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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

II Coríntios 12 1-21 - QUANDO ESTOU FRACO É QUE SOU FORTE, PODE?

Ressaltamos que II Coríntios foi escrita para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo a parte IV, cap. 12/13.
Breve síntese do capítulo 12.
Paulo, no capítulo 12, continua suas explicações brilhantes e que nos remetem a reflexões profundas.
Paulo conhecia bem a linguagem da alma e do espírito, por isso era sua espada tão afiada e profunda. A sua glória, diz ele, não está nos feitos extraordinários, nem nas revelações profundas, nem em experiências arrebatadoras, mas na fraqueza!
Por amor de Cristo, portanto, seu prazer estava nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, ... e nós no século XXI, estaria, por exemplo, nos títulos, no reconhecimento, nos bens, na fama? Ele vai ao ápice de seus argumentos quando se compara a algo consumível pelo amor das almas e que isso faria de boa mente – vs. 15.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. DEFESA CONTRA OS FALSOS APÓSTOLOS (10.1-13.10) – continuação.
Como dissemos, veremos doravante de 10.1 a 13.10 como Paulo lidou com o problema dos falsos apóstolos (11.13) que haviam se oposto à sua autoridade.
O assunto foi dividido, conforme a BEG, em três seções: A. Poder espiritual (10.1-12) – já vimos; B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) – concluiremos agora; e, C. Advertência (13.1-10).
B. Os motivos de Paulo para gloriar-se (10.13-12.21) - continuação.
Nós falamos que dos vs. 10.13 ao 12.21, estaríamos vendo os motivos de Paulo para gloriar-se. Elas também geraram a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: 1. Definição da glorificação adequada (10.13-11.21) – já vimos; 2. Glorificação no sofrimento e na fraqueza (11.22-33) – já vimos; 3. Glorificação na revelação celestial (12.1-10) – veremos agora; e, 4. O cuidado de Paulo pelos coríntios (12.11-21) – veremos agora.
3. Glorificação na revelação celestial (12.1-10).
Paulo continua dizendo ser necessário ele gloriar-se, apesar de não querer isso. Ele passa a falar de suas glórias nas visões celestiais.
Paulo entreteceu o relato de suas extraordinárias experiências espirituais com ironia. Apesar de ser quase espetacular, essa visão do paraíso não acrescentava valor para o ministério a outros (vs. 4).
Em vez de proporcionar mais glória a Paulo, ela lhe havia trazido um "espinho" doloroso na carne mandado por Deus para mantê-lo humilde (vs. 7).
Paulo não se gloriava de modo direto com relação a essa experiência, e o resultado dela significa que é errado usar tais experiências como um critério para avaliar a validade de um ministério.
Paulo está se referindo a si mesmo quando diz que conhece um homem. Paulo estava tão hesitante ao falar de suas experiências - uma vez que ele parecia estar se gabando de si mesmo - que não quis identificar-se explicitamente.
É significativo que, por quatorze anos, Paulo não tivesse feito dessa maravilhosa experiência espiritual o foco do seu ensinamento ou usado isso como uma prova do seu apostolado.
Sua ênfase era a mensagem de Cristo: "não nos pregamos nós mesmos, mas Jesus Cristo como Senhor" (4.5).
O lugar em que Deus habita é o terceiro céu. De acordo com essa enumeração:
·         O "primeiro céu" é a atmosfera na qual podem ser vistos os pássaros e as nuvens.
·         O "segundo céu" é aquele no qual vemos as estrelas e as constelações.
·         O "terceiro céu" é o lugar comumente referido como o lugar da habitação de Deus.
Que ele foi arrebatado ao terceiro céu, ele tem certeza absoluta, mas se foi dentro ou fora do corpo, disso ele não sabe. Ele foi arrebatado ao terceiro céu, ao paraíso – vs. 4. A palavra grega para "paraíso" é usada com vários significados fora do Novo Testamento, mas todas as três ocorrências bíblicas se referem ao "céu", ao lugar em que Deus habita (veja o vs. 2, onde é sinónimo de "terceiro céu"; veja também Lc 23.43; Ap 2.7).
Essa experiência deve ter dado a Paulo encorajamento e força nos sofrimento subsequentes.
Então ele afirma que nesse homem ele se gloriaria, mas não em si mesmo, exceto por suas fraquezas.
Paulo queria – vs. 6 - que as pessoas o avaliassem com base em suas próprias primeiras impressões dele, não com base no que ele ou outros falavam sobre experiências ou ministérios anteriores.
Foi por causa dessa experiência espetacular que ele acabou ganhando um espinho na carne – vs. 7. Várias possibilidades têm sido sugeridas para esse "espinho" na carne:
(1)     Uma deficiência física de algum tipo "na carne".
(2)     Uma perturbação de um demónio ("mensageiro de Satanás").
(3)     A constante perturbação dos perseguidores judeus.
