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sábado, 20 de dezembro de 2014

Isaías 23:1-18 - O DÉCIMO ORÁCULO DE ISAÍAS - TIRO E SEU SISTEMA COMERCIAL.

Estamos no capítulo 23/66, na terceira parte do livro de Isaías, na subparte “B”. Como temos dito, a época corresponde ao período entre 740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1 – 39:8.
B. Levante internacional durante o julgamento assírio – 13:1 a 27:13.
1. Oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
Nessa seção “1”, como já dissemos, estamos apresentando as profecias (oráculos) de Isaías relativas às ações de Deus para com dez nações específicas que desempenharam papéis importantes durante o período do julgamento assírio.
Os oráculos também foram igualmente divididos em 10 partes, envolvendo, portanto, dez nações: a. Babilônia (Assíria) – 13:1 a 14:27 – já vista. b. Filístia – 14:28 – 32 – já vista. c. Moabe – 15:1 – 16:14 – já vista. d. Damasco – 17:1-14 – já vista. e. A Etiópia e o Egito – 18:1 – 20:6 – já vista. f. Babilônia – 21:1-10 – já vista. g. Edom – 21:11-12 – já vista. h. Arábia – 21:13-17 – já vista. i. Jerusalém – 22:1-25 – já vista. j. Tiro – 23:1-18 – veremos agora.
j. Tiro – 23:1-18.
A última das dez nações das profecias de Isaías da parte 1 dos oráculos acerca de nações específicas – 13:1 ao 23:18.
O profeta condena aqui o sistema comercial de Tiro, que não era condizente com as leis de Deus. Quando ele diz para uivar os navios de Tarsis – vs 1- ele utiliza uma linguagem estilizada, geral e simbólica, não sendo historicamente específica.
Isaías predisse o ataque dos assírios em 732 a.C., mas os babilônios e os gregos também atacaram a cidade.
Falando sua sentença contra Tiro, ele diz uivai para os navios de Társis – vs 1 – e diz calai-vos para os moradores da ilha. Tiro era um porto fenício de destaque na costa mediterrânea. Judá havia desfrutado de um longo relacionamento com Tiro quando Salomão negociou com Hirão de Tiro (I Re 5:8-9) e marinheiros fenícios foram tripulantes da esquadra de Salomão (I Re 9:.27).
Os navios de Társis os quais ele disse para uivarem eram os grandes navios da frota mercante (I Re 10:22; 22:48; Sl 48:7; Jn 1:3) que atravessavam grandes distâncias pelas costas mediterrâneas para chegar às colônias fenícias.
Tiro não caiu completamente diante dos assírios, mas foi severamente atingida.
Como havíamos dito, para Tiro foi dito para uivar e para os moradores da ilha para se calarem – uma espécie de lamento, dor e silêncio -, principalmente aqueles que encheriam os mercadores de Sidom, uma cidade portuária ao norte de Tiro que também foi afetada pelo ataque a essa cidade.
No verso 4, vemos o deus fenício do mar - Yam ("mar") vs 4 - sendo retratado como que se lamentando pela perda das cidades portuárias atacadas pelos assírios.
Todas as nações que dependiam de Tiro - inclusive Tartesso na Espanha (vs 6) -, se uniram nesse lamento sofrível e amargurante, uma vez que Tiro tinha uma excelente influência no mundo mediterrâneo – vs 7.  
O profeta pergunta quem teria formado este desígnio terrível contra Tiro – vs 8. As nações precisavam reconhecer que o Senhor havia feito isso (vs. 9) e ele explica por que assim procedeu e isso envolvia o denegrimento da soberba e o envilecimento dos nobres da terra.
Társis deveria procurar outros recursos econômicos com outras terras se quisesse continuar sua trajetória como fora nos dias antigos da glória de sua mãe, pois aqui o profeta fala da filha de Társis, uma personificação de Társis, a mãe. (veja o vs. 12).
Mas o SENHOR não deixaria isso assim de qualquer jeito e ele estendeu a sua mão, ou seja, o Senhor executou o seu plano e continuará a executá-lo sobre os mares e turbando os reinos, pois ele é o Senhor deles.
A soberania de Deus se estende sobre terra e mar, sobre a oprimida virgem, filha de Sidom – vs 12 -, sobre a terra dos caldeus que a Assíria destinava para os sátiros do deserto – vs 13.
Se os assírios conquistaram Babilônia em 689 a.C. e se ela, a grande Babilônia caiu, muito mais facilmente cairia Tiro.
O profeta fala do tempo do esquecimento de Tiro que envolve o número 70, ou seja, setenta anos. Este era um período padrão de tempo usado nas literaturas israelita (veja Jr 25:11; 29:10) e assíria para indicar um tempo de julgamento divino. Poderia ser encurtado ou ampliado por uma série de fatores (Dn 9).
