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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Jeremias 12:1-17 - JEREMIAS SE QUEIXA DOS ÍMPIOS E QUER ENTENDER POR QUE PROSPERAM.

Estamos na sexta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 12.
Livro de D. M. Lloyd Jones baseado no Salmo 73. Curioso que a mesma questão tiveram Jeremias e Habacuque, além de outros que buscam a Deus e não entendem a prosperidade dos ímpios. Uma excelente leitura. Recomendamos!
VI. A QUEBRA DA ALIANÇA (11.1-13.27).
Como já dissemos, de 11.1 a 13.27, estamos vendo a aliança rompida. Esses capítulos começam com um enfoque explícito sobre a violação flagrante da aliança por Judá, uma violação que condenou a nação à maior de todas as maldições da aliança, o exílio.
Esse enfoque inicial é seguido de várias narrativas e discurso, confirmando que o julgamento é inevitável.
Esta parte VI foi dividida em três seções: A. A maldição da aliança (11.1-17) – já vimos; B. O julgamento dos opositores de Jeremias (11.18-12.17) – já começamos a ver; e, C. A maldição da aliança é confirmada (13.1-27).
B. O julgamento dos opositores de Jeremias (11.18-12.17) - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, o julgamento dos opositores de Jeremias. O anúncio de que a maldição derradeira da aliança, o exílio, estava prestes a recair sobre Judá, incita oposição ao profeta. Deus promete castigar os seus opositores.
Nos próximos dezessete versículos, dentro do tema do julgamento dos opositores de Jeremias, estaremos vendo sua queixa acerca da oposição perversa.
A violação da aliança e as ameaças pessoais contra Jeremias o levaram a lamentar a perversidade desenfreada de Judá. Deus respondeu tranquilizando o seu servo. Essa passagem é chamada, com frequência, de segunda "confissão" de Jeremias (as confissões de Jeremias: 11.18-23; 12.1-4; 15.10-21; 17.12-18; 18.18-23; 20.7-18).
Interessante a abordagem de Jeremias diante do Senhor e como ele começa o seu pleito. Em primeiro lugar, ele exalta a justiça de Deus e a coloca no seu devido lugar, ou seja, embora eu não entenda, eu sei que és justo e executarás a justiça.
Depois, ele apresenta os seus argumentos e questionamentos observando a justiça que ele sabiamente já deixou com Deus. Ele não entendia e reconhecia que tinha dificuldades. Todos nós temos até ao dia de hoje. Como pode o ímpio prosperar? O bom seria que imediatamente à sua ação maligna já viesse o seu juízo, mas o que ele faz fica encoberto e as vezes para sempre, dentro dessa vida.
Jeremias fazendo uma referência irônica ao Sl 1.3 ao mencionar que Deus os plantou, continua sua argumentação e reconhece que foi o Senhor mesmo quem os plantou e eles se arraigaram, medram e até dão frutos. Com suas bocas até o louvam, mas seus corações estão apodrecidos e nada querem com Deus a não ser a oportunidade de manterem o seu status quo.
Jeremias reconhece que os danos na terra são também devidos aos homens iníquos e não apenas decorrentes de não observância de questões ecológicas e ambientais. Sempre que há problemas numa região nunca se imagina porque aquela região está sendo infiel com Deus, antes que os problemas se dão por qualquer outro motivo.
Fomes, guerras, pestes, terrorismo, escravidão são problemas sociais graves que afetam milhões de vidas nesse planeta, mas em sua busca por melhorias ou ajudas humanitárias quem já pensou em levá-los a Deus buscando melhorias?
O homem precisa buscar mais a Deus e temê-lo a fim de que tenha dias melhores e com menos injustiças.
Deus – vs. 5 – responde a Jeremias começando com uma advertência de que as dificuldades de Jeremias aumentariam no futuro. Ele ainda estava apenas começando e, certamente, suas queixas aumentariam. Seria necessário estar firme em suas posições e jamais abandonar suas convicções.
Deus lhe avisa que ele deveria ter uma outra preocupação, mais próxima a ele, dentro de sua própria casa, pois até os teus irmãos e a casa de teu pai tem se havido aleivosamente para com ele.
Nesse contexto – vs. 7 -, o termo “minha casa” se refere à "casa de teu pai" (a família) no v. 6. Uma vez que a "casa" de Jeremias o havia abandonado, o Senhor abandonará a sua casa (ou seja, Judá) e abandonará a sua herança. Termo este “herança” que pode se referir principalmente à terra dada a Israel (Dt 4.21), mas que também pode abranger o próprio povo (8-9; 2.7).
A herança do Senhor tinha se tornado – vs. 8 - para ele como um leão na floresta, ou seja, esta é a primeira de uma série de símiles (cf. vs. 9-10) que mostram como Judá se tornou desumanizada. Judá ousou levantar a sua voz contra o Senhor e ele, em consequência, passou a aborrecê-la. Nesse contexto, aborrecer significa revogar o amor mencionado no vs. 7. Inclui também a ira de Deus e a intenção de aplicar as maldições da aliança (cf. Lv 26.30).
Deus indaga se a sua herança seria para ele como uma ave de rapina de várias cores que se juntam contra ela outras aves de rapina. Deus então dá ordens para que ali se ajuntem outros animais para também a devorarem.
