quinta-feira, 13 de agosto de 2015
quinta-feira, agosto 13, 2015
Jamais Desista
Mateus 9 1-38 - JESUS, O PASTOR QUE SE COMPADECIA DE SUAS OVELHAS.
Estamos
vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao
serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão
esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da
redenção de Deus. Estamos na parte III, no capítulo 9.
III. AS OBRAS DO REINO
(8.1-10.42) - continuação.
Como
já dissemos, Jesus realizou muitos milagres que mostraram o seu poder para
estabelecer o reino. Ele também chamou, deu poder e enviou discípulos para
espalharem o reino. Entretanto, eles foram advertidos por Jesus que perseguição
e sofrimento viriam àqueles que serviam ao reino do céu.
Esses
caps.-8-10 foram divididos em duas seções, conforme a BEG: A. Narrativa:
curando e chamando (8.1-9.38) – concluiremos
agora – e B. Sermão: a missão do reino (10.1-42).
A. Narrativa: curando e
chamando (8.1-9.38) – continuação.
Essa
série de narrativas - curando e chamando - focaliza os feitos do reino
demonstrados pelos milagres de cura de Jesus e pelo chamado de seus discípulos.
Jesus
parecia gostar de barcos e de pescadores. Aqui ele entra em um barco, atravessa
o mar e vai para a sua própria cidade. Alguns homens, crentes, resolvem ajudar
um paralítico e saem por ai pelas ruas com ele a procura de Jesus.
Jesus
ao vê-los se impressiona e nota a fé deles que era enorme e estava focada não
neles mesmos, mas naquela figura daquele paralítico.
Estavam
ali diante dele alguns mestres da lei e Jesus aproveitando a ocasião, aproveita
para lançar diante deles um grande desafio ao qual seria impossível para eles a
solução.
Ele
diz ao paralítico que estavam perdoados os seus pecados. O perdão é a
prerrogativa de uma pessoa contra a qual foi cometido um pecado. Para Jesus, perdoar
os pecados cometidos contra Deus era o mesmo que reivindicar divina autoridade
(cf. Is 43.25).
Aqueles
mestres da lei ficaram pasmos diante de tanta audácia. Em última análise,
perdoar pecados é muito mais difícil do que fazer um milagre, como presumivelmente
os escribas saberiam, uma vez que eles reconheceram que somente Deus pode
perdoar pecados. Mas perdoar pecados é também algo não verificável
empiricamente. Assim, Jesus realizou a ação mais fácil para demonstrar a mais
difícil.
Reparem
que a sua ação mais fácil era mesmo impossível para eles, portanto seria, por
outro lado, mais fácil perdoar, porque não era verificável, mas curar o
paralítico, sim. Com isso, Jesus provou claramente que ele era quem
reivindicava ser e podia, sim, perdoar os pecados. A reação desses mestres
deveria ser de arrependimento e reconhecimento da ação divina ali e não o
endurecimento de seus corações.
Jesus
percebeu no paralítico a fé! Realiza então um grande milagre na vida daquele
homem de tal forma que as multidões proclamam e glorificam a Deus por ter dado
aos homens tal poder. Jesus era homem (ainda é! Aliás é o único homem
ressuscitado dentre os mortos, o primogênito!). Deus deu tal poder aos homens?
A
multidão que via tudo aquilo, ficou assustada e passaram a glorificar a Deus. O
medo é uma resposta apropriada à reivindicação de ter autoridade para perdoar
pecados (SI 130.4).
Assim
como Jesus não havia se contaminado quando teve contato com leprosos, ele
também não se corrompeu por estar em contato com "pecadores".
Ele
é o médico que cura tanto as doenças espirituais como as físicas. Porém,
aqueles que não sabem que estão doentes não vão ao médico. A falta de percepção
de uma doença grtave é muitas vezes o mais traiçoeiro dos "sintomas".
Em
seguida, convida Mateus, um coletor de impostos e o convoca para fazer parte de
seu exército. Prontamente, ele o seguiu. Que esta prontidão esteja presente em
cada um de nós quando ouvirmos o chamado do Senhor para a guerra contra o
pecado e o diabo.
Jesus
finalmente chega em sua casa, mas quem disse que iria descansar? Estavam ali
com ele muitos publicanos e pecadores o que inquietava os fariseus porque Jesus
não era como eles, mas acolhia essas pessoas, as amava e as ensinava.
Jesus
mesmo disse que não veio chamar justos, mas pecadores para o arrependimento.
Haverá por acaso algum justo entre nós que não precise se arrepender de suas
obras más?
