sábado, 15 de agosto de 2015
sábado, agosto 15, 2015
Jamais Desista
Mateus 11.1-30 - JESUS CONVIDA: VINDE A MIM OS CANSADOS E OPRIMIDOS.
Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Entramos hoje
na parte IV, no capítulo 11.
IV. A NATUREZA DO REINO (11.1-13.58).
Jesus revelou a natureza do reino a João
Batista e aos judeus. Suas ações e palavras desafiavam as expectativas
populares sobre o Messias e o seu reino. Ele fez uso de inúmeras parábolas para
explicar que o reino já havia chegado e que todos deveriam se arrepender e
permanecer fiel a ele para que pudessem entrar nesse reino.
Os caps. 11 a 13 revelam a natureza do
reino. Onde ele está? O que é ele? Como ele vem? O registro de Mateus é
dividido em duas partes: narrativas (11.1-12.50) e sermão (13.1-52). Elas
formarão nossa divisão proposta, seguindo a BEG: A. Narrativa: quem era João?
Quem é Jesus? (11.1 - 12.50) –
começaremos a ver agora e B. Sermão: parábolas do reino (13.1-58)
A. Narrativa: quem era João? Quem é Jesus? (11. 1-12.50).
Até o próximo capítulo estaremos vendo a narrativa:
Quem foi João? Quem é Jesus? Mateus explica a natureza do reino ao focalizar as
identidades e os papéis de João Batista e de Jesus.
Já tinha acabado Jesus de dar aquelas
instruções aos discípulos que constam do capítulo anterior, como por exemplo,
pregar, curar, ressuscitar mortos, purificar leprosos, expelir demônios e lá
estava ele trabalhando com o ensino e a pregação.
Uma vez que geralmente Mateus evita o uso
anacrónico ou prematuro do titulo "Cristo" como um nome para Jesus,
isso provavelmente significa "Quando João ouviu, no cárcere, falar dos
feitos messiânicos..." João havia predito que a vinda do Messias traria
julgamento, extermínio do mal e separação do joio e do trigo (3.10-12).
Porém, conquanto Jesus tenha trazido
bênçãos do reino, ele também permitiu que o seu precursor fosse preso pelo
ímpio Herodes. João perguntava a si mesmo onde estava a libertação dos cativos
que o Messias traria (Is 61.1-2).
João envia seus discípulos para perguntar
ao Senhor o que ele já sabia sobre o Cristo, mas que parecia estranho. Jesus
responde mostrando os sinais que ele estava fazendo que homem algum poderia
fazer. Jesus então dá testemunho de João Batista como aquele que é o maior
dentre todos os nascidos de mulher.
Jesus fez com que os discípulos de João
testemunhassem os seus milagres - milagres que diretamente cumpriram Is 35.5-6.
João não deveria ficar ofendido pelo fato de Jesus não ter vindo primeiramente
para trazer julgamento, mas para sofrer julgamento.
João Batista foi maior do que qualquer
outro profeta porque ele foi o precursor mais imediato daquele para o qual
todos os profetas estavam apontando: portanto, ele apontou para Cristo de
maneira mais clara do que os outros. Mas ele também foi alvo da profecia, o
cumprimento da profecia de Elias em MI 4.5-6 (veja o vs.14) e aquele que
anunciaria o servo do Senhor (Is 40.3; Mt 3.3).
Depois da cruz, da ressurreição e do
Pentecostes, “aquele que é menor no reino" é maior do que João porque pode
apontar para Jesus muito mais claramente do que João pôde.
Claro, João está agora no reino junto com
todos os crentes do Antigo Testamento, mas quando eles viviam na terra podiam
apenas esperar ansiosamente por isso (cf. Hb 11.39.40).
Essa grandeza também pode indicar o recebimento
de uma grande medida de bênçãos no reino de Deus à medida que ela se desenvolve
ao longo da História. Os crentes que vivem depois da morte, ressurreição e
ascensão de Cristo se alegram com a presença do reino de Deus numa medida maior
quando comparada com a que João viveu.
Que alegria nossa hoje podemos contar e
apontar para Cristo como João Batista fez diretamente. Também como ele, não
estaremos livres, por enquanto, das Herodias e dos Herodes, mas nosso
testemunho deve ser firme e fiel, sempre!
Conforme a BEG, o verbo grego traduzido
"tomado por esforço" do vs. 12, também pode significar "sofrendo
violência", mas em outra literatura grega quase sempre toma o primeiro
sentido.
Além disso, o dito paralelo em Lc 16.16
traz "vem sendo anunciado o evangelho do reino", que corresponde a “tomado
pelo esforço".
Por outro lado, em outra literatura grega o
substantivo traduzido "os que se esforçam" sempre significa “pessoas
violentas" e tem uma conotação negativa, como o verbo
"apoderar-se" geralmente tem.
O melhor entendimento desse versículo é que
o reino está sendo pressionado para frente com vigor mesmo que homens violentos
(p. ex., Herodes, que aprisionou João) estejam tentando dominá-lo pela força.
