quarta-feira, 4 de novembro de 2015
quarta-feira, novembro 04, 2015
Jamais Desista
Atos 3.1-26 - EU ACREDITO! SIM, CREIO EM MILAGRES...
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 3, da parte II.
Breve síntese do capítulo 3
Tudo aqui começa com um simples milagre.
Meu Deus qual milagre é simples? Eu não me admiro de meu Deus resolver pelo
critério de sua vontade dar a sua ordem de que meu irmão volte à vida, ressuscitando-o
dos mortos... De verdade, isto não me impressiona porque eu sei em quem tenho
crido e sei que é capaz.
Porém não é Deus meu servo ou realizador de
minhas vontades, antes o servo sou eu; e, quem faz as vontades, sou eu as dele
e não ele as minhas. Estou em perfeita paz com isso, por isso creio e prego
sobre milagres.
Repito, não sou o realizador de milagres,
somente creio neles. E foi por este milagre que uma grande oportunidade veio
àquele povo e Pedro aproveitou o ensejo e fez aquela poderosa pregação
anunciando a Cristo a partir do verso 12 até o fim, verso 26.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO EM JERUSALÉM (3.1-7.60).
Os apóstolos testemunharam de Cristo
primeiramente em Jerusalém, conforme foram instruídos, realizando milagres e
pregando o evangelho de Cristo; porém, sofreram muitas perseguições. A igreja
cresceu em Jerusalém e com esse crescimento sobrevieram discórdias internas.
Mesmo assim, a igreja permaneceu firme e continuou a crescer em número em
Jerusalém.
Depois de abordar os fatos fundamentais que
aconteceram no Pentecostes, Lucas passa a registrar acontecimentos que
ocorreram à medida que o testemunho apostólico se propagava para as regiões
circunvizinhas de Jerusalém. Esses relatos nos informam sobre o sucesso
apostólico no primeiro estágio de sua comissão para propagar o evangelho a todo
o mundo.
Dividiremos essa parte II em 6 seções: A. O
milagre e o sermão de Pedro no Templo (3.1-26) – veremos agora; B. A perseguição pelo Sinédrio (4.1-31); C. A vida
em comunidade entre os cristãos (4.32-5.11); D. Nova perseguição pelo Sinédrio
(5.12-42); E. Continuação da vida em comunidade entre os cristãos (6.1-7); e, F
A perseguição, o sermão e o martírio de Estêvão (6.8-7.60).
A. O milagre e o sermão de Pedro no Templo (3.1-26).
Pedro fez o seu primeiro milagre e pregou o
seu segundo sermão no lugar mais apropriado, o templo, que havia sido a principal
instituição religiosa de Israel, pois foi o lugar onde Deus veio habitar com o
seu povo e perdoar os pecados deles.
Como apóstolo, Pedro levou ao templo a
presença de Deus em Cristo ao curar e anunciar o evangelho. Lucas registra esse
acontecimento para demonstrar que Cristo é, de várias maneiras, o templo
definitivo de Deus (cf. Ap. 21.22).
Pedro e João estavam subindo ao templo para
orarem às 3h da tarde. No mesmo momento estava sendo levado para a porta do
templo chamada Formosa um aleijado de nascença.
Os átrios do templo, e particularmente
aquele próximo à porta chamada Formosa (vs. 2), que possivelmente foi chamada
de porta de Nicanor, era feita de bronze de Corinto.
A localização exata dessa porta é incerta;
pode ser que ficasse a oeste do átrio das mulheres, que dava acesso ao átrio de
Israel, ou, talvez, fosse uma entrada no lado leste do átrio das mulheres, ou
ainda uma porta a leste do átrio das mulheres, no muro oriental do templo,
paralela ao Pórtico de Salomão (cf. Jo 10.23).