No entanto, o SENHOR ainda atentaria para Tiro outra vez. O Senhor tinha mais coisas planejadas para Tiro e no futuro, Tiro voltaria a enriquecer-se ao se entregar a outras nações em novas prostituições por casa de sua ganância de prostituta – vs 17.
Quando acontecesse a plena restauração do povo de Deus no exílio, a riqueza de Tiro (juntamente com alguns de seus cidadãos) seria incorporada ao reino de Deus (cf. 45:14; 60:5,11; 61:6; 66:12; Ag 2:7-8; Ap 21:26) como aconteceu com os filhos de Israel ao deixarem o Egito.
 Is 23:1 Peso de Tiro.
                Uivai, navios de Társis, porque está assolada,
                               a ponto de não haver nela casa nenhuma,
                                               e de ninguém mais entrar nela;
                               desde a terra de Quitim lhes foi isto revelado.
                Is 23:2 Calai-vos, moradores da ilha,
                               vós a quem encheram os mercadores de Sidom,
                                               navegando pelo mar.
                Is 23:3 E a sua provisão era a semente de Sior,
                               que vinha com as muitas águas, a ceifa do Nilo,
                                               e ela era a feira das nações.
                Is 23:4 Envergonha-te, ó Sidom, porque o mar, a fortaleza do mar,
                               fala, dizendo:
                                               Eu não tive dores de parto, nem dei à luz,
                                               nem ainda criei jovens, nem eduquei virgens.
                Is 23:5 Como quando se ouviram as novas do Egito,
                               assim haverá dores quando se ouvirem as de Tiro.
                Is 23:6 Passai a Társis; clamai, moradores da ilha.
                Is 23:7 É esta, porventura, a vossa cidade exultante, cuja origem
                               é dos dias antigos, cujos pés a levaram para longe
                                               a peregrinar?
                Is 23:8 Quem formou este desígnio contra Tiro,
                               distribuidora de coroas, cujos mercadores são príncipes
                                               e cujos negociantes são os mais nobres da terra?
                Is 23:9 O SENHOR dos Exércitos formou este desígnio para denegrir
                               a soberba de toda a glória, e envilecer os mais nobres
                                               da terra.
                Is 23:10 Passa como o Nilo pela tua terra, ó filha de Társis;
                               já não há quem te restrinja.
                Is 23:11 Ele estendeu a sua mão sobre o mar, e turbou os reinos;
                               o SENHOR deu ordens contra Canaã,
                                               para que se destruíssem as suas fortalezas.
                Is 23:12 E disse:
                               Nunca mais exultarás de alegria, ó oprimida virgem,
                                               filha de Sidom; levanta-te, passa a Quitim,
                                                               e ainda ali não terás descanso.
                Is 23:13 Vede a terra dos caldeus, ainda este povo não era povo;
                               a Assíria a fundou para os que moravam no deserto;
                                               levantaram as suas fortalezas, e edificaram os seus
                                                               palácios; porém converteu-a em ruína.
                Is 23:14 Uivai, navios de Társis, porque está destruída
                               a vossa fortaleza.
                Is 23:15 Naquele dia Tiro será posta em esquecimento por
                               setenta anos, conforme os dias de um rei;
                                               porém no fim de setenta anos Tiro cantará
                                                               como uma prostituta.
                Is 23:16 Toma a harpa, rodeia a cidade, ó prostituta entregue
                               ao esquecimento; faça doces melodias, canta muitas canções,
                                               para que haja memória de ti.
                Is 23:17 Porque será no fim de setenta anos que o SENHOR
                               visitará a Tiro, e ela tornará à sua ganância de prostituta,
                                               e prostituir-se-á com todos os reinos que há sobre
                                                               a face da terra.
                Is 23:18 E o seu comércio e a sua ganância de prostituta
                               serão consagrados ao SENHOR;
                                               não se entesourará, nem se fechará;
                                                               mas o seu comércio será para
                                                               os que habitam perante o SENHOR,
                                               para que comam até se saciarem,
                                                               e tenham vestimenta durável.
Esse último versículo nos lembra dos tesouros dos egípcios que os acumularam, mas que ao final, na saída do povo do cativeiro, eles entregaram tudo para os israelitas, talvez por medo. Nós até podemos juntar nossos tesouros, mas o destino deles é muito incerto.
Quem é que disse que o meu dinheiro é meu e bem assim os meus bens e coisas colocadas em meu nome para se perpetuarem? Tudo é de Deus. Tudo é para ele e para a sua glória!
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.