No verso 10, muitos pastores destruíram a sua vinha, ou seja, os pastores aqui, nesse caso, eram uma referência a governantes estrangeiros (6.3). Essa imagem é combinada com a da vinha (2.21; 5.10; 6.9) e o pastoreio era uma ameaça literal ao cultivo de vinhas que eram uma porção que era o seu prazer - Is 5.7.
O que fizeram então? Tornaram em assolação a terra – vs. 11. Sendo assim, ela, desolada, passa ela a clamar ao Senhor. Toda a terra está assolada e ninguém parece se importar com isso.
A espada do Senhor trazendo o seu juízo não deixa escapar nada na terra. Desde todos os altos desnudos até a outra extremidade da terra, não há paz para ninguém – vs. 12. Esse versículo é, pois, uma condenação às proclamações falsas de paz (6.14).
Até as suas semeaduras, corretas na forma e no jeito, não se vingaram, ainda que feitas sob medida, por causa da ira do Senhor e do fogo do ardor de sua vingança contra todos os que o rejeitam.
Conquanto os inimigos de Judá seriam usados pelo Senhor para castigar o seu povo, eles próprios também seriam julgados. Deus então diz que os arrancará da sua terra, o que nos lembra 1.10 “Olha, ponho-te neste dia sobre as nações,                 e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares; e também para edificares e plantares”. No segundo caso, Judá seria "arrancada" do meio de seus inimigos na salvação posterior ao julgamento. Essa ideia é desenvolvida nos caps. 30-33.
Interessante este verso 15 que nos mostra uma reviravolta surpreendente que prenuncia uma restauração que incluiria a salvação das nações gentias. Como outros profetas, Jeremias antevê a inclusão dos gentios na salvação planejada por Deus (16.19; 46.26; 48.47; 49.6; Is 40.5; 42.6).
Jr 12:1 Justo és, ó Senhor,
ainda quando eu pleiteio contigo;
contudo pleitearei a minha causa diante de ti.
Por que prospera o caminho dos ímpios?
Por que vivem em paz todos os que procedem aleivosamente?
Jr 12:2 Plantaste-os, e eles se arraigaram;
medram, dão também fruto;
chegado estás à sua boca, porém longe do seu coração.
Jr 12:3 Mas tu, ó Senhor, me conheces,
tu me vês, e provas o meu coração para contigo;
tira-os como a ovelhas para o matadouro,
e separa-os para o dia da matança.
Jr 12:4 Até quando lamentará a terra,
e se secará a erva de todo o campo?
Por causa da maldade dos que nela habitam,
perecem os animais e as aves;
porquanto disseram:
Ele não verá o nosso fim.
Jr 12:5 Se te fatigas correndo com homens que vão a pé,
então como poderás competir com cavalos?
Se foges numa terra de paz,
como hás de fazer na soberba do Jordão?
Jr 12:6 Pois até os teus irmãos, e a casa de teu pai,
eles mesmos se houveram aleivosamente contigo;
eles mesmos clamam após ti em altas vozes.
Não te fies neles, ainda que te digam coisas boas.
Jr 12:7 Desamparei a minha casa, abandonei a minha herança;
entreguei a amada da minha alma na mão de seus inimigos.
Jr 12:8 Tornou-se a minha herança para mim como leão
numa floresta; levantou a sua voz contra mim,
por isso eu a odeio.
Jr 12:9 Acaso é para mim a minha herança como uma ave de rapina
de varias cores? Andam as aves de rapina contra ela
em redor?
Ide, pois, ajuntai a todos os animais do campo,
trazei-os para a devorarem.
Jr 12:10 Muitos pastores destruíram a minha vinha,
pisaram o meu quinhão;
tornaram em desolado deserto o meu quinhão aprazível.
Jr 12:11 Em assolação o tornaram; ele, desolado, clama a mim.
Toda a terra está assolada, mas ninguém toma isso a peito.
Jr 12:12 Sobre todos os altos escalvados do deserto
vieram destruidores, porque a espada do Senhor
devora desde uma até outra extremidade da terra;
não há paz para nenhuma carne.
Jr 12:13 Semearam trigo, mas segaram espinhos;
cansaram-se, mas de nada se aproveitaram;
haveis de ser envergonhados das vossas colheitas,
por causa do ardor da ira do Senhor.
Jr 12:14 Assim diz o Senhor acerca de todos os meus maus vizinhos,
que tocam a minha herança que fiz herdar
ao meu povo Israel:
Eis que os arrancarei da sua terra,
e a casa de Judá arrancarei do meio deles.
Jr 12:15 E depois de os haver eu arrancado,
tornarei, e me compadecerei deles,
e os farei voltar cada um à sua herança,
e cada um à sua terra.
Jr 12:16 E será que, se diligentemente aprenderem
os caminhos do meu povo, jurando pelo meu nome:
Vive o Senhor; como ensinaram o meu povo
a jurar por Baal;
então edificar-se-ão no meio do meu povo.
Jr 12:17 Mas, se não quiserem ouvir,
totalmente arrancarei a tal nação, e a farei perecer,
diz o Senhor.
Seguindo o raciocínio, o verso 16 dá continuidade à ideia do vs. 15 - Is 19.25 também nos dá um uso igualmente surpreendente de "meu povo" com referência ao Egito.
Por fim, uma exortação perigosíssima para aqueles que a negligenciarem. É como a palavra dita que para os ímpios não haverá paz ou descanso – Is 57:21; Hb 4:9. A nação que não quiser ouvir, será arrancada e perecerá, diz o Senhor.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.