sexta-feira, 24 de abril de 2015
sexta-feira, abril 24, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 25:1-17 - ORÁCULOS CONTRA AMOM, MOABE, EDOM E FILÍSTIA.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES (25.1-32.32).
Entramos agora em uma nova parte de nossa
divisão proposta. Nesta parte II, veremos de 25.1 a 32.32, os oráculos contra
as nações.
Sem dúvidas, a BEG está sendo de grande
valia em nossos estudos e reflexões. Recomendamos sua aquisição e leitura,
principalmente de suas notas, quadros, comentários e artigos teológicos. A maior
parte do conteúdo informativo deste capítulo vem de suas preciosas notas. Um
bom aprendizado a todos.
Entre os oráculos de advertência sobre a
destruição de Jerusalém (caps. 1-24) e as profecias de esperança e restauração
(caps. 33-48), Ezequiel incluiu uma seção de oráculos contra outras nações.
Ele denunciou sete nações, assim como Amós havia
falado contra sete nações antes de empreender as suas acusações contra Israel
(Am 1.3-2.5).
Os profetas de Israel desempenhavam um
importante papel em tempos de guerra, com frequência fornecendo oráculos sobre
determinadas batalhas (1Sm 22.5; 28.6; 1Rs 20.13-14,22; 22.6-7; 2Rs 3.11;
6.12,16; 9.6-7; 20.14; 2Cr 16.7; 18.5; 20.14,20; 28.9; Is 39.3; Jr 28.8;
38.14).
Os oráculos contra as nações estrangeiras
nos livros proféticos refletem essa função; assemelham-se aos oráculos do campo
de batalha proferidos pelos profetas durante o curso de uma guerra, mas nesse
caso eram proferidas como predição de batalhas que viriam.
Evidências arqueológicas das culturas que
circundavam Israel atestam a existência de cerimônias nas quais os poderes
inimigos eram ritualmente denunciados ou simbolicamente destruídos; alguns
oráculos dos profetas bíblicos podem ter tido tal arranjo.
Ezequiel apresentou seus oráculos em ordem
geográfica, começando no noroeste com Amom e prosseguindo de acordo o fuso
horário para o sul e ao redor até os estados fenícios no norte, então voltando
ao poder de maior importância no sul, o Egito.
A maioria dos antigos estados do Oriente
Próximo foi objeto desses oráculos ou foi pelo menos mencionada por eles - com
uma notável exceção - a Babilônia (38.2). A Babilônia foi o instrumento do
castigo de Deus contra a maioria dessas nações.
Ezequiel anunciou que Deus traria
devastação sobre as nações que haviam afligido o seu povo.
Dividiremos essa parte II em seis seções: A.
Amom (25.1-7); B. Moabe (25.8-11); C. Edom (25.12-14); D. Filístia (25.15-17);
E. Fenícia (26.1-28.26); F. Egito (29.1-32.32).
A. Amom (25.1-7).
Veremos nos sete versículos seguintes as
profecias contra Amom.
Tudo começa com a palavra de Deus vindo ao
seu profeta, o filho do homem e dizendo para ele dirigir o seu rosto e, em
seguida, profetizar contra os filhos de Amom.
Ezequiel já havia falado contra Amom
(21.28-32). A história dos relacionamentos entre Israel e os amonitas havia
sido longa e variada, mas era principalmente um registro de conflitos (Dt
2.19,37; 3.11; 23.3-4; Jz 3.13; 10.6-18; 11.4-33; 1Sm 11.1-11; 14.47; 2Sm 8.12;
10.1-11.1; 12.26,31; 1Rs 11.7,33; 2Rs 23.13; 24.2; 1Cr 19.7-19; 20.1,3; 2Cr
20.1,10,22-23; 26.8; 27.5; Jr 27.3; 40.11). Oráculos contra essa nação são
encontrados também em Jr 49.1-6; Am 1.13; Sf 2.8-9.
Vários desses oráculos contra nações
estrangeiras terminam com a "fórmula de reconhecimento" (vs. 7,11,17)
- e sabereis que eu sou o SENHOR -
muito comum, como já tivemos a oportunidade de salientá-la diversas vezes neste
livro. As nações reconheceriam a soberania universal do Senhor.
A punição se adequava ao crime: por terem
se regozijado com o mal causado a Jerusalém, os amonitas se tornariam eles
mesmos presas de um poder estrangeiro. Embora muitos desses pequenos estados
nessa área tivessem escapado da destruição durante a invasão babilônica de
587-586 a.C., fontes extra bíblicas indicam que Nabucodonosor dizimou tanto
Amom quanto Moabe em 582 a.C. Ezequiel fez essa mesma afirmação em 21.28-32.
