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terça-feira, 8 de setembro de 2015

Marcos 7.1-37 - UMA MULHER ÁRABE NOS ENSINANDO SOBRE A FÉ

Estamos vendo o evangelho de Marcos que foi escrito para apresentar as boas-novas de Jesus a um público essencialmente gentio por meio da narração do testemunho dos discípulos a respeito dos fatos notáveis sobre a vida, a morte e a ressurreição de Cristo. Estamos na parte II, no capítulo 7.
II. O MINISTÉRIO DE JESUS NA GALILEIA (1.14 - 9.50) – continuação.
Como já dissemos, até ao cap. 9, estaremos vendo o ministério de Jesus na Caldeia, onde Marcos o divide, conforme a BEG, em dois estágios. Antes de passar ao relato da atividade de Jesus na Judeia e em Jerusalém, Marcos descreveu como Jesus fez grande parte da sua obra na Galileia, uma região ao norte conhecida como gentia, pois muitos gentios moravam ali. Ao focalizar a atenção do ministério de Jesus aos gentios, Marcos procurava despertar o interesse dos seus leitores gentios que seguiam a Cristo.
Esta parte II foi dividida em 17 subpartes, conforme a BEG: A. O chamado dos primeiros discípulos (1.14-20) – já vimos; B. O ministério em Cafarnaum (1.21-34) – já vimos; C. O ministério ao redor da Caldeia (1.35-45) – já vimos; D. Curando em Cafarnaum (2.1-12) - veremos agora; E. O chamado de Levi (2.13-17) - veremos agora; F Controvérsias com as autoridades (2.18 - 3.12) – já vimos; G. O chamado dos doze (3.13-19) – já vimos; H. Acusações em Cafarnaum (3.20-35) – já vimos; I. As parábolas do reino (4.1-34) – já vimos; J. A viagem para Decápolis (4.35 - 5.20) – já vimos; K. A continuidade do ministério na Galileia (5.21 - 6.6) – já vimos; L. A missão dos doze na Galileia (6.7-30) – já vimos; M. A alimentação dos cinco mil (6.31-44) – já vimos; N. A visita a Genesaré (6.45 - 7.23) – concluiremos agora; O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9) – começaremos a ver agora; P. A região de Cesareia de Filipe (8.10 - 9.32); e, Q. O retorno a Cafarnaum (9.33-50).
N. A visita a Genesaré (6.45 - 7.23) – continuação.
Como dissemos, Marcos registrou a atividade de Jesus em Genesaré visando fornecer um conhecimento mais profundo do caráter dos apóstolos e do cuidado que Jesus tinha para com eles. Jesus resgatou-os de uma tempestade (vs. 6.45-56) e defendeu-os diante das autoridades religiosas hipócritas (7.1-23).
Profissionais especialistas na lei, partidários de várias correntes teológicas judaicas diferentes (p. ex., fariseus, saduceus, essênios e outros) se reuniram a Jesus, mas não para crerem nele, nem o ouvirem, mas para criticarem e buscarem falhas.
Eles de cara observaram que os discípulos comiam sem lavar as mãos. Isso não tinha nada haver com higiene, assim como o recolhimento dos doze cestos cheios não teve nada haver com limpeza e organização (6.43).
Antes, a acusação se referia ao cerimonial da lei no Antigo Testamento (Êx 30.17-21; 40.12). Jesus era radicalmente contra isso por que:
(1)   A ideia do cerimonial de lavar as mãos havia sido tão distorcida que na verdade se tornou uma desculpa para transgredir a lei moral (vs. 9ss.).
(2)   A sua cruz iria alterar radicalmente a maneira como a lei cerimonial deveria ser observada.
Os fariseus acreditavam que, além das palavras escritas na lei, Moisés recebeu leis orais, que foram transmitidas oralmente de mestre para mestre.
Assim, os fariseus apelavam para autoridades divergentes e até mesmo contraditórias. Em sua argumentação com os fariseus, Jesus apelava constantemente às Escrituras como a única autoridade absoluta e sempre retornava ao verdadeiro significado do texto (vs. 6ss.).
