Estamos na décima quarta parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 35.
XIV.TRANSGRESSÕES E JULGAMENTOS REPRESENTATIVOS (34.1-36.32) - continuação.
Vimos que vários acontecimentos
selecionados retratavam os tipos de pecado que transtornavam Judá e que nesses
capítulos estaremos vendo que há cenas representativas da rejeição da palavra
do Senhor que levaram ao julgamento final de Judá.
Também tínhamos feito a divisão proposta
dessa parte ficando assim: A. O julgamento contra Zedequias por voltar atrás em
sua promessa de libertar os escravos (34.1-22) – já vimos; B. O julgamento por ficarem aquém do exemplo dos
recabitas (35.1-19) – veremos agora;
C. O julgamento contra Jeoaquim que queimou o rolo de Jeremias (36.1-32).
B. O julgamento por ficarem aquém do exemplo dos recabitas (35.1-19).
Veremos neste capítulo, o julgamento de
Judá por ficarem aquém do exemplo dos recabitas. O profeta condena os judaítas
por não seguirem o exemplo de fidelidade dos recabitas.
Aconteceu nos dias do rei Jeoiaquim, filho
do grande reformador Josias, rei de Judá que a palavra do Senhor, como de
costume, veio a Jeremias.
O Deus do universo que conhece todos os
homens e sabe o que cada um faz, enviou Jeremias à casa dos recabitas. A maior
parte do que se sabe sobre eles encontra-se nesse capítulo. Ao que parece, eram
uma tribo nômade com uma relação de parentesco próxima com os queneus (1Cr
2.55). Sua fidelidade contrasta nitidamente com a falta dessa qualidade entre
os filhos de Abraão.
A orientação de Deus a Jeremias era para os
levarem à casa do SENHOR, à uma das câmaras, as quais eram usadas como
depósitos (veja 1 Rs 6.5; Ne 13.4-5) e dentro dela era para oferecer vinho aos
recabitas.
Jeremias, o profeta, tomou a Jaazanias,
filho de Jeremias - Jeremias era um nome comum à época (40.8) -, filho de Habazínias
e ele tomou alguns deles com seus irmãos e filhos e os introduziu na casa do
Senhor em local bem específico, na câmara dos filhos de Hanã, filho de
Jigdalias, homem de Deus (designação comum para um profeta – I Rs 12:22), a
qual estava junto à câmara dos príncipes que ficava sobre a câmara de Maaséias,
filho de Salum, guarda do vestíbulo e ali, diante deles, colocou taças cheias
de vinhos e copos à vontade. Em seguida, vem o convite efusivo de Jeremias, em
obediência ao Senhor, aos recabitas: BEBEI VINHO! – vs. 5.
Naquele momento, eles responderam, sem
titubear a Jeremias que não beberiam vinho e explicou o porquê.
O voto feito por Jonadabe, filho de Recabe,
consagrou seus descendentes a um estilo de vida nômade caracterizado por
habitações temporárias e abstenção de vinho. Um compromisso assumido
voluntariamente e não uma exigência da lei mosaica (Dt 6.10-11; 7.13) semelhante, portanto, a um voto nazireu (Nm
6.2-3,20; Jz 13.4-7).
Estas eram as suas firmes resoluções como o
fez Jonathans Edwards e como escrevi em meu livro AS MINHAS FIRMES RESOLUÇÕES[1]. Isaías
26:3 nos diz que Deus conservará em perfeita paz aqueles cujos propósitos são
firmes, porque eles confiam no Senhor. Também temos em Daniel um exemplo de
firmeza de resolução ao decidir-se não se contaminar com as iguarias do rei – Dn
1:8.
Deus honra quando você honra os seus
compromissos, principalmente com ele, o Senhor.
Também explicou por que estavam ali em
Jerusalém uma vez que estavam fugindo dos babilônios e dos siros.
Deus se agradou deles e os usou para, por
meio deles, levar uma palavra profética aos homens de Judá e aos moradores de
Jerusalém – vs. 13.
Deus estava mesmo indignado por causa deles
uma vez que aqueles eram fieis a seu pai Jonadabe e eles, totalmente infiéis a Deus.
Deus não somente os advertiu como também
enviou de tempos em tempos homens de Deus, seus profetas, para anunciarem o
tempo de se converterem de seus maus caminhos, emendarem as suas ações para não
servirem a outros deles a fim de que pudessem habitar para sempre a terra que
ele estava dando a eles, mas não o ouviram.
Seria por isso que Deus iria trazer mesmo
todo mal que intentava contra eles, pois que falou, mas não ouviram, clamou,
mas não responderam.
Jr 35:1 A palavra que da parte do Senhor
veio a Jeremias,
nos
dias de Jeoiaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo:
Jr 35:2 Vai à casa dos recabitas, e fala
com eles,
introduzindo-os
na casa do Senhor, em uma das câmaras,
e
lhes oferece vinho a beber.
