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sábado, 7 de novembro de 2015

Atos 6.1-15 - A INSTITUIÇÃO DO DIACONATO!

Como já dissemos, Atos foi escrito para orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao mundo gentio. Estamos no capítulo 6, da parte II.
Breve síntese do capítulo 6
Temos neste capítulo a instituição do diaconato por conta de um problema natural surgido entre os helenistas e os hebreus relacionados às suas viúvas.
Foi necessária a separação entre eles daqueles que serviriam e se dedicariam à oração e à ministração da palavra e aqueles que iriam servir às mesas. Assim, foram escolhidos sete varões cujas características se aplicam a todos os que devem servir a Cristo, no diaconato:
  • De boa reputação.
  • Cheios do Espírito.
  • Cheios de sabedoria.
Os apóstolos impõem as suas mãos sobre eles para os consagrarem a esse serviço e desta forma a igreja ia crescendo e conquistando muitos adeptos, inclusive sacerdotes por conta das coisas que Jesus permitiu que fizessem por meio de seu nome.
A partir do verso sete, a história começa a se concentrar em um diácono: Estevão cujo rosto contemplado pelos adversários parecia em sua aparência a de um anjo.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO EM JERUSALÉM (3.1-7.60) - continuação.
Como dissemos, os apóstolos testemunharam de Cristo primeiramente em Jerusalém, conforme foram instruídos, realizando milagres e pregando o evangelho de Cristo; porém, sofreram muitas perseguições. A igreja cresceu em Jerusalém e com esse crescimento sobrevieram discórdias internas. Mesmo assim, a igreja permaneceu firme e continuou a crescer em número em Jerusalém.
Essa parte II foi dividida em seis seções: A. O milagre e o sermão de Pedro no Templo (3.1-26) – já vimos; B. A perseguição pelo Sinédrio (4.1-31) – já vimos; C. A vida em comunidade entre os cristãos (4.32-5.11) – já vimos; D. Nova perseguição pelo Sinédrio (5.12-42) – já vimos; E. Continuação da vida em comunidade entre os cristãos (6.1-7) – veremos agora; e, F A perseguição, o sermão e o martírio de Estêvão (6.8-7.60) – começaremos a ver agora.
E. Continuação da vida em comunidade (6.1-7).
Veremos nos próximos sete versículos, a continuação da vida em comunidade entre os cristãos. Alternando entre perseguições e vida comunitária, Lucas retorna novamente aos acontecimentos da vida cristã em comunidade.
Surgiu na igreja uma discussão entre os judeus palestinos e os judeus helenistas que foi resolvida com os apóstolos sugerindo que a igreja escolhesse alguns servos para auxiliar em sua organização.
Essa solução demonstrou a necessidade de liderança, ordem e serviço dentro da igreja.
As viúvas dos judeus de fala grega estavam sendo esquecidas na distribuição diária dos alimentos e isso estava trazendo transtornos ao povo.
O Antigo Testamento exigia que as pessoas demonstrassem compaixão pelos pobres e necessitados. Essa preocupação é percebida nas ações que foram postas em prática em 2.44-45; 4.34-37.
Aqui, porém, surgiu o velho problema da discriminação social: as viúvas dos judeus gregos eram consideradas como estrangeiras pelos judeus hebraicos nativos e, por isso, não estavam sendo atendidas pela distribuição habitual de alimentos (provavelmente disponíveis, em parte, pelas contribuições generosas relatadas em 4.34-37).
Isso constrangeu a todos e trouxe um problema que necessitaria de resolução entre os doze. Matias agora pertencia ao grupo dos doze apóstolos (1.26), o que representa uma alteração no termo 'os onze' (1.26; 2.14; Lc 24.9,33).
Essa citação “discípulos”, no verso dois, é a primeira de uma série de ocorrências em Atos nas quais os cristãos agora são chamados de “discípulos” (p. ex.. 6.7; 9.1; 11.26; 13.52). Contudo, Paulo não empregou esse termo para se referir aos cristãos.