Pela tradição dos fariseus, eles aplicavam as prescrições do Antigo Testamento, originalmente projetadas para os sacerdotes na ocasião do sacrifício no templo (Ex 30.19; 40.13), para todo o povo em todas as circunstâncias diárias.
Como mestre, Jesus não agia de acordo com a prática instituída. Além de nunca ter recebido treinamento rabínico formal, ele comia com pecadores e não exigia que os seus discípulos praticassem a tradição dos fariseus quanto à lavagem cerimonial.
Mais uma vez Jesus demonstrou o seu desejo de levar as pessoas para agirem em conformidade com a Escritura ao comentar sobre Isaías que o povo se aproximava dele falsamente, honrando-o com seus lábios, mas tendo o coração bem longe deles.·.
O verbo traduzido como "negligenciando" – vs. 8 - é bastante forte, podendo significar também "cancelando", "renunciando" ou "invalidando" (cf. vs. 13).
Jesus não era contra a lei do Antigo Testamento em si. Do mesmo modo que o salmista, ele estava consumido de desejo pela lei de Deus (SI 119.20), a qual ele cumpriu, protegeu (Mt 5.17-20) e defendeu (aqui).
Ele não estava nem mesmo contra a tradição em si, mas sim contra aquilo que anulava a Escritura (p. ex., os versículos seguintes).
Por exemplo, Moisés lhes tinha pedido para honrarem seus pais, mas eles deturparam isso com a Corbã – vs. 11. Esta era urna palavra aramaica que Marcos explicou em grego, desse modo indicando que estava escrevendo, pelo menos em parte, para leitores gentios (cf. vs. 34).
Jesus estava se referindo à tradição que efetivamente anulava o mandamento para honrar os pais: por meio de um simples voto no qual entregava todo o seu dinheiro para o templo (que não era necessariamente cumprido posteriormente), a pessoa poderia se esquivar da responsabilidade de sustentar seus pais.
A tradição humana aqui estava anulando a lei – vs. 13. Era contra isso que Jesus se opunha. Ele não era contra a lei, nem contra as tradições.
Jesus nos dá aqui uma lição do que contamina o homem e vemos que o que sai é o que o contamina porque é do seu coração que procede o mal.
Nos últimos tempos, diz a palavra de Deus que o amor de muitos se esfriará. Com esse esfriamento, o mal que habita em nós encontrará mais fluência e também com a influência de coisas como os malditos games de violência e outras porcarias, então, ainda coisas piores virão. “SIM JESUS, MARANATA! Volta logo! A coisa aqui tá horrível!
Com isso, Marcos salientou a natureza radical das palavras de Jesus (que não foram compreendidas pelos seus discípulos senão muito mais tarde; veja At 10.9-16). Nesse ensino, Jesus declarou o fim da dieta de restrição alimentar do Antigo Testamento.
O que sai do homem (Jesus estava generalizando quanto à maneira como a natureza humana se manifesta - veja Rm 1.24-32; 2.17-24.) é o que o contamina. Jesus abordou a essência da questão, ou seja, a impureza moral que a impureza cerimonial simbolizava.
O. Tiro, Sidom e Decápolis (7.24 - 8.9).
Jesus, então sai dali para os arredores de Tiro e de Sidom e depois para Decápolis. Jesus retornou ao território gentio visando estender o seu ministério para muito além da fronteira com Israel.
Tiro era uma antiga cidade portuária na Fenícia (atual Líbano). Aparentemente, Jesus buscou nesse lugar uma trégua dos conflitos que havia enfrentado em solo judeu.
Depois, o autor da vida, se encontra com uma mulher que nos dá uma profunda lição de fé e por meio de sua fé, há uma liberação da palavra de Deus para ela de cura para sua filha e assim o demônio sai da vida de sua menina.
Ele tinha entrado em uma casa e não queria que ninguém o soubesse, mas não foi desse jeito. Sua presença fora notada, principalmente por uma mulher, cuja filha estava com um espírito imundo.
Ela era grega, ou seja, uma pessoa não judia que falava grego, provavelmente uma descendente árabe da Síria-Fenícia. Ela rogava a Jesus que expulsasse de sua filha o demônio.