Pedro e João iam entrar no templo. Como
judeus, Pedro e João estavam autorizados a atravessar o átrio das mulheres para
chegar ao átrio de Israel, porém os gentios só podiam chegar até o átrio dos
gentios.
Aquele aleijado vira que Pedro e João iam
entrar no templo e resolveu pedir a eles uma esmola, como estava acostumado a
fazer com todos que ali entravam.
Ele não sabia o que estava para receber,
mas sabia o que queria, uma simples esmola. Pedro e João olham para ele e Pedro
mais ousado fala para ele olhar para eles.
Ele fixou os olhos neles esperando algo,
aquela esmola. Não havia expectativa de cura ou de recebimento de qualquer
outra coisa, nem mesmo uma censura ao seu comportamento.
Pedro então lhe fala que não tinha
dinheiro, nem ouro nem prata, mas que tinha algo que queria dar àquele homem.
Ele invocou o nome de Jesus Cristo de Nazaré e ordenou ao paralítico que
andasse.
Ele não perguntou ao aleijado se queria ser
curado, nem se cria, nem se tinha fé, mas deu a ele algo que ele tinha consigo
e que podia compartilhar.
Pedro também não agiu como se esperasse
fazer aquilo, nem fez isso com objetivo de conquistar os que ali estavam,
simplesmente agiu em nome de Jesus liberando uma cura para aquele homem.
Pedro foi além de invocar e ordenar e
abençoar, ele tocou no homem, pegou em suas mãos e incentivou o aleijado a se
levantar curado.
Foi de forma imediata que ajudado por Pedro
que o segurou com sua mão direita que ele pode se levantar e imediatamente
conferir que os seus pés e os seus tornozelos ficaram firmes. Ele, de um salto,
pôs-se de pé e começou a andar. Depois entrou com eles no pátio do templo,
andando, saltando e louvando a Deus.
Quando todo o povo o viu andando e louvando
a Deus, e sabiam que ele era aleijado de nascença e que ali ficava pedindo
esmolas, reconheceram o grande milagre e ficaram perplexos e muito admirados
com o que acabara de acontecer.
O aleijado então se apegou de forma intensa
com Pedro e João e todo povo maravilhou-se. Começou a ajuntar também muita
gente curiosa. Vendo isso, Pedro aproveita da oportunidade para pregar sobre
Jesus Cristo.
Jesus, em sua época, tinha ensinado nesse
pórtico em certa ocasião (Jo 10.23). Agora chegou a hora de Pedro falar e
testemunhar dele, de seu nome, obra e poder.
A primeira preocupação de Pedro foi tirar o
foco das atenções do povo nas pessoas dele e de João. Eles fazem questão de
explicarem que nada são, nem que fizeram tal coisa por causa de suas piedades
ou vidas exemplares de santidade. Não havia neles poder algum que merecesse
qualquer glória e atenção devidas.
Nos tempos atuais a impressão que temos é
que o Ministério do apóstolo Tal ou do Pastor Fulano de Tal é que é poderoso
para realizar grandes feitos. Reparem nos cartazes, nas propagandas, nos
apelos, folhetos, banners, como o destaque é o ministério “A” ou o “B”.
Ele explica que o Deus de Abraão, de Isaque
e de Jacó, o Deus dos seus antepassados é quem glorificou seu servo Jesus, a
quem eles entregaram para ser morto e negaram perante Pilatos, embora ele
tivesse decidido soltá-lo.
Para Pedro e João havia um propósito maior
na vida e obra de Jesus Cristo. Eles tinham negado publicamente o Santo e Justo
e pediram, em seu lugar, um que era assassino.
A expressão "o Santo" ocorre
várias vezes no Antigo Testamento com referência a Deus. A expressão "o
Santo de Israel" ocorre em Is 1.4; 5.24 (cf. Lc 1.35). Isaías também se
refere a Deus como "o Justo" (Is 24.16; cf. At 7.52; 22.14). Ao
aplicar a Jesus essas descrições, Pedro apontava para a sua divindade.
