quinta-feira, 4 de junho de 2015
quinta-feira, junho 04, 2015
Jamais Desista
Oseias 6:1-11- CONHEÇAMOS E PROSSIGAMOS EM CONHECER AO SENHOR.
Em nossa leitura e reflexão, nos
encontramos aqui:
Parte III - A MENSAGEM PROFÉTICA
DE OSEIAS (4.1-14.9); A. O processo, a guerra e o lamento (4.1-9.9).
1. Duas ações judiciais contra
Israel (4.1-5.7) – já vimos.
2. A iminente derrota na guerra
(5.8-8.14) – Estamos vendo.
Como já dissemos, Oseias chamou a nação
para se preparar para o ataque que sofreriam devido o julgamento de Deus. A
destruição de Samaria pela Assíria, em 722, cumpriu essas palavras no Antigo
Testamento. As ordens para tocar a trombeta (5.8; 8.1) apresentam os chamados
para a guerra que organizam esses capítulos e constituem o seu tema principal.
Esses capítulos nós dividimos, conforme a
BEG, em quatro partes: a. A convocação para a derrota na guerra (5.8-15) – já vimos; b. A hipocrisia que resultou
em derrota (6.1-7.2) – começaremos agora;
c. Os líderes corruptos e as alianças que resultaram em derrota (7.3-16); e, d.
A segunda convocação para a derrota na guerra (8.1-14).
b. A hipocrisia que resultou em derrota (6.1-7.2).
Até o segundo versículo, do próximo
capítulo, estaremos vendo o arrependimento hipócrita resultou em derrota.
Esse é o arrependimento hipócrita que
resulta em derrota. A menção do arrependimento como a solução para o julgamento
divino levantou a questão do arrependimento hipócrita de Israel.
Esse cântico de arrependimento usa as
imagens de 5.11-14, mas parece superficial em sua entonação (cf. 6.4). O Senhor
respondeu a essa hipocrisia com um julgamento severo.
Enquanto os capítulos 4 e 5 começam com
“ouvi”, este começa com um “vinde e tornemo-nos para o Senhor”. Talvez os
sacerdotes tenham sido citados aqui como Israel o foi em 2.7.
O chamado para o retorno ao Senhor é uma
das principais mensagens do livro (2.7; 3.5; 5.4,15). Os verdadeiros
arrependimento e conversão deveriam trazer a reconciliação que pode incluir a
cura e o cuidado das feridas (cf. Dt 32.39). As palavras que se seguem,
todavia, indicam que esse arrependimento não foi genuíno.
O versículo de fato é muito bonito:
·
Vinde,
e tornemos para o Senhor,
ü
porque
ele despedaçou
§
e
nos sarará;
ü
fez
a ferida,
§
e
no-la atará.
Ele é o Senhor que em sua soberania permite
que sejamos despedaçados para correção e depois o mesmo que nos sarará; o Deus
que faz em nós a ferida e o mesmo que nos atá para curar.
A quem devemos temer então? Ao diabo e aos
seus anjos? Aos poderes das trevas e as forças ocultas?
Não! Devemos temer somente a Deus e dar-lhe
glórias – Ap. 14.7 -, mas devemos ser sábios que nossa luta não é contra o
sangue e a carne, mas contra esses principados nas regiões celestes – Ef
6.11-13.
ü
A
quem devemos temer? Somente a Deus!
ü
Contra
quem devemos lutar? Contra principados e potestades, contra os dominadores
deste sistema mundial em trevas, contra as forças espirituais do mal nas
regiões celestiais.
A hipocrisia fica evidente pelo fato de o
povo ainda não reconhecer quão sérias haviam sido suas ofensas.
No entanto, Deus prometeu que nos
ressuscitaria e nos levantaria novamente. Uma clara alusão ao ressuscitamento
do Messias e de todos os que nele têm essa vívida esperança.
A BEG nos diz que a palavra hebraica
significa "levantar"; uma forma parecida é traduzida por
"despertai", em Is 26.19. Paulo, possivelmente, fez alusão a esse
versículo em 1 Co 15.4, ao falar da ressurreição de Cristo Jesus.
Após isso é que poderíamos viver diante
dele para sempre. (Veja o SI 16.11.) Uma esperança central de restauração era
que a presença de Deus seria restaurada entre o seu povo (Jr 24.7; Ez 37.27).
É somente depois desse ressuscitamento e
desse levantar que o desafio é feito para conhecermos e prosseguirmos em
conhecer ao Senhor.
Esse segundo chamado (cf. 6.1) para
conhecer e aceitar a aliança do Senhor com o coração e a vida é o centro da
mensagem de Oseias (2.8,20; 4.1,6; 5.4; 6.6).
Na versão NVI, o mesmo versículo é
traduzido da seguinte forma: Conheçamos o
Senhor; esforcemo-nos por conhecê-lo. Tão certo como nasce o sol, ele
aparecerá; virá para nós como as chuvas de inverno, como as chuvas de primavera
que regam a terra.
Oséias emprega metáforas que comparam a
confiabilidade de Deus aos recorrentes fenômenos da natureza. Ou seja, a
certeza do nascer do sol para os vivos e a vinda das chuvas de primavera que
regam a terra são eventos que estão intimamente atrelados à vida, dando-lhe
suporte e a sustentando.
O verbo conhecer em Oséias se refere ao
verbo hebraico yadha que, conforme à época não tinham o mesmo significado que
conhecer, ginoskw, no grego. O conhecer da filosofia grega é mais abstrato,
enquanto que o conhecer do hebraico é mais prático e experimental.[1]
ü yada: conhecer[2]
ü Original Word: יָדַע
ü Part of Speech: Verbo
ü Transliteration: yada
ü
Phonetic Spelling: (yaw-dah')
ü
Short Definition: conhecer, conhecimento.
