sábado, 26 de setembro de 2015
sábado, setembro 26, 2015
Jamais Desista
Lucas 9.1-62 - UM DESAFIO PARA VOCÊ: SIGA A JESUS!
Como já dissemos o evangelho de Lucas foi
escrito com o propósito principal de apresentar um relato fiel e organizado
visando estabelecer os fatos a respeito do ministério de Jesus e sua
importância para a história da salvação, além de fornecer parâmetros para a
igreja em sua pregação de arrependimento e perdão em nome de Jesus para todas
as nações. Estamos no capítulo 9, parte III.
III. MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS NA GALILEIA (4.14-9.50) - continuação.
Veremos dos versos 14 ao capítulo 9.50, o
ministério público de Jesus na Galileia.
Para melhor compreendermos os detalhes
desta parte, dividimos o assunto em nove partes, conforme a BEG: A. O sermão em
Nazaré (4.14-30) – já vimos; B.
Ensinamentos e milagres (4.31-6.11) – já
vimos; C. A escolha dos doze (6.12-16) – já vimos; D. O sermão na planície (6.17-49) – já vimos; E. Curas milagrosas (7.1-17) – já vimos; F João Batista (7.18-35) – já vimos; G. Jesus e uma mulher (7.36-50) – já vimos; H. Mais ensinamentos e milagres (8.1-56) – já vimos; e, I. Jesus prepara os doze
(9.1-50) – veremos agora.
Uma breve síntese do capítulo 9.
Dos versos de 1 a 50, veremos que Jesus
prepara os doze. Lucas encerra o seu relato a respeito do ministério de Jesus
na Galileia ao narrar as várias maneiras que Jesus utilizou para preparar seus
discípulos, visando ao futuro ministério deles.
Evidentemente, os doze não estavam juntos o
tempo todo (alguns tinham lar e família), mas aqui Jesus os reuniu para essa
missão importante. Ele "deu-lhes poder e autoridade" sobre demônios e
doenças, e comissionou-os para continuarem a sua obra de pregação e cura.
Deu-lhes poder e autoridade e os enviou a
pregar e a curar. Eu creio nisso piamente, mas não creio que sou Deus ou que
tenha a solução dos problemas de cada um ou que possa, milagrosamente, pregar e
ministrar a cura eficazmente. Eu bem que gostaria! Não me faltarão a fé e a
ousadia necessárias para pregar e curar.
Os discípulos deveriam levar para a viagem
apenas o mínimo, confiando em Deus para suprir suas necessidades. Eles não
deveriam levar com eles: nem bordões, nem alforje, nem pão, nem dinheiro; nem
tenhais duas túnicas – vs. 3.
O relato paralelo em Marcos permitia que
levassem um bordão (Mc 6.8). Mt 10.9-10 registra que não deveriam levar bordão,
presumivelmente além daquele que já possuíam. Já o alforje era uma espécie de
bolsa dupla carregada sobre os ombros, onde o viajante guarda suas coisas.
Também os discípulos deveriam contar com a
hospitalidade das pessoas. A ordem para permanecerem em apenas uma casa
limitava o período de tempo que ficariam em cada lugar.
Em qualquer casa que entrassem, poderiam
ficar nela, mas se não o recebessem, era para eles sacudirem o pó dos seus pés.
Os judeus rigorosos retiravam o pó de seus pés quando retornavam de território
gentio. A ação dos discípulos simbolizava que aqueles que rejeitassem a
pregação estariam excluídos da aliança com Deus.
Herodes Antipas, que governava a Galileia
ouvira todas as coisas que por ele foram feitas e estava em dúvida se João tinha
ressuscitado dentre os mortos. No final, até Herodes passou a adotar essa
opinião (Mc 6.16), porém aqui ele apenas refletiu que João estava morto. O
próprio Herodes havia mandado decapitar João.
