INSCREVA-SE!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Isaías 40:1-31 - ISAÍAS E O JULGAMENTO BABILÔNICO - OS QUE ESPERAM NO SENHOR SÃO COMO AS ÁGUIAS.

Chegamos, finalmente, à última parte do livro de Isaías que abordará o julgamento da Babilônia.
As inúmeras profecias nessa parte, que ocupa uns 26 capítulos deste livro, foram direcionadas, basicamente, aos exilados na Babilônia para encorajá-los a escapar de seus captores e retornar, pela fé, à Terra Prometida (47:20-21).
O encorajamento, nesses capítulos, está baseado, em parte, no seu caráter sobrenatural (41:21-28). É interessante observar que essas profecias (ver BEG), feitas mais de um século e meio antes, prediziam surpreendentes detalhes da libertação de Israel, incluindo o papel do imperador persa Ciro (44:24; 45:1 3) e o notável papel do servo sofredor (42:1-7; 49:1-13; 50:4-11; 52,13).
Dividiremos essa última parte em quatro outras partes principais: A. O chamado de Isaías para proclamar a restauração (40:1-11); B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23); C. Os dois instrumentos de Deus para a restauração (44:24 – 55:13); e, D. O caminho de arrependimento e restauração que Israel precisava percorrer para poder desfrutar da restauração (56:1 – 66:24).
Nos primeiros 11 versos deste capítulo, veremos o chamado de Isaías para proclamar a restauração aos exilados. Assim como Deus havia anteriormente chamado Isaías para um ministério de julgamento (7:11-13), Isaías relata agora como Deus o chamou para confirmar ao povo a libertação do exílio babilônico vinda de Deus, que o profeta predissera nos dias de Ezequias (39:5-7).
Também esses versos podem ser divididos em quatro partes: o chamado de Deus para confortar. (vs. 1 e 2); a mensagem (vs. 3-5), a hesitação de Isaías (vs. 6-8) e um chamado final à proclamação (vs. 9-11).
O chamado de Deus para confortar (vs. 1 e 2).
Nos versos 1 e 2, temos o chamado de Deus ao profeta para dar uma palavra de conforto e de consolo ao povo de Deus do exílio. O profeta prega a palavra de Deus, a sua mensagem, de consolo aos exilados.
É uma ordem dupla “consolai, consolai” como se Deus estivesse se dirigindo às hostes celestiais, muitas das quais estavam participando dos acontecimentos (vs. 6; 44:26). A repetição é um recurso literário da literatura hebraica dando ênfase e indicando a intensidade do desejo de Deus de que a sua mensagem de consolo fosse transmitida (cf. 51:9,17; 52:1,11; 57:14; 62: 10; 65:1).
Embora o povo – o  povo de Deus - tivesse se rebelado e fosse temporariamente repudiado (Os 1:8), Deus libertaria do cativeiro um remanescente que representaria a continuação de Israel (Os 1:10; 2:1). Essa frase “meu povo” ocorre com frequência em Isaías como uma designação afetuosa do povo de Deus (1:3; 3:12,15; 5:13; 14:25; 26:20; 32:13,18; 43:20; 51:4,16; 53:8; 58:1; 61:7; 65:10,22). Também vemos essa mesma frase sendo citada em diversos outros livros da Bíblia, desde Gênesis até o Apocalipse. Um exemplo simples, encontramos em determinado momento da narrativa em Êxodos, onde vemos Deus falando com Moisés se referindo ao seu povo como o povo de Moisés: “o teu povo que tu tiraste do Egito” – Ex 32:7. Isso significa que aquele que Deus levanta como profeta, sacerdote ou rei, na liderança de seu povo, carrega com ele a responsabilidade pelo povo de Deus.
Também vemos que ao longo de toda a Bíblia, o povo de Deus vai sempre sofrendo cortes ou afunilamentos sendo desprezado a grande maioria e sobrevivendo apenas o remanescente. O maior de todos os afunilamentos se deu com o dilúvio onde milhões ou bilhões de pessoas perderam a sua vida para somente continuarem vivas apenas 8 pessoas das quais todos nós descendemos atualmente.
As ordens – vs. 2 “falai”, “bradai-lhe” - continuam a ser plurais, ou seja, repetidas buscando com isso dar ênfase ao que Deus queria falar. Essa mensagem deveria tocar os anseios mais profundos do fiel em exílio. Para o fiel, a cidade de Jerusalém era o centro da bênção de Deus.
