No capítulo anterior, estávamos vendo a oferta pela
culpa que ainda se prolonga mais um pouco até o vs. 7, deste. A qual trata de
sacrifícios pela culpa feitos em favor da pessoa que pecou intencionalmente
contra o seu próximo.
No dia em que era oferecido o sacrifício, o
transgressor deveria trazer também a reparação pela propriedade perdida ou
danificada que consistia no quinto do valor da mesma.
Quando lemos Mateus 5:24 provavelmente era isso que
tinha em mente nosso Senhor quando falava da necessidade de reconciliação com o
próximo.
Já a partir do vs. 8 até o capítulo 7, vs. 36, iremos
ver as instruções já não mais para os leigos, mas para os sacerdotes. A
preocupação de Moisés era para que os sacerdotes cumprissem seu papel sem
abusar de direitos sobre determinadas porções dos sacrifícios. Na verdade, ele
já estava antevendo os problemas que iriam surgir com relação a isso. Em Cristo
Jesus, não temos este problema porque o sacerdócio é feito por um
sacerdote-homem perfeito.
Temos aqui, então, quatro partes: o holocausto – vs. 8
ao vs. 13; a oferta de manjares – vs. 14 ao vs. 18; a oferta de manjares do
sacerdote – vs. 19 ao vs. 23 e a oferta pelo pecado, do vs. 24 ao 30.
Cristo Jesus, o sumo-sacerdote da nova aliança,
ofereceu o holocausto definitivo ao entregar o seu corpo: ele foi totalmente
consagrado a Deus, sofrendo a morte por causa do pecado e efetuando a morte do
crente para o pecado – Rm 6:2-7.
Como a prescrição era para se manter o fogo
continuamente sobre o altar, vemos aqui um lembrete da presença permanente de
Deus e da necessidade contínua e constante da expiação do povo, que foi, é, e
continuará a ser cumprida, perfeitamente, no Senhor Jesus Cristo.
Cristo Jesus, o sumo-sacerdote da nova aliança, ao
honrar e ao dar graças a Deus em sua obediência perfeita, realizou simbolicamente
a oferta de manjares. Esta oferta deveria ser contínua, diariamente feita pelo
sacerdote.
Cristo Jesus, o sumo-sacerdote da nova aliança, ofereceu
a oferta definitiva pelo pecado quando tomou sobre si o castigo de uma vez para
sempre pelos pecados daqueles que creem no Senhor – Is 53:5. I Pe 2:24.
Lv
6:1 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Lv 6:2 Quando alguma pessoa
pecar, e transgredir contra o SENHOR,
e negar ao seu
próximo o que lhe deu em guarda,
ou o que deixou na
sua mão, ou o roubo,
ou o
que reteve violentamente ao seu próximo,
Lv 6:3 Ou que
achou o perdido,
e o
negar com falso juramento,
ou fizer alguma
outra coisa de todas
em
que o homem costuma pecar;
Lv 6:4 Será pois que, como pecou
e tornou-se culpado,
restituirá o que
roubou, ou o que reteve violentamente,
ou o
depósito que lhe foi dado em guarda,
ou
o perdido que achou,
Lv 6:5 Ou tudo
aquilo sobre que jurou falsamente;
e o
restituirá no seu todo,
e ainda sobre isso
acrescentará o quinto;
àquele
de quem é o dará no dia de sua expiação.
Lv 6:6 E a sua expiação trará ao
SENHOR:
um carneiro sem
defeito do rebanho,
conforme
à tua estimação,
para
expiação da culpa trará ao sacerdote;
Lv 6:7 E o sacerdote fará
expiação por ela diante do SENHOR,
e será perdoada de
qualquer das coisas que fez,
tornando-se
culpada.
Lv
6:8 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Lv 6:9 Dá ordem a Arão e a seus
filhos, dizendo:
Esta é a lei do
holocausto;
o holocausto será queimado sobre
o altar toda a noite até pela manhã,
e o fogo do altar
arderá nele.
