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Até aqui a preocupação do narrador foi apresentar o
pano de fundo para a humanidade com destaque para alguns eventos
importantíssimos, como a criação, a origem da família, a queda de Adão, a
expulsão do Jardim do Éden, a proliferação do mal, a vida de Noé, o dilúvio e
agora já estamos com o pai da fé, Abrão que logo, logo, será Abraão.
O cordão genealógico da semente está já com 21 (3x7)
nós e desde o início Satanás está atrás da semente da mulher para a destruir.
Ainda faltam surgir, até a chegada do Messias mais 56 gerações.
Deus diz para Abrão para sair da sua terra, da sua
parentela e da casa de seu pai porque ele quer fazer dele uma grande nação em
uma terra onde ele ainda lhe mostraria. Este, em obediência à orientação
divina, obedece ao Senhor e aos 75 anos de sua vida leva consigo Ló, filho de
seu irmão, todos os bens que haviam adquirido e todas as almas que lhes foram
acrescentadas em Harã. Na verdade, o chamado de Abraão foi em Ur e não em Harã
e antes das morte de seu Pai Tera.
Em Canaã, passa por Siquém – provavelmente no centro
de Canaã, Js 20:7 -, e ali no carvalho de Moré – significa “ensinador” -, Deus
lhe aparece! Deus escolheu um lugar que na época era usado pelas outras
culturas para invocações de outros deuses para justamente ali santificar aquele
local.
O Senhor lhe apareceu para fazer-lhe grandes promessas
e ali, naquele local, Abraão edificou um altar ao Senhor que lhe aparecera.
Saindo dali para Betel, ali novamente Abrão edificou um altar ao Senhor e o
invocou. Depois continuou indo para a direção do Neguebe, literalmente, “terra
seca”, no extremo sul da Terra prometida.
Ele estava percorrendo toda a extensão da terra como
se fosse uma marcha, uma reinvindicação de posse que Deus estava dando a ele.
Ele estava marchando e declarando a sua bênção porque a promessa ali era de
Deus para ele de que toda aquela terra seria dele.
Dos vs. 10 ao 20, encontraremos Abrão indo para o
Egito por causa de fome e de lá saindo depois de ser abençoadíssimo. Era como
uma figura, uma ilustração do que haveria de ocorrer tempos depois com o povo
de sua geração, seus descendentes, que estariam no Egito e seriam oprimidos, e
ali viveriam cerca de uns 430 anos, mas sairiam dali em grande libertação de
Deus levando até as riquezas do Egito.
No Egito, Abraão tem um probleminha de relacionamento
com aqueles povos devido à formosura de sua linda mulher e junto com ela tramam
algo que o Senhor abençoou não permitindo que ela fosse objeto dos desejos
daqueles homens e ainda assim foram abençoados. Abraão mentiu? Alguns perguntam
preocupados com a moral que mal conhecem.
Eu não diria que ele mentiu, mas que omitiu a verdade.
Uma parte da verdade ele disse que ela era sua irmã, mas não disse a outra
parte dela, que ela era a sua esposa. Eu, sinceramente, achei deselegante da
parte dele, mas quem sou eu para julgá-lo? Deus teve misericórdias dele e o
poupou.
Foi Deus quem tomou conta dela e não deixou que
chegassem perto. Deus zelou deles com grande zelo e até feridas foram
distribuídas entre eles a ponto de saberem que isso vinha de Deus e temeram muito.
Eu já me senti uma vez assim queridinho de Deus quando
entreguei a ele a minha vida em um episódio em MG com amigos que queriam de
todo jeito me levar para a farra, mas eu não quis e me abandonaram no meio da
cidade para eu ter de achar um transporte de volta para o hotel. Uma delas
chegou a dizer para mim que passarinho que anda com morcego, tem de andar no
escuro e dormir de cabeça para baixo. Estremeci ao ouvir!
Eu não busquei vingança e sai triste do carro onde
estavam e fui de ônibus de volta para o hotel e cantando uma canção de louvor a
Deus e abençoando todos eles. No dia seguinte uma grande surpresa. Eles me
procuraram desesperados e clamando que Deus era aquele meu porque somente foi
me abandonarem para o carro deles estragarem e somente sair dali com reboque
frustrando a farra que iriam fazer.
