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sábado, 27 de fevereiro de 2016

Hebreus 3 1-19 - INCREDULIDADE: O CÂNCER DA ALMA!

Como dissemos, a epístola de Hebreus foi escrita, provavelmente, antes de 70 d.C., com a finalidade de incentivar a fidelidade a Cristo e à sua nova aliança mostrando que ele é o novo, último e superior sumo sacerdote. Estamos vendo o capítulo 3/13.
Breve síntese do capítulo 3.
Incredulidade: o câncer da alma! Realmente não sei quem é o pior vilão da nossa história, se a incredulidade, a murmuração, a dúvida, o engano, a ilusão.
Aqui o autor fala claramente que não puderam entrar e gozar das promessas divinas por causa da incredulidade ou seja um perverso coração disposto a ser contra Deus e a favor de seu pecado.
Conta-se a ilustração de uma viúva idosa que iria para um asilo e esta colocou em seu coração que seu quartinho ia ser muito agradável, belo e até sonhava com ele. Quem a conduzia lhe censurou dizendo que como ela poderia gostar de seu quartinho sem antes vê-lo. Ela lhe respondeu que tinha determinado que ia gostar e pronto.
Assim é a questão também da incredulidade, você a escolhe quando resolve rejeitar a Deus!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. CRISTO É SUPERIOR A MOISÉS (3.1-4.13).
Cristo, o Filho de Deus, nunca deve ser rejeitado por um retorno a Moisés, o servo de Deus. Veremos dos vs. 3.1 a 4.13 que Cristo é superior a Moisés. O autor não apenas afirmou que o Filho é superior aos anjos, mas também que Cristo é superior a Moisés.
Sua explicação está dividida em duas partes importantes: a comparação entre Moisés como um servo fiel e Cristo como o Filho fiel (3.1-6) e a necessidade de se agarrar com firmeza à verdade sobre Cristo no Novo Testamento (3.7-4.13). Elas formarão a seguinte divisão proposta, conforme a BEG: A. O Filho e o servo (3.1-6) – veremos agora; e, B. Exortação a rejeitar a incredulidade (3.7-4.13) – começaremos a ver agora.
A. O Filho e o servo (3.1-6).
Jesus é superior a Moisés porque ele é o divino e real Filho de Deus, enquanto Moisés era nada mais que um servo de Deus.
Ele estava falando (cap. 2) de Cristo coroado de glória e como sumo sacerdote idôneo e compassivo e ele chama a atenção de todos para algo muito importante.
Ele se direciona ao seus santos irmãos participantes do chamado (vocação) celestial. O termo "irmãos" que era a maneira típica de chamar os que pertenciam à igreja visível (3.12; 10.19; At 1.16; 1Co 3.1), tem aqui um significado todo especial uma vez que Jesus fez dos cristãos seus "irmãos" (e irmãs) "santos" (2.11).
O Senhor clama dos céus, convocando os cristãos a perseverarem na fé (12.25). Ele também chama os cristãos para o reino dos céus (12.26-28; isto é, os novos céus e a nova terra; a BEG recomenda aqui a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "O reino de Deus", em Mt 4), que é a melhor pátria (11.16) e a herança eterna daqueles que foram chamados (9.15).
O seu convite ou a sua exortação é a de que deveriam, por isso, considerar atentamente ou fixar os seus pensamentos em Jesus, apóstolo e sumo sacerdote que confessamos.
Devido ao fato de Cristo ser capaz de tratar e compreender efetivamente os problemas mais significativos que os cristãos enfrentam, eles deveriam dar maior atenção ao que será dito a seu respeito. Esse título de apóstolo é aplicado a Jesus somente aqui em todo o Novo Testamento. O termo enfatiza a sua autoridade e a realização fiel da missão que o Pai o enviou para cumprir (3.2; cf. 10.5-10; Jo 6.38; 20.21).
O autor de Hebreus continua a exaltá-lo falando de sua fidelidade a Deus, que o constituíra e compara com Moisés que também foi fiel em toda a casa de Deus. Com referência a Nm 12.7, Moisés e Cristo são comparados de modo favorável quanto à fidelidade de ambos, mas contrastado quanto à honra.
Embora tendo tido o privilégio de falar com Deus face a face e ver a sua forma (Nm 12.8), Moisés ainda era somente um servo "em toda a casa de Deus" (vs. 5). Cristo, como criador (1.2,10; Cl 1,16), é digno de honra como o divino construtor de todas as coisas - incluindo o santuário definitivo de Deus (Jo 2.19-20) - e como "Filho, em sua casa" (vs. 6).
