Jesus os ensinava como tendo autoridade e
não como os Escribas. Como poderia ele falar com autoridade? Por que a palavra
falada era dele, do Criador bendito que se fez homem, para viver a vida dos
homens e como homem, morrer pelo homem.
Nós também quando pregamos a legítima
palavra de Deus devemos pregar com autoridade, com autoridade do nome de Jesus.
Diz a história que quando um ateu e cético de uma cidade sabia que George
Whitefield[1] ia
pregar ele fazia de tudo para ouvi-lo.
Seus seguidores o criticavam porque ele era
ateu e não fazia sentido em ir ouvir aquele crente. E ele respondendo disse que
não cria mesmo, mas iria ouvir ele por que ele falava crendo naquilo que
falava.
Quem fala com autoridade, fala crendo
naquilo que prega. Somente fala com autoridade aquele que tem autoridade. Você
que prega em nome de Jesus, prega a verdade como sendo de fato a verdade ou se
deixa levar pelo engano?
Havia um vendedor de remédios que eram
tidos como panaceia e o vendedor juntava muita gente que o ouvia. Na mesma
praça havia um crente pregando o evangelho e pouca gente o ouvia. Indignado,
falou com o vendedor: porque tem tanta gente ouvindo uma mentira e a verdade
que eu proclamo ninguém ouve?
Aquele vendedor lhe disse que era simples
entender. Ele pregava a mentira como se fosse a verdade e o pregador pregava a
verdade como se fosse uma mentira.
Ele continua a pregar e a ensinar e começa o
capítulo nos pedindo para não julgarmos. Jesus proíbe um tipo de julgamento,
mas aprova outro.
Condenar um crente amigo pelas suas faltas
equivale à falha do exercício do perdão (6.14-15); somente uma gentil ou
humilde correção em que primeiro haja o reconhecimento da nossa própria e quase
possivelmente maior falha, ajuda.
Um julgamento sábio que não condene, mas
diferencie descrença de crença (v. 6) também é necessário. O método de
discernimento é dado no v. 16.
Para um julgamento eficaz seria mister primeiro
se tirar a trave que está em nossos próprios olhos para depois ir tentar
remover o cisco de nosso irmão. A palavra é muito forte, de forma que devemos
ser humildes e não precipitados nos julgamentos.
Há uma série interessante de pequenos
vídeos em inglês com essa finalidade de demonstrar que podemos estar
completamente errados ao emitirmos nossas opiniões com base apenas em parte da
história que acabamos de presenciar. Procure no YouTube por esses vídeos, você
irá gostar e será útil para aprendizado. Pesquise por “DON’T JUDGE TOO
QUICKLY”.
No verso 6, ele nos diz para não lançarmos
o que é santo, sagrado, aos cães. Refere-se às evidências do reino como as
curas e demonstrações de poder. Mas "o que é santo" também deveria
incluir a pregação do evangelho do reino.
Essa proibição pode parecer estranha, mas
não devemos continuar a pregar para pessoas que têm rejeitado o evangelho com
desprezo e zombaria malignos (cf. 10.14; 15.14).
Os cristãos em Atos aprenderam a colocar
esse princípio em prática (At 13.44-51; 18.5-6; 28.17-28). Isso é reiterado em
Tt 3.10-11 e provavelmente fundamenta Hb 6.4-6.
Dos versos 7 ao 11 e depois nas suas
parábolas, Jesus nos ensina a sermos perseverantes na oração e na busca de
Deus. Eu chamei esses ensinos de a TEORIA DA IMPORTUNAÇÃO. Também ensinei a
meus filhos e eles colocaram em prática comigo. Não foi fácil não lidar com
eles quando queriam algo de verdade e sabiam ser o seu pedido justo e
pertinente.
Do mesmo modo, Jesus nos ensina a jamais
desistirmos e sempre buscarmos, orarmos, pedirmos, procurarmos que
encontraremos.
Quando ele diz que nós que somos maus,
fica, conforme nos fala a BEG, clara a pressuposta pecaminosidade natural da
humanidade, desde que até mesmo aqueles que chamam Deus de "Pai" são
ditos serem maus. As boas dádivas de Deus são aquelas que Jesus descreveu como
características dos discípulos: retidão, sinceridade, pureza, humildade,
sabedoria. Aquele que conhece as suas próprias necessidades pedirá a Deus para
supri-las.