Eles estavam preocupados com o ministério da palavra de Deus que começava a ficar sufocada pelas atividades necessárias do dia-a-dia.
Nessa questão que envolveu a organização inicial da igreja, Lucas registra dois ministérios importantes da igreja do Novo Testamento:
(1)     O ministério da palavra e da oração (vs. 4).
(2)     O ministério de suprir as necessidades físicas dos cristãos, resumido na expressão "servir às mesas".
O grego utiliza o verbo diakoneo ("servir"), de onde procede a palavra portuguesa para "diácono".
Em 6.1, a forma nominal desse verbo é traduzida como "distribuição", sendo empregada também para se referir ao "ministério" dos apóstolos no vs. 4.
As qualificações para o ofício de diácono estão descritas em 1Tm 3.8-13.
Os membros da igreja elegeram sete homens que foram ordenados (separados para o serviço) pelos apóstolos por meio da oração e da imposição de mãos (vs. 6). Eles eram cheios do Espírito e de sabedoria. Em qualquer época, há dois requisitos para o ministério de servir:
ü  Obediência ao Espírito.
ü  Ação orientada pela sabedoria.
Essa ação proposta pelos doze agradou a igreja. Todos os homens tinham nomes gregos, o que pode indicar que eram judeus da dispersão. Contudo, nessa época muitos judeus palestinos tinham nomes gregos (p. ex., Simão Pedro).
O primeiro e o último da lista receberam o registro de suas qualidades: Estêvão ("homem cheio de fé e do Espírito Santo") recebeu esse atributo por causa de sua atuação em 6.8-7.60; e Nicolau ("prosélito de Antioquia") presumivelmente para indicar a natureza cosmopolita de seu serviço e salientar Antioquia, que em breve seria alvo e centro de atividade missionária.
As qualidades de Filipe também são apontadas (8.5-6,26-40), em virtude de seu posterior ministério na Samaria e seu encontro com o eunuco etíope.
F A perseguição, o sermão e o martírio de Estêvão (6.8-7.60).
A partir do vs. 8 até ao final do próximo capítulo, veremos a perseguição, o sermão e o martírio de Estêvão, um dos sete diáconos.
Estêvão foi o primeiro mártir da igreja cristã. Seu sermão revelou o fracasso espiritual da Israel do Antigo Testamento e apresentou a esperança que é oferecida em Cristo. Contudo, a pregação dessa mensagem causou o seu assassinato.
Lucas encantou-se com a coragem e fé de Estêvão ao enfrentar seus oponentes. Essas ações de Estêvão exemplificaram o poder do testemunho no Espírito em outros que não os apóstolos.
Todos os sete que foram apresentados aos apóstolos e estes impuseram as mãos sobre eles, foram:
(1)   Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo. Ele realizava grandes maravilhas e sinais entre o povo.
(2)   Filipe, posteriormente realizou milagres semelhantes (8.6) àqueles dos apóstolos que o haviam ordenado.
(3)   Prócoro.
(4)   Nicanor.
(5)   Timom.
(6)   Pármenas.
(7)   Nicolau, um convertido ao judaísmo, proveniente de Antioquia.
Movidos de inveja, ódio e cheios de Satanás, os membros da chamada sinagoga dos libertos (era formada por judeus que haviam sido libertos da escravidão), dos judeus de Cirene (uma conhecida cidade ao norte da África) e de Alexandria, bem como das províncias da Cilícia (uma província romana localizada no sudeste da Ásia Menor. Tarso, cidade natal de Paulo - 9.11,30; 11.25 -, era uma das cidades mais importantes dessa região.) e da Ásia (uma província romana que se localizava a oeste da atual Turquia), começaram a discutir com Estevão.
Como não podiam com ele prevalecer, usaram de malignos artifícios para o prenderem e o acusaram, falsamente, de ter blasfemado contra Moisés e contra Deus – vs. 11.
A oposição ferrenha contra Estêvão incluiu subornar falsas testemunhas, incitar o povo e os líderes, prender Estêvão e levá-lo perante o Sinédrio.
