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terça-feira, 28 de julho de 2015

Zacarias 11 1-17 - UM PASTOR DE VERDADE X PASTORES IMPRESTÁVEIS.

Estamos estudando, com a ajuda preciosa da BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto à Jerusalém ser o local, num futuro de médio prazo, para o reino de Deus.
Estamos na segunda parte, com o décimo primeiro capítulo.
A. O primeiro grupo de profecias (9. 1-11. 17) - continuação.
Até este capítulo 11, estaremos vendo o primeiro grupo de profecias, que tratam da vinda de Deus, o Rei, em julgamento. Ele também foi dividido em quatro seções: 1. Deus vinga-se do seu povo (9.1-8) – já vimos; 2. O rei de Israel chega a Jerusalém (9.9-17) – já vimos; 3. Deus reúne o seu povo (10.1-11.3) – já vimos; e, 4. O pastor do povo de Deus (11.4-17) – veremos agora.
4. O pastor do povo de Deus (11.4-17).
Os três primeiros versículos retratam a destruição das poderosas nações que se levantaram contra Deus. As referências a grandes carvalhos, densos bosques, pastores e leões ameaçadores devem ser consideradas como metáforas para as nações (p. ex., cedros - Líbano; cf. Jz 9.15; 1 Rs 5.6; SI 29.5) e seus governantes a quem Deus julgaria quando levasse o seu povo de volta à Terra Prometida.
Depois dessa introdução, com a palavra sendo destinada aos cedros, ao pinheiro, aos carvalhos, à floresta rica e exuberante que logo seria destruída completamente, onde no meio delas se ouvia o rugido dos leões, dos versos de 4 ao 17, veremos o pastor do povo de Deus.
Conforme a BEG, a dificuldade dessa seção tem gerado diferentes interpretações. Os principais pontos da passagem podem ser interpretados da seguinte maneira:
·         Primeiro, alguém foi chamado para desempenhar o papel do fiel pastor real de Israel que exerce as duas funções que representam a oferta de favor e a (re)união da nação exilada.
Essa figura, provavelmente, refere-se a Zorobabel, o filho de Davi, a quem Ageu e Zacarias exaltaram como aquele que daria início às bênçãos da restauração do exílio (4.6-10; Ag 2.4,21,23).
·         Segundo, Israel rejeitou o seu fiel pastor e o tratou como um escravo inferior (vs. 8).
Consequentemente, o pastor revogou o favor divino e a (re)união do povo de Deus. É provável que essa figura se refira à falha dos que retornaram do exílio em executar o programa de restauração e não seguiram com fidelidade a liderança de Zorobabel.
·         Terceiro, a atenção se move para um pastor insensato e indigno que não cuidou do povo de Israel.
O autor substituiu o pastor rejeitado quando Deus anunciou o seu pesar pela eventual destruição desse rei. Essa descrição se refere tanto aos líderes estrangeiros que oprimiram o povo de Deus como aos líderes de Israel que vieram depois de Zorobabel, talvez aqueles que governaram durante a breve independência após a guerra dos Macabeus (9.9-10).
A destruição viria sobre eles um pouco depois (v. 17).
O Senhor estava dizendo que era para pastorear o rebanho destinado à matança. O povo de Israel era como uma ovelha atada para o matadouro do exílio (veja Is 65.12; Ez 21.10-28).
Havia um comércio com essas ovelhas e ninguém se importava com nada exceto que estaria ficando rico e abastado. Os rebanhos não eram poupados, antes explorados – vs. 5. Eles matavam, compravam, vendiam, comercializavam com apenas um propósito ficarem cada vez mais ricos.
Por isso que o Senhor já não teria mais piedade. Essas palavras haviam descrito o período que levou ao exílio (Jr 13.14; 15.5; 21.7) e agora estavam sendo aplicadas à retirada da proteção divina após os primeiros dias de restauração. O Senhor iria entregá-los cada um ao seu próximo e ao seu rei que acabariam com a terra e o Senhor não mais livraria ninguém das suas mãos.
O Senhor estava mesmo decepcionado com o seu povo ao qual tinha tratado com muita graça e favor. Ele estava se tornando o pastor do rebanho destinado à matança. Foi ele quem pegou duas varas e chamou a uma de Graça e a outra de União e com elas era que estava pastoreando um povo rebelde e contradizente.
Essa palavra “graça” também significa “beleza” e é usada dessa maneira para o próprio Deus (Sl 27.4; 90.17). A vara simboliza a graça que Deus havia mostrado para o seu povo na aliança (vs. 10).
Já a palavra “união” representava a unidade da nação dividida (vs. 14) que havia sido prometida como parte da nova aliança (Jr 30 3; 31.27,31; 33.7). A nação se dividiu com Roboão, mas Deus a estaria unindo com o povo do pós exílio, no entanto devido ao comportamento errado deles somente em Cristo, com a igreja é que isso se dará.
Em menos de 28 dias, o mês judaico, Deus teria se livrado de três pastores. A identidade deles, conforme a BEG, é desconhecida. Eles poderiam representar todos os líderes de quem a fiel figura real seria eliminada com a disputa pela liderança.
No verso 9, o profeta na qualidade de pastor, expressou repugnância pela rebelião e desobediência do rebanho: que morram as que tiverem de morrer, que pereçam as que perecerem e que comam umas as outras, das que sobrarem.
O Senhor então pegou de sua vara Graça e a quebrou e destarte, cancelou a sua aliança que com eles tinha feito. A retirada do favor de Deus afetaria também a todos os povos. Essa nações provavelmente se referem à diáspora judaica (dispersão) entre as nações. Após a retirada do favor divino, essas nações poderiam afligir o rebanho de Deus,
