juntamente com os que descem à cova,
para que não sejas habitada;
e estabelecerei a glória na terra dos viventes.
Ez 26:21 Farei de ti um grande espanto, e não mais existirás;
embora te procurem, contudo, nunca serás achada,
diz o Senhor Deus.
Em seguida, nos versos finais, de 19 ao 21, ele fala de que tornará a cidade deserta, onde não morará ninguém. Também será coberta pelo mar com águas profundas e assim será jogada no mundo dos mortos.
Ezequiel descreveu as águas mitológicas do caos engolfando a ilha e os seus habitantes. Água e cova eram metáforas bíblicas comuns para morte ou domínio dos mortos (águas: Ex 14.26; 15.5,8,10; Jó 26.5; SI 18.16; 32.6; 69.2,14; Lm 3.54; Jn 2.5; Lc 8.24; cova: 32.18,23-24,30; Jó 33.18-30; SI 28.1; 30.3,9; 40.2; 55.23; 69.15; 88.4,6; 103.4; 143.7; Pv 1.12; Is 14.15; 30.33; 38.18; Ez 31.14,16; Jn 2.6). As duas imagens são combinadas em SI 69.15; Ez 28.8; Jn 2.6.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.