Embora Estevão, à luz do evangelho, talvez tenha começado o seu sermão expressando certa preocupação quanto à observância superficial dos detalhes técnicos da lei, o que de fato falou (ver o cap. 7) era que Moisés - do mesmo modo que Jesus e o próprio Estêvão - foi rejeitado pelo seu povo (7.35,39). Isso não deveria ter sido considerado como blasfêmia contra Moisés e Deus.
Estêvão também não fez objeções ao templo; apenas declarou que Deus não está confinado às construções feitas pelos homens, uma vez que o céu é sua habitação e seu trono (7.48-50).
Na verdade, Estêvão estava confirmando a lei e os ensinamentos de Moisés, especialmente porque eles apontavam para Cristo (7.37-38; cf. 1 Rs 8.27; 2Cr 2.6; 6.18).
As testemunhas falsas o acusavam de falar contra este lugar santo e contra a lei e que também esse Jesus, o Nazareno, destruiria aquele lugar e mudaria os costumes que Moisés havia ligado a eles.
A liderança judaica conhecia essa mal interpretada citação de Jesus (Jo 2.19), mas não há evidências de que Estêvão a conhecesse ou a tivesse pronunciado.
Estêvão não teve dúvida em defender que os costumes judaicos deveriam se ajustar ao evangelho.
Lucas destaca no vs. 15 que aqueles homens que estavam olhando para Estevam - todos os que estavam sentados no Sinédrio - observavam que o rosto dele parecia o rosto de um anjo.
At 6:1 Ora, naqueles dias,
multiplicando-se o número dos discípulos,
houve murmuração dos helenistas contra os hebreus,
porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas
na distribuição diária.
At 6:2 Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram:
Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus
para servir às mesas.
At 6:3 Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens
de boa reputação,
cheios do Espírito
e de sabedoria,
aos quais encarregaremos deste serviço;
At 6:4 e, quanto a nós, nos consagraremos
à oração
e ao ministério da palavra.
At 6:5 O parecer agradou a toda a comunidade;
e elegeram Estêvão,
homem cheio de fé
e do Espírito Santo,
Filipe,
Prócoro,
Nicanor,
Timão,
Pármenas
e Nicolau, prosélito de Antioquia.
At 6:6 Apresentaram-nos perante os apóstolos,
e estes, orando,
lhes impuseram as mãos.
At 6:7 Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém,
se multiplicava o número dos discípulos;
também muitíssimos sacerdotes obedeciam à fé.
At 6:8 Estêvão,
cheio de graça e poder,
fazia prodígios
e grandes sinais entre o povo.
At 6:9 Levantaram-se, porém, alguns
dos que eram da sinagoga chamada
dos Libertos, dos cireneus, dos alexandrinos
e dos da Cilícia e Ásia,
e discutiam com Estêvão;
At 6:10 e não podiam resistir à sabedoria
e ao Espírito, pelo qual ele falava.
At 6:11 Então, subornaram homens que dissessem:
Temos ouvido este homem proferir blasfêmias
contra Moisés
e contra Deus.
At 6:12 Sublevaram
o povo,
os anciãos
e os escribas
e, investindo,
o arrebataram, levando-o ao Sinédrio.
At 6:13 Apresentaram testemunhas falsas, que depuseram:
Este homem não cessa de falar contra o lugar santo e contra a lei;
At 6:14 porque o temos ouvido dizer que esse Jesus,
o Nazareno,
destruirá este lugar
e mudará os costumes que Moisés nos deu.
At 6:15 Todos os que estavam assentados no Sinédrio,
fitando os olhos em Estêvão,
viram o seu rosto como se fosse rosto de anjo.
O crescimento e avanço da igreja era notório e isto enfureceu e despertou a inveja na oposição que primeiramente tentou discutir com ele, mas não pode por causa de sua sabedoria e conhecimento. Sendo assim, logo começou a mentir e a planejar o mal contra eles.
A lição que fica é que quando estivermos pregando com sabedoria e poder de Deus, muitos se converterão, mas outros, por causa da inveja, terão forças para planejarem o mal e o executarem. E agora, deixaremos de pregar por causa disso?
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.