Aqui no vs. 3 a implicação necessária é que Jesus, como o construtor da casa, é divino (vs. 4). Essa passagem aponta tanto para a identidade de Cristo como Deus ("o construtor") como para a sua distinção pessoal do Pai (vs. 6). De fato, quem tem mais glória a coisa criada ou o criador da coisa? Os céus e a terra e tudo o que neles há tem sua glória, mas quanto mais glória não tem o próprio Criador de todas as coisas? Assim, era Jesus com relação ao próprio Moisés, pois que este fora criado por aquele.
Pois toda casa é construída por alguém, mas Deus é o edificador de tudo – vs. 4.
Desde que o autor alude a Nm 12.7, a ênfase está na distinção e na posição do serviço de Moisés. Moisés foi o único ministro da lei, mas o ministério de Jesus ainda é mais importante.
O ministério mais importante de Moisés era testemunhar das coisas que haviam de ser anunciadas, testemunhar a vinda de Cristo (Jo 5.46-47). A lei mosaica era uma sombra que apontava para os "bens" vindouros trazidos por Cristo (9.11; 10.1), porque em suas regulamentações, o Espírito Santo mostrou que o acesso à presença de Deus viria somente quando o tabernáculo terreno fosse substituído por algo melhor (9.8).
Cristo Jesus é fiel como Filho sobre à casa de Deus e a casa de Deus consiste de seu povo (1Sm 2.35; 2Sm 7.16; Ef 2.19-22; 1Tm 3.15; 1Pe 2.5). Ele está presente entre nós e cuida de nós.
Esse versículo – vs. 6, quando nos diz para guardarmos firme a confiança e a esperança - diz aos cristãos como provar que eles verdadeiramente pertencem a Deus. Sua fé deve ser confirmada pela perseverança (vs. 14; 6.11; 10.23). Essa nota de advertência é uma introdução apropriada à citação de SI 95 que vem a seguir (sugere a BEG novamente a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A perseverança e a preservação dos santos", em Fp 1).
B. Exortação a rejeitar a incredulidade (3.7-4.13).
Dos vs. 3.7 ao 4.13, veremos essa grande exortação a rejeitar a incredulidade. Isso nos parece ativo e não passivo; requer esforço, dedicação, luta e vigilância constante.
O fato de mencionar a necessidade de perseverar a fim de receber a bênção de Deus, levou o autor a pedir a seus leitores que rejeitassem a descrença.
Ele citou SI 95.7-11 e fez com que ele repercutisse em toda a sua exposição. As palavras-chave dessa parte incluem "Hoje" (3.13,15; 4.7) e "descanso" (4.3,5-6,8-11). O modo de tratar o "descanso" é desenvolvido a partir do ensino sobre o sábado de Gn 2.2.
Correspondendo a esse ensino está a exortação para "entrar naquele descanso" (4.11) e a advertência para não "endurercer o... coração" (3.15; 4.7).
Uma ocasião significativa de tentação ocorreu em Refidim (Ex 17.1-7), onde o povo murmurou contra Moisés e ele feriu a rocha para dar-lhes água.
O período total de quarenta anos de desobediência e resistência enquanto viajavam pelo deserto também pode estar sendo considerado (vs. 9-10; SI 78.40). Assim como Israel no deserto, a vida dos cristãos é um teste de fé (2Co 13.5-7).
Em Nm 14.21-30 há o relato do juramento de Deus de não permitir que aquela geração entrasse na Terra Prometida. Hebreus visualiza o descanso da Terra Prometida como uma antecipação do sábado eterno que virá - um descanso que será experimentado nos novos céus e na nova terra (4.1-11).
O autor dirigiu-se a seus leitores em termos da confissão de fé que eles compartilhavam e o envolvimento que tinham com a igreja. Ainda assim, ele reconheceu que alguns na congregação de cristãos tinham "perverso coração de incredulidade" (cf. 12.15-17) que os levaria à apostasia e ao julgamento.
Cristo salva totalmente os que vão a Deus por meio dele pela fé salvadora (7.25). Contudo, os cristãos devem encorajar-se mutuamente (10.24-25), assim como faz o autor ao longo de sua carta (13.22), a perseverar e demonstrar a fé mediante a fidelidade.
Um coração perverso de incredulidade, quer dizer corações incrédulos como aqueles de seus "pais" (vs. 9), cuja descrença os havia impedido de entrar no descanso de Deus (vs. 19). Deus aceita todo tipo de pessoa, exceto os incrédulos. Por isso que seu filtro em relação aos homens não é classe social, cultura, inteligência, obras, status, mas a fé!