O paralelo em Lc 11.13 focaliza o único e
maior dom - aquele que dá todas as coisas boas; ou seja, o Espirito Santo. O
Espírito é o melhor e o mais necessário dom que podemos pedir, e Deus dá o seu
Espírito gratuitamente quando nós pedimos, para que tenhamos sabedoria para
discernir sem julgarmos (vs. 1-6), a fim de entrarmos pela porta estreita com a
qual poucos a acertam (vs. 13-14) e para dar bons frutos (vs. 15-20).
No verso 12, temos a regra de ouro dos
relacionamentos! Se colocarmos isso em prática, teremos os fins das desavenças,
das inimizades e das guerras. A assim chamada Regra de Ouro foi proclamada negativamente
por inúmeros pensadores antigos, mas Jesus fez com que ela se tornasse uma
obrigação positiva.
Ela aparece no texto da discussão da
bondade e da prontidão de Deus de dar. Novamente vemos a ligação entre a
justiça relacionada a Deus e os atos justos que surgem desse relacionamento.
A essa altura, todos deveriam estar achando
tudo muito profundo, mas complicadíssimo. A porta dessa entrada no seu reino
parecia muito apertada e estreita. Esforços evangelísticos que desconhecem o
fato de que a porta para a vida é estreita (ou seja, uma pessoa só pode entrar
pela fé em Cristo) só foram bem-sucedidos em excluir pessoas do reino.
Do mesmo modo, apresentar a vida cristã
como um mar de rosas e minimizar o fato de que ela é cheia de problemas não
segue o exemplo de nosso Senhor (cf. 14.22). Pode ser até mesmo que os
"falsos mestres" do v. 15 sejam especificamente aqueles que negam a
estreiteza e a dureza do caminho.
Os falsos profetas e mestres seriam aqueles
que iriam tentar de todas as formas apresentar caminhos mais largos e fáceis. Jesus
nos adverte nos versos de 15 ao 20 para nos acautelarmos com eles.
Descrever os falsos mestres como lobos em
peles de ovelhas nos lembra de que os falsos mestres parecem profetas
verdadeiros e que a mensagem deles pode ser bastante atrativa e até parecer ortodoxa.
O único método seguro de discernimento é
dar tempo a eles para demonstrarem seus frutos. Alguns frutos dos falsos
mestres são mencionados no Novo Testamento: discussões (1Tm 1.3-4), divisão
(1Tm 6.3-5), perversão da fé (2Tm 2.17-18) e autodestruição por heresia 12Pe
2.11..
Portanto, nem todos os que dizem Senhor,
Senhor, são de fato do Senhor. A duplicação de um nome significava um sinal de
intimidade (cf. Gn 22.11; 1Sm 3.10; 2Sm 18.33; Lc 22.31). Importante esses
lembretes da BEG: não são afirmações ou sentimentos de intimidade com Jesus que
importam, nem as "boas obras", mesmo as mais miraculosas; o que
importa é somente fazer a vontade do Pai. Isso envolve conhecer Deus - ou,
melhor, ser conhecido por ele (1Co 8.2-3).
Jesus então passa a ensinar quem são os que
verdadeiramente o seguem: aqueles que o ouvem e o obedecem em tudo e os compara
com um construtor prudente.
Na Judeia, as tempestades não são
frequentes, mas elas podem ser violentas. Embora tanto a casa do homem
insensato quanto a casa do homem prudente tivessem parecido ser, por muito
tempo, igualmente seguras, quando a tempestade veio, a destruição da casa do
homem insensato foi total (cf. Is 28.14-19). Assim também é com a vida daquele
que ignora as palavras de Jesus.
O seu ensino causou uma revolução em seus
ouvintes e ficaram pasmos, admirados da forma que os ensinava. Jesus tinha
autoridade e não era como os escribas. Os escribas, como os rabis posteriores,
ensinavam citando o que mestres anteriores haviam dito. A autoridade era
estabelecida pela referência à tradição. Jesus ensinou diretamente das
Escrituras tendo como base a sua própria autoridade e não fez referência
(exceto negativa) à tradição.
Mt 7:1 Não julgueis,
para que não
sejais julgados.
Mt
7:2 Pois, com o critério com que julgardes,
sereis
julgados;
e, com a
medida com que tiverdes medido,
vos
medirão também.
Mt 7:3 Por
que vês tu o argueiro no olho de teu irmão,
porém
não reparas na trave que está no teu próprio?
Mt 7:4 Ou
como dirás a teu irmão:
Deixa-me
tirar o argueiro do teu olho,
quando
tens a trave no teu?
Mt 7:5
Hipócrita!
Tira
primeiro a trave do teu olho
e,
então, verás claramente
para
tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Mt 7:6 Não deis aos cães o que é santo,
nem lanceis ante os porcos as vossas
pérolas,
para que não
as pisem com os pés
e,
voltando-se, vos dilacerem.