Ao regressarem, alegres, os discípulos
contaram tudo o que tinha acontecido com eles. Jesus os toma consigo e os leva
para um lugar deserto, em Betsaida. Este era um lugar reservado, evidentemente
com a finalidade de relatar a viagem para Jesus e descansar. Betsaida, deve
significar "na vizinhança de Betsaida", uma vez que era um
"lugar deserto" (vs. 12).
Veremos dos vs. 11 ao 17, o único milagre,
além da ressurreição, registrado em todos os Evangelhos.
Onde Jesus estava, ali estava uma multidão
sedenta que o seguia – vs. 11 – e ele as acolhia. Um ato gracioso de Jesus, uma
vez que buscava uma oportunidade para descansar.
As multidões seguiam a Jesus e em dado
momento não tinham o que comer e estavam longe. Qual a saída? Dar-lhes de
comer!
Jesus lhes tinha dado um problemão e os
testara para ver suas reações. Ele poderia ter deixado o povo sem o alimentar.
Porque Jesus se preocupou com isso uma vez que cada um tinha sua própria vida?
A razão, para mim, é que Deus se importa conosco!
Qual era o desafio proposto aos discípulos?
Alimentar o povo (saciar uma necessidade básica e fundamental do povo). O que
percebemos:
ü
Foi Jesus que viu o povo
ü
Foi Jesus que identificou a necessidade do povo
(o povo nem estava pedindo comida!).
ü
Foi Jesus que se propôs saciar a necessidade do
povo – ele até instigou os discípulos para ver o que fariam
ü
Foi Jesus que saciou a necessidade do povo.
A lição de Jesus ali era clara: era como se
ele estivesse dizendo nas entrelinhas: eu sou o pão da vida! O verdadeiro pão
que alimenta e satisfaz! Aquele que comer do pão que eu lhe der, jamais terá
fome. (Jo 6: 33-40). Vejam mais desta pregação e confiram no link abaixo:
Depois de comerem todos e ficarem saciados,
ainda colheram do que sobrou doze alcofas de pedaços.
Agora estava ele só, orando, como costume. O
tempo todo Jesus e seus discípulos estavam ORANDO, saindo, percorrendo aldeias,
povoados e ministrando ao povo a palavra de Deus e curando toda sorte de
doenças e enfermidades dentre o povo.
Ele então pergunta aos seus qual era a fama
que tinha ou o que o povo dizia sobre ele, até que lhes pergunta diretamente a
eles: e vós o que dizeis que eu sou? A palavra "vós" é enfática e separa
os discípulos da multidão.
Pedro é quem responde sem vacilar que ele
era o Cristo. Um termo que significa "ungido" (isto é, separado para
uma missão especial). Quando o artigo definido é acrescentado, “o Cristo",
a referência passa a ser àquele que Deus escolheu acima de todos os outros,
aquele que traria a salvação, "o Ungido".
A resposta de Pedro foi uma análise
perspicaz, porém não foi uma descoberta humana, mas uma revelação de Deus (Mt
16.17).
Os discípulos seriam quase que certamente
mal compreendidos se tivessem dito isso a qualquer pessoa, pois as pessoas
pensariam que estavam proclamando um salvador político. Jesus explicou que o
seu papel como Cristo exigiria sofrimento, rejeição e morte, mas ressuscitaria –
vs. 22.
Agora ele dizia a todos que deveriam
segui-lo para tomarem a sua cruz. Significa renunciar às ambições egoístas,
implicando na morte de todo um estilo de vida.
Jesus e o apelo para segui-lo – se não o
seguirmos, para onde iremos nós? É forte isso! Não adiantaria ganhar o mundo
inteiro e estar sem ele. Qualquer um que dele se envergonhasse também, logo
dele se envergonharia o Filho do homem, em sua volta.
Dos ali presentes, alguns não morreriam ser
verem o reino de Deus. Sugestões quanto ao significado dessa frase incluem: a
transfiguração de Jesus, a ressurreição e a ascensão de Jesus, o Pentecostes, a
expansão do evangelho, a destruição de Jerusalém ou a segunda vinda de Cristo (Mt
16.28).