Não é o forte ou o vigoroso que entra no reino, mas o fraco e necessitado que
sabe da sua própria fraqueza e, assim, depende de Deus (11.28.30). '
Jesus confirma que todos os Profetas e a
Lei profetizaram até João e ele declara que esse João era aquele anunciado por Malaquias
(Ml 4.5) como o Elias que haveria de vir, ou seja, João não é Elias, mas cumpre
a mesma função de mensageiro.
A relação desse versículo de Ml 4.5 com
'meu mensageiro' em Ml 3.1 é clara.
·
Ambos
os versículos iniciam com a expressão 'eis".
·
Ambos
usam a mesma forma do verbo enviar.
·
Em
ambos os casos a missão é trazer arrependimento.
·
À
luz do dia vindouro do Senhor “preparará o caminho” em 3.1 é semelhante a “converterá”
em 4.6.
A pressuposição é que este “novo Elias"
seja o mesmo personagem de “meu mensageiro” (3.1). Aqui, no Novo Testamento vemos
essa identificação de Elias com João Batista (Mt 17.10-13; Mc 9.11-13; Lc
1.13,17).
Ele seria aquele que converteria o coração
dos pais aos filhos. O arrependimento e a volta para Deus traz a restauração
dos relacionamentos familiares (Lc 1.17).
Jesus estava indignado com aquela geração
que parecia como uma criança mimosa que queriam chamar a atenção. O fato era
que João Batista jejuava e não bebia vinho e eles diziam que ele tinha demônio;
depois veio Jesus, o Filho do Homem que comia e bebia e eles o chamaram de
comilão e beberrão, amigo de publicanos e “pecadores”.
Então ele conclui dizendo que a sabedoria
será comprovada pelas obras que a acompanham. Isto é, assim como as pessoas são
conhecidas pelos seus frutos (7.16,20), assim também uma vida sábia será
confirmada pelo que resulta dela.
Depois, Jesus increpa as cidades em que ele
operara milagres onde os habitantes não creram nele. A expectativa de Jesus, se
é que podemos falar assim, era que cressem depois que vissem os milagres, mas eles
não tinham crido.
O filtro de Deus em relação aos homens continua sendo a fé.
Quando somos filtrados, do lado direito do
Senhor, ficam os que creem e do lado esquerdo os incrédulos, os que não creem.
Deus opera e coopera com os que creem; mas Deus abomina e exclui todos os que
não creem.
Se meu coração está endurecido e eu estou
com raiva de Deus, eu estou do lado dos que não creem. Para esses não há
salvação! Aprenda a reconhecer este estado em sua alma para que jamais se
deixes levar pelo engano de Satanás e sejas afastado dos retos caminhos do
Senhor.
Não há misericórdias para os incrédulos!
Contra quem Deus se indignou no deserto e falou que não entrariam no seu
descanso? Contra os incrédulos!
O que podemos entender do vs. 25 é que Deus
é soberano ao escolher aqueles a quem ele revelará a sua verdade. Toda
sabedoria e aprendizado humano são irrelevantes para a questão de conhecer a
Deus (1Co 1.26-31).
Eu entendo que Deus escondeu isso por causa
da opção, da escolha deles, pelo endurecimento de seus corações que fizeram com
que se apoiassem na sua pretensa sabedoria e conhecimento (se diziam sábios e
cultos) próprios.
Aqui – vs. 27, conforme está na BEG - Jesus
faz revelações extraordinárias:
(1)
A
soberana disposição de Deus sobre todas as coisas foi entregue a Jesus.
Como
em Dn 7, o filho do Homem recebeu todo o poder e domínio.
(2)
Jesus
possui um conhecimento exclusivo do Pai, e somente o Pai o conhece
verdadeiramente.
Seu
conhecimento é, assim, equiparado ao do Pai, e sua condição de Filho é algo
único.
(3)
A
soberania de Jesus se estende até quanto a decidir quem conhecerá o Pai. Isso é
paralelo ao vs. 25, mas aqui é Jesus quem revela o Pai.
Essas
reivindicações são tão amplas que muitos estudiosos modernistas argumentam que
elas não são autênticas, são posteriores e helenistas, mas pesquisas da
linguagem e formas continuam a demonstrar o seu caráter semítico e primitivo.
A
única razão real para negar que Jesus disse essas palavras é a pressuposição de
que ele não poderia, possivelmente, ter dito essas coisas, um argumento
circular.
Dos versos de 28 a 30, vemos, claramente, a
soberania de Deus baseada num governo justo, verdadeiro e bom. Porque o filho é
soberano em revelar Deus, ele tem autoridade para convidar pessoas para irem a
ele. Como ele é manso e humilde, convida primeiro os oprimidos e
sobrecarregados e, em segundo lugar, os fortes e livres de cuidados, ou seja,
Deus é justo e verdadeiro e suas escolhas são perfeitas.
