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quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Lucas 14.-35- SE ALGO TE DOMINA, ESTE É TEU SENHOR E VOCÊ SEU ESCRAVO!

Como já dissemos o evangelho de Lucas foi escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas as nações. Estamos no capítulo 14, parte IV.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27) - continuação.
Como já dissemos, até o capítulo 19, veremos o ministério público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Assim, nós dividimos essa quarta parte conforme a BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – já vimos; B. Ensino sobre oração (11.1-13) – já vimos; C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26) – já vimos; D. Bênção e julgamento (11.27-13.9) – já vimos; E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17) – já vimos; F O reino de Deus (13.18-14.24) – concluiremos agora; G. Ensino sobre discipulado (14.25-35) - veremos agora; H. Três parábolas sobre os perdidos (15.1-32); I. Sobre dinheiro e serviço (16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L. Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A parábola das minas (19.11-27).
Breve síntese do capítulo 14.
Jesus, provocando mesmo os intérpretes da lei e os fariseus, faz questão de realizar curas extraordinárias no dia de sábado, mas aqui na cura deste homem hipódrico ninguém ousou se quer falar qualquer coisa. Jesus é o Senhor do sábado.
E quando formos dar uma festa, quem devemos convidar? Geralmente, convidamos nossos parentes e amigos que, certamente, irão retribuir em algum dia, mas Jesus nos orienta a termos um coração generoso e desprendido das coisas.
Ser um seguidor de Jesus não é uma mera opção interessante, antes é a nossa vida! Quem não seguir a Jesus, estará seguindo e sendo escravo do pecado. Em Cristo, agora iremos escolher a quem obedecer.
Veja o que está dito em Romanos 6:16: “Não sabeis que daquele a quem vos ofereceis como servos para obediência, desse mesmo a quem obedeceis sois servos, seja do pecado para a morte ou da obediência para a justiça?”.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
F. O reino de Deus (13.18-14.24) - continuação.
Doravante, a partir dos vs. 18 até o próximo capítulo, vs. 24, veremos o Reino de Deus. Lucas registra uma série de ilustrações que Jesus usou para explicar o modo inesperado pelo qual o reino de Deus estava chegando. Ele deixou claro que o reino estava vindo gradualmente, e que os gentios tomariam o lugar de muitos judeus no reino.
Parece que o jantar de sábado era uma refeição importante (toda a comida era preparada no dia anterior). Os fariseus estavam ali observando, evidentemente, com o objetivo de pegá-lo violando alguma observância do sábado.
Também ali estava um homem hidrópico. Uma doença que causa acúmulo de fluídos nas cavidades do corpo (em todo o Novo Testamento, só é mencionada aqui).
Jesus, não suportando a hipocrisia reinante, logo os provoca: é ou não é lícito curar no sábado? No entanto, os covardes se calaram, mas Jesus curou o homem e o despediu.
Agir dessa maneira em casos de emergência testemunhava a favor da verdade, isto é, de que é lícito realizar atos de misericórdia no sábado. Foi exatamente o que Jesus fez.
Os judeus certamente retirariam uma criança de um poço, e até mesmo um boi, num dia de sábado, ainda que isso fosse tecnicamente considerado como trabalho.
Curar no dia de sábado não era contra a lei de Moisés, embora fosse proibido pelas regulamentações dos escribas (a menos que houvesse risco de morte).
Diante de tanta luz, quem pode replicá-lo ou se opô-lo?
Pacientemente, querendo ensinar para que houvesse o arrependimento, Jesus lhes conta uma breve história com um fundo moral apropriado ao momento ao observar como escolhiam os convidados os primeiros lugares. Conseguir um lugar perto do convidado de honra era algo que todos buscavam com avidez.
Jesus não estava dando um conselho mundano, mas defendendo a humildade genuína, como mostra o vs. 11 (cf. 18.14; Mt 23.12).
Não se deve esperar recompensa por ser hospitaleiro. A genuína hospitalidade é demonstrada quando se convida pessoas que não têm recursos ou condições de retribuir.
Um dos presentes, dos que estavam sentados à mesa, vendo e ouvindo o que Jesus falara disse que bem-aventurado seria aquele que viesse a comer pão no reino de Deus. Uma expressão piedosa convencional, pronunciada talvez com o objetivo de mudar de assunto.
E mais uma vez outra parábola contada por Jesus – a parábola da grande ceia - no gancho desse homem, aproveitando a sua fala. Evidentemente, os convidados aceitaram o convite, pois a passagem não menciona que alguém o tivesse recusado.