Nesse
momento até os discípulos de João ficaram perplexos e foram perguntar a Jesus
sobre a sua vida piedosa – vs. 14. Embora Lucas observe que foram os fariseus
que formularam a pergunta (Lc 5.30-33), Marcos inclui tanto os discípulos de
João como os fariseus entre aqueles que iniciaram a discussão sobre o jejum.
Jesus
explicou a falta de jejum de seus discípulos referindo-se à sua própria
presença messiânica, Deus já havia se referido a ele mesmo antes como o marido
de Israel (Is 54.5; 62.4-5: Os 2), e Jesus reconheceu um tempo futuro quando
ele não estaria mais com eles.
Isso
aponta para o fato de que, desde os primeiros estágios do seu ministério, Jesus
previu um tempo entre a sua vinda inicial em redenção e a sua vinda final em
julgamento. Nesse tempo, sim, haveriam de jejuar.
Por
meio de duas parábolas – pano novo em roupa velha e vinho novo em odres velhos
-, explica-lhes que se o vinho continua a fermentar, aumentando a pressão, ele
quebraria um odre de vinho já usado anteriormente e a roupa nova faria piorar o
rasgo já existente, ou seja, remendos novos em panos novos e vinho novo em
odres novos.
Dos
versos 18 ao 25, como sempre, Mateus apresenta uma forma mais resumida dessa
história do que Marcos e Lucas.
Tanto
a história circunjacente da filha de Jairo como a história embutida da mulher
com hemorragia ilustram o poder de Jesus em trazer o reino e a natureza da fé
em relação à vinda desse reino.
A
mesma intenção aparece nas narrativas seguintes do homem cego e do
endemoninhado mudo. Os mortos eram ressuscitados, os doentes curados, os
impuros purificados os cegos recebiam a visão, os demônios eram expulsos e os
mudos conseguiam falar.
Essas
obras tinham vindo como resposta a várias formas de fé - não porque a fé dava
poder a Jesus, mas porque fora do contexto da fé, os milagres não eram sinais
da vinda do reino, mas apenas acontecimentos estranhos sem significado
específico.
Outro
fato que chama a atenção nessa narrativa foi a pronta disposição de Jesus de se
levantar e sair para acudir aquele homem que lhe fizera o seu pedido de joelhos,
implorando a ele que fosse com ele.
No
caminho, enquanto Jesus ia em atendimento àquele dirigente da sinagoga, uma
mulher desesperada resolve tocar nele porque imaginava que se fizesse isso,
dele sairia virtude para curá-la e assim fez.
O
problema da mulher – vs. 20 - era provavelmente uma hemorragia uterina crónica,
o que deveria ter sido um problema muito comum uma vez que a tradição judaica
oral discutia muito a respeito disso.
A
mulher podia não entender muito sobre o reino de Deus, mas ela entendeu o
suficiente para ir até Jesus, e isso requereu coragem da parte dela.
A
fé da mulher a curou porque os benefícios do reino chegam até aqueles que olham
para Jesus como a solução para seus problemas.
Depois
disso, prosseguiu na sua missão e chegou na casa de Jairo onde tocadores de
flauta estavam ali velando já o corpo da menina morta. Eles, assim como
lamentadores, eram murmuradores profissionais que ajudavam os enlutados a
expressarem a sua tristeza.
Jesus
chega ali naquele velório e brada para todos ouvirem que a menina não estava
morta, mas dormia. Isso provocou risos e censuras dos presentes.
A
morte para os crentes tanto não é permanente e irrevogável (cf. Jo 11.11-14)
como o dia de acordar (ressurreição) já está chegando.
Depois
de fazer todos saírem dali, ele pode entrar e tomar a menina pela mão que
imediatamente se levantou! Aquilo ocasionou um grande alvoroço e a notícia se
espalhou por todos os cantos.
Saindo
Jesus dali, encontra dois cegos que clamavam a ele insistentemente para que os
curasse.
Conforme
a BEG, essa história da cura deles é muitas vezes, entendida como uma nova
versão da história do cego Bartimeu relatada em Mc 10.46-52. Porém, Mateus
também relata a outra história (20.30-34), e uma vez que há outras diferenças,
esse pode ser entendido como um incidente diferente.
Jesus
curou muitas pessoas cegas. Tanto Bartimeu quanto esses dois cegos expressaram
sua fé chamando Jesus de "Filho de Davi", um título messiânico (cf.
12.23).
Saindo
dali, aqueles cegos, contrariando o que Jesus pedira, não resistiram e começaram
a falar disso para todo mundo. Parecia impossível conter aquele milagre e
guardá-lo sem poder compartilhar com ninguém.
