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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

I Timóteo 2 1-15 - UM SÓ MEDIADOR: JESUS CRISTO!

Como já dissemos, Paulo escreveu essa epístola para orientar Timóteo em sua oposição aos falsos mestres em Éfeso. Estamos no capítulo 2/6.
Breve síntese do capítulo 2.
Diz Paulo que somente há um mediador e este entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem! Assim, minha frase abaixo tem efeito:
  • Deus usa os homens
  • Para falar aos homens
  • A palavra de salvação dos homens (desejada por anjos – I Pe 1:12)
  • Por meio de um mediador, também homem (I Tm 2:5; Hb 9:15)
  • O qual a si mesmo se deu em resgate dos homens (I Tm 2:6)
  • Porque somente um homem, poderia morrer por outro homem (Hb 9:12)
  • E somente um Deus poderia satisfazer a justiça de Deus.
  • Jesus Cristo é este homem, é este Deus (varão aprovado: At 2:22)
ü  Morreu pelos homens
ü  Satisfez a justiça de Deus
O desejo de Deus é de que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade por isso também pregamos o evangelho.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. A CONDUTA NA IGREJA (2.1-3.16).
Paulo desafiou a desarmonia dos falsos mestres ao resumir suas ideias a respeito da oração, da modéstia no culto e da liderança da igreja. Dos vs. 2.1 ao 3.16, estaremos vendo essa conduta na igreja.
Paulo continuou a orientar Timóteo a respeito de suas responsabilidades em Éfeso ao falar da vida cristã dentro da comunidade da igreja.
É provável que ele tenha continuado a abordar as questões levantadas pelos falsos mestres.
Ele estava preocupado principalmente com três questões: o modo como as orações e o culto deveriam ser conduzidos (2.1-15), as qualificações dos líderes da igreja (3.1-13) e a responsabilidade de Timóteo (3.14-16). Elas formarão nossa divisão proposta, seguindo a BEG: A. Oração e culto (2.1-15) – veremos agora; B. Liderança da igreja (3.1-13); e, C. A responsabilidade de Timóteo (3.14-16).
A. Oração e culto (2.1-15).
A primeira questão importante dessa seção – vs. 1 ao 15 - era a maneira em que deveriam ser feitas as orações e os cultos. Aparentemente, havia surgido alguma confusão na igreja em relação a essas questões.
Sua discussão divide-se em três partes: a prática de orações por todos os homens (vs. 1-7), as orações dos homens (vs. 8) e as orações das mulheres (vs. 9-15). Elas também formarão nossa divisão proposta: 1. Oração por todos os homens (2.1-7) – veremos agora; 2. Homens no culto (2.8) – veremos agora; e, 3. Mulheres no culto (2.9-15) – também veremos agora.
1. Oração por todos os homens (2.1-7).
Paulo começou encorajando os crentes a fazer orações para as diversas autoridades pelo bem do evangelho. Isso o levou a afirmar a ação redentora de Deus em Cristo e a uma digressão sobre o seu próprio chamado como apóstolo aos gentios.
Em resposta à estreita perspectiva dos falsos mestres (vs. 7; cf. 1.7), Paulo abordou a questão daqueles por quem os cristãos deveriam orar.
Como pode ser visto pela frase seguinte ("em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade"), isso não significa que é por “todos os seres humanos", mas sim por "todos os tipos de pessoas", qualquer que seja a sua posição na vida.
Isso não significa que Deus, de modo soberano, deseja que todas as pessoas sejam salvas, pois se assim fosse, a todos salvaria. Pode referir-se à benevolência generalizada de Deus em que de não sente prazer na morte dos perversos, ou pode significar que Deus deseja que todos os tipos de pessoas sejam salvos (ou seja, Deus não exclui certos tipos de pessoas da eleição para a salvação). A BEG recomenda aqui a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A vontade de Deus", em Ez 18.
Diante dos fatos, em João 9, após curar um cego de nascença, Jesus explica que viera a este mundo para juízo – Jo 9.39.