Eu me ri por dentro e louvei a Deus que se vingara de
mim, que tomara as minhas dores, que lutou por mim e que me disse: das minhas
ovelhas cuido eu e faço do jeito que eu quero fazer, minha é a vingança e eu
retribuirei, diz o Senhor.
Assim, foi com Abrão e Sarai, príncipes de Deus que
Deus estava cuidando e zelando sem que eles nem merecessem, sem que eles nem
fizessem o que deveria ou não. Abraão para mim não agiu corretamente, nem Sara,
mas Deus os poupou, os livrou e ainda os abençoou.
QUADRO IV - QUADRO DEMONSTRATIVO DA CONTEMPORANEIDADE DE
NOÉ ATÉ ABRAÃO
Obs.: os números 10º, 11º, até o 20º correspondem à
ordem do nascimento daquele que é o portador da semente messiânica, conforme
narra Lucas 3:23-38. Reparem, novamente, que o dilúvio ocorreu ali por volta do
ano 1660, contados a partir de Adão e a destruição de Sodoma e Gomorra, por
volta do ano 2110, também contados a partir de Adão.
Uma linha vertical que passasse, por exemplo, pela
morte de Noé, encontraria como contemporâneos: Sem, Arfaxade, Cainá, Salá,
Héber, Pelegue, Reú, Serugue, Naor, Tera. Noé morre e nasce Abraão! Lega, não
é?
Gn
12:1 Ora, o SENHOR disse a Abrão:
Sai-te
da tua terra, da tua parentela e da casa
de teu pai,
para a terra
que eu te mostrarei.
Gn 12:2 E
far-te-ei uma grande nação,
e abençoar-te-ei
e engrandecerei o teu nome;
e tu serás uma bênção.
Gn 12:3 E abençoarei os que te abençoarem,
e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem;
e em ti serão benditas todas as famílias
da terra.
Gn
12:4 Assim
partiu Abrão como o SENHOR lhe tinha dito,
e foi Ló com ele;
e era Abrão da idade de setenta e cinco anos quando
saiu de Harã.
Gn
12:5 E tomou Abrão a Sarai,
sua mulher,
e a
Ló,
filho de seu irmão,
e
todos os bens que haviam adquirido,
e as
almas que lhe acresceram em Harã;
e
saíram
para irem à terra de Canaã;
e chegaram à terra de Canaã.
Gn
12:6 E passou Abrão por aquela terra
até ao lugar de Siquém,
até ao carvalho de Moré;
e estavam então os cananeus na terra.
Gn
12:7 E apareceu o SENHOR a Abrão, e disse:
A tua descendência darei esta terra.
E
edificou ali um altar ao SENHOR,
que lhe aparecera.
Gn
12:8 E moveu-se dali
para a montanha do lado oriental de Betel,
e armou a sua tenda,
tendo Betel ao ocidente,
e Ai ao oriente;
e edificou ali um altar ao SENHOR,
e invocou o nome do SENHOR.
Gn 12:9 Depois caminhou Abrão dali,
seguindo ainda para o lado do sul.
Gn 12:10 E havia fome naquela terra;
e desceu Abrão ao Egito,
para peregrinar ali,
porquanto a fome era grande na terra.
Gn 12:11 E aconteceu que,
chegando ele para entrar no Egito,
disse a Sarai, sua mulher:
Ora, bem sei que és mulher formosa à vista;
Gn 12:12 E será que, quando os egípcios te
virem, dirão:
Esta é sua mulher.
E matar-me-ão a mim,
e a ti te guardarão em vida.
Gn 12:13 Dize, peço-te,
que és minha irmã,
para que me vá bem por tua causa,
e que viva a minha alma por amor de ti.
Gn 12:14 E aconteceu que,
entrando Abrão no Egito,
viram os egípcios a mulher,
que era mui formosa.
Gn 12:15 E viram-na os príncipes de Faraó,
e gabaram-na diante de Faraó;
e foi a mulher tomada para a casa de Faraó.
Gn 12:16 E fez bem a Abrão por amor dela;
e ele teve ovelhas, vacas, jumentos,
servos e servas, jumentas e camelos.