Com base nas informações disponíveis, é impossível determinar com certeza a identidade desse "espinho". Poucos, se houve algum, dos grandes servos de Deus através da História, têm sido livres de algum tipo de obstáculo, fraqueza ou oposição.
Paulo não gostou nadinha do tal espinho e orou ao Senhor por três vezes para que o tirasse dele. Senhor era a maneira usual de Paulo se referir a Cristo, não a Deus o Pai.
Embora as orações no Novo Testamento sejam normalmente direcionadas a Deus o Pai, esse é um exemplo de oração dirigida a Cristo (cf. At 1.24; 7.59; 1Co 16.22; Ap 22.20).
Paulo não ficou sem resposta à sua oração e Jesus o respondeu, dizendo para ele que o poder se aperfeiçoava na fraqueza. Essa expressão revelava um tema dessa epístola: quando os crentes reconhecem a própria fraqueza, o poder de Cristo repousará neles.
A fraqueza nesse sentido aumenta, em vez de diminuir, o poder. Em 13.4, Paulo ligou esse princípio geral à sua fonte: a cruz de Cristo. A resposta de Paulo aos ataques à sua autoridade apostólica era conscientemente modelada no Cristo crucificado, não no assim chamado "Jesus" ou "evangelho diferente" que seus inimigos impingiam aos coríntios (11.4).
A percepção de Paulo sobre a verdadeira natureza dos seus sofrimentos capacitava-o a vê-los como razões para se alegrar. Ele sabia que, por meio deles, o poder de Cristo estava trabalhando.
Quando dificuldades destroem a autoconfiança normal dos crentes, eles precisam confiar mais em Cristo, que dá a eles força além da medida. Interessante observação e estratégia para quando esgotados em batalha, pensamos que é o fim, mas não é, basta confiarmos que virá o reforço, a provisão e a força além do esperado.
A nossa capacitação não vem de nós mesmos, mas de Cristo Jesus, mediante o Espírito Santo de Deus.
4. O cuidado de Paulo pelos coríntios (12.11-21).
Doravante, dos vs. 21 ao 21, veremos o cuidado de Paulo pelos coríntios. Paulo encerrou essa parte de sua epístola repetindo a sua expressão de amor pelos coríntios e a sua intenção de visitá-los.
Paulo teve de "se gloriar" com relação à sua fraqueza apostólica porque os coríntios, que o conheciam muito bem, não o haviam defendido contra os falsos apóstolos.
Em vez disso, eles haviam se deixado seduzir (11.1-3) pelas inflamadas autoafirmações dos falsos apóstolos e pela falsa crítica lançada contra Paulo.
De acordo com o entendimento comum, as "credenciais do apostolado" (ou os "sinais do apostolado") eram feitos espetaculares: "sinais, prodígios e poderes miraculosos", como os que Paulo fez.
Entretanto, ao longo dessa epístola Paulo mencionou outros sinais para confirmar o seu apostolado:
·         A vida transformada dos coríntios (3.2-3).
·         O caráter irrepreensível do seu ministério (6.3-10; 7.2; 8.20-21).
·         Seu amor genuíno pelas igrejas (6.11-12; 7.3; 11.7-11).
·         Sua resistência sacrifical ao sofrimento (6.3-10; 11.23-33).
Essas atividades são provavelmente o que ele tinha em mente quando falou nesse versículo sobre as "credenciais do apostolado", porque elas o distinguiam claramente dos falsos apóstolos.
Infelizmente, os coríntios davam muito mais valor às obras espetaculares ("sinais, prodígios e poderes miraculosos") do que às outras características do apostolado, de modo que Paulo, relutantemente, mencionou que essas obras espetaculares também haviam feito parte do seu ministério entre eles.
Paulo estava pronto para visitá-los pela terceira vez – vs. 14. A primeira visita foi em At 18.1-18 na segunda viagem missionária de Paulo. A segunda visita não é registrada, mas ela deve ter ocorrido algum tempo durante a estada de Paulo em Éfeso (At 19.1-41).
Diferentemente daqueles pregadores cujos objetivos eram sua própria recompensa financeira, Paulo não estava indo atrás dos bens deles, pelo contrário gastaria tudo o que tinha e ainda se deixava gastar por amor a eles – vs. 15; Gl 4.19.
Talvez os inimigos de Paulo estivessem dizendo que a sua aparente humildade era meramente um truque para enganá-los. Paulo respondeu que ele nunca os havia explorado por meio de outros – vs. 17. Nem Tito, recomendado por Paulo, os havia explorado, pois que estavam todos no mesmo espírito e seguindo os mesmos passos – vs. 18.
Paulo novamente enfatiza que ele não tinha falado para a sua própria reputação ou glória, mas para o bem da igreja e a glória de Deus.