A primeira vinda de Cristo não iniciou imediatamente o juízo final (3.17; 12.47), mas confrontou, inevitavelmente, os seres humanos com a obrigação de se posicionarem contra ou a favor de Jesus (Mt 12.30; Lc 11.23).
É necessário e mesmo vital que se faça uma escolha! O filtro de Deus em relação aos homens não é quem é mais inteligente, nem sábio, nem poderoso, nem tolo, nem pobre, nem quem faz mais obras, ou menos, mas o que tem fé! O filtro de Deus em relação aos homens é a fé! Você escolhe dar crédito a Ele ou rejeitá-lo.
Essa afirmação “há um só Deus” – vs. 5 - é fundamental da religião judaica (Dt 6.4; cf. Rm 3.30; 1Co 8.6; GI 3.20; Ef 4.6). Não é o caso de haver um Deus para os judeus e outro para os gentios; existe apenas um único Deus para todos os tipos de pessoas.
Um só Mediador entre Deus e os homens. Existe apenas Um que serve de árbitro entre Deus e o homem e os reconcilia. Cristo Jesus, homem. A plena humanidade de Cristo é essencial para a sua obra como mediador da aliança da graça (Hb 2.9-18).
Por meio de sua morte na cruz - o qual a si mesmo se deu em resgate -, Cristo pagou o preço necessário para livrar o povo de seus pecados (Mt 20.28; Mc 10.45; Tt 2.14; 1Pe 1.18-19); portanto, ele é "um só Mediador (vs. 5) por todos, ou seja, por "todos os tipos de homens".
A salvação não está limitada a nenhum grupo étnico em particular, ou gênero, ou a qualquer outra subdivisão da humanidade. Esse "todos" é usado com frequência para representar "todos os tipos" e pode ser visto com clareza em 6.10, onde a mesma palavra grega foi traduzida como "todos os males".
Embora o valor da morte de Cristo seja infinito, o seu sacrifício na cruz foi totalmente eficaz para obter apenas a salvação dos eleitos (novamente a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "Expiação limitada", em Jo 10).
A respeito desse testemunho sobre Cristo, Paulo se tornou apóstolo – vs. 7 - ou "pregador" (2Trn 1.11) e ele afirmava a verdade, sem mentir. Uma declaração curiosa para se fazer a um amigo tão chegado, mas Paulo tinha como propósito que essa carta fosse lida diante de toda a igreja.
Ele mesmo se dizia mestre dos gentios na fé e na verdade – vs. 7. Os falsos mestres que enfatizavam a lei tinham possivelmente questionado o chamado e a missão de Paulo. Paulo insistia que Deus o havia chamado com o propósito de levar a fé de Israel aos gentios. Seu chamado aos gentios apoiava a sua exortação à igreja para que orasse em favor de todos os homens.
2. Homens no culto (2.8).
É provável que Paulo continuasse a manter o foco nas orações e no culto dentro do contexto dos falsos mestres legalistas e da visão deles a respeito dos gentios. Aparentemente, a controvérsia e a divisão na igreja com respeito a essas questões haviam aumentado, e então Paulo tratou delas por meio da orientação sobre os cultos.
Aqui o termo grego “varões”, traduzido "homens" é específico quanto ao sexo (também pode significar "maridos"), para diferenciar das mulheres (ou "esposas") nos vs. 9-15. Paulo tinha em mente os crentes do sexo masculino. Em 1Co 11.5, o apóstolo supôs que as mulheres também faziam orações quando a igreja se reunia para o culto em todo lugar.
E provável que esse versículo sobre o fato de orarem em todo lugar se refira ao culto público. A respeito dessa maneira de orar, levantando mãos santas - veja SI 63.4; 141.2 - sem ira e sem animosidade, Paulo não ordenou uma determinada postura física para a oração, mas assumiu que levantar as mãos faria parte do culto e da oração. Seu interesse principal era incentivar uma postura apropriada (1.5).
Sabendo que os homens em Éfeso teriam o desejo de orar e realizar cultos, Paulo insistiu para que o fizessem sem as discussões nas quais os falsos mestres costumavam se envolver.
Partindo do contexto anterior (vs.1-7), nos parece que pelo menos uma das controvérsias centrais abordadas por Paulo aqui era o relacionamento dos gentios com a lei e com os crentes judeus.