O povo enfrentava o sofrimento por causa do pecado e o exílio de Israel e de Judá era uma forma de penitência onde os seus pecados sofreriam a justa punição trazendo o consequente perdão. O remanescente justo, embora desejasse, não poderia pagar ou saldar a sua dívida. Se ele pudesse pagar pelos seus próprios pecados, tornar-se-ia desnecessária a morte de Cristo para satisfazer a justa ira de Deus. Em vez disso, os remanescentes enfrentariam o tempo de castigo e, nesse sentido, encontrariam expiação temporária pelas violações da aliança. A expressão "em dobro" significa “o equivalente", ou “a quantidade certa". A justiça fora satisfeita (51:19) e Deus estava pronto para perdoar (43:24; 44:22; 48:9; Ap 1:5).
A mensagem (vs. 3-5).
Dos versos 1 a 3, a ordem plural, e agora, a mensagem que deveria ser pregada: a mensagem de consolo! O profeta relata ouvir uma voz celestial que proclama o conteúdo da mensagem de consolo.
Outra voz, talvez a de um arauto celestial (vs. 6, 9), transmite o conteúdo da mensagem de consolo. Ao ouvir isso, o próprio Isaías levou essa mensagem ao povo de Deus. Os Evangelhos referem-se a essa passagem e identificam João Batista como alguém que também proclamou essa mensagem nos dias de Jesus, o cumprimento final da profecia de libertação do cativeiro (Mt 3:3; Mc 1:3; Lc 1:76; 3:4-5; Jo 1:23).
A voz era do que clamava pelo deserto, pelo ermo, ou seja, uma referência a uma estrada ou caminho que ia da Babilônia a Jerusalém e que passava diretamente pelos desertos que separavam as duas cidades. Era como se estivessem saindo novamente do deserto rumo à Nova Canaã. Esse caminho de salvação era metafórico, mas correspondia às realidades geográficas que se apresentavam ao povo de Deus. Tanto quem está no Egito ou na Babilônia, antes de chegar à Terra Prometida, tem de passar pelo deserto e nele a voz clama.
“Preparai" – vs. 3 - significa tirar os tropeços" (57:14). A metáfora de um caminho continua; a jornada da Babilônia para Jerusalém não seria difícil, mas miraculosa e gloriosa. Essa estrada era a contraparte do Caminho de Marduque, um caminho cerimonial babilônico que levava à cidade. O Senhor sairia da Babilônia e viajaria até Jerusalém em vitória sobre seus inimigos, de modo semelhante aos babilônios que celebravam as vitórias do seu deus, Marduque, enquanto marchavam rumo à sua cidade.
Este versículo que fala da exaltação do vale e do abatimento do monte e do outeiro, baseia-se na metáfora de se construir uma autoestrada (veja o vs. 3): os vales são aterrados, as colinas são removidas e os lugares acidentados são aplainados. O retorno do exílio não estaria repleto de dificuldades e provações, mas seria um acontecimento maravilhoso e sobrenatural.
Embora essa profecia tenha visto uma medida de cumprimento na volta à Terra Prometida em 539 a.C. e na primeira vinda de Cristo, ela somente será plenamente cumprida quando Cristo voltar em glória. Vemos aqui também um paralelo desse regresso com a saída do Egito, onde Deus agiu sobrenaturalmente e de forma esplendorosa na libertação de seu povo.
A restauração do exílio em 539 a.C. foi uma manifestação da glória de Deus, assim como o foi toda primeira vinda de Cristo (Jo 1:14) e o será a sua segunda vinda.
Num determinado estágio, a restauração final será plena e visível a toda a criação. Isso será finalmente cumprido nos novos céus e na nova terra (Gn 9:17; cf. Mt 2:1-11; 16:27; 24:30; At 28:28; II Co 3:18).
Isaías hesita quando ouve o chamado para anunciar consolo porque já sabia quão terrivelmente a nação sofreria no exílio. O julgamento de Deus seria severo. O que ele poderia dizer para convencer o povo de que Deus não o havia abandonado totalmente?
A hesitação de Isaías (vs. 6-8).
