sábado, 25 de abril de 2015
sábado, abril 25, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 26:1-21 - ORÁCULOS CONTRA TIRO.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES (25.1-32.32) - continuação.
Como já dissemos, o profeta denunciou sete
nações, assim como Amós havia falado contra sete nações antes de empreender as
suas acusações contra Israel (Am 1.3-2.5).
Ele apresentou seus oráculos em ordem
geográfica, começando no noroeste com Amom e prosseguindo de acordo o fuso
horário para o sul e ao redor até os estados fenícios no norte, então voltando
ao poder de maior importância no sul, o Egito.
A maioria dos antigos estados do Oriente
Próximo foi objeto desses oráculos ou foi pelo menos mencionada por eles - com
uma notável exceção - a Babilônia (38.2). A Babilônia foi o instrumento do
castigo de Deus contra a maioria dessas nações.
Ezequiel anunciou que Deus traria
devastação sobre as nações que haviam afligido o seu povo.
Relembrando: essa parte II, foi dividida em
seis seções: A. Amom (25.1-7) – já vista;
B. Moabe (25.8-11) – já vista; C.
Edom (25.12-14) – já vista; D.
Filístia (25.15-17) – já vista; E.
Fenícia (26.1-28.26) – iniciaremos agora;
F. Egito (29.1-32.32).
E. Fenícia (26.1-28.26).
Doravante até o capítulo 28, veremos as
palavras proféticas contra a Fenícia, vizinhos de Israel, principalmente Tiro
(26.1-28.19).
Os capítulos se dividirão em cinco
subseções, cada uma introduzida pela frase "veio a mim a palavra do SENHOR": 1. Profecia de julgamento
contra Tiro (26.1-21) – veremos agora;
2. Lamento por Tiro (27.1-36); 3. Profecia de julgamento contra o rei de Tiro
(28.1-10); 4. Lamento pelo rei de Tiro (28.11-19); e, 5. Profecia de julgamento
contra Sidom (28.20-26).
Embora ocasionalmente tivesse havido
conflito militar entre Israel e os fenícios, a Bíblia menciona Tiro e Sidom
principalmente como fonte de cultos pagãos e em especial o culto a Baal de
Jezabel, a princesa fenícia (Jz 10.6; 1Rs 11.1,5,33; 16.31; 2Rs 23.13).
Os fenícios supriam Israel com comércio e
trabalho especializado (2Sm 5.11; 1Rs 5.1,6; 7.13-14; 9.11-12; 1Cr 14.1; 22.4; 2Cr
2.3,11,14; Ed 3.7; Ne 13.16; SI 45.12; JI 3.3-6; Am 1.9; At 12.20). Outros
livros proféticos também incluem oráculos contra Tiro e Sidom (Is 23.1-22; JI
3.4, Am 1.9-10; Zc 9.2-3).
1. Profecia de julgamento contra Tiro (26.1-21).
Neste capítulo veremos somente oráculos de
julgamento contra Tiro. Ezequiel apresentou um oráculo de julgamento contra
Tiro.
É estranho que somente aqui se mencionam o
ano e o primeiro dia do mês, mas não se menciona o mês propriamente dito.
Então, foi nessa data, 01/??/11, que veio a palavra profética para Ezequiel
acerca de Tiro.
A palavra é dirigida ao Filho do homem para
reparar no que o povo da cidade de Tiro estava dizendo que Jerusalém, a rival
no comércio, estava arrasada.
Tiro se beneficiaria da queda de Jerusalém.
Judá em várias ocasiões controlou um longo segmento da vital estrada
internacional ao longo da planície costeira até o Egito e as rotas do porto de
Eziom-Geber, pela ligação com o lucrativo comércio vindo da Arábia e da África.
O infortúnio de Jerusalém eliminaria negociações com um poderoso parceiro
intermediário e aumentaria o benefício comercial para Tiro.
Por causa disso, o Senhor estaria sendo
contra Tiro e faria subir contra ela diversas nações, como as ondas do mar que
nunca cessam de chegar.
O profeta emprega um jogo de palavras:
Tiro, em hebraico se parece com a palavra rocha (penha), e Deus deixaria a ilha
como uma penha descalvada (26.4,14).
E em função disso, ela viria a se tornar um
lugar de enxugar redes apenas, um lugar de despojo das nações, sendo que até
suas filhas – cidades próximas – seriam mortas à espada. Nesse tempo haveriam
de saber que o Senhor é Deus, como sempre quando não haveria mais jeito para
ela.
Imediatamente após a queda de Jerusalém,
Nabucodonosor instituiu o cerco a Tiro. A parte da cidade que estava no
continente foi ocupada rapidamente em 585 a.C., mas a fortaleza na ilha
resistiu aos exércitos da Babilônia durante treze anos, até cair em 572 a.C.
(cf. 29.17-18).
Dos versos 8 ao 18, Ezequiel descreve como
será a ruína da cidade e como ela será atacada em suas torres, muralhas. Por causa
da multidão do inimigo, ele cobrirá a cidade com o pó de seus cavalos, onde até
os muros tremerão pelo estrondo dos cavaleiros em marcha de guerra.
Eles matarão, exterminarão e roubarão as
riquezas de Tiro, saquearão as suas mercadorias, derrubarão os muros, arrasarão
as casas agradáveis e lançarão no meio das águas suas pedras, madeiras e solo.
