segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
segunda-feira, dezembro 08, 2014
Jamais Desista
Isaías 11:1-16 - A TERRA SE ENCHERÁ DO CONHECIMENTO DO SENHOR
Estamos no capítulo 11/66, na terceira
parte do livro de Isaías, na subparte “A”. A época corresponde ao período entre
740 a.C e 686 a.C que se encontra detalhada em II Re 15:1 a 20:21, envolvendo
os públicos de Israel e Judá.
Parte III – A RESPOSTA DE ISAÍAS AO JULGAMENTO ASSÍRIO – 7:1
– 39:8.
A. A resposta de Isaías ao julgamento assírio – 7:1 a 12:6.
Como já dissemos, Isaías revelou o
envolvimento de Deus nos acontecimentos em torno da coalisão sírio-israelita
contra a Assíria. Ele advertiu quanto ao severo julgamento contra Israel e Judá
por meio da agressão assíria, mas também assegurou os seus ouvintes a respeito
da restauração final.
Nós tínhamos dividido essa parte “A”, em
três outras partes. 1. O julgamento assírio e os filhos de Isaías – 7:1 a 8:18
– já vista. 2. O julgamento assírio e
Israel – 8:19 a 10:4 – já vista. 3. O
julgamento assírio e Judá – 10:5 a 12:6 – continuaremos
vendo.
3. O julgamento assírio e Judá – 10:5 a 12:6 – continuação.
Como já falamos, após explicar que o ataque
assírio ao Reino do Norte terminaria em derrota total e em exílio, não restando
qualquer esperança de salvação, o profeta volta-se ao contrastante resultado do
ataque assírio contra Judá.
Esses capítulos dividem-se em quatro partes
principais: a. Um ai contra a Assíria (10.5-19) – já vista; b. O retorno do remanescente de Judá (10.20-34) – já vista; c. A esperança de Judá na
casa de Davi (11.116); e, d. O resultante louvor a Deus em Sião (12.1-6).
c. A esperança de Judá na casa de Davi (11:1-16).
Do tronco de Jessé (o pai de Davi - I Sm 16:10-13)
viria a esperança de Judá. Isaías explicou que a libertação de Judá da Assíria
em 701 a.C. foi apenas um prenúncio da gloriosa restauração que um dia viria
por meio do grande filho de Davi (9:1-7).
É sempre assim que acontecesse e isso fica
claro à medida que estudamos a história e contemplamos os grandes livramentos
de Deus a favor de seu povo fiel. O inimigo está sempre pronto e preparado com
forças muito superiores para destruir e aniquilar de vez com toda nossa raça em
segundos, mas aí entra Deus, o Deus da história, o Deus que além de transcendente
é muito imanente e está, sim, interessado no destino das nações.
Quando Deus entra em cena, o inimigo mesmo
se mata ou algo extraordinário acontecesse que depois até vira piada, como
foram os casos das forças egípcias que foram tragadas pelo mar vivo ou pelo
exército de Senaqueribe que numa só noite morreram mais de 180.000 soldados.
Mais tarde, Isaías explicaria que a própria
Jerusalém seria derrotada pelos babilônios (39:5-7) e que a grande restauração
mencionada se seguiria ao exílio de Judá na Babilônia. Aqui é Deus exercendo o
juízo sobre os seus a fim de corrigi-los dos erros e da teimosia de seus
corações.
As agressões assíria e babilónica deixariam
apenas um tronco da família de Davi. Os privilegiados filhos de Davi são
comparados aqui com a Assíria, uma árvore que fora derrubada (10:35).
Apesar do julgamento sobre a casa de Judá e
sobre a casa de Davi, o Senhor levantaria uma nova liderança da dinastia de
Davi. O Novo Testamento ensina que essa esperança foi cumprida em Jesus.
O Espírito esteve de maneira poderosa sobre
os crentes - especialmente sobre seus líderes – do Antigo Testamento, exemplos:
·
Moisés
– Nm 11:17; os anciãos – Nm 11:25,26; Josué - Dt 34:9; os juízes – Jz 3:10; 11:29;
13:25; os reis – I Sm 10:6; 11.6; 16:13; II Sm 23:2 e os profetas – I Sm 10:10;
2 Sm 23:2; I Re 22:24; 2 Re 2:15; Mq 3:8.
Sobre ele repousariam os sete espíritos de
Deus:
1.
O
Espírito do Senhor.
2.
O
Espírito de sabedoria.
3.
O
Espírito de entendimento.
4.
O
Espírito de conselho.
5.
O
Espírito de fortaleza.
6.
O
Espírito de conhecimento.
7.
O
Espírito de temor do Senhor.
O Espírito
do Senhor.
Aquele que estabeleceu o reino de Deus – Gn
1:2; Jz 3:10; 6:34; I Sm 10:6 – e todas as demais coisas também fortaleceria o
grande filho de Davi quando ele estabelecesse o estagio final do reino de Deus –
42:1; Lc 3:22.