O judaísmo suporta o jugo da lei, que se
tornou um fardo pesado (At 15.10). Jesus não oferece independência, mas um jugo
diferente. É "fácil" e "leve" (vs. 30), não porque requer
menos responsabilidade, mas porque é administrado por um Pastor que deseja um
relacionamento pessoal, mais do que a dureza impessoal da lei separada de quem
dá a lei. Jesus, o Senhor do sábado, oferece descanso (12.8).
de dar estas
instruções a seus doze discípulos, partiu dali
a
ensinar
e
a pregar nas cidades deles.
Mt 11:2 Quando João ouviu,
no cárcere,
falar
das obras de Cristo,
mandou
por seus discípulos perguntar-lhe:
Mt
11:3 És tu aquele que estava para vir
ou
havemos de esperar outro?
Mt 11:4 E Jesus, respondendo,
disse-lhes:
Ide e
anunciai a João o que estais ouvindo e vendo:
Mt
11:5 os cegos vêem,
os
coxos andam,
os
leprosos são purificados,
os
surdos ouvem,
os
mortos são ressuscitados,
e
aos pobres está sendo pregado o evangelho.
Mt
11:6 E bem-aventurado é aquele
que
não achar em mim motivo de tropeço.
Mt 11:7 Então, em partindo eles, passou
Jesus a dizer ao povo
a respeito de
João:
Que
saístes a ver no deserto?
Um
caniço agitado pelo vento?
Mt 11:8 Sim,
que saístes a ver?
Um
homem vestido de roupas finas?
Ora,
os que vestem roupas finas
assistem
nos palácios reais.
Mt 11:9 Mas
para que saístes?
Para
ver um profeta?
Sim,
eu vos digo,
e
muito mais que profeta.
Mt 11:10 Este
é de quem está escrito:
Eis
aí eu envio diante da tua face o meu mensageiro,
o
qual preparará o teu caminho diante de ti.
Mt 11:11 Em
verdade vos digo:
entre
os nascidos de mulher,
ninguém
apareceu maior
do
que João Batista;
mas
o menor no reino dos céus
é
maior do que ele.
Mt
11:12 Desde os dias de João Batista até agora,
o
reino dos céus é tomado por esforço,
e
os que se esforçam se apoderam dele.
Mt
11:13 Porque todos os Profetas
e
a Lei profetizaram até João.
Mt
11:14 E, se o quereis reconhecer,
ele
mesmo é Elias,
que
estava para vir.
Mt
11:15 Quem tem ouvidos [para ouvir],
ouça.
Mt 11:16 Mas
a quem hei de comparar esta geração?
É
semelhante a meninos que, sentados nas praças,
gritam
aos companheiros:
Mt
11:17 Nós vos tocamos flauta,
e
não dançastes;
entoamos
lamentações,
e
não pranteastes.
Mt
11:18 Pois veio João,
que
não comia nem bebia, e dizem:
Tem
demônio!
Mt
11:19 Veio o Filho do Homem,
que
come e bebe, e dizem:
Eis
aí um glutão
e
bebedor de vinho,
amigo
de publicanos
e
pecadores!
Mas
a sabedoria é justificada por suas obras.
Mt 11:20 Passou, então, Jesus a increpar
as cidades
nas quais ele
operara numerosos milagres,
pelo
fato de não se terem arrependido:
Mt 11:21 Ai
de ti, Corazim!
Ai de ti,
Betsaida!
Porque,
se em Tiro e em Sidom
se
tivessem operado os milagres
que
em vós se fizeram,
há
muito que elas se teriam arrependido
com
pano de saco e cinza.
Mt 11:22 E,
contudo, vos digo:
no
Dia do Juízo,
haverá
menos rigor para Tiro e Sidom
do
que para vós outras.
Mt 11:23 Tu,
Cafarnaum,
elevar-te-ás,
porventura, até ao céu?
Descerás
até ao inferno;
porque,
se em Sodoma se tivessem operado os milagres
que
em ti se fizeram,
teria
ela permanecido até ao dia de hoje.
Mt 11:24
Digo-vos, porém, que menos rigor haverá,
no
Dia do Juízo, para com a terra de Sodoma
do
que para contigo.
Mt 11:25 Por aquele tempo, exclamou
Jesus:
Graças te
dou, ó Pai,
Senhor
do céu e da terra,
porque
ocultaste estas coisas
aos
sábios e instruídos
e
as revelaste aos pequeninos.
Mt 11:26 Sim,
ó Pai,
porque
assim foi do teu agrado.
Mt 11:27 Tudo
me foi entregue por meu Pai.
Ninguém
conhece o Filho,
senão
o Pai;
e ninguém
conhece o Pai,
senão
o Filho
e
aquele a quem o Filho o quiser revelar.
Mt 11:28 Vinde a mim,
todos os que
estais cansados e sobrecarregados,
e
eu vos aliviarei.
Mt 11:29
Tomai sobre vós o meu jugo
e aprendei de
mim,
porque
sou manso
e
humilde de coração;
e
achareis descanso para a vossa alma.
Mt 11:30
Porque o meu jugo é suave,
e o meu fardo
é leve.
O jugo do Senhor é leve. O jugo do mundo é
pesado. Com Jesus alcançamos o descanso para nossas almas e sem ele, nada
conseguimos.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.