A destruição será tão intensa que afetará
todos em todos os lugares.
Ao final – vs. 17 e 18 – ele propõe um
canto fúnebre que irão cantar para ela falando de sua destruição.
que veio a
mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez
26:2 Filho do homem,
visto
como Tiro disse no tocante a Jerusalém:
Ah!
está quebrada a porta dos povos;
está
aberta para mim;
eu me
encherei, agora que ela está assolada;
Ez 26:3 portanto assim diz o Senhor
Deus:
Eis que eu
sou contra ti, ó Tiro,
e
farei subir contra ti muitas nações,
como
o mar faz subir as suas ondas.
Ez 26:4 Elas
destruirão os muros de Tiro,
e
derrubarão as suas torres;
e
eu varrerei o seu solo,
e
dela farei uma rocha descalvada.
Ez 26:5 Ela
virá a ser no meio do mar um enxugadouro de redes;
pois
eu o falei, diz o Senhor Deus;
e
ela servirá de despojo para as nações.
Ez 26:6
Também suas filhas que estão no campo
serão
mortas à espada;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Ez 26:7 Porque assim diz o Senhor Deus:
Eis que eu
trarei contra Tiro a Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, desde o norte, o rei dos reis,
com
cavalos, e com carros, e com cavaleiros, sim,
companhias
e muito povo.
Ez 26:8 As
tuas filhas ele matará à espada no campo;
e
construirá fortes contra ti,
levantará
contra ti uma tranqueira,
e
alçará paveses contra ti;
Ez 26:9
dirigirá os golpes dos seus arietes contra os teus muros,
e
derrubará as tuas torres com os seus machados.
Ez 26:10 Por
causa da multidão de seus cavalos te cobrirá o seu pó;
os
teus muros tremerão com o estrondo dos cavaleiros,
e
das carroças, e dos carros,
quando
ele entrar pelas tuas portas,
como quem
entra numa cidade em que se fez brecha.
Ez 26:11 Com
as patas dos seus cavalos pisará todas as tuas ruas;
ao
teu povo matará à espada,
e
as tuas fortes colunas cairão por terra.
Ez 26:12
Também eles roubarão as tuas riquezas
e
saquearão as tuas mercadorias;
derrubarão
os teus muros
e
arrasarão as tuas casas agradáveis;
e lançarão no
meio das águas as tuas pedras,
as
tuas madeiras, e o teu solo.
Ez 26:13 E eu
farei cessar o arruído das tuas cantigas,
e
o som das tuas harpas não se ouvira mais;
Ez 26:14 e
farei de ti uma rocha descalvada;
viras
a ser um enxugadouro das redes,
nunca
mais serás edificada;
pois
eu, o Senhor, o falei, diz o Senhor Deus.
Ez 26:15 Assim diz o Senhor Deus a Tiro:
Acaso não
tremerão as ilhas com o estrondo da tua queda,
quando
gemerem os feridos,
quando
se fizer a matança no meio de ti?
Ez 26:16
Então todos os príncipes do mar descerão dos seus tronos,
e
porão de lado os seus mantos,
e
despirão as suas vestes bordadas;
de
tremores se vestirão;
sobre
a terra se assentarão;
e
estremecerão a cada momento,
e de
ti se espantarão.
Ez 26:17 E
farão uma lamentação sobre ti, e te dirão:
Como
pereceste, ó povoada de navegantes, ó cidade afamada,
que
foste forte no mar!
tu e os teus
moradores que atemorizastes
a
todos os que habitam ao teu redor!
Ez 26:18
Agora estremecerão as ilhas no dia da tua queda;
sim,
as ilhas, que estão no mar,
espantar-se-ão
da tua saída.
Ez 26:19 Pois assim diz o Senhor Deus:
Quando eu te
fizer uma cidade assolada,
como
as cidades que não se habitam,
quando fizer
subir sobre ti o abismo,
e
as muitas águas te cobrirem,
Ez 26:20
então te farei descer com os que descem à cova,
ao
povo antigo, e te farei habitar
nas
mais baixas partes da terra,
em lugares
desertos de há muito,
juntamente
com os que descem à cova,
para que não
sejas habitada;
e
estabelecerei a glória na terra dos viventes.
Ez 26:21
Farei de ti um grande espanto, e não mais existirás;
embora
te procurem, contudo, nunca serás achada,
diz
o Senhor Deus.
Em seguida, nos versos finais, de 19 ao 21,
ele fala de que tornará a cidade deserta, onde não morará ninguém. Também será
coberta pelo mar com águas profundas e assim será jogada no mundo dos mortos.
Ezequiel descreveu as águas mitológicas do
caos engolfando a ilha e os seus habitantes. Água e cova eram metáforas
bíblicas comuns para morte ou domínio dos mortos (águas: Ex 14.26; 15.5,8,10;
Jó 26.5; SI 18.16; 32.6; 69.2,14; Lm 3.54; Jn 2.5; Lc 8.24; cova:
32.18,23-24,30; Jó 33.18-30; SI 28.1; 30.3,9; 40.2; 55.23; 69.15; 88.4,6;
103.4; 143.7; Pv 1.12; Is 14.15; 30.33; 38.18; Ez 31.14,16; Jn 2.6). As duas
imagens são combinadas em SI 69.15; Ez 28.8; Jn 2.6.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.