O tempo passa e já depois de oito dias ocorre
a transfiguração de Jesus com o aparecimento de Moisés e Elias e o testemunho
do Pai sobre o Filho na nuvem.
Lucas menciona com frequência as orações de
Jesus, deixando claro que Jesus orava repetidamente. Nessa ocasião em
particular, a aparência de Jesus mudou enquanto orava, embora a natureza dessa
transformação não seja explicada.
A expressão relacionada aos oito dias era usada
com frequência para indicar "aproximadamente uma semana". Jesus tomou
consigo a Pedro, Tiago e a João e subiram a um monte. Não sabemos a localização
desse monte. Embora tradicionalmente o monte Tabor seja apontado, fica longe de
Cesareia de Filipe e era habitado nessa época. O monte Hermom é o local mais
plausível.
Foi durante sua oração que ele se
transfigurou diante deles e até suas vestes ficaram brancas e resplandecentes. Nesse
momento é que surgem dois varões. Moisés, o doador da lei, e Elias, o
representante dos profetas.
Eles apareceram a eles em glória e falavam
da sua morte, ou se sua partida, a qual deveria se cumprir em Jerusalém. Literalmente,
essa partida era "seu êxodo" (isto é, sua morte; 2Pe 1.15 usa o mesmo
termo grego). Somente o Evangelho de Lucas registra essa conversa. O fato de
que a partida, ou morte, de Jesus tenha sido abordada até mesmo durante a
revelação de sua glória demonstra a sua centralidade.
A transfiguração pode ter ocorrido à noite,
pois o vs. 37 se refere ao "dia seguinte"; além do mais, às vezes
Jesus orava a noite inteira (6.12). Eles estavam sonolentos e dormiram, mas despertaram
e vira a glória de Jesus e dos dois homens que estavam com ele.
Pedro, sem saber o que dizer, fala de construir
ali três tendas. Pedro queria prolongar essa experiência ao sugerir a
construção das tendas para acomodar, e possivelmente deter, os visitantes
celestiais.
Ato contínuo, uma nuvem os envolve. Assim
como no Antigo Testamento, as nuvens são associadas à presença de Deus. De dentro
da nuvem, uma voz que testemunhava aos homens de Cristo: Este é o meu amado
Filho; a ele ouvi – vs. 35.
Essa frase enfatiza a escolha divina e o
relacionamento com o Pai, destacando a superioridade de Jesus em relação a
Moisés e Elias. A ele ouvi significa que as palavras de Jesus têm autoridade
divina.
Depois disso, desceram e já, novamente, uma
grande multidão em torno deles. O alvoroço na multidão apontava para um homem
que tinha um problema com seu filho que estava possesso, mas os discípulos que
ficaram no pé do monte não puderam expulsá-lo. Observe o contraste entre a
glória no topo do monte e a inabilidade dos discípulos para derrotar as forças
do mal na planície. É interessante observar que eles já haviam expulsado
demônios antes disso (vs. 1-6; cf. Mc 9.29).
Jesus os repreende e os chama de geração
incrédula e perversa! Até quando – ele pergunta – estaria com eles e eles
sofreriam? Essas palavras parecem ter sido dirigidas ao povo sem fé que ia até
Jesus, certamente presumindo que ele não tivesse poder para ajudá-los.
Em contraste, o pai demonstrou fé, ainda
que imperfeita (Mc 9.24). Jesus então repreende o espírito imundo, cura o
menino e o entrega são e salvo ao seu pai. Diante disso, todos ficaram pasmos e
maravilhados.
No entanto, Jesus adverte os seus
discípulos que sua hora estava chegando apressadamente. Uma palavra enfática:
em contraste com a descrença geral, os discípulos deveriam agir de modo
diferente. Jesus profetizou a sua paixão em termos gerais, mas eles não
compreenderam.