Jesus não pareceu dar-lhe atenção e disse que tinha de fazer primeiro a alimentação de seus filhos até se fartar. Apesar de estar em território pagão, Jesus manteve a prioridade de Israel ("os filhos") no plano divino para a salvação, como faria Paulo mais tarde (Rm 1.16; 2.10; cf. At 1.8; 13.46-47).
No entanto, ela se humilha diante dele e se compara a cachorrinhos que também precisam ao menos das migalhas que caem da mesa enquanto servem primeiro os filhos.
O termo "cão" era usado geralmente em sentido depreciativo (Mt 7.6; Fp 3.2; Ap 22.15). Jesus utilizou a imagem da refeição à mesa para explicar o plano da salvação; ou seja, a "a salvação vem dos judeus" go 4.22). Certamente foi nesse sentido que a mulher entendeu, como indica a resposta de Jesus.
A resposta da mulher tocou tão profundamente a Jesus que este a elogiou e ela conseguiu o que pedia. Está aqui um verdadeiro exemplo de como interceder. Jesus a elogiou por sua tão grande fé. Ela ao voltar para casa tinha encontrado a sua filha, deitada na cama, em perfeito juízo.
A seguir Jesus saiu dos arredores de Tiro e atravessou Sidom, até o mar da Galiléia e a região de Decápolis – vs. 31. Jesus permaneceu em território gentio, indo primeiro para o norte de Sidom e depois ao sudoeste, para Decápolis.
Em Decápolis, Jesus cura um surdo-mudo por causa das pessoas que o levaram até Jesus. Ele não tinha um método específico de cura, mas com este, Jesus o tirou da multidão, cuspiu e tocou na língua do homem e voltando os olhos aos céus e com um profundo suspiro exclamou: Efatá! Uma palavra aramaica que significa "abre-te!". A tradução que Marcos faz para o grego, conforme a BEG, novamente indica que tinha em mente leitores não judeus quando escreveu (veja também o vs. 11).
Depois disso, passou o surdo-mudo a falar desembaraçadamente. Geralmente uma pessoa surda aprende a falar corretamente somente após certo tempo.
Jesus fez o grande milagre e pediu a eles que a ninguém o dissessem, mas isso teve efeito contrário e quanto mais proibia, mais eles falavam – vs. 36.
O verso 37 diz tudo: O povo ficava simplesmente maravilhado e dizia: "Ele faz tudo muito bem. Faz até o surdo ouvir e o mudo falar”.
Mc 7:1 Foram ter com Jesus os fariseus,
e alguns dos escribas vindos de Jerusalém,
Mc 7:2 e repararam que alguns dos seus discípulos
comiam pão com as mãos impuras, isto é, por lavar.
Mc 7:3 Pois os fariseus, e todos os judeus,
guardando a tradição dos anciãos,
não comem sem lavar as mãos cuidadosamente;
Mc 7:4 e quando voltam do mercado,
se não se purificarem, não comem.
E muitas outras coisas há que receberam para observar,
como a lavagem de copos, de jarros e de vasos de bronze.
Mc 7:5 Perguntaram-lhe, pois, os fariseus e os escribas:
Por que não andam os teus discípulos
conforme a tradição dos anciãos,
mas comem o pão com as mãos por lavar?
Mc 7:6 Respondeu-lhes:
Bem profetizou Isaías acerca de vós,
hipócritas, como está escrito:
Este povo honra-me com os lábios;
o seu coração, porém, está longe de mim;
Mc 7:7 mas em vão me adoram,
ensinando doutrinas
que são preceitos de homens.
Mc 7:8 Vós deixais o mandamento de Deus,
e vos apegais à tradição dos homens.
Mc 7:9 Disse-lhes ainda:
Bem sabeis rejeitar o mandamento de Deus,
para guardardes a vossa tradição.
Mc 7:10 Pois Moisés disse:
Honra a teu pai e a tua mãe;
e: Quem maldisser ao pai ou à mãe,
certamente morrerá.