No entanto, um segundo convite era enviado quando o banquete estivesse pronto (pois prepará-lo levava bastante tempo), o que era comum e muito útil, pois naquela época as pessoas não tinham calendários ou relógios (cf. Et 5.8; 6.14).
As desculpas de todos os convidados à festa para não irem a mesma foram claramente desonestas, pois ninguém comprava um campo ou um boi sem antes inspecioná-lo; e mesmo que tivesse comprado, então não haveria pressa para inspecioná-lo.
O homem que se casou pode ter citado Dt 24.5 como desculpa para o seu não comparecimento, mas a lei dispensava o homem recém-casado apenas do serviço militar, e não do contato social.
Essa parábola é uma profecia da extensão do evangelho àqueles que eram considerados indignos pelos fariseus. O "pobres, os aleijados, os cegos e os coxos" (vs. 21) representavam o "povo da terra" (judeus desprezados, incapazes de cumprir os rituais tradicionais de purificação), e aqueles que viviam à margem da sociedade, pelos "caminhos e atalhos" (vs. 23), representavam os gentios. A parábola finaliza com uma advertência à elite de Israel, que rejeita o Messias: não haverá uma segunda oportunidade – vs. 24.
G. Ensino sobre discipulado (14.25-35).
Do vs. 25 ao 35, veremos o ensino sobre o discipulado. Lucas relata a maneira em que Jesus enfatizou o custo de segui-lo. O risco é grande e Jesus queria que os seus seguidores refletissem sobre o assunto com muita atenção.
Se alguém fosse a Cristo e não aborrecesse algo (pai, mãe, mulher, filhos, irmãos, irmãs, ou a sua própria vida) não seria digno do Senhor.
Aborrecer aqui significa "amar menos" (veja Gn 29.31,33; Dt 21.15, onde o mesmo verbo é traduzido como "desprezada", "preterida" e "aborrecida"). Discipulado significa amar a Jesus de modo que, em comparação, qualquer outro amor se pareça com ódio.
Para seguir a Jesus, mister seria tomar a sua cruz e ir após ele. (9.23-25). Não apenas uma delas, mas ambas: a cruz e o ir.
Percebemos em nossa vida diária que é importante avaliar o custo antes de nos comprometermos com um projeto.  
Daí porque ele conta duas parábolas envolvendo objetivos e recursos para se alcançá-las.
A primeira fala da construção de uma torre de vigia ou uma construção rural. Seria importante se assentar primeiro - indica um processo calmo e cuidadoso – se os construtores têm os recursos necessários antes de começar para não ser o caso de ter começado e visto depois que não daria nem para ter começado.
A segunda fala de um preparativo numa guerra. Nenhum rei entraria numa guerra se tivesse certeza que iria perder; portanto, ele avalia os custos antes de começar.
A primeira parábola pede francamente aos ouvintes para que avaliem com cuidado se têm condições de seguir a Cristo. A segunda possivelmente questiona no sentido contrário, isto é, se os ouvintes têm condições de recusar as exigências de Cristo.
Em ambas são exigidas renúncias sérias as coisas desta vida para poderem seguir a Cristo.
Jesus então faz uma boa análise do sal e afirma que o mesmo é bom, mas poderia se estragar. Jesus não especifica as qualidades que fazem com que o sal seja bom, mas era óbvio que tinha a propriedade de dar sabor e conservar os alimentos.
O sal que era usado nesse tempo tinha um grau de pureza muito baixo, e era possível extrair o cloreto de sódio do sal por meio de lixiviação, deixando um resíduo inútil.
Assim, os discípulos são o sal da terra que deve zelar por não se degenerar para assim estar sempre útil ao Senhor.
Lc 14:1 Aconteceu que,
ao entrar ele num sábado na casa de um dos principais fariseus
para comer pão,
eis que o estavam observando.
Lc 14:2 Ora,
diante dele se achava um homem hidrópico.
Lc 14:3 Então, Jesus,
dirigindo-se aos intérpretes da Lei e aos fariseus,
perguntou-lhes:
É ou não é lícito curar no sábado?
Lc 14:4 Eles, porém, nada disseram.
E,
tomando-o,
o curou
e o despediu.
Lc 14:5 A seguir, lhes perguntou:
Qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço,
não o tirará logo, mesmo em dia de sábado?
Lc 14:6 A isto nada puderam responder.
Lc 14:7 Reparando como os convidados
escolhiam os primeiros lugares,
propôs-lhes uma parábola:
Lc 14:8 Quando por alguém fores convidado para um casamento,
não procures o primeiro lugar; para não suceder que,
havendo um convidado mais digno do que tu,
Lc 14:9 vindo aquele que te convidou e também a ele, te diga:
Dá o lugar a este.