A forma é singular porque a voz angelical é dirigida a Isaías ( 6:6-9). O profeta predissera a destruição de Judá e Jerusalém e escreveu aqui para aqueles que testemunhariam a devastação. À luz da severidade do julgamento de Deus, o profeta se perguntava o que poderia proclamar.
O que ele haveria de clamar? Que toda a carne é como a erva e toda a sua beleza como a flor do campo. Seca-se a erva e a flor cai, ou seja, são expressões da brevidade e da insignificância da existência humana em geral, mas, aqui, especialmente, vemos uma descrição da vida humana sob a maldição da destruição e do exílio (34:4; 37:27; 51:12; Jó 41:9-20; Sl 90:2-6; 103:14-15; Tg 1:10-11; I Pe 1:24-25). Quão terrível é negligenciarmos as palavras de Deus para corrermos atrás do vento dos prazeres e colhermos as tempestades das tragédias consequentes.
A ira de Deus é comparada ao destrutivo vento oriental do deserto quando ele sopra e seca a relva (Sl 103:16; Jr 4:11; Ez 17:10; Lc 12:55). É melhor não provocarmos à ira aquele que é maior do que nós e nos pede obediência e paciência.
Apesar da severidade do julgamento do exílio, as promessas de Deus eram confiáveis. Já na época de Moisés (veja Dt 4:29-31; Lv 26:40-45), o Senhor havia prometido levar de volta o seu povo, e a sua palavra não seria quebrada. Jamais Deus quebraria sua palavra e uma vez prometida poder-se-ia ter certeza de seu cumprimento.
Pedro equiparou essa palavra confiável sobre a restauração do exílio à palavra que os cristãos pregam (I Pe 1:24-25): o anúncio da salvação por meio do sangue derramado de Jesus Cristo (40:1-11) é confiável e digno de aceitação. Ai dos que fazem pouco caso da voz que clama no deserto e dos que anunciam as boas novas enquanto há tempo.
Um chamado final à proclamação (vs. 9-11).
Dos versos de 9 a 11, Isaías é chamado agora a proclamar a palavra de Deus, as boas novas, às cidades de Judá. Tendo sido assegurado da fidelidade de Deus, Isaías é agora ordenado a proclamar de modo audacioso as boas-novas de libertação do exílio. Embora específicas ao povo do exílio, quão aplicáveis elas são com relação à salvação em Cristo Jesus.
Esse versículo 9 se constitui no pano de fundo profético do termo "evangelho", presente no Novo Testamento. A mensagem sobre Cristo é chamada de "evangelho", ou "boas-novas", porque Cristo por fim cumprirá as promessas dessa mensagem de libertação do exílio (52:7). Como é interessante observar como a Bíblia trata das questões usando-as como tipo para anunciar a mensagem do evangelho: Cristo Jesus que veio ao mundo para salvar o perdido e libertá-lo da escravidão do exílio do mundo.
Eis aí está o vosso Deus! – vs. 10. O Deus que jamais deixou de estar presente, que sempre atuou na vida dos homens concedendo-lhe graça para poder desfrutar de suas vidas. O dom de Deus está presente para ajudar, libertar e defender o seu povo escolhido. Esse resumo da mensagem do evangelho receberá um desenvolvimento maior nos vs. 10-11, onde se percebe que o Senhor irá estabelecer sua soberania sobre a sua criação ao subjugar o inimigo e cuidar do seu povo, pois ele é o divino Rei-Guerreiro, o Senhor dos Exércitos.
O Senhor virá com poder e seu braço dominará por ele, ou seja, seu braço é uma referência ao poder de Deus, manifestado em seus atos de libertação e vingança (vs. 11; 44:12; 48:14; 51:5,9; 53:1; 59:16; 63:5,12, veja Êx 15:16; SI 44:3; 89:13; 98:1; 136:12). Como virá com poder e seu braço dominará, o seu galardão, obvio, estará com ele, ou seja, o espólio da vitória: aqui, no caso, as próprias pessoas libertas.
Com sua linguagem dócil de pastor e de ovelhas, ele usa expressões de ternura, de cuidado pastoral por parte do Rei-Guerreiro (Sl 23:1-4; 78:52; 80:1; Jr 31:10; Ez 34:11-16; Mq 2:12; Jo 10:11). Dois extremos interessantes, a força e o poder de um exército e a paciência e o amor de um pastor por suas ovelhas. Deus abateria os seus inimigos com o seu braço poderoso, mas cuidaria do seu povo com ternura.