Gn 12:17 Feriu, porém, o SENHOR
a Faraó e a sua casa,
com grandes pragas,
por causa de Sarai,
mulher de Abrão.
Gn 12:18 Então chamou Faraó a Abrão, e disse:
Que é isto que me fizeste?
Por que não me disseste que ela era tua
mulher?
Gn 12:19 Por que disseste:
É minha irmã?
Por isso a tomei por minha mulher;
agora, pois, eis aqui tua mulher;
toma-a
e vai-te.
Gênesis 12:20 E Faraó deu ordens
aos seus homens a respeito dele;
e acompanharam-no,
a ele, e a sua mulher, e a tudo o que
tinha.
Deus abençoou grandemente Abrão e Sarai e ainda fez
cair temor de Deus diante de todos daquela terra. Como é bom ser fiel ao Senhor
e andar com ele como ele tem dito e orientado: ANDA NA MINHA PRESENÇA E SÊ
PERFEITO – Gn 17:1. Quer ele nos livre, quer ele não nos livre, fique sabendo,
todos, que não nos curvaremos diante de qualquer imagem de escultura, nem
diante de qualquer um que se oponha ao Senhor – Dn 3:13-30.
Levaremos 3a3m3d para concluir esse novo projeto da Os Semeadores... acompanhe-nos!
Gênesis 3: 1-24 – A QUEDA DO HOMEM.
A partir disso, toda a história da Bíblia é para narrar a história da semente da mulher até que chegue a Cristo, a semente, o Messias, o que pisará na cabeça da serpente, derrotando-a, o Ungido de Deus, o Filho de Deus, o segundo Adão, vencedor e triunfante e, também, a história frustrante das tentativas de Satanás de matar o Cristo e anular a profecia divina. Oh sabedoria divina tão fantástica....
Para um maior aprofundamento, vejam o vídeo do capítulo 3, com o título "A queda do homem", explicado pelo Rev. Augustus Nicodemus - https://youtu.be/4lUPRFjm_pE.
Chegamos ao final de mais um livro para a
glória de Deus. Para não nos perdermos, segue, em seguida, nosso mapinha de
leitura:
Parte
V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
(1)
Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2)
O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – já vista.
(3)
O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14 – já vista.
(4)
O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10 – já vista.
(5)
O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32. – já
vista.
(6)
Epílogo – 10:1-3 – veremos agora e
concluiremos.
(6) Epílogo – 10:1-3.
Como já vimos no capítulo anterior, Ester e
Mordecai enviaram uma carta oficial e final sobre o Purim, situando a festa no
contexto do jejum e da lamentação como aquelas práticas israelitas mais
estabelecidas – vs 9:31.
O Purim tinha assim sido institucionalizado
como uma celebração religiosa oficial, uma tarefa que o escritor pareceu ter
visto como muito importante por causa da origem não mosaica da festa.
Depois disso, histórica e biblicamente
falando, os eventos mais importantes para Israel serão a luta dos macabeus, a
vinda do Messias - sua obra de anunciar o evangelho do reino de Deus e de sua
justiça, morte, ressurreição e ascensão aos céus – a destruição da cidade santa
e bem assim do templo, 70 anos depois da vinda do Messias.
A festa do Purim era a festa mais
importante do calendário bíblico judaico depois das festas instituídas por
Moisés. Moisés anunciou ao povo a mensagem da Terra Prometida que eles estariam
saindo do Egito e do deserto, depois, para irem para uma terra que jorra leite
e mel.
Eles chegaram na terra e se estabeleceram,
mas não foram obedientes ao Senhor que por sua graça e misericórdia os suportou
por muitos anos e os avisou que poderia ser, por causa da desobediência deles,
que fossem exilados e sofressem cativeiro.
Veio a época dos juízes, onde Deus sempre
provia para eles um grande libertador que os livrava dos seus inimigos, mas
eles tornavam a cair, pecavam, se aliançavam com as pessoas daquela terra que
Deus tinha falado para não se aliançarem e tornavam a passar por aflições e
invocavam ao Senhor que os salvava com esses juízes e isso virou um ciclo
vicioso por muitos anos.