A palavra de Jesus tinha sido a eles
encoberta – vs. 45. Pode significar que as forças do mal impediam os discípulos
de compreender, ou que, antes da ressurreição, seria difícil para seus
seguidores aceitarem a verdade de que a salvação teria de vir por meio da morte
de Jesus.
Agora surgia uma questão sobre quem seria o
maior no reino de Deus. Parece mesmo que não tinham entendido nadinha. Lucas
faz um contraste entre a preocupação de Jesus com os outros e a preocupação dos
discípulos com eles mesmos.
Na antiguidade, a criança era indefesa e
considerada sem importância. Preocupar-se com elas e assumir voluntariamente as
menores posições é o que significa ser grande. A pessoa verdadeiramente grande
é aquela humilde e que não procura se impor (como os discípulos presumiram
erroneamente).
Em seguida viu João alguém pregar e
expulsar demônios e proibiu-o por não estar com eles. Para João, não era
suficiente que esse homem realizasse milagres em nome de Jesus; o escritor do
Evangelho pensava que ele também deveria "seguir conosco".
Jesus salientou que não existe neutralidade
na guerra contra o mal; logo, aqueles que não são contra nós, estão a nosso
favor - um teste que podemos aplicar adequadamente aos outros. Em Lc 11.23,
encontramos um teste que devemos aplicar a nós mesmos.
IV. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS: DA GALILEIA À JERUSALÉM (9.51-19.27).
Quando Jesus deixou a Galileia, muitas
coisas ocorreram enquanto viajava para Jerusalém: ele ensinou as multidões e
realizou muitos milagres. Lucas salientou a misericórdia de Jesus ao ministrar
às mulheres, às crianças e aos pecadores, e também enfatizou o custo de ser um
discípulo de Jesus.
Até o capítulo 19, veremos o ministério
público de Jesus: da Galileia para Jerusalém. O Evangelho de Lucas registra a
jornada de Jesus em direção a Jerusalém. Não há um paralelo mais extenso nos
outros Evangelhos (embora haja paralelos de algumas seções individuais). O
Evangelho de Lucas apresenta uma caminhada solene até a capital, onde Jesus
morreria pelos pecadores, de acordo com a vontade de Deus.
Essa quarta parte será dividida conforme a
BEG em 18 subpartes: A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42) – começaremos a ver agora; B. Ensino
sobre oração (11.1-13); C. Jesus e os espíritos maus (11.14-26); D. Bênção e
julgamento (11.27-13.9); E. A cura de uma mulher no sábado (13.10-17); F O
reino de Deus (13.18-14.24); G. Ensino sobre discipulado (14.25-35); H. Três
parábolas sobre os perdidos (15.1-32); I. Sobre dinheiro e serviço
(16.1-17.10); J. Os dez leprosos (17.11-19); K. A vinda do reino (17.20-37); L.
Parábolas sobre oração (18.1-14); M. Jesus e as crianças (18.15-17); N. O jovem
rico (18.18-30); O. Profecia da Paixão (18.31-34); P. Devolvendo a visão ao
cego (18.35-43); Q. Um cobrador de impostos chamado Zaqueu (19.1-10); R. A
parábola das minas (19.11-27).
A. Ensino sobre discipulado (9.51-10.42).
Doravante até o próximo capítulo, veremos o
ensino sobre o discipulado. À medida que Jesus caminhava para Jerusalém,
fornecia instruções aos seus discípulos que seriam de grande importância
posteriormente, quando eles teriam de dar prosseguimento à liderança cristã sem
a presença física de Jesus.
O grupo de pessoas que viajava com Jesus
era grande o suficiente para esgotar os recursos de uma pequena aldeia, caso
aparecessem sem avisar. Assim, Jesus mandou mensageiros para prevenir com
antecedência, mas deparou com a tradicional hostilidade dos samaritanos contra
os judeus.