B. A capacidade e a determinação de Deus de trazer restauração para o seu povo na Babilônia (40:12 – 44:23).
Dos versos 12 ao cap. 44.23, veremos o poder de Deus na restauração do povo de Deus.
Esses capítulos abordam diversos assuntos, mas há um motivo central, apresentado a partir de diferentes perspectivas, que é o poder de Deus de restaurar a nação após o cativeiro, sendo que muitos duvidavam de que isso seria mesmo possível.
Os pronunciamentos do profeta foram planejados para assegurar aos israelitas no exílio que eles não precisavam temer, pois que Deus seria plenamente capaz de cumprir a promessa da aliança.
Dividiremos também esses, praticamente quatro capítulos, seguindo a BEG, em treze partes principais: 1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31); 2. Um pronunciamento judicial contra as nações (41:1-7); 3. Salvação para Israel (41:8-20); 4. Um pronunciamento judicial contra os ídolos (41:21-29); 5. Salvação para Israel (42:1-17); 6. Uma discussão sobre a cegueira e a surdez de Deus (42:18-25); 7. Salvação para Israel (43:1-7); 8. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (43:8-13); 9. Salvação para Israel (43:14-21); 10. Uma discussão sobre a justiça de Deus (43:22-28); 11. Salvação para Israel (44:1-5); 12. Um pronunciamento judicial contra as nações e os ídolos (44:6-20);  e, 13. Salvação para Israel (44:21-23).
1. Uma discussão sobre o poder de Deus (40:12-31).
Depois de um discurso introdutório (40.12-31), todas as profecias - com exceção de uma (42.10-17) - se alternam entre palavras negativas contra aqueles que se opõem à mensagem de Isaías e declarações positivas, reassegurando ao remanescente fiel de Israel a vinda da salvação do exílio.
Dos versos do 12 ao 31 deste capítulo, estaremos vendo a discussão sobre o poder de Deus para salvar e restaurar a nação estando ela em cativeiro de uma nação mais grande e poderosa que ela. Alguns do exílio duvidavam que Deus seria capaz de salvar e Isaías discute essa ideia de que o Senhor carecia de poder para conquistar as nações e seus ídolos. Alguns mesmo achavam isso impossível de acontecer, mas Deus é que é o Senhor dos Exércitos e Soberano sobre as nações.
Começa-se nos versos de 12 a 14 uma série de perguntas retóricas (vs. 12-14,18,21,25-28). Elas funcionam como uma expressão enfática, como se estivesse dizendo "ninguém fez...". por exemplo, quem na concha de sua mão mediu as águas? Ninguém! Somente Deus seria capaz de fazer o que ninguém seria capaz de fazer.  Deus é inescrutável e soberano sobre toda a sua criação e ele sabe de todas as coisas  - ele é onisciente, Rm 11:34; I Co 2:16.
O Rei-Criador é soberano sobre todos os poderes humanos (vs. 6,17) e elas, as nações, devem ser consideradas como nada diante dele. O Líbano que é uma região conhecida pelos seus cedros bastaria para queimar, nem os seus animais suficientes para um grande holocausto.
As nações para ele são como nada, principalmente as rebeldes as quais são de tão pouca importância que não podem atrapalhar os propósitos de Deus. E como poderiam? Com quem seria Deus comparável? Desta forma, o Senhor é o Incomparável (vs. 18; cf. vs. 25; 46.5) e muito superior a qualquer ídolo ou qualquer poder ou nação ou império que se levante.
Não adianta fabricar esses ídolos, fundir as suas imagens e cobri-los com o ouro mais fino. Continuam ídolos que nada podem ver, nem sentir, nem cheirar e pior, escravizam os que se metem a temê-los e adorá-los como se deuses fossem com poder e magnificência. Eles mesmo necessitam de peritos instruídos para fazerem eles de forma que não oscilem e caiam – vs. 19.