Assim sendo, devemos nos encorajarmo-nos uns aos outros todos os dias, principalmente durante o tempo que se chama "hoje", de modo que nenhum de nós seja endurecido pelo engano do pecado – vs. 13. Há ilusão de que a desobediência fornece mais proteção (Ex 17.3) ou prazer (11.25-26; Ex 16.3) do que o faz a peregrinação da fé.
Isso porque somos participantes de Cristo. Embora o termo grego possa significar "compartilhar com" (no sentido de companhia), aqui – vs. 14 - aponta para a união íntima do cristão com Cristo.
Se somos participantes de Cristo, com certeza, iremos nos apegar até ao fim à confiança que tivemos no princípio. Pode ser que na caminhada haja algum esmorecimento ou mesmo letargia nos afastando do alvo, mas logo voltamos ao Caminho, pois sabemos e temos experimentado Dele.
Por isso é que se diz: "Se hoje vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o coração, como na rebelião". A palavra chave aqui é “hoje” e não amanhã ou outro dia. O dia de nossa morte será também um dia que se chamará “hoje”. A advertência é do Espírito Santo e, sabemos, é melhor obedecer.
Quem foram os que ouviram e se rebelaram? Não foram todos os que Moisés tirou do Egito? Contra quem Deus esteve irado durante quarenta anos? Não foi contra aqueles que pecaram, cujos corpos caíram no deserto? E a quem jurou que nunca haveriam de entrar no seu descanso? Não foi àqueles que foram desobedientes? – vs. 16-18.
Vemos, assim, que foi por causa da incredulidade que não puderam entrar. Nem a bênção da saída do Egito ou o privilégio de escutar a voz de Deus garantiu à geração que morreu no deserto entrar no descanso de Deus na Terra Prometida.
A rebelião (vs. 16), o pecado (vs. 17) e a desobediência deles (vs. 18; 4.6), tinham raízes na incredulidade - eles não se apegaram com persistência à promessa de Deus (vs. 19; 4.2-3) e provaram por suas ações que não eram verdadeiramente redimidos.
Hb 3:1 Por isso, santos irmãos, que participais da vocação celestial,
considerai atentamente o Apóstolo
e Sumo Sacerdote da nossa confissão,
Jesus,
Hb 3:2 o qual é fiel àquele que o constituiu,
como também o era Moisés em toda a casa de Deus.
Hb 3:3 Jesus, todavia, tem sido considerado digno de tanto maior glória
do que Moisés,
quanto maior honra do que a casa
tem aquele que a estabeleceu.
Hb 3:4 Pois toda casa é estabelecida por alguém,
mas aquele que estabeleceu todas as coisas é Deus.
Hb 3:5 E Moisés era fiel, em toda a casa de Deus,
como servo,
para testemunho das coisas que haviam de ser anunciadas;
Hb 3:6 Cristo, porém,
como Filho,
em sua casa;
a qual casa somos nós,
se guardarmos firme, até ao fim,
a ousadia
e a exultação da esperança.
Hb 3:7 Assim, pois, como diz o Espírito Santo:
Hoje, se ouvirdes a sua voz,
Hb 3:8 não endureçais o vosso coração
como foi na provocação,
no dia da tentação no deserto,
Hb 3:9 onde os vossos pais me tentaram,
pondo-me à prova,
e viram as minhas obras por quarenta anos.
Hb 3:10 Por isso, me indignei contra essa geração e disse:
Estes sempre erram no coração;
eles também não conheceram os meus caminhos.
Hb 3:11 Assim, jurei na minha ira:
Não entrarão no meu descanso.
Hb 3:12 Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós
perverso coração de incredulidade
que vos afaste do Deus vivo;
Hb 3:13 pelo contrário,
exortai-vos mutuamente cada dia,
durante o tempo que se chama Hoje,
a fim de que nenhum de vós seja endurecido
pelo engano do pecado.
Hb 3:14 Porque nos temos tornado participantes de Cristo,
se, de fato, guardarmos firme,
até ao fim, a confiança que, desde o princípio, tivemos.
Hb 3:15 Enquanto se diz:
Hoje, se ouvirdes a sua voz,
não endureçais o vosso coração,
como foi na provocação.
Hb 3:16 Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram?
Não foram, de fato,
todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés?
Hb 3:17 E contra quem se indignou por quarenta anos?
Não foi contra os que pecaram,
cujos cadáveres caíram no deserto?
Hb 3:18 E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso,
senão contra os que foram desobedientes?
Hb 3:19 Vemos, pois, que não puderam entrar
por causa da incredulidade.
A palavra de Deus é clara para você ao falar que é HOJE e não amanhã o dia de você ouvir a voz de Deus que está te chamando. Não endureça o seu coração a fim de que a palavra pregada da salvação te alcance!
A Deus toda glória! p/ pr. Pr. Daniel Deusdete. 
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.