3. Mulheres no culto (2.9-15).
As controvérsias provocadas pelos falsos mestres afetavam tanto a vida das mulheres quanto a dos homens.
Como havia feito com relação aos homens, Paulo chamou as mulheres para que praticassem o culto de maneira a trazer a restauração e não agravar as divisões e discussões.
O foco continua no culto público. em traje decente... não com... vestuário dispendioso. É provável que aqui Paulo estivesse pensando nas mulheres ricas, já que seriam elas as mais propensas a ter vages dispendiosas (cf. a ênfase no lucro financeiro em 6.5).
É provável que os falsos mestres encorajassem a demonstração de prosperidade no culto, embora Paulo certamente talvez estivesse mais preocupado com a atitude de ostentar a prosperidade do que com as joias e o vestuário em si mesmos.
Como 1Co 11.5 indica, Paulo não proibia por completo toda participação verbal das mulheres durante o culto público. Aqui, como em 1Co 14.34, ele impunha o silêncio tendo em vista a unidade da igreja.
Em Corinto, a questão principal era o respeito aos maridos; aqui o problema parece ter sido o respeito pelo ensino e governo autorizados dos líderes da igreja (vs. 12).
Com isso “toda a submissão” – vs. 11 - Paulo não quis dizer que as mulheres tinham de se submeter à doutrina da igreja em todos os casos - a única lei inquestionável da fé é a própria Escritura.
Pelo contrário, ele quis dizer que elas (como os leigos do sexo masculino) não deviam usurpar ou se rebelar contra as autoridades constituídas da igreja. Isso pode bem indicar que os falsos mestres, em suas tentativas de subverter as estruturas e doutrinas corretas da igreja, estavam manipulando as mulheres (cf. 2Tm 3.6).
Aqui – vs. 12 – ao dizer que não permitiria o ensino por parte das mulheres, Paulo exerceu a sua autoridade apostólica para proibir as mulheres de exercerem certo tipo de autoridade e ensino.
A estrutura do grego referente ao “ensine – vs. 12 - implica que não se trata de urna proibição de ensinar aos homens, mas apenas proibição de "ensinar" (embora a frase "ensinar a um homem" seja uma interpretação possível).
Diversas outras passagens bíblicas mostram mulheres exercendo cargos de ensino (p. ex., Jz 4.4; 2Rs 22.14; Pv 1.8; 6.20; At 18.26: Tt 2.3). O melhor é compreender essa proibição não como se fosse contra o ato de ensinar, mas como uma proibição contra o ensino inadequado combinado com uma autoridade imprópria, que algumas mulheres buscavam e talvez exercessem dentro do contexto de Timóteo.
A proibição provavelmente era contra a ordenação das mulheres para cargos de ensino e governo como de bispos/presbíteros.
Também não permitiria ele – vs. 12 - que tivessem autoridade sobre o homem. Essa rara palavra grega, que aqui provavelmente se refere a algum nível de autoridade judicial ou governamental, é usada no Novo Testamento apenas aqui.
Parece que, sob a influência de atitudes contenciosas dos falsos mestres, algumas mulheres haviam assumido posições com autoridade de governo dentro da igreja, o que Paulo proibia (cf. 1 Co 14.34).
Paulo apelou para a criação (vs. 12; Gn 2.7, 21-22) indicando que a sua argumentação não se baseava nos costumes da época em que eles estavam vivendo. Ele fez uso de uma argumentação semelhante em 1Co 11.8-9, mas só a qualificou em 1Co 11.11-12.
Mais uma vez Paulo fez alusão a Gênesis, dessa vez ao relato da queda (Gn 3.1-6). A argumentação pode parecer injusta, já que ambos, Adão e Eva, pecaram.
Na verdade, em outras passagens Paulo não teve qualquer escrúpulo em culpar Adão pela queda (Rm 5.12-19; 1Co 15.21-22). Mas o raciocínio de Paulo está correto: foi Eva que foi "enganada" pela serpente.