Eles não o receberam e seus discípulos já
pensavam em fazer cair sobre eles fogo dos céus, mas Jesus os repreendeu
dizendo que não sabiam de que espírito eles eram, pois Jesus tinha vindo ao
mundo para salvar os pecadores e não destruí-los. Com a recusa, Jesus se
dirigiu com seus discípulos a outra aldeia.
No caminho, surge alguém que queria seguir
a Jesus. Jesus testava as pessoas que queriam ser discípulos; o primeiro homem
fez uma boa profissão, porém não percebeu que o custo do discipulado poderia
envolver a privação do lar.
Se o pai desse homem estava vivo, então
suas palavras indicam que ele queria tomar conta do pai até que este morresse.
Se o pai estava morto, as palavras de Jesus foram mais chocantes, pois a
piedade paternal exigia que o filho cuidasse dos preparativos para o enterro do
pai. Em qualquer dos casos, Jesus estava dizendo que as exigências do reino
ultrapassam qualquer lealdade terrena.
Depois outro que queria seguir a Jesus
queria primeiramente se despedir dos que estavam em sua casa. Pode ter havido
alguma relutância por trás da disposição de servir desse homem. Jesus deixa
claro que o reino exige que seus seguidores, quando chamados, caminhem para
frente e não olhem para trás.
deu-lhes
poder
e
autoridade
sobre
todos os demônios,
e
para efetuarem curas.
Lc 9:2 Também
os enviou
a
pregar o reino de Deus
e
a curar os enfermos.
Lc 9:3 E
disse-lhes:
Nada
leveis para o caminho:
nem
bordão,
nem
alforje,
nem
pão,
nem
dinheiro;
nem
deveis ter duas túnicas.
Lc 9:4 Na
casa em que entrardes,
ali
permanecei
e
dali saireis.
Lc 9:5 E onde
quer que não vos receberem,
ao
sairdes daquela cidade,
sacudi
o pó dos vossos pés
em
testemunho contra eles.
Lc 9:6 Então, saindo,
percorriam
todas as aldeias,
anunciando o
evangelho
e efetuando
curas por toda parte.
Lc 9:7 Ora, o tetrarca Herodes soube de
tudo o que se passava
e ficou
perplexo, porque alguns diziam:
João
ressuscitou dentre os mortos;
Lc 9:8
outros:
Elias
apareceu;
e outros:
Ressurgiu
um dos antigos profetas.
Lc 9:9
Herodes, porém, disse:
Eu
mandei decapitar a João;
quem
é, pois, este a respeito do qual
tenho
ouvido tais coisas?
E
se esforçava por vê-lo.
Lc 9:10 Ao regressarem,
os apóstolos
relataram a Jesus
tudo
o que tinham feito.
E, levando-os consigo,
retirou-se à
parte para uma cidade chamada Betsaida.
Lc 9:11 Mas as multidões,
ao saberem,
seguiram-no.
Acolhendo-as,
falava-lhes a
respeito do reino de Deus
e socorria os
que tinham necessidade de cura.
Lc
9:12 Mas o dia começava a declinar.
Então,
se
aproximaram os doze e lhe disseram:
Despede
a multidão,
para que, indo
às aldeias e campos circunvizinhos,
se
hospedem e achem alimento;
pois
estamos aqui em lugar deserto.
Lc 9:13 Ele,
porém, lhes disse:
Dai-lhes
vós mesmos de comer.
Responderam
eles:
Não
temos mais que cinco pães e dois peixes,
salvo
se nós mesmos formos comprar comida
para
todo este povo.
Lc 9:14
Porque estavam ali cerca de cinco mil homens.
Então, disse
aos seus discípulos:
Fazei-os
sentar-se em grupos de cinqüenta.
Lc 9:15 Eles
atenderam,
acomodando
a todos.
Lc 9:16 E,
tomando os cinco pães e os dois peixes,
erguendo
os olhos para o céu,
os
abençoou,
partiu
e deu aos
discípulos
para
que os distribuíssem entre o povo.
Lc 9:17 Todos
comeram e se fartaram;
e dos pedaços
que ainda sobejaram
foram
recolhidos doze cestos.