Até ao verso 11, Deus responderá ao
arrependimento hipócrita que estava acontecendo em Israel.
No verso quatro, Deus lamentou a qualidade
transitória da aliança de amor de Israel e Judá, fazendo um contraste entre
esse amor e a sua própria fidelidade (vs. 3) usando mais ilustrações da
natureza. Enquanto Deus era o sol e a chuva serôdia, aqui eles eram a nuvem da
manhã e o orvalho que logo passa, ou seja, não tinham raízes em si mesmos.
No verso cinco, Deus responde a pergunta do
vs. 4. Deus usava os profetas para transmitir mensagens de advertência e
julgamento. Como a luz do sol que a cada manhã dissipa as trevas, a justiça de
Deus prossegue consistente e inevitavelmente (cf. SI 37.6), expondo os pecados
dos que quebraram a aliança.
Deus estava requerendo deles conversão e
arrependimento verdadeiros e não rituais e cerimonias ocas e vazias que serviam
apenas para ilusão e engano do que para mostrar piedade e temor a Deus. A
fidelidade à aliança - lealdade não rituais mecânicos -, era requerida do povo
da aliança (veja SI 51; Mq 6.8).
Dos versos de 7 ao 10, Deus demonstrou a
hipocrisia da nação ao apresentar rapidamente a lista de seus pecados. Esses
versículos apresentam vários locais considerados de má fama nos dias de Oseias.
Embora não saibamos os detalhes, o registro serve para incriminar toda a nação
(vs. 10).
A BEG nos diz sobre o uso de Adão como
referencia da transgressão que a alusão não está clara. Três possíveis
referências são propostas:
(1)
Adão
como sendo o primeiro homem (Gn 3).
(2)
Ou
como sendo um local, a antiga cidade de Adã, próxima ao rio Jordão (Js 3.16),
junto a Gileade, no vs. 8 e Siquém, no vs. 9. Essa é a tradução proposta pela
NVI.
Com
relação à Gileade, região montanhosa ao norte da Transjordânia, mas a palavra
pode referir-se a uma cidade chamada Adã. Ela era considerada a cidade dos que
praticavam a injustiça. Termo usado frequentemente nos Salmos para descrever os
inimigos dos justos e do Senhor. Outra característica dela era o fato de estar
manchada de sangue, talvez uma alusão aos cinquenta homens de Gileade
envolvidos no assassinato de Pecaías (2Rs 15.25).
(3)
Ou
ainda, como sendo a humanidade. A doutrina da aliança de Deus com Adão
baseia-se em fatores diferentes da interpretação dessa passagem: os elementos
de uma aliança estavam presentes no relacionamento de Deus com Adão (Gn 1-3).
Independente delas, o fato é que eles haviam
se portado aleivosamente contra o Senhor, ou seja, quebraram a aliança e foram
infiéis.
Os sacerdotes que teriam a função de serem
os representantes do povo diante de Deus ao intercederem por eles, aqui, no
verso 9, são citados como hordas de salteadores que espreitam alguém na estrada
de Siquém (importante centro religioso e político - Dt 27.4,12-14; Js 8.30; 20.7;
24.1,25; Jz 9; 1Rs 12.1,25) e ainda como aqueles que estariam cometendo outros
crimes vergonhosos.
1 Vinde,
e tornemos
para o Senhor,
porque
ele despedaçou e nos sarará;
fez
a ferida, e no-la atará.
2 Depois de
dois dias nos ressuscitará:
ao
terceiro dia nos levantará,
e
viveremos diante dele.
3 Conheçamos,
e prossigamos em conhecer ao Senhor;
a
sua saída, como a alva, é certa;
e
ele a nós virá como a chuva,
como
a chuva serôdia que rega a terra.
4 Que te
farei, ó Efraim? que te farei, ó Judá?
porque
o vosso amor é como a nuvem da manhã,
e
como o orvalho que cedo passa.
5 Por isso os
abati pelos profetas;
pela
palavra da minha boca os matei;
e
os meus juízos a teu respeito sairão como a luz.
6 Pois
misericórdia quero,
e
não sacrifícios;
e o
conhecimento de Deus,
mais
do que os holocaustos.
7 Eles,
porém, como Adão, transgrediram o pacto;
nisso
eles se portaram aleivosamente contra mim.
8 Gileade é
cidade de malfeitores, está manchada de sangue.
9 Como hordas
de salteadores que espreitam alguém,
assim
é a companhia dos sacerdotes
que
matam no caminho para Siquém;
sim,
cometem a vilania.
10 Vejo uma
coisa horrenda na casa de Israel;
ali
está a prostituição de Efraim;
Israel
está contaminado.
11 Também
para ti, ó Judá,
está
determinada uma ceifa.
Ao
querer eu trazer do cativeiro o meu povo.
A BEG nos diz que a alusão não está clara,
mas pode ser uma referência ao papel dos sacerdotes numa conspiração contra a
família real (vs. 8).
A coisa horrenda que ele via - compare com
Jr 5.30-31, 18.13; 23.14 – era a prostituição de Efraim na casa de Israel.
Talvez uma figura para indicar a sua infidelidade religiosa ou política.
Dos versos 11, deste ao primeiro verso do próximo
capítulo, veremos uma metáfora para o julgamento de Deus (Jr 51.33; JI 3.13)
onde ocorrerá a mudança de sorte para fins de cura do povo.
2 comentários:
Glórias a Deus :)
Excelente texto, gostaria de saber o que é BEG? Sigla tão citada durante as postagens.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.