Por trinta moedas de prata avaliaram o preço dele. Assim ele lhes disse que se quisessem pagar, que pagassem, que se não, que não pagassem e então eles pagaram 30 moedas de prata. Era esse o preço de um escravo (Ex 21.32), o que denegriu o pastor davídico, Zorobabel, que havia dado tanto à nação oprimida.
Mateus, de maneira bastante apropriada, fez alusão a essa passagem quando fez a observação de que os oficiais judaicos haviam pago trinta moedas de prata a Judas, por ter traído a Jesus (Mt 26.14-16).
Jesus, o último filho real de Davi, foi traído como havia sido Zorobabel, seu precursor.
Assim, o Senhor disse que se lançasse isso ao oleiro – vs. 13 - esse magnífico preço pelo qual o avaliaram. O Senhor respondeu sarcasticamente à maneira pela qual o seu pastor real foi desvalorizado. Judas mais tarde atiraria de volta aos sacerdotes as trinta moedas de prata adquiridas de maneira ilícita, talvez sem ter consciência de que o incidente havia sido prefigurado nas Escrituras (Jr 19.1-13; Mt 27.1-10).
Por conta disso, Deus quebrou a sua segunda vara a União, isto para romper a irmandade entre Judá e Israel. Uma referência à abolição da unidade da nação como consequência de o povo ter rejeitado o bom pastor, Zorobabel.
E o Senhor então lhe disse que se pegasse novamente os utensílios de um pastor insensato – vs. 15. O pastor insensato é descrito como aquele que destruiria o rebanho de Deus. Ezequiel falou desse modo sobre os reis de Judá anteriores ao exílio (Ez 34.1-10).
Zacarias estava se referindo também aos líderes que viriam após a rejeição de Zorobabel, tanto aos saídos de dentro da própria nação de Israel como aos de nações estrangeiras, pois o Senhor levantaria nesta terra um pastor que não se preocuparia com as ovelhas perdidas, nem procuraria a que estivesse solta, nem curaria as machucadas, nem alimentaria as sadias, mas comeria a carne das ovelhas mais gordas, arrancando as suas patas – vs. 16.
»ZACARIAS [11]
Zc 11:1 Abre, ó Líbano, as tuas portas para que o fogo devore os teus cedros.
Zc 11:2 Geme, ó cipreste, porque caiu o cedro,
porque os mais excelentes são destruídos;
gemei, ó carvalhos de Basã,
porque o bosque forte é derrubado.
Zc 11:3 Voz de uivo dos pastores!
porque a sua glória é destruída;
voz de bramido de leões novos!
porque foi destruída a soberba do Jordão.
Zc 11:4 Assim diz o Senhor meu Deus:
Apascenta as ovelhas destinadas para a matança,
Zc 11:5 cujos compradores as matam,
e não se têm por culpados;
e cujos vendedores dizem:
Louvado seja o Senhor, porque hei enriquecido;
e os seus pastores não têm piedade delas.
Zc 11:6 Certamente não terei mais piedade dos moradores desta terra,
diz o Senhor; mas, eis que entregarei os homens
cada um na mão do seu próximo
e na mão do seu rei;
eles ferirão a terra,
e eu não os livrarei da mão deles.
Zc 11:7 Eu pois apascentei as ovelhas destinadas para a matança,
as pobres ovelhas do rebanho.
E tomei para mim duas varas:
a uma chamei Graça,
e à outra chamei União;
e apascentei as ovelhas.
Zc 11:8 E destruí os três pastores num mês;
porque me enfadei deles,
e também eles se enfastiaram de mim.
Zc 11:9 Então eu disse:
Não vos apascentarei mais;
o que morrer morra,
e o que for destruído seja destruído;
e os que restarem, comam cada um a carne do seu próximo.
Zc 11:10 E tomei a minha vara Graça,
e a quebrei, para desfazer o meu pacto,
que tinha estabelecido com todos os povos.
Zc 11:11 Foi, pois, anulado naquele dia;
assim os pobres do rebanho que me respeitavam,
reconheceram que isso era palavra do Senhor.
Zc 11:12 E eu lhes disse:
Se parece bem aos vossos olhos,
dai-me o que me é devido;
e, se não,
deixai-o.
Pesaram, pois, por meu salário,
trinta moedas de prata.
Zc 11:13 Ora o Senhor disse-me:
Arroja isso ao oleiro, esse belo preço em que fui avaliado por eles.
E tomei as trinta moedas de prata,
e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor.
Zc 11:14 Então quebrei a minha segunda vara União,
para romper a irmandade entre Judá e Israel.
Zc 11:15 Então o Senhor me disse:
Toma ainda para ti os instrumentos de um pastor insensato.
Zc 11:16 Pois eis que suscitarei um pastor na terra,
que não cuidará das que estão perecendo,
não procurará as errantes,
não curará a ferida,
nem apascentará a sã;
mas comerá a carne das gordas,    
e lhes despedaçará as unhas.
Zc 11:17 Ai do pastor inútil,
que abandona o rebanho!
a espada lhe cairá sobre o braço
e sobre o olho direito;
o seu braço será de todo mirrado,
e o seu olho direito
será inteiramente escurecido.
Um pastor de verdade deveria:
·         Preocupar-se com as ovelhas perdidas.
·         Procurar a que estivesse perdida.
·         Curar e sarar as machucadas.
·         Alimentar as sadias.
No entanto, o capítulo termina com um terrível “ai” dirigido ao pastor imprestável (pode também ser inútil ou insensato) que abandona o rebanho. Sobre esse uma terrível maldição, a perda do braço direito e do olho direito indicando a perda do poder e do discernimento necessários para a liderança.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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1 comentários:

achei amado irmão que faltou mais palavras sobre jesus.crismaleiton

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.