O
Espírito de sabedoria.
Salomão orou e buscou a Deus sabendo em
quem poderia confiar. Deus se lhe manifesta e desse encontro, Salomão recebeu
sabedoria e entendimento – I Re 3:9 – para governar o povo de Deus de acordo
com os princípios da justiça e da retidão.
O Espírito
de entendimento.
Capacidade de assimilação das coisas de
forma a compreender a ligação entre os fatos e a vontade soberana do Criador. Visão
e prudência – Pv 4:5-7; 9:10; 23:23 – que emanam da sabedoria divina.
O
Espírito de conselho.
Capacidade de aconselhar dando a palavra e
a orientação certa do modo como agir em qualquer circunstância regida pela
soberana vontade do Pai. O Messias já fora chamado de "Maravilhoso
Conselheiro" (9.6).
O
Espírito de fortaleza.
Todas as coisas lhe estão sujeitas! Força e
poder estão atrelados ao Espírito de Deus, de forma que todas as coisas criadas
estão sujeitas a esse espírito. No entanto não é ele a quem temos, mas dele é
que somos. Não se trata do “Eu tenho a força!”, mas do “Eu sou forte na força
do seu poder que opera em mim”. Um termo que faz alusão ao "Deus
Forte" (9:6)
O
Espírito de conhecimento.
Deus é onisciente e sabe de todas as coisas
por que as conhece todas. Assim, o Espírito sabe e conhece tudo e todas as
coisas. Isto para vivermos de modo sábio e submisso, de acordo com a vontade de
Deus (33:6; 44:19,25; 47:10; 53:11).
O
Espírito de temor do Senhor.
Se não houvesse reverência, tudo seria um
caos, por isso que cada coisa deve ocupar o seu espaço, lugar e tempo. A
reverência a Deus é a fonte de conhecimento (Pv 1.7). Davi insistiu que seus
filhos que viessem a governar deveriam manifestar essa qualidade (II Sm 23:1-4).
Seria do tronco, do rebento, do resto purificado,
que viria o Messias. E ele viria com os sete Espíritos de Deus para, entre
outras coisas, fazer justiça e juízo na terra.
Nos versos 3 a 5, vemos isso claramente. Isaías
está falando de deleite, de justiça, de equidade, de juízo contra os perversos
e obstinados de coração, de fidelidade, a favor dos mansos, dos pobres,
daqueles que ansiavam pela justiça e equidade divinas (14:30; 25:4) por serem
oprimidos pelos maus governantes desta terra (3:15; 10:2; 14:32; 29:19; 32:7;
41:17; 49:13; 54:11; 61:1; 66:2) os quais seriam protegidos pelo grande Rei que
viria.
O Messias comandaria esse poder e essa
autoridade (Sl 2:9; 82:8; Ap 6:15-17; 20:11-12) de maneira que um simples sopro
seu destruiria o ímpio (49:2; 61:1; Hb 4:12; Ap 19:15). Estamos esperando isso
acontecer e sabemos que o dia se abrevia. Maranata!
O apóstolo Paulo conhecia bem o livro de
Isaías tanto que até quando escreve Ef 6:14 ele fala do cinto da justiça que
Isaías se referiu no verso 4, 5 quando fala da justiça como o cinto dos seus
lombos e a fidelidade como o cinto dos seus rins.
As ilustrações de animais selvagens
transformados, retrata de maneira eficaz o reino pacífico de Cristo. Essa visão
está sendo cumprida hoje na unidade da igreja de Cristo e encontrará o seu
cumprimento final nos novos céus e na nova terra.
Existem diversas igrejas terrenas com suas
idiossincrasias específicas por causa de seus líderes e estatutos que vão
formando famílias de crentes espalhados pelo planeta inteiro que parecem não
terem ligação entre si ou parecem discordantes, intolerantes e brigando entre
si.
No entanto, todo crente sabe e conhece o
crente, seu amigo de trabalho, que não é de sua denominação e com ele consegue
comunhão e compartilhamento das coisas de Deus, isso em todo o planeta.
É como a igreja invisível de Cristo que é
comandada pelo Espírito de Deus, o Espirito Santo, que torna essa realidade da
união de Isaías 11:6-9 uma realidade no meio do caos.
É a terra se enchendo do conhecimento do
Senhor e como as águas cobrem o mar e prevalecem contra tudo, assim, o
conhecimento de Cristo, de Deus, da sua Palavra vai conquistando e invadindo as
praias e cidades inteiras, muitas das vezes num verdadeiro maremoto ou tsunami
de amor, de fé e de esperança.
Naquele dia, diz o verso 11, iniciando-o: o
Senhor tornará a estender a sua mão para resgatar o restante de seu povo.
O primeiro momento dessa reunião de resgate
foi o êxodo do Egito; o segundo, será a volta do exílio provocado pelos
assírios; o terceiro momento, mais tarde um pouquinho, pela volta do cativeiro
babilônico – 51:9-11.