Lv 6:10 E o sacerdote vestirá a
sua veste de linho,
e vestirá as
calças de linho, sobre a sua carne,
e
levantará a cinza,
quando o fogo
houver consumido o holocausto sobre o altar,
e a
porá junto ao altar.
Lv 6:11 Depois despirá as suas
vestes, e vestirá outras vestes;
e levará a cinza
fora do arraial para um lugar limpo.
Lv 6:12 O fogo que está sobre o
altar arderá nele, não se apagará;
mas o sacerdote
acenderá lenha nele cada manhã,
e
sobre ele porá em ordem o holocausto
e
sobre ele queimará
a
gordura das ofertas pacíficas.
Lv 6:13 O fogo
arderá
continuamente sobre o altar;
não
se apagará.
Lv
6:14 E esta é a lei da oferta de alimentos:
os filhos de Arão a oferecerão
perante o SENHOR diante do altar.
Lv 6:15 E dela tomará um punhado
da flor de farinha,
da oferta e do seu
azeite, e todo o incenso que estiver
sobre
a oferta de alimentos;
então o acenderá sobre o altar,
cheiro suave é isso,
por ser memorial
ao SENHOR.
Lv 6:16 E o restante dela comerão
Arão e seus filhos;
ázimo se comerá no
lugar santo,
no
pátio da tenda da congregação o comerão.
Lv 6:17 Levedado não se cozerá;
sua porção é que lhes dei
das minhas ofertas
queimadas;
coisa
santíssima é,
como a expiação do
pecado e como a expiação da culpa.
Lv 6:18 Todo o homem entre os
filhos de Arão comerá dela;
estatuto perpétuo
será para as vossas gerações
das
ofertas queimadas do SENHOR;
todo
o que as tocar será santo.
Lv
6:19 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Lv 6:20 Esta é a oferta de Arão e
de seus filhos,
a qual oferecerão
ao SENHOR no dia em que ele for ungido;
a décima parte de um efa de flor
de farinha
pela oferta de
alimentos contínua;
a metade dela pela manhã, e a
outra metade à tarde.
Lv 6:21 Numa caçoula se fará com
azeite; cozida a trarás;
e os pedaços
cozidos da oferta oferecerás em
cheiro
suave ao SENHOR.
Lv 6:22 Também o sacerdote, que
de entre seus filhos
for ungido em seu
lugar, fará o mesmo;
por estatuto
perpétuo será ela toda queimada ao SENHOR.
Lv 6:23 Assim toda a oferta do
sacerdote será totalmente queimada;
não se comerá.
Lv
6:24 Falou mais o SENHOR a Moisés, dizendo:
Lv 6:25 Fala a Arão e a seus
filhos, dizendo:
Esta é a lei da
expiação do pecado;
no
lugar onde se degola o holocausto
se degolará a
expiação do pecado perante o SENHOR;
coisa
santíssima é.
Lv 6:26 O sacerdote que a
oferecer pelo pecado a comerá;
no lugar santo se
comerá, no pátio da tenda da congregação.
Lv 6:27 Tudo o que tocar a carne
da oferta será santo;
se o seu sangue
for espargido sobre as vestes de alguém,
lavarás
em lugar santo aquilo sobre o que caiu.
Lv 6:28 E o vaso
de barro em que for cozida será quebrado;
porém,
se for cozida num vaso de cobre,
esfregar-se-á
e lavar-se-á na água.
Lv 6:29 Todo o homem entre os
sacerdotes a comerá;
coisa santíssima
é.
Lv 6:30 Porém, não se comerá
nenhuma oferta pelo pecado,
Irei colocar aqui, abaixo, um quadro muito didático,
que se encontra na BEG, que diz em seu título: SACRIFÍCIOS NO ANTIGO TESTAMENTO
– pág. 150, Livro de Levítico, entre Lv 4:2 e 3:
SACRIFÍCIOS NO
ANTIGO TESTAMENTO - ref.: Bíblia de Estudo de Genebra
CATEGORIAS
ELEMENTOS
DESCRIÇÃO
Ref.:
MAIOR
MENOR
Consagração
Holocausto
Bezerro, carneiro ou ave sem defeito.