Ao
saírem dali, levaram a Jesus outra pessoa, dessa vez um endemoniado que não
podia falar. Jesus, sem pestanejar, cura aquele homem e todos ficam admirados e
dão glórias a Deus, com exceção dos fariseus que cometem uma blasfêmia, pois
diziam que era pelo príncipe dos demônios que Jesus expulsava demônios.
A
mesma palavra e manifestação do poder de Deus podem trazer tanto a cura quando
servir de condenação, dependendo do público ouvinte, se este tem coração
endurecido ou não. Triste a situação dos que rejeitam ao Senhor.
Dos
versos de 35 a 38, veremos que essa passagem funciona tanto como uma declaração
resumida das atividades de Jesus como descritas nos caps. 5-9 (ensinando,
pregando e curando) bem como uma introdução ao sermão a respeito da sua missão
no cap. 10.
O
cenário é encontrado em Ez 34.5-6 (Assim
se espalharam, por não haver pastor, e tornaram-se pasto para todas as feras do
campo, porquanto se espalharam. As minhas ovelhas andaram desgarradas por todos
os montes, e por todo o alto outeiro; sim, as minhas ovelhas andaram espalhadas
por toda a face da terra, sem haver quem perguntasse por elas, nem quem as
buscasse.). A implicação é que Jesus é o verdadeiro Pastor que está
preocupado com as suas ovelhas (o que é tornado explícito em Jo 10) e, desse
modo, identificado com o Senhor Soberano de Ez 34.11-16.
Cumprindo,
por hora, a sua missão (percorrer/ir+ensinar+pregar+curar), Jesus passa a ter
compaixão de suas ovelhas porque estavam aflitas e desamparadas, como as
ovelhas sem pastor.
Ele
então orienta, ensina aos seus discípulos para clamarem ao Pai por
trabalhadores, pois que grande é a seara e pouco os que trabalham. A ênfase
aqui é de natureza evangelística e não escatológica.
É
interessante que Jesus ainda não havia ordenado a seus discípulos que fossem às
searas como trabalhadores, mas para orarem para que Deus providenciasse os
trabalhadores. (vs. 38).
Ninguém
pode fazer o trabalho da seara a não ser que seja primeiro chamado e
qualificado para isso por Deus.
passou para o
outro lado
e foi para a
sua própria cidade.
Mt 9:2 E eis que lhe trouxeram
um paralítico
deitado num leito.
Vendo-lhes
a fé,
Jesus disse
ao paralítico:
Tem
bom ânimo, filho;
estão
perdoados os teus pecados.
Mt 9:3 Mas
alguns escribas diziam consigo:
Este
blasfema.
Mt 9:4 Jesus,
porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse:
Por
que cogitais o mal no vosso coração?
Mt
9:5 Pois qual é mais fácil? Dizer:
Estão
perdoados os teus pecados, ou dizer:
Levanta-te
e anda?
Mt
9:6 Ora, para que saibais que o Filho do Homem
tem
sobre a terra autoridade para perdoar pecados
-
disse, então, ao paralítico:
Levanta-te,
toma
o teu leito
e
vai para tua casa.
Mt 9:7 E,
levantando-se,
partiu
para sua casa.
Mt 9:8 Vendo
isto, as multidões,
possuídas
de temor,
glorificaram
a Deus,
que
dera tal autoridade aos homens.
Mt 9:9 Partindo Jesus dali,
viu um homem
chamado Mateus sentado na coletoria e disse-lhe:
Segue-me!
Ele
se levantou e o seguiu.
Mt 9:10 E sucedeu que,
estando ele
em casa, à mesa,
muitos
publicanos e pecadores vieram
e
tomaram lugares com Jesus e seus discípulos.
Mt 9:11 Ora,
vendo isto, os fariseus perguntavam aos discípulos:
Por
que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores?
Mt 9:12 Mas
Jesus, ouvindo, disse:
Os
sãos não precisam de médico, e sim os doentes.
Mt 9:13 Ide,
porém, e aprendei o que significa:
Misericórdia
quero e não holocaustos;
pois
não vim chamar justos,
e
sim pecadores [ao arrependimento].
Mt 9:14 Vieram, depois, os discípulos de
João e lhe perguntaram:
Por que
jejuamos nós, e os fariseus [muitas vezes],
e teus
discípulos não jejuam?
Mt
9:15 Respondeu-lhes Jesus:
Podem, acaso,
estar tristes os convidados para o casamento,
enquanto
o noivo está com eles?