Mt 7:7 Pedi,
e
dar-se-vos-á;
buscai
e achareis;
batei,
e
abrir-se-vos-á.
Mt
7:8 Pois todo o que pede recebe;
o
que busca encontra;
e,
a quem bate, abrir-se-lhe-á.
Mt 7:9 Ou qual dentre vós é o homem que,
se porventura
o filho lhe pedir pão,
lhe
dará pedra?
Mt 7:10 Ou,
se lhe pedir um peixe,
lhe
dará uma cobra?
Mt 7:11 Ora, se vós, que sois maus,
sabeis dar
boas dádivas aos vossos filhos,
quanto
mais vosso Pai, que está nos céus,
dará
boas coisas aos que lhe pedirem?
Mt 7:12 Tudo quanto, pois, quereis que
os homens vos façam,
assim fazei-o
vós também a eles;
porque
esta é a Lei e os Profetas.
Mt 7:13 Entrai pela porta estreita
(larga é a
porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição,
e
são muitos os que entram por ela),
Mt 7:14
porque estreita é a porta,
e apertado, o
caminho que conduz para a vida,
e são poucos
os que acertam com ela.
Mt 7:15 Acautelai-vos dos falsos
profetas,
que se vos
apresentam disfarçados em ovelhas,
mas
por dentro são lobos roubadores.
Mt
7:16 Pelos seus frutos os conhecereis.
Colhem-se,
porventura,
uvas
dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Mt 7:17
Assim, toda árvore boa produz bons frutos,
porém
a árvore má produz frutos maus.
Mt 7:18 Não
pode a árvore boa produzir frutos maus,
nem
a árvore má produzir frutos bons.
Mt 7:19 Toda
árvore que não produz bom fruto
é
cortada e lançada ao fogo.
Mt 7:20
Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
Mt 7:21 Nem todo o que me diz:
Senhor, Senhor!
entrará no reino dos céus,
mas
aquele que faz a vontade de meu Pai,
que
está nos céus.
Mt 7:22
Muitos, naquele dia, hão de dizer-me:
Senhor,
Senhor! Porventura,
não
temos nós profetizado em teu nome,
e
em teu nome não expelimos demônios,
e
em teu nome não fizemos muitos milagres?
Mt 7:23
Então, lhes direi explicitamente:
nunca
vos conheci.
Apartai-vos
de mim, os que praticais a iniqüidade.
Mt 7:24 Todo aquele, pois,
que ouve
estas minhas palavras
e as pratica
será
comparado a um homem prudente
que
edificou a sua casa sobre a rocha;
Mt
7:25 e caiu a chuva,
transbordaram
os rios,
sopraram
os ventos
e
deram com ímpeto contra aquela casa,
que
não caiu,
porque
fora edificada sobre a rocha.
Mt 7:26 E
todo aquele que ouve estas minhas palavras
e não as
pratica
será
comparado a um homem insensato
que
edificou a sua casa sobre a areia;
Mt
7:27 e caiu a chuva,
transbordaram
os rios,
sopraram
os ventos
e
deram com ímpeto contra aquela casa,
e
ela desabou,
sendo
grande a sua ruína.
Mt 7:28 Quando Jesus acabou de proferir
estas palavras,
estavam as
multidões maravilhadas da sua doutrina;
Mt
7:29 porque ele as ensinava
como
quem tem autoridade
e
não como os escribas..
Há muitos ensinamentos no famoso Sermão do
Monte ou também conhecido como a Lei de Cristo que mereceriam páginas e mais
páginas de meditação.
Ele concluiu o seu sermão que hoje é a
nossa Lei do Reino. Ele, com certeza, vai além de tudo o que dantes fora
ensinado e demonstrado. Como já temos enfatizado, Jesus não estava trazendo
algo novo, mas a sua novidade envolvia um descortinar do que estava encoberto e
que já estava escrito nos Profetas, na Lei e nos Escritos.
[1]“George Whitefield, (16 de
dezembro de 1714 - 30 de setembro de 1770) foi um pastor anglicano itinerante,
que ajudou a espalhar o Grande Despertar na Grã-Bretanha e, principalmente, nas
colônias britânicas norte-americanas. Seu ministério teve enorme impacto sobre
a ideologia americana.Conhecido
como o "príncipe dos pregadores ao ar livre", foi o evangelista mais
conhecido do século XVIII. Pregou durante 35 anos na Inglaterra e nos Estados
Unidos, quebrou as tradições estabelecidas a respeito da pregação e abriu o
caminho para a evangelização de massa.” (fonte: wikipedia).
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
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