A palavra de Deus chama a atenção deles para o fato de não estarem atentando, desde o princípio, para a grandeza de Deus em sua criação. Essa era uma acusação de descrença na revelação de Deus, uma espécie de rejeição deliberada de Deus, achando que nada pode fazer o Senhor. A glória e o poder de Deus são revelados na natureza (Rm 1.20)
No entanto, o Senhor é rei sobre toda a criação (66.1) e é o que está assentado sobre a redondeza da terra. Pelo menos Isaías, mais de 700 anos antes de Cristo citou a terra e sua redondeza. Provavelmente, uma referência ao horizonte que circunda a experiência humana na terra, onde também os céus se estendem como um grande lençol, que se estende sobre a terra (42.5; 44.24; 51 13; SI 18.11; 19.4; 104.2).
Quem são os príncipes e os juízes diante do Senhor? É ele quem os reduz a nada e torna nulo todos os juízos proferidos, ou seja, nada adianta líderes e juízes se o Senhor não abençoar a causa da justiça,
Os seres humanos têm a responsabilidade de discernir a revelação de Deus na criação (Rm 1:18-32), por isso são indesculpáveis e os que rejeitam ao Senhor são lançados de diante dele por sua própria escolha maligna de seus corações corrompidos.
No entanto, alguns, como os babilônios adoravam os deuses dos céus e dos planetas. Uma vez que o Senhor criou o cosmos, os poderes são incorretamente atribuídos aos deuses. O Senhor sustenta e conhece intimamente a sua criação; ele não pode ser superado pela sua própria criação, o que é um total absurdo.
Jacó e Israel achavam que poderiam esconder-se do Senhor e ocultar dele as suas faces, mas em sua ira, Deus é que havia escondido a sua face deles (49.14; 54.8), no entanto, em seu favor, pela ação de sua graça soberana, ele seria poderoso para libertá-los.
O Criador dos fins da terra – vs. 28 - não se cansa nem se fadiga, ele é o Criador-Rei, soberano sobre o tempo e o espaço (9:6; 40:22). Deus não "se cansa, nem se fatiga", ao contrário dos ídolos sem valor e daqueles que dependem deles (44:11-18).
Todos aqueles também que não encontram mais alegria neste mundo e anseiam pela vinda do reino de Deus são fortalecidos no Senhor que os faz fortes e multiplicam o seu vigor
Por isso que os que nele esperam serão renovados e revigorados. Do Senhor é a força e o vigor, e não dos seres humanos (vs. 26,29). As águias aos quais se comparam os que esperam nele, no Senhor, são o símbolo do vigor (Êx 19:4; Sl 103:5).
Os verbos empregados aqui como "sobem", "correm" e "caminham" expressam que Deus, muito mais do que simplesmente libertar o seu povo dos opressores, daria a ele uma nova vida e alegria, em cumprimento à sua promessa de uma grande restauração para o seu povo por meio de Cristo. Vale a pena continuarmos firmes e fortes esperando o dia de nossa redenção e glorificação!
Is 40:1 Consolai,
               consolai o meu povo, diz o vosso Deus.
               Is 40:2 Falai benignamente a Jerusalém, e bradai-lhe
                              que já a sua milícia é acabada, que a sua iniquidade
                                            está expiada e que já recebeu em dobro
                                            da mão do SENHOR, por todos os seus pecados.
               Is 40:3 Voz do que clama no deserto:
                              Preparai o caminho do SENHOR;
                                            endireitai no ermo vereda a nosso Deus.
               Is 40:4 Todo o vale será exaltado, e todo o monte
                              e todo o outeiro será abatido;
                                            e o que é torcido se endireitará,
                                                           e o que é áspero se aplainará.
               Is 40:5 E a glória do SENHOR se manifestará,
                              e toda a carne juntamente a verá,
                                            pois a boca do SENHOR o disse.
               Is 40:6 Uma voz diz:
                              Clama;
                                            e alguém disse:
                                                           Que hei de clamar?
                              Toda a carne é erva e toda a sua beleza
                                            como a flor do campo.
                              Is 40:7 Seca-se a erva, e cai a flor,
                                            soprando nela o Espírito do SENHOR.
                                                           Na verdade o povo é erva.
                              Is 40:8 Seca-se a erva, e cai a flor, porém a palavra
                                            de nosso Deus subsiste eternamente.
               Is 40:9 Tu, ó Sião, que anuncias boas novas, sobe a um monte alto.
               Tu, ó Jerusalém, que anuncias boas novas,
                              levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas,
                                            e dize às cidades de Judá:
                                                           Eis aqui está o vosso Deus.