A argumentação de Paulo aqui, com ênfase naquela que foi enganada, provavelmente representava o relativo sucesso que os falsos mestres haviam tido em Éfeso em levar as mulheres a se desviarem do caminho (5.11-15; 2Tm 3.6-7), não sendo indicação que ele achava as mulheres mais simplórias do que os homens. No caso da queda, em Gênesis, houve o silêncio de Adão e aqui, não poderia mais acontecer isso.
Paulo usou essa palavra - será preservada através de sua missão de mãe. Ou, "será salva" -, aqui traduzida como "preservada" – vs. 15 -, como ele a usava normalmente, com o sentido de "redimida do pecado", desse modo contrastando o fato de ter sido enganada e levada a pecar (vs. 14) com o fato de ser salva desse pecado.
Essa alusão a Gênesis salienta a declaração de Deus a Eva depois da queda em relação a sua missão de mãe Gn 3.16).
Existem três interpretações relevantes para essa passagem:
(1)     As mulheres são salvas por meio do nascimento de Cristo.
(2)     As mulheres são preservadas ao dar à luz.
(3)     As mães cristãs demonstrarão fé salvadora sendo mães fiéis.
Compare com as palavras de Paulo sobre as viúvas e a criação de filhos (5.10,14). Fica claro que a missão de mãe não é a base para a salvação, mas é o exemplo perfeito de responsabilidade e obra de devoção que deve caracterizar a mulher fiel que "desenvolve" a sua salvação (Fp 2.12).
Essa qualificação - se ela permanecer em fé, e amor, e santificação, com bom senso - demonstra que Paulo não estava sugerindo que dar à luz um filho seja um ato que mereça a salvação; isso contradiria a doutrina da justificação pela graça por meio da fé.
Pelo contrário, seu ponto parece ser que aquelas mulheres em Éfeso, as quais tinham sido enganadas pelos falsos mestres, precisavam se concentrar em sua missão apropriada e principalmente em suas atitudes (1.5,19; 2.8-10).
I Tm 2:1 Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de
súplicas,
orações,
intercessões,
ações de graças,
em favor de todos os homens,
I Tm 2:2 em favor dos reis
e de todos os que se acham investidos de autoridade,
para que vivamos
vida tranquila e mansa,
com toda piedade e respeito.
I Tm 2:3 Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador,
I Tm 2:4 o qual deseja
que todos os homens sejam salvos
e cheguem ao pleno conhecimento da verdade.
I Tm 2:5 Porquanto
há um só Deus
e um só Mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus, homem,
I Tm 2:6 o qual a si mesmo se deu em resgate por todos:
testemunho que se deve prestar
em tempos oportunos.
I Tm 2:7 Para isto fui designado
pregador
e apóstolo (afirmo a verdade, não minto),
mestre dos gentios
na fé
e na verdade.
I Tm 2:8 Quero, portanto, que os varões
orem em todo lugar,
levantando mãos santas,
sem ira e sem animosidade.
I Tm 2:9 Da mesma sorte, que as mulheres,
em traje decente,
se ataviem com modéstia e bom senso,
não com cabeleira frisada
e com ouro,
ou pérolas,
ou vestuário dispendioso,
I Tm 2:10 porém com
boas obras (como é próprio às mulheres
que professam ser piedosas).
I Tm 2:11 A mulher aprenda em silêncio,
com toda a submissão.
I Tm 2:12 E não permito que a mulher
ensine,
nem exerça autoridade de homem;
esteja, porém, em silêncio.
I Tm 2:13 Porque, primeiro, foi formado Adão,
depois, Eva.
I Tm 2:14 E Adão não foi iludido,
mas a mulher,
sendo enganada,
caiu em transgressão.
I Tm 2:15 Todavia, será preservada
através de sua missão de mãe,
se ela permanecer
em fé,
e amor,
e santificação,
com bom senso.
Com relação às mulheres sabemos que todos temos conhecimento, mas que Deus usa e usa as mulheres quer tenham, quer não tenham títulos, ele usa e muitas vezes são mais capazes que os próprios valentões homens! Em Cristo Jesus, está escrito, já não há mais escravo, nem cita, nem grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, livre; porém Cristo é tudo em todos (Cl 3:11).
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. h
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.