Pedro não poupa palavras e os acusa de
terem matado o autor da vida que Deus resolveu ressuscitar dos mortos. Pedro e
João se dizem testemunhas dos fatos e isso era inconteste.
No entanto, como aconteceu o milagre? Essa era
a questão e Pedro explica que foi pela fé no nome de Jesus - o nome de uma
pessoa representa o que ela é e faz (cf. At 4.12) - ou seja, o Nome curou aquele
homem que eles estavam vendo e que o conheciam. A fé que vem por meio dele lhe
deu esta saúde perfeita, como todos podiam ver.
Depois de os exporem, Pedro ameniza a
situação deles explicando que a ação deles se deu por ignorância, bem como os
seus líderes, para que se cumprisse o que Deus havia predito por todos os
profetas, dizendo que o seu Cristo haveria de sofrer.
Pedro poderia ter citado outras passagens
do Antigo Testamento para reforçar seus argumentos e sustentar sua tese (p.
ex., Dt 18.15 (citado no v. 22); SI 2.1-12; 16.8-71; 22.1-31; Is 53). Compare
com 1 Pe 1.10-11.
Pedro, no entanto, interrompe sua pregação
para fazer a eles um apelo ao arrependimento e à volta para Deus. Em consequência,
os pecados deles seriam cancelados e viriam tempos de descanso da parte do
Senhor até que ele, o Pai, mande o Cristo, o qual lhes foi designado, Jesus.
Essas frases parecem se referir à segunda
vinda do Messias, principalmente levando-se em conta o vs. 21 onde é necessário
que ele permaneça no céu até que chegue o tempo em que Deus restaurará todas as
coisas, como falou há muito tempo, por meio dos seus santos profetas.
O sermão de Pedro ilustra a necessidade de
arrependimento, isto é, o abandono do pecado em contrição (reação negativa)
para a conversão a Deus em fé (reação positiva). O chamado ao arrependimento e
à fé são elementos persistentes na proclamação apostólica (2.38; 17.30; 20.21).
De acordo com a providência de Deus,
arrependimento e fé resultam em perdão e eliminação de pecados.
Pedro explica as Escrituras sobre essa
primeira vinda de Cristo que fora predita por Moisés que tinha dito aos seus
irmãos que Deus haveria de suscitar um profeta como ele. A obrigação do povo
seria ouvir esse profeta para não ser eliminado do meio do povo de Deus.
Ele explica que todos os profetas, de
Samuel em diante, falaram e predisseram aqueles dias que eles estavam vivendo. Também
explica que eles eram os herdeiros dos profetas e da aliança que Deus fizera
com os seus antepassados.
No auge dessa pregação, Pedro faz menção do
grande patriarca e profeta Abraão, por meio do qual Deus abençoou todos os povos
da terra ao enviar a “descendência" (no grego o termo é utilizado no
singular; Gl 3.16) de Abraão, isto é, o Messias.
Deus primeiro enviou Jesus para o seu
próprio povo, depois de tê-lo ressuscitado dos mortos. O que deveriam fazer era
converterem-se cada um de suas maldades e doravante seguirem o Cristo
ressurrecto.
para a oração
da hora nona.
At 3:2 Era levado um homem,
coxo de
nascença,
o
qual punham diariamente à porta do templo
chamada
Formosa,
para pedir
esmola aos que entravam.
At 3:3 Vendo ele a Pedro e João,
que iam
entrar no templo,
implorava
que lhe dessem uma esmola.
At 3:4 Pedro,
fitando-o,
juntamente com João, disse:
Olha
para nós.
At
3:5 Ele os olhava atentamente,
esperando
receber alguma coisa.
At 3:6 Pedro, porém, lhe disse:
Não possuo
nem prata nem ouro,
mas
o que tenho, isso te dou:
em
nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
anda!