(A escolha do animal dependia da situação econômica do ofertante.)
Tipo de sacrifício em que a vítima é totalmente consumida pelo fogo
(Lv 1). No templo de Jerusalém, eram oferecidos holocaustos duas ao dia pela
ela manhã e outro à tarde. As pessoas podiam, além disso, oferecer um
holocausto como sacrifício privado por meio dos sacerdotes
Lv 1; 6:8-13;
8:18-21; 16:24
Oferta de manjares
Grãos, flor de farinha incenso, pão
cozido (sem fermento), sal. Proibidos o fermento e o mel.
Sacrifício de farinha, pão assado ou simples grãos (cevada, trigo),
com azeite, incenso e sal (Lv 2.1-16), acompanhados de vinho (Lv 23.131. Não
devia ser usado fermento nem mel (Lv 2.11). Uma porção era queimada como
oferta a Deus, e o resto era dado ao sacerdote no templo. Quando os
ofertantes eram pessoas pobres, a oferta de manjares podia substituir a
oferta pelo pecado (Lv 5.11).
Lv 2; 6:14-23
Comunhão
Pacífico
Qualquer animal do gado, sem defeito;
pães (tortas, obreias)
Conhecido também como oferta de como-chão (Lv 7.11; Nm 7.17). Era um
sacrifício que primeiro era oferecido ao Senhor e depois distribuído entre o
ofertante e a sua família e parentes. Como comida da aliança, simbolizava a
união entre Deus e o seu povo.
Lv 3; 7:11-34
Expiação
Pelo pecado
Novilho, bode, cabra, ovelha, duas
rolas ou dois pombinhos, a décima parte de um efa de flor de farinha (a
escolha dependia da situação econômica do ofertante.)
Oferta especial por diversos pecados que, de modo geral, ofendiam o
próximo. Nesses casos, devia ser oferecido como sacrifício um carneiro sem
defeito, além de uma restituição em espécie para a pessoa ofendida, qual se acrescentava uma quinta parte do
que fora defraudado ou perdido.
Lv 4:1 – 5:13;
6:24-30; 8:14-17; 16:3-22
As ofertas pelo pecado tinham como finalidade restabelecer o
relacionamento com Deus, comprometido pelas faltas involuntárias ou por algum
estado de impureza.
Pela culpa
Carneiro sem defeito. (Em lugar do
sacrifício, era permitido oferecer uma soma em dinheiro.)
É difícil determinar com exatidão em que se diferenciavam a oferta
pelo pecado (Lv 4) e a oferta pela culpa. Uma nota distintiva dessa última
era que a vítima sacrificada devia ser sempre um canteiro (Lv 5.15-16,18).
Além disso, se a fraude cometida contra Deus ou contra o próximo podia ser
estimada numa quantia em dinheiro, era acrescentada a obrigação de reparar a
dívida, restituindo-se a Deus ou à pessoa prejudicada o preço do que havia
sido defraudado, acrescido de uma quinta parte (Lv 5.16).
Lv 5:14 – 6:7;
7:1-6; 14:12-21
No Antigo Testamento, o sacrifício era um ato do culto tão importante
que era considerado indispensável. Hoje, entendemos por
"sacrifício" a imolação de um animal; ou seja, o ato de matá-lo
para oferecê-lo a Deus. Para os hebreus, essa era apenas uma das maneiras
possíveis do sacrifício, talvez a principal, mas não a única. Também eram
feitas ofertas de alimentos, de bebidas e de incenso. Quanto ao seu
propósito, o sacrifício podia ser de gratidão (ou ação de graças), de
expiação pelos pecados (no qual era pedido o perdão de Deus), de
reconciliação com Deus ou de purificação. Um dos tipos principais do
sacrifício era o holocausto. Jesus Cristo, mediante a sua morte na cruz, fez
a oferta do seu corpo, "uma vez por todas" (Hb 10.10), pelos
pecados de todo o mundo (Jo 1.29).
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