               Is 40:10 Eis que o Senhor DEUS virá com poder e seu braço
                              dominará por ele; eis que o seu galardão está com ele,
                                            e o seu salário diante da sua face.
               Is 40:11 Como pastor apascentará o seu rebanho;
                              entre os seus braços recolherá os cordeirinhos,
                                            e os levará no seu regaço;
                                                           as que amamentam guiará suavemente.
               Is 40:12 Quem mediu na concha da sua mão as águas,
                              e tomou a medida dos céus aos palmos,
                              e recolheu numa medida o pó da terra
                              e pesou os montes com peso e os outeiros em balanças?
               Is 40:13 Quem guiou o Espírito do SENHOR,
                              ou como seu conselheiro o ensinou?
               Is 40:14 Com quem tomou ele conselho, que lhe desse entendimento,
                              e lhe ensinasse o caminho do juízo,
                              e lhe ensinasse conhecimento,
                              e lhe mostrasse o caminho do entendimento?
               Is 40:15 Eis que as nações são consideradas por ele
                              como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças;
                              eis que ele levanta as ilhas como a uma coisa pequeníssima.
               Is 40:16 Nem todo o Líbano basta para o fogo,
                              nem os seus animais bastam para holocaustos.
               Is 40:17 Todas as nações são como nada perante ele;
                              ele as considera menos do que nada e como uma coisa vã.
               Is 40:18 A quem, pois, fareis semelhante a Deus,
                              ou com que o comparareis?
               Is 40:19 O artífice funde a imagem, e o ourives a cobre de ouro,
                              e forja para ela cadeias de prata.
               Is 40:20 O empobrecido, que não pode oferecer tanto,
                              escolhe madeira que não se apodrece;
                                            artífice sábio busca, para gravar uma imagem que
                                                           não se pode mover.
               Is 40:21 Porventura não sabeis? Porventura não ouvis,
                              ou desde o princípio não se vos notificou,
                                            ou não atentastes para os fundamentos da terra?
               Is 40:22 Ele é o que está assentado sobre o círculo da terra,
                              cujos moradores são para ele como gafanhotos;
                                            é ele o que estende os céus como cortina,
                                            e os desenrola como tenda, para neles habitar;
               Is 40:23 O que reduz a nada os príncipes,
                              e torna
em coisa vã os juízes da terra.
               Is 40:24 E mal se tem plantado, mal se tem semeado,
                              e mal se tem arraigado na terra o seu tronco,
                                            já se secam, quando ele sopra sobre eles, e um tufão
                                                           os leva como a pragana.
               Is 40:25 A quem, pois, me fareis semelhante,
                              para que eu lhe seja igual? diz o Santo.
               Is 40:26 Levantai ao alto os vossos olhos, e vede quem criou
                              estas coisas; foi aquele que faz sair o exército delas
                                            segundo o seu número; ele as chama a todas pelos
                                                           seus nomes; por causa da grandeza
                                                                          das suas forças,
                              e porquanto é forte em poder, nenhuma delas faltará.
               Is 40:27 Por que dizes, ó Jacó, e tu falas, ó Israel:
                              O meu caminho está encoberto ao SENHOR,
                                            e o meu juízo passa despercebido ao meu Deus?
               Is 40:28 Não sabes, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR,
                              o Criador dos fins da terra, nem se cansa nem se fatiga?
                                            É inescrutável o seu entendimento.
               Is 40:29 Dá força ao cansado, e multiplica as forças
                              ao que não tem nenhum vigor.
               Is 40:30 Os jovens se cansarão e se fatigarão,
                              e os moços certamente cairão;
               Is 40:31 Mas os que esperam no SENHOR
                              renovarão as forças,
                              subirão com asas como águias;
                              correrão,
                                            e não se cansarão;
                              caminharão,
                                            e não se fatigarão.
Quem espera no Senhor, como já falamos, tem suas forças renovadas pelo Senhor, por meio da fé nele depositadas que funciona como um poderoso elixir da juventude que renova, dá forças e poder sobre todo cansaço e dor e frustração da vida. Por isso que sobem, que correm e que caminham sem se cansarem, nem se fatigarem.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...

1 comentários:

Muito rico este estudo,DEUS continue te abençoando Pr.Daniel Deusdete.

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.