B. Moabe (25.8-11).
Dos versos de 8 ao 11, o profeta falará da
parte do Senhor contra Moabe.
Os relacionamentos entre Israel e Moabe
eram, também, em grande parte uma história de conflito (Êx 15.15; Nm 21.11-29;
22.1-36; 23.6-17; 24.17; 25.1; Dt 2.8-9,18,29; 23.3; 34.5-6; Jz 3.12-30;
11.15-18; Rt 1.1-2; 1Sm 12.9; 14.47; 22.3-4; 2Sm 8.2; 1Rs 11.1,7; 2Rs 1.1;
3.4-26; 13.20; 24.2; 1 Cr 18.2; 2Cr 20.1,10,22-23). Outros profetas também
incluíram oráculos contra essa nação (Is 15.1-9; 16.2-14; Jr 48.1-47; Am 2.1-2;
Sf 2.8-9). Moabe partilharia do destino de Amom.
Reparem que somente reconheceriam o Senhor
como Deus após sofrerem esses severos juízos – vs. 11.
C. Edom (25.12-14).
Dos versos de 12 ao 14, a palavra profética
era contra Edom.
Edom fez incursões em Judá na ocasião da
queda de Jerusalém (35.15; 36.5; SI 137.7-9; Lm 4.21-22). As tensões entre
Israel e Edom começaram com os relacionamentos de Jacó e Esaú, os filhos gêmeos
de Isaque, dos quais essas duas nações descendiam respectivamente (Gn 25.23,30;
cf. Gn 36.1,8-9; Nm 20.14-21; 24.18; Dt 23.7, Jz 11.17-18; 1Sm 14.47; 2Sm
8.13-14; 1Rs 11.14-17; 22.47; 2Rs 3.8-26; 8.20-22; 14.7,10; 16.6; 2Cr 20.2;
21.8-10; 25.14,19-20; 28.17).
Embora os irmãos finalmente tivessem se
reconciliado (Gn 33), as tensões entre os dois povos continuamente reapareciam.
Ezequiel inclui um segundo oráculo contra Edom, no cap. 35; outros profetas
fizeram pronunciamentos contra Edom em Is 34.5-11; Jr 49.7-22; Lm 4.21-22; Am
1.11; Obadias e MI 1.3-5.
D. Filístia (25.15-17).
Dos versos de 15 ao 17, encerrando este
capítulo, as profecias são contra a Filístia.
As nações mencionadas até aqui estavam
localizadas do outro lado do Jordão a partir da localização de Judá.
Entretanto, os filisteus ocupavam a planície costeira do lado oeste do Jordão e
controlavam um longo segmento da estrada internacional costeira.
Reivindicações territoriais conflituosas e
interesses estratégicos competitivos causaram uma história de relações
inamistosas com Israel; Ezequiel já havia falado sobre essa inimizade
(16.27,57).
Os filisteus representaram um importante
papel nos registros bíblicos durante o período dos juízes e da monarquia unida
(Gn 21.34; 26.1,8,14-15; Ex 15.14; Js 13.2-3; Jz 3.3,31; 10.7; 13 1,5; 14.4;
15.20; 16.28; 1Sm 4.1-17; 5.1-11; 7.7-14; 9.16; 13.3-5,19-23; 14.13,31- 47;
17.1-55; 18.25-30; 19.8; 23.1-5; 27.1,7; 28.1-5; 29.1-4; 31.1-2,7; 2Sm 1.20;
3.18; 5.17-25; 8.1; 21.15-19; 23.9-16; 1Rs 4.21; 15.27; 16.15; 2Rs 18.8; 1Cr
14.16; 18.1; 2Cr 9.26; 17.11; 21.16; 26.6-7; 28.18).
Outros profetas também incluíram oráculos
contra os filisteus (Is 14.29-31; Jr 47.1-7; JI 3.4; Am 1.6-8; Sf 2.4-7; Zc
9.5-6). Não há nenhuma informação suplementar sobre as atividades dos filisteus
na ocasião da queda de Jerusalém.
Reparem que Edom e a Filístia tinham
igualmente havido vingativamente contra os israelitas para os dizimarem – vs.
12 e 15 – e portanto, tinham se feito culpados e era por causa disso que
estavam recebendo uma palavra profética forte contra eles.
Quem eram os filisteus/queretitas?
Aparentemente os filisteus entraram em
massa em Canaã na última metade do segundo milênio a.C., como parte de uma
grande migração de grupos étnicos da área do Mediterrâneo; registros egípcios
os denominam como "povos do mar".