At 3:7 E,
tomando-o pela mão direita,
o
levantou;
imediatamente,
os seus pés e tornozelos se firmaram;
At 3:8 de um
salto se pôs em pé,
passou
a andar
e
entrou com eles no templo,
saltando
e louvando a Deus.
At 3:9 Viu-o todo o povo
a andar
e a louvar a
Deus,
At 3:10 e reconheceram ser ele o mesmo
que esmolava,
assentado à
Porta Formosa do templo;
e se encheram de admiração e assombro
por isso que lhe acontecera.
At 3:11 Apegando-se ele a Pedro e a
João,
todo o povo
correu atônito para junto deles
no
pórtico chamado de Salomão.
At 3:12 À vista disto,
Pedro se
dirigiu ao povo, dizendo:
Israelitas,
por que vos maravilhais disto
ou
por que fitais os olhos em nós
como se pelo
nosso próprio poder ou piedade
o
tivéssemos feito andar?
At 3:13 O
Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó,
o Deus de
nossos pais,
glorificou
a seu Servo Jesus,
a
quem vós traístes
e
negastes perante Pilatos,
quando este
havia decidido soltá-lo.
At
3:14 Vós, porém,
negastes
o Santo e o Justo
e
pedistes que vos concedessem um homicida.
At
3:15 Dessarte,
matastes
o Autor da vida,
a quem Deus
ressuscitou dentre os mortos,
do que nós
somos testemunhas.
At 3:16 Pela
fé
em
o nome de Jesus,
é
que esse mesmo nome
fortaleceu
a este homem
que agora
vedes e reconheceis;
sim,
a fé
que
vem por meio de Jesus
deu
a este saúde perfeita
na
presença de todos vós.
At
3:17 E agora, irmãos,
eu
sei que o fizestes por ignorância,
como
também as vossas autoridades;
At
3:18 mas Deus, assim, cumpriu o que dantes
anunciara
por boca de todos os profetas:
que
o seu Cristo havia de padecer.
At
3:19 Arrependei-vos, pois,
e
convertei-vos
para
serem cancelados os vossos pecados,
At 3:20 a fim
de que, da presença do Senhor,
venham
tempos de refrigério,
e que envie
ele o Cristo,
que já vos
foi designado, Jesus,
At
3:21 ao qual é necessário que o céu receba
até
aos tempos da restauração
de
todas as coisas, de que Deus falou
por
boca dos seus santos profetas
desde
a antiguidade.
At
3:22 Disse, na verdade, Moisés:
O
Senhor Deus vos suscitará dentre vossos irmãos
um
profeta semelhante a mim;
a
ele ouvireis
em
tudo quanto vos disser.
At
3:23 Acontecerá que toda alma
que
não ouvir a esse profeta
será
exterminada do meio do povo.
At
3:24 E todos os profetas,
a
começar com Samuel,
assim como
todos quantos depois falaram,
também
anunciaram estes dias.
At 3:25 Vós
sois os filhos dos profetas e da aliança
que Deus
estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão:
Na
tua descendência,
serão
abençoadas todas as nações da terra.
At
3:26 Tendo Deus ressuscitado o seu Servo,
enviou-o
primeiramente a vós outros para vos abençoar,
no
sentido de que cada um
se
aparte das suas perversidades.
Nós, os humanos, matamos o Autor da Vida!
Meu Deus que erro grosso... Os homens que tanto anseiam pela vida, quando ela
veio até eles, eles a mataram. Curioso, mataram para também viverem, pois foi
pela sua morte que hoje temos vida! Quem é que entende uma mente tão brilhante
como a do Espírito Santo? Impossível! Somente nos resta adorar este tão
magnifico Deus!
Foi a fé no nome, que vem por meio de
Jesus, Autor da Vida, que mataram, que gerou novamente a vida, a salvação e a
cura naquele homem coxo de nascença que vivia assentado à Porta Formosa do
templo!
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.