Lc 9:18 Estando ele orando à parte,
achavam-se
presentes os discípulos, a quem perguntou:
Quem
dizem as multidões que sou eu?
Lc 9:19
Responderam eles:
João
Batista, mas outros, Elias; e ainda outros dizem
que
ressurgiu um dos antigos profetas.
Lc 9:20 Mas
vós, perguntou ele, quem dizeis que eu sou?
Então,
falou Pedro e disse:
És
o Cristo de Deus.
Lc 9:21 Ele,
porém,
advertindo-os,
mandou que a
ninguém declarassem tal coisa,
Lc
9:22 dizendo:
É necessário
que o Filho do Homem sofra muitas coisas,
seja
rejeitado
pelos
anciãos,
pelos
principais sacerdotes
e pelos
escribas;
seja
morto
e,
no terceiro dia, ressuscite.
Lc 9:23 Dizia a todos:
Se alguém
quer vir após mim,
a
si mesmo se negue,
dia
a dia
tome
a sua cruz
e
siga-me.
Lc 9:24 Pois
quem quiser salvar a sua vida
perdê-la-á;
quem perder a
vida por minha causa,
esse
a salvará.
Lc 9:25 Que
aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro,
se
vier a perder-se
ou
a causar dano a si mesmo?
Lc 9:26
Porque qualquer que de mim
e das minhas
palavras se envergonhar,
dele
se envergonhará o Filho do Homem,
quando
vier na sua glória
e
na do Pai e dos santos anjos.
Lc 9:27
Verdadeiramente, vos digo:
alguns
há dos que aqui se encontram que,
de
maneira nenhuma,
passarão
pela morte até que vejam
o
reino de Deus.
Lc 9:28 Cerca de oito dias depois de
proferidas estas palavras,
tomando
consigo a Pedro, João e Tiago,
subiu
ao monte com o propósito de orar.
Lc 9:29 E
aconteceu que,
enquanto
ele orava,
a
aparência do seu rosto se transfigurou
e
suas vestes resplandeceram de brancura.
Lc 9:30 Eis
que dois varões falavam com ele:
Moisés
e Elias,
Lc
9:31 os quais apareceram em glória
e
falavam da sua partida,
que ele
estava para cumprir em Jerusalém.
Lc
9:32 Pedro e seus companheiros
achavam-se
premidos de sono;
mas,
conservando-se acordados,
viram
a sua glória
e
os dois varões
que
com ele estavam.
Lc
9:33 Ao se retirarem estes de Jesus, disse-lhe Pedro:
Mestre,
bom é estarmos aqui;
então,
façamos três tendas:
uma
será tua,
outra,
de Moisés,
e
outra, de Elias,
não sabendo,
porém, o que dizia.
Lc
9:34 Enquanto assim falava,
veio
uma nuvem
e
os envolveu;
e encheram-se
de medo
ao
entrarem na nuvem.
Lc
9:35 E dela veio uma voz, dizendo:
Este
é o meu Filho, o meu eleito;
a
ele ouvi.
Lc
9:36 Depois daquela voz,
achou-se
Jesus sozinho.
Eles
calaram-se
e, naqueles
dias,
a ninguém
contaram coisa alguma do que tinham visto.
Lc 9:37 No dia seguinte,
ao descerem
eles do monte,
veio
ao encontro de Jesus grande multidão.
Lc 9:38 E eis
que,
dentre
a multidão,
surgiu
um homem, dizendo em alta voz:
Mestre,
suplico-te que vejas meu filho, porque é o único;
Lc 9:39 um
espírito se apodera dele,
e,
de repente, o menino grita,
e
o espírito o atira por terra,
convulsiona-o
até espumar;
e dificilmente
o deixa,
depois de o
ter quebrantado.
Lc 9:40
Roguei aos teus discípulos que o expelissem,
mas
eles não puderam.
Lc 9:41
Respondeu Jesus:
Ó
geração incrédula e perversa!