Não importava onde o povo de Deus estivesse
exilado, o filho de Davi haveria de trazer um remanescente de volta à Terra
Prometida – 24:15; 42:4, 10; 51:5; 59:18,19. Foi Jesus que deu início a essa
reunião dos judeus exilados no dia de Pentecostes – At 2 – e continua a
reuni-los à medida que o evangelho se espalha.
É como o balançar da árvore para que caia
dela os frutos podres, os galhos secos, as folhas murchas e os ramos
infrutíferos, às vezes toda a árvore deve ser purificada para que ao final
sobre o remanescente e assim vai se fazendo e se purificando o povo de Deus,
desde o início. Um dia a árvore estará madura, sadia e pronta para a vindima
final.
Quando ele voltar, o remanescente fiel de
Judá será reunido na nova Jerusalém que desce dos céus – 21:1-3.
A era da restauração testemunharia uma
reunião das doze tribos. A comunidade pós-exílio testemunhou um antegozo dessa
promessa quando um remanescente das doze tribos voltou à Terra Prometida – I Cr
9:3; Ed 6:17; 8:35.
Ele mesmo, Jesus, cumpriu isso ao ministrar
tanto no norte quanto no sul – Mt 4:13-17. A promessa foi mais além ainda no
dia de Pentecostes, quando reunidos estavam os judeus de todo o mundo – At 2. No
entanto, seu cumprimento final continua na igreja hoje – Gl 3:28 e terá o seu
cumprimento final quando Cristo voltar – Ap 21:12-14.
Is 11:1 Porque brotará um rebento do
tronco de Jessé,
e
das suas raízes um renovo frutificará.
Is
11:2 E repousará sobre ele
o
Espírito do SENHOR,
o
espírito de sabedoria e de entendimento,
o
espírito de conselho e de fortaleza,
o
espírito de conhecimento e de temor do SENHOR.
Is
11:3 E deleitar-se-á no temor do SENHOR;
e
não julgará segundo a vista dos seus olhos,
nem
repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos.
Is
11:4 Mas julgará com justiça aos pobres,
e
repreenderá com equidade aos mansos da terra;
e
ferirá a terra com a vara de sua boca,
e
com o sopro dos seus lábios matará ao ímpio,
Is
11:5 E a justiça será o cinto dos seus lombos,
e
a fidelidade o cinto dos seus rins.
Is
11:6 E morará o lobo com o cordeiro,
e
o leopardo com o cabrito se deitará,
e
o bezerro, e o filho de leão
e
o animal cevado andarão juntos,
e
um menino pequeno os guiará.
Is
11:7 A vaca e a ursa pastarão juntas, seus filhos se deitarão juntos,
e
o leão comerá palha como o boi. Is
11:8
E brincará a criança de peito sobre a toca da áspide,
e
a desmamada colocará a sua mão na cova do basilisco.
Is
11:9 Não se fará mal nem dano algum em todo o meu santo monte,
porque
a terra se encherá do conhecimento do SENHOR,
como
as águas cobrem o mar.
Is
11:10 E acontecerá naquele dia que a raiz de Jessé,
a
qual estará posta por estandarte dos povos,
será
buscada pelos gentios;
e
o lugar do seu repouso será glorioso.
Is
11:11 E há de ser que naquele dia o Senhor tornará
a
pôr a sua mão para adquirir outra vez o remanescente
do
seu povo, que for deixado, da Assíria, e do Egito,
e
de Patros, e da Etiópia, e de Elã, e de Sinar,
e
de Hamate, e das ilhas do mar.
Is
11:12 E levantará um estandarte entre as nações,
e
ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá
congregará
desde os quatro confins da terra.
Is
11:13 E afastar-se-á a inveja de Efraim, e os adversários de Judá
serão
desarraigados;
Efraim
não invejará a Judá, e Judá não oprimirá a Efraim.
Is
11:14 Antes voarão sobre os ombros dos filisteus ao ocidente;
juntos
despojarão aos do oriente; em Edom
e
Moabe porão as suas mãos, e os filhos de Amom
lhes
obedecerão.
Is
11:15 E o SENHOR destruirá totalmente a língua do mar do Egito,
e
moverá a sua mão contra o rio com a força do seu vento
e,
ferindo-o, dividi-lo-á em sete correntes
e
fará que por ele passem com sapatos secos.
Is
11:16 E haverá caminho plano para o remanescente do seu povo,
que
for deixado da Assíria, como sucedeu a Israel
no
dia em que subiu da terra do Egito.
Ao estudarmos e nos aprofundarmos mais
ainda nas Escrituras, vemos que o dia do Senhor se apressa a vir. Para que não
sejamos pegos desprevenidos, como ele mesmo nos advertiu em suas palavras, é
melhor nos voltarmos de todo nosso coração para ele e com urgência. Maranata!
Isaías nos escreveu suas palavras há mais
de dois mil e setecentos anos! E como ela nos é atualíssima! Dá medo!
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.