Mc 7:11 Mas vós dizeis:
Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe:
Aquilo que poderias aproveitar de mim
é Corbã, isto é, oferta ao Senhor,
Mc 7:12 não mais lhe permitis fazer coisa alguma
por seu pai ou por sua mãe,
Mc 7:13 invalidando assim
a palavra de Deus pela vossa tradição
que vós transmitistes;
também muitas outras coisas semelhantes fazeis.
Mc 7:14 E chamando a si outra vez a multidão, disse-lhes:
Ouvi-me vós todos, e entendei.
Mc 7:15 Nada há fora do homem que,
entrando nele, possa contaminá-lo;
mas o que sai do homem,
isso é que o contamina.
Mc 7:16 (Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.)
Mc 7:17 Depois, quando deixou a multidão e entrou em casa,
os seus discípulos o interrogaram acerca da parábola.
Mc 7:18 Respondeu-lhes ele:
Assim também vós estais sem entender?
Não compreendeis que tudo o que de fora entra no homem não o pode contaminar,
Mc 7:19 porque não lhe entra no coração,
mas no ventre, e é lançado fora?
Assim declarou puros todos os alimentos.
Mc 7:20 E prosseguiu:
O que sai do homem ,
isso é que o contamina.
Mc 7:21 Pois é do interior,
do coração dos homens, que procedem
os maus pensamentos, as prostituições, os furtos,
os homicídios, os adultérios, Mc 7:22 a cobiça,
as maldades, o dolo, a libertinagem,
a inveja, a blasfêmia, a soberba, a insensatez;
Mc 7:23 todas estas más coisas procedem de dentro
e contaminam o homem.
Mc 7:24 Levantando-se dali,
foi para as regiões de Tiro e Sidom.
E
entrando numa casa,
não queria que ninguém o soubesse,
mas não pode ocultar-se;
Mc 7:25 porque logo, certa mulher,
cuja filha estava possessa de um espírito imundo,
ouvindo falar dele,
veio
e prostrou-se-lhe aos pés;
Mc 7:26 (ora, a mulher era grega, de origem siro-fenícia)
e rogava-lhe que expulsasse de sua filha o demônio.
Mc 7:27 Respondeu-lhes Jesus:
Deixa que primeiro se fartem os filhos;
porque não é bom tomar o pão dos filhos
e lança-lo aos cachorrinhos.
Mc 7:28 Ela, porém, replicou, e disse-lhe:
Sim, Senhor;
mas também os cachorrinhos debaixo da mesa
comem das migalhas dos filhos.
Mc 7:29 Então ele lhe disse:
Por essa palavra,
vai;
o demônio já saiu de tua filha.
Mc 7:30 E, voltando ela para casa,
achou a menina deitada sobre a cama,
e que o demônio já havia saído.
Mc 7:31 Tendo Jesus partido das regiões de Tiro,
foi por Sidom até o mar da Galiléia,
passando pelas regiões de Decápolis.
Mc 7:32 E trouxeram-lhe um surdo,
que falava dificilmente;
e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele.
Mc 7:33 Jesus, pois, tirou-o de entre a multidão, à parte,
meteu-lhe os dedos nos ouvidos
e, cuspindo,
tocou-lhe na língua;
Mc 7:34 e erguendo os olhos ao céu,
suspirou e disse-lhe:
Efatá; isto é Abre-te.
Mc 7:35 E abriram-se-lhe os ouvidos,
a prisão da língua se desfez,
e falava perfeitamente.
Mc 7:36 Então lhes ordenou Jesus
que a ninguém o dissessem;
mas, quando mais lho proibia,
tanto mais o divulgavam.
Mc 7:37 E se maravilhavam sobremaneira, dizendo:
Tudo tem feito bem;
faz até os surdos ouvir
e os mudos falar.
Marcos encerra o capítulo com a cura de um surdo que falava dificilmente. Ele o põe à parte e nele faz uma ministração especial, exclusiva e assim, aquele surdo passa a ouvir e a sua língua é também desbloqueada e passa a falar fluentemente. Todos se admiram do autor da vida que sai curando vidas e pedindo que não divulguem nada.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete 
...


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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.