Depois, rejeitando ao Senhor, escolheram
para si reis e estes dominaram sobre eles por muitos tempos. A grande maioria
deles, infiéis, que não guardavam a aliança com Deus e faziam toda a nação
pecar. Outros, poucos, permaneciam fieis e reformavam o povo e a cidade. E isso
também se tornou em outro ciclo vicioso até que não teve mais jeito e foram
parar no cativeiro.
No cativeiro, clamaram ao Senhor por
libertação e agora estavam sendo libertos para novamente ocuparem a Terra
Prometida. Foi nesse contexto de cativeiro que surge essa história de Ester e
de Mordecai que enfrentaram os inimigos dos judeus, os amalequitas e Deus lhes
deu grande livramento e vitória sobre eles e instituíram essa festa do Purim.
Nesse contexto se destacaram Ester como
rainha no reino dos persas e medos e Mordecai como um grande e expoente líder,
o segundo no reino dos medos e dos persas – vs 2 e 3. Era ele estimado como o
ideal de um oficial judeu em poder, comparáveis com José – Gn 41:39-44 - e
Daniel – Dn 2:48; 6:28.
A sua importância como um modelo para os
judeus em estabelecer a Festa do Purim foi reconhecida no livro apócrifo de
Macabeus, no qual o Purim é chamado de “O Dia de Mordecai” – II Macabeus 15:36.
Neste pós-escrito dos versos de 1 a 3 vemos
o leitor sendo remetido para o livro dos Reis da Média e da Pérsia – vs 2; 2:23.
Ester não é citada sem explicações plausíveis.
Ficou interessante esse fecho do livro que
mostra no vs 1 que o rei Assuero, depois disto – dos acontecimentos narrados em
todo o livro - impôs tributo sobre a terra, e sobre as ilhas do mar, ou seja,
ele está retomando o início do livro: “Aconteceu no tempo do rei Assuero...” –
1:1. Isso tudo para indicar ao leitor que todo o relato de Ester e Mordecai
ficam bem definidos dentro do reinado de Assuero (Xerxes).
Por fim, a lápide, digamos assim, de
Mordecai ou Mardoqueu – vs 3.
Et 10:1 Depois disto impôs o rei Assuero
tributo
sobre a terra, e sobre as ilhas do mar.
Et
10:2 E todos os atos do seu poder e do seu valor,
e
o relato da grandeza de Mardoqueu, a quem o rei exaltou,
porventura
não estão escritos no livro das crônicas
dos
reis da Média e da Pérsia?
Et
10:3 Porque o judeu Mardoqueu
foi
o segundo depois do rei Assuero,
e
grande entre os judeus,
e
estimado pela multidão de seus irmãos,
procurando
o bem do seu povo,
e proclamando a
prosperidade
de
toda a sua descendência.
Uma história dentro da história do rei
Xerxes da pérsia. O mesmo rei que foi pai de Artaxerxes, onde Neemias era o
copeiro do rei e solicitou e ganhou autorização para ir reconstruir os muros da
cidade de Jerusalém.
Com certeza, foram contemporâneos em algum
momento de suas vidas Esdras, Neemias, Ester e Mordecai que estiveram presentes
e atuantes nos reinados de Ciro, Dario, Assuero e Artaxerxes.
Conclusão de Esdras, Neemias e Ester
Estamos satisfeitos com o resultado
alcançado se bem que, com certeza, ainda há muito a melhorar.
De fato é muito bom terminarmos
algo que começamos! Como é bom termos propósitos e levarmos a sério nossa
missão! Como é bom termos fé neste Deus maravilhoso cuja graça é maior do que a
nossa vida! Como é bom saber que Deus nos fez promessas incríveis e ele
cumprirá todas elas!
A palavra de Deus foi anunciada em
cada um dos trinta e três capítulos da história de vida de cada um desses
líderes fantásticos que nos ensinaram grandes lições.
Em cada um deles temos visto uma
grande devoção e temor a Deus que os faziam buscar ao Senhor e se humilharem
diante dele com a fé e a certeza de que os seus clamores não seriam em vão.
Em Esdras vimos um enorme desejo de
fazer tudo conforme à Lei do Senhor. Em Neemias, um desejo forte de ver
reconstruídos os muros, a cidade e o próprio povo de Deus. Em Ester, beleza,
charme, coragem e vontade de servir bem a Deus e ao rei. Em Mordecai a garra, a
bravura e a certeza de que pertencia ao povo de Deus escolhido.