Os queretitas podem ter sido um grupo ou
tribo dos filisteus. Seu nome provavelmente credita sua ascendência como ligada
aos habitantes de Creta. Os queretitas são frequentemente associados aos
peletitas (possivelmente filisteus); foram contratados como soldados
mercenários de Davi (2Sm 8.18; 15.18; 20.7,23; 1Rs 1.39,44; 1Cr 18.17; veja 1Sm
30.14).
Ez 25:2 Filho
do homem, dirige o teu rosto contra os filhos de Amom,
e
profetiza contra eles.
Ez 25:3 E
dize aos amonitas:
Ouvi
a palavra do Senhor Deus:
Assim
diz o Senhor Deus:
Visto
que tu disseste:
Ah!
contra o meu santuário quando foi profanado,
e
contra a terra de Israel quando foi assolada,
e contra
a casa de Judá quando foi para o cativeiro;
Ez 25:4 por
isso eis que te entregarei em possessão
ao
povo do Oriente, e em ti estabelecerão
os
seus acampamentos,
e
porão em ti as suas moradas.
Eles comerão
os teus frutos, e beberão o teu leite.
Ez 25:5 E
farei de Rabá uma estrebaria de camelos,
e
dos amonitas um curral de rebanhos;
e
sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 25:6 Porque assim diz o Senhor Deus:
Visto como
bateste com as mãos, e pateaste com os pés,
e
te alegraste com todo o despeito do teu coração
contra
a terra de Israel;
Ez 25:7
portanto eis que eu tenho estendido a minha mão contra ti,
e
te darei por despojo às nações,
e
te arrancarei dentre os povos,
e
te destruirei dentre os países,
e
de todo acabarei contigo;
e
saberás que eu sou o Senhor.
Ez 25:8 Assim diz o Senhor Deus:
Visto como
dizem em Moabe. e Seir:
Eis
que a casa de Judá é como todas as nações;
Ez 25:9
portanto, eis que eu abrirei o lado de Moabe desde as cidades,
desde
as suas cidades que estão pela banda das fronteiras,
a
glória do país, Bete-Jesimote, Baal-Meom,
e
até Quiriataim,
Ez 25:10 e ao
povo do Oriente, juntamente com os filhos de Amom,
eu
o entregarei em possessão,
para
que não haja mais memória dos filhos de Amom
entre
as nações.
Ez 25:11 Também
executarei juízos contra Moabe;
e
saberão que eu sou o Senhor.
Ez 25:12 Assim diz o Senhor Deus:
Pois que Edom
se houve vingativamente para com a casa de Judá,
e
se fez culpadíssimo, vingando-se deles.
Ez 25:13 portanto assim diz o Senhor
Deus:
Também
estenderei a minha mão contra Edom,
e
arrancarei dele homens e animais;
e
o tornarei em deserto desde Temã;
e
cairão à espada até Dedã.
Ez 25:14 E
exercerei a minha vingança sobre Edom,
pela
mão do meu povo de Israel;
e
farão em Edom segundo a minha ira e segundo o meu furor;
e
conhecerão a minha vingança, diz o Senhor Deus.
Ez 25:15 Assim diz o Senhor Deus:
Porquanto os
filisteus se houveram vingativamente,
e
executaram vingança com despeito de coração,
para
destruírem com perpétua inimizade;
Ez 25:16 portanto assim diz o Senhor
Deus:
Eis que
estendo a minha mão contra os filisteus,
e
arrancarei os quereteus,
e
destruirei o resto da costa do mar.
Ez 25:17 E
executarei neles grandes vinganças,
com
furiosos castigos;
e
saberão que eu sou o Senhor,
quando eu
tiver exercido a minha vingança sobre eles.
Todos eles neste capítulo, todas as nações
julgadas: Amom, Moabe, Edom e Filístia haveriam de saber que o Senhor é Deus,
no entanto, somente saberiam na hora que ocorresse o grande juízo de Deus
contra elas.
Não somente às nações ocorre isso, mas em nossas
vidas individualmente. Pensamos que existimos eternamente, por causa da
eternidade que Deus colocou em nossos corações, e saímos aprontando e agindo
contra a sua vontade, até que vem o juízo e ai, sim, reconhecemos o Senhor como
Deus.
Que pena que é assim! Se tivéssemos a
capacidade de antever os resultados das consequências de nossos atos tresloucados,
será que iríamos ainda assim, ser loucos e insensatos?
...
1 comentários:
Maravilhoso estudo, glórias a Deus :)
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.