Isso novamente revela uma forte consciência da presença de Deus em tudo o que ele escreveu e fez ("perante Deus"). Se os falsos apóstolos não fossem confrontados, Paulo chegaria a Corinto para encontrar uma igreja dividida e onde havia disputas. Paulo temia que houvesse entre eles brigas, invejas, manifestações de ira, divisões, calúnias, intrigas, arrogância e desordem – vs. 20.
Esse versículo - vs. 21 - não significa que Paulo temia uma derrota humilhante diante dos coríntios, porque as suas armas eram divinamente poderosas (10.3,4; veja também 13.3-4,10).
Em vez disso, Paulo se identificava tanto com os crentes coríntios que se ele retornasse e soubesse que alguns deles (seus "filhos"; vs. 14) não haviam se arrependido do pecado, ele seria humilhado, assim como pais são humilhados pelo mau comportamento de seus filhos.
Embora a igreja de Corinto fosse forte, os falsos apóstolos não eram o seu único problema. Algumas pessoas ainda estavam presas a pecados contínuos, e Paulo as advertiu.
II Co 12:1 Se é necessário que me glorie,
ainda que não convém,
passarei às visões
e revelações do Senhor.
 II Co 12:2 Conheço um homem em Cristo que,
há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu
(se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
II Co 12:3 e sei
que o tal homem
(se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe)
II Co 12:4 foi arrebatado ao paraíso
e ouviu palavras inefáveis,
as quais não é lícito ao homem referir.
II Co 12:5 De tal coisa me gloriarei;
não, porém, de mim mesmo,
salvo nas minhas fraquezas.
II Co 12:6 Pois, se eu vier a gloriar-me,
não serei néscio,
porque direi a verdade;
mas abstenho-me para que ninguém
se preocupe comigo
mais do que em mim vê ou de mim ouve.
II Co 12:7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações,
foi-me posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás,
para me esbofetear,
a fim de que não me exalte.
II Co 12:8 Por causa disto,
três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim.
II Co 12:9 Então, ele me disse:
A minha graça te basta,
porque o poder
se aperfeiçoa na fraqueza.
De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas,
para que sobre mim repouse
o poder de Cristo.
II Co 12:10 Pelo que sinto prazer
nas fraquezas,
nas injúrias,
nas necessidades,
nas perseguições,
nas angústias,
por amor de Cristo.
Porque, quando sou fraco,
então, é que sou forte.
II Co 12:11 Tenho-me tornado insensato;
a isto me constrangestes.
Eu devia ter sido louvado por vós;
porquanto em nada fui inferior
a esses tais apóstolos,
ainda que nada sou.
II Co 12:12 Pois as credenciais do apostolado
foram apresentadas no meio de vós,
com toda a persistência,
por sinais,
prodígios
e poderes miraculosos.
II Co 12:13 Porque, em que tendes vós sido inferiores às demais igrejas,
senão neste fato de não vos ter sido pesado?
Perdoai-me esta injustiça.
II Co 12:14 Eis que, pela terceira vez,
estou pronto a ir ter convosco e não vos serei pesado;
pois não vou atrás dos vossos bens,
mas procuro a vós outros.
Não devem os filhos entesourar para os pais,
mas os pais, para os filhos.
II Co 12:15 Eu de boa vontade
 me gastarei
e ainda me deixarei gastar
em prol da vossa alma.
Se mais vos amo,
serei menos amado?
II Co 12:16 Pois seja assim, eu não vos fui pesado;
porém, sendo astuto,
vos prendi com dolo.
II Co 12:17 Porventura, vos explorei por intermédio de algum
daqueles que vos enviei?
II Co 12:18 Roguei a Tito e enviei com ele outro irmão;
porventura, Tito vos explorou?
Acaso, não temos andado no mesmo espírito?
Não seguimos nas mesmas pisadas?
II Co 12:19 Há muito, pensais que nos estamos desculpando convosco.
Falamos em Cristo perante Deus,
e tudo, ó amados,
para vossa edificação.
II Co 12:20 Temo, pois, que, indo ter convosco,
não vos encontre na forma em que vos quero,
e que também vós me acheis diferente do que esperáveis,
e que haja entre vós
contendas,
invejas,
iras,
porfias,
detrações,
intrigas,
orgulho
e tumultos.
II Co 12:21 Receio que,
indo outra vez,
o meu Deus me humilhe no meio de vós,
e eu venha a chorar por muitos que,
outrora, pecaram e não se arrependeram da
impureza,
prostituição
e lascívia que cometeram.
Paulo enfrentava uma situação muito delicada com os coríntios que além das perseguições externas, tinham os problemas internos, como os falsos apóstolos e ainda com o pecado, envolvendo a impureza, a prostituição e a lascívia.
Não somos diferentes dos coríntios. Todos nós estamos expostos aos mesmos problemas e como pastores e líderes, precisamos orientar e pastorear irmãos em crescimento e formação além de termos de vencer em nós mesmos todas as contrariedades.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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2 comentários:

Isso, Não era o texto que você escreveu paulo queria a deus o pai sim

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.