Dias virão,
contudo,
em
que lhes será tirado o noivo,
e
nesses dias hão de jejuar.
Mt
9:16 Ninguém põe remendo de pano novo em veste velha;
porque
o remendo tira parte da veste,
e
fica maior a rotura.
Mt
9:17 Nem se põe vinho novo em odres velhos;
do
contrário,
rompem-se
os odres,
derrama-se
o vinho,
e
os odres se perdem.
Mas põe-se
vinho novo em odres novos,
e
ambos se conservam.
Mt 9:18 Enquanto estas coisas lhes
dizia,
eis que um
chefe, aproximando-se, o adorou e disse:
Minha
filha faleceu agora mesmo;
mas
vem,
impõe
a mão sobre ela,
e
viverá.
Mt 9:19 E
Jesus,
levantando-se,
o
seguia,
e
também os seus discípulos.
Mt
9:20 E eis que uma mulher, que durante doze anos
vinha
padecendo de uma hemorragia,
veio
por trás dele
e
lhe tocou na orla da veste;
Mt
9:21 porque dizia consigo mesma:
Se
eu apenas lhe tocar a veste,
ficarei
curada.
Mt
9:22 E Jesus, voltando-se e vendo-a, disse:
Tem
bom ânimo, filha,
a
tua fé
te
salvou.
E,
desde aquele instante,
a
mulher ficou sã.
Mt 9:23 Tendo
Jesus chegado à casa do chefe
e vendo os
tocadores de flauta
e o povo em
alvoroço, disse:
Mt
9:24 Retirai-vos,
porque
não está morta a menina,
mas
dorme.
E
riam-se dele.
Mt
9:25 Mas, afastado o povo,
entrou
Jesus,
tomou
a menina pela mão,
e
ela se levantou.
Mt 9:26 E a
fama deste acontecimento correu por toda aquela terra.
Mt 9:27 Partindo Jesus dali,
seguiram-no
dois cegos, clamando:
Tem
compaixão de nós,
Filho
de Davi!
Mt 9:28 Tendo
ele entrado em casa,
aproximaram-se
os cegos,
e
Jesus lhes perguntou:
Credes
que eu posso fazer isso?
Responderam-lhe:
Sim,
Senhor!
Mt 9:29
Então, lhes tocou os olhos, dizendo:
Faça-se-vos
conforme a vossa fé.
Mt 9:30 E
abriram-se-lhes os olhos.
Jesus, porém,
os advertiu severamente, dizendo:
Acautelai-vos
de que ninguém o saiba.
Mt
9:31 Saindo eles, porém, divulgaram-lhe a fama
por
toda aquela terra.
Mt 9:32 Ao retirarem-se eles,
foi-lhe
trazido um mudo endemoninhado.
Mt
9:33 E, expelido o demônio, falou o mudo;
e as
multidões se admiravam, dizendo:
Jamais
se viu tal coisa em Israel!
Mt 9:34 Mas
os fariseus murmuravam:
Pelo
maioral dos demônios é que expele os demônios.
Mt 9:35 E
percorria
Jesus todas as cidades e povoados,
ensinando nas
sinagogas,
pregando o
evangelho do reino
e curando
toda sorte de doenças e enfermidades.
Mt 9:36 Vendo ele as multidões,
compadeceu-se
delas,
porque
estavam aflitas
e
exaustas como ovelhas que não têm pastor.
Mt 9:37 E,
então, se dirigiu a seus discípulos:
A
seara, na verdade, é grande,
mas
os trabalhadores são poucos.
Mt 9:38
Rogai, pois,
ao
Senhor da seara
que
mande trabalhadores para a sua seara.
Vimos nesse capítulo e ainda veremos em
outros trechos dos evangelhos as expressões: “A tua fé te salvou” e
“Faça-se-vos conforme a vossa fé”. Elas são expressões do Senhor dirigidas àqueles
que se interagiram com ele de alguma forma recebendo dele alguma ministração e
eles respondendo adequadamente.
Percorrer ou Ir + Ensinar + Pregar + Curar
– PIEC. No meu caso, eu acrescentaria Escrever, pois entendo que o Senhor me
tem chamado a escrever também, assim, ficaria PIECE (em inglês seria peça, pedaço,
parte).
Jesus se compadeceu daquela multidão porque
estavam aflitas e exaustas como ovelhas sem pastor (ainda estão no século XXI).
Qual a recomendação do Senhor: ORAR! Oremos ao Senhor da seara para mandar mais
trabalhadores para a sua seara.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.