Jr
35:3 Então tomei a Jaazanias, filho de Jeremias,
filho
de Habazínias, e a seus irmãos, e a todos os seus filhos,
e
a toda a casa dos recabitas,
Jr
35:4 e os introduzi na casa do Senhor,
na
câmara dos filhos de Hanã, filho de Jigdalias,
homem
de Deus, a qual estava junto
à
câmara dos príncipes que ficava sobre a câmara
de
Maaséias, filho de Salum, guarda do vestíbulo;
Jr
35:5 e pus diante dos filhos da casa dos recabitas
taças
cheias de vinho, e copos, e disse-lhes:
Bebei
vinho.
Jr
35:6 Eles, porém, disseram:
Não
beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe,
nosso
pai, nos ordenou, dizendo:
Nunca
jamais bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos;
Jr
35:7 não edificareis casa, nem semeareis semente,
nem
plantareis vinha, nem a possuireis;
mas
habitareis em tendas todos os vossos dias;
para
que vivais muitos dias na terra
em
que andais peregrinando.
Jr
35:8 Obedecemos pois à voz de Jonadabe, filho de Recabe,
nosso
pai, em tudo quanto nos ordenou, de não bebermos
vinho
em todos os nossos dias,
nem
nós, nem nossas mulheres, nem nossos filhos,
nem
nossas filhas; Jr 35:9 nem de edificarmos casas
para
nossa habitação; nem de possuirmos vinha, nem campo,
nem
semente; Jr 35:10 mas habitamos em tendas,
e
assim obedecemos e fazemos conforme tudo quanto
nos
ordenou Jonadabe, nosso pai.
Jr
35:11 Sucedeu, porém, que, quando subia Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, contra esta
terra, dissemos:
Vinde,
e vamo-nos a Jerusalém, por causa do exército
dos
caldeus, e por causa do exército dos sírios;
e
assim habitamos em Jerusalém.
Jr 35:12 Então veio a palavra do Senhor
a Jeremias, dizendo:
Jr
35:13 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Vai,
e dize aos homens de Judá e aos moradores
de
Jerusalém:
Acaso
não aceitareis instrução, para ouvirdes as minhas palavras?
diz
o Senhor.
Jr
35:14 As palavras de Jonadabe, filho de Recabe,
pelas
quais ordenou a seus filhos que não bebessem vinho,
foram
guardadas;
pois
não o têm bebido até o dia de hoje,
porque
obedecem o mandamento de seu pai;
a
mim, porém, que vos tenho falado a vós,
com
insistência, vós não me ouvistes.
Jr
35:15 Também vos tenho enviado, insistentemente,
todos
os meus servos, os profetas, dizendo:
Convertei-vos
agora, cada um do seu mau caminho,
e
emendai as vossas ações,
e
não vades após outros deuses para os servir,
e
assim habitareis na terra que vos dei a vós
e
a vossos pais;
mas
não inclinastes o vosso ouvido,
nem
me obedecestes a mim.
Jr
35:16 Os filhos de Jonadabe, filho de Recabe,
guardaram
o mandamento de seu pai que ele lhes ordenou,
mas
este povo não me obedeceu;
Jr 35:17 por isso assim diz o Senhor, o
Deus dos exércitos, o Deus de Israel:
Eis
que trarei sobre Judá, e sobre todos os moradores de Jerusalém,
todo
o mal que pronunciei contra eles;
pois
lhes tenho falado, e não ouviram; e clamei a eles,
e
não responderam.
Jr 35:18 E à casa dos recabitas disse
Jeremias:
Assim
diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Pois
que obedecestes ao mandamento de Jonadabe,
vosso
pai, guardando todos os seus mandamentos
e
fazendo conforme tudo quanto vos ordenou;
Jr
35:19 portanto assim diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel:
Nunca
jamais faltará varão a Jonadabe, filho de Recabe,
que
assista diante de mim.
Quanto aos recabitas, sim, quanto aos
fieis, a recompensa. Obedeceram ao seu pai e por isso nunca mais faltaria a
Jonadabe, filho de Recabe, quem assistisse ao Senhor da parte deles.
Reparando em 33.17-18, vemos que nunca
faltará a Davi, nem aos sacerdotes, quem se assente como rei, no trono da casa
de Israel e quem o sirva no sacerdócio dos levitas para assisti-lo diante dele
para sempre. Seria de se esperar que urna promessa desse tipo fosse feita para
um rei, ou mesmo para sacerdotes, mas não para os recabitas, um grupo
praticamente desconhecido. Ela é usada aqui para contrastar de modo agourento
com o que Jeoaquim e a dinastia davídica histórica poderiam esperar.
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