Até
quando estarei convosco e vos sofrerei?
Traze
o teu filho.
Lc
9:42 Quando se ia aproximando,
o
demônio o atirou no chão
e
o convulsionou;
mas
Jesus
repreendeu
o espírito imundo,
curou
o menino
e
o entregou a seu pai.
Lc
9:43 E todos ficaram maravilhados
ante
a majestade de Deus.
Como todos se maravilhassem de quanto
Jesus fazia,
disse aos
seus discípulos:
Lc
9:44 Fixai nos vossos ouvidos as seguintes palavras:
o
Filho do Homem está para ser entregue nas mãos dos homens.
Lc 9:45 Eles,
porém, não entendiam isto,
e foi-lhes
encoberto para que o não compreendessem;
e temiam
interrogá-lo a este respeito.
Lc 9:46 Levantou-se entre eles uma
discussão sobre qual deles seria o maior.
Lc 9:47 Mas
Jesus, sabendo o que se lhes passava no coração,
tomou
uma criança,
colocou-a
junto a si
Lc
9:48 e lhes disse:
Quem
receber esta criança em meu nome
a
mim me recebe;
e quem
receber a mim
recebe
aquele que me enviou;
porque
aquele que entre vós for o menor de todos,
esse
é que é grande.
Lc 9:49 Falou João e disse:
Mestre, vimos
certo homem que,
em
teu nome,
expelia
demônios
e
lho proibimos,
porque
não segue conosco.
Lc 9:50 Mas
Jesus lhe disse:
Não
proibais;
pois
quem não é contra vós outros
é
por vós.
Lc 9:51 E aconteceu que,
ao se
completarem os dias em que devia ele ser assunto ao céu,
manifestou,
no semblante,
a
intrépida resolução de ir para Jerusalém
Lc
9:52 e enviou mensageiros
que
o antecedessem.
Indo eles,
entraram
numa aldeia de samaritanos
para
lhe preparar pousada.
Lc 9:53 Mas
não o receberam,
porque
o aspecto dele era de quem,
decisivamente,
ia para Jerusalém.
Lc 9:54 Vendo
isto,
os
discípulos Tiago e João perguntaram:
Senhor,
queres que mandemos descer fogo do céu para os consumir?
Lc 9:55
Jesus, porém,
voltando-se
os repreendeu [e disse:
Vós
não sabeis de que espírito sois].
Lc 9:56 [Pois
o Filho do Homem não veio para destruir
as
almas dos homens, mas para salvá-las.]
E
seguiram para outra aldeia.
Lc 9:57 Indo eles caminho fora, alguém
lhe disse:
Seguir-te-ei
para onde quer que fores.
Lc 9:58 Mas Jesus lhe respondeu:
As raposas
têm seus covis,
e as aves do
céu, ninhos;
mas o Filho
do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
Lc 9:59 A outro disse Jesus:
Segue-me!
Ele, porém, respondeu:
Permite-me ir
primeiro sepultar meu pai.
Lc 9:60 Mas Jesus insistiu:
Deixa aos
mortos o sepultar os seus próprios mortos.
Tu,
porém,
vai
e
prega o reino de Deus.
Lc 9:61 Outro lhe disse:
Seguir-te-ei,
Senhor;
mas
deixa-me primeiro despedir-me dos de casa.
Lc 9:62 Mas
Jesus lhe replicou:
Ninguém
que, tendo posto a mão no arado,
olha
para trás
é
apto para o reino de Deus.
Vamos seguir a
Jesus? Ou será que ainda temos de ficar enterrando mortos ou se despedindo dos
de casa? Jesus não tinha onde reclinar a cabeça e eu tenho de ter o melhor
desta terra? Estranho discurso da teologia da prosperidade... Eu prefiro mesmo a
glória de Deus! E disse-lhe Jesus: As
raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do homem não tem onde
reclinar a cabeça. Lucas 9:58. E
Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para
o reino de Deus. Lucas 9:62.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.