Então, irás, envergonhado, ocupar o último lugar.
Lc 14:10 Pelo contrário, quando fores convidado,
vai tomar o último lugar;
para que, quando vier o que te convidou, te diga:
Amigo, senta-te mais para cima.
Ser-te-á isto uma honra
diante de todos os mais convivas.
Lc 14:11 Pois todo o que se exalta
será humilhado;
e o que se humilha
será exaltado.
Lc 14:12 Disse também ao que o havia convidado:
Quando deres um jantar ou uma ceia,
não convides os teus amigos,
nem teus irmãos,
nem teus parentes,
nem vizinhos ricos;
para não suceder que eles, por sua vez,
te convidem
e sejas recompensado.
Lc 14:13 Antes, ao dares um banquete, convida
os pobres,
os aleijados,
os coxos
e os cegos;
Lc 14:14 e serás bem-aventurado,
pelo fato de não terem eles com que recompensar-te;
a tua recompensa, porém,
tu a receberás
na ressurreição dos justos.
Lc 14:15 Ora, ouvindo tais palavras,
um dos que estavam com ele à mesa, disse-lhe:
Bem-aventurado aquele que comer pão
no reino de Deus.
Lc 14:16 Ele, porém, respondeu:
Certo homem deu uma grande ceia
e convidou muitos.
Lc 14:17 À hora da ceia,
enviou o seu servo para avisar
aos convidados:
Vinde, porque tudo já está preparado.
Lc 14:18 Não obstante, todos, à uma,
começaram a escusar-se. Disse o primeiro:
Comprei um campo e preciso ir vê-lo;
rogo-te que me tenhas por escusado.
Lc 14:19 Outro disse:
Comprei cinco juntas de bois
e vou experimentá-las;
rogo-te que me tenhas por escusado.
Lc 14:20 E outro disse:
Casei-me e, por isso, não posso ir.
Lc 14:21 Voltando o servo,
tudo contou ao seu senhor.
Então, irado,
o dono da casa disse ao seu servo:
Sai depressa para as ruas e becos da cidade
e traze para aqui
os pobres,
os aleijados,
os cegos
e os coxos.
Lc 14:22 Depois, lhe disse o servo:
Senhor, feito está como mandaste,
e ainda há lugar.
Lc 14:23 Respondeu-lhe o senhor:
Sai pelos caminhos e atalhos
e obriga a todos a entrar,
para que fique cheia a minha casa.
Lc 14:24 Porque vos declaro
que nenhum daqueles homens
que foram convidados
provará a minha ceia.
Lc 14:25 Grandes multidões o acompanhavam,
e ele, voltando-se, lhes disse:
Lc 14:26 Se alguém vem a mim
e não aborrece a seu pai,
e mãe, e mulher,
e filhos, e irmãos,
e irmãs
e ainda a sua própria vida,
não pode ser meu discípulo.
Lc 14:27 E qualquer
que não tomar a sua cruz
e vier após mim
não pode ser meu discípulo.
Lc 14:28 Pois qual de vós,
pretendendo construir uma torre,
não se assenta primeiro
para calcular a despesa
e verificar se tem os meios para a concluir?
Lc 14:29 Para não suceder que,
tendo lançado os alicerces
e não a podendo acabar,
todos os que a virem zombem dele,
Lc 14:30 dizendo:
Este homem começou a construir
e não pôde acabar.
Lc 14:31 Ou qual é o rei que, indo para combater outro rei,
não se assenta primeiro para calcular
se com dez mil homens
poderá enfrentar o que vem contra ele
com vinte mil?
Lc 14:32 Caso contrário,
estando o outro ainda longe,
envia-lhe uma embaixada,
pedindo condições de paz.
Lc 14:33 Assim, pois,
todo aquele que dentre vós
não renuncia a tudo quanto tem
não pode ser meu discípulo.
Lc 14:34 O sal é certamente bom;
caso, porém, se torne insípido,
como restaurar-lhe o sabor?
Lc 14:35 Nem presta para a terra,
nem mesmo para o monturo;
lançam-no fora.
Quem tem ouvidos para ouvir,
ouça.
Por conta disso tudo, falando Jesus de que devemos planejar se podemos construir uma torre ou vencer uma guerra, se não renunciarmos a tudo quanto não poderemos nos tornar discípulos de Jesus. O discípulo de Jesus é como o sal que dá o sabor e conserva o alimento.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.