Também aprendemos com os líderes
persas Ciro, Dario, Xerxes e Artaxerxes que apesar de terem sido reis pagãos e
sem conhecimento do Senhor, nada haveriam de fazer sem que a Providência divina
agisse derretendo os seus corações para serem conformes às necessidades do povo
de Deus.
Não são os líderes que são
colocados diante do povo de Deus para serem estrelas, brilharem e serem
destaques, antes é a graça de Deus que levanta líderes para cuidarem do povo de
Deus pelo qual o Senhor se animou a morrer e a dar a sua vida.
O destaque não é, nem deve ser o líder,
mas Deus e a sua glória que está abençoando o seu povo. Os maiores líderes de
Deus em todos os tempos se ofereceram à morte para que o povo fosse poupado, ou
mesmo, enfrentaram grandes desafios a favor do povo de Deus.
Não há como não percebermos que do
início ao fim, seja qual for o livro que estivermos estudando da Bíblia, é Deus
orientando, esclarecendo, falando, instruindo, mostrando o quê, como, de que
forma, quando, quanto, por quanto tempo. Percebe-se assim o Deus imanente na
história de Israel e que se utiliza de líderes por ele escolhidos para
realizarem as suas obras, no caso aqui, ele se utilizou de Zorobabel, Esdras,
Ester, Mordecai, Neemias a fim de reorientar o povo de Israel, de forma que
fossem mais unidos em obediência e temor a Deus.
Do Senhor sempre veio a ordem e a
organização; os líderes e os mandamentos; os símbolos e suas representações; os
artífices e ourives que tudo fizeram de acordo com o modelo que lhes fora
mostrado; a vitória e as guerras; a força e a coragem para lutar e vencer e
sair vencedor; a paz e a prosperidade; a proteção e o abrigo contra as
intempéries do mundo; o caminho, a verdade e a vida para que seguissem; o filho
de Deus, o Messias esperado que ali estava sendo preservado com os descendentes
messiânicos.
Para finalizarmos, busquemos a face
de Deus e nos convertamos de nossos maus caminhos, pois assim, e somente assim,
abriremos caminho para derramar as numerosas bênçãos resultantes do poder e dos
milagres de que precisamos para nossa vida! Aleluia!
Não é hora de desanimar, embora tantas
não foram as vezes que pensei em parar, principalmente ao tirar os olhos do
Senhor para colocá-los em alvos terrestres, mas o Senhor teve misericórdias de
mim.
Que eu seja testemunha do poder que
existe somente em ti. Em nome do Teu amado Filho, Jesus, meu Senhor e Salvador.
Amém e amém!
Já estamos chegando ao final de mais um
livro para a glória de Deus. Para não nos perdermos, segue, em seguida, nosso
mapinha de leitura:
Parte
V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
(1)
Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2)
O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – já vista.
(3)
O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14 – já vista.
(4)
O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10 – já vista.
(5)
O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32. – iniciaremos agora.
(6)
Epílogo – 10:1-3.
(5) O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 –
9:32 - continuação.
Os 290 dias se passaram muito velozes e
agora eles já estavam no 12º mês, mês de Adar, e no 13º dia, o dia que poderia
ser o fim da raça judaica em Susã. Ainda o veneno da mamba negra poderia causar
sérios danos em muitos.
No entanto, havia um antídoto e ele foi
aplicado tempestivamente de forma que a mamba negra já não iria mais ferir
ninguém, ela mesmo seria toda esmagada e destruída para sempre.
Embora tudo estivesse preparado para o fim
dos judeus, tudo aconteceu justamente ao contrário. No dia em que os inimigos
dos judeus imaginavam que iriam ser vitoriosos, foram os judeus que se assenhoaram
deles.
O fato é que os judeus se uniram e o temor
deles caiu sobre todo o povo – vs 2. O medo do Deus dos judeus estava por trás
do difuso medo dos judeus – Ex 15:15. A reviravolta foi tão completa que todos
os oficiais que foram designados para exterminar os judeus, na verdade os
ajudaram – vs 3.
Havia neles o temor de Mordecai – vs 3. Uma
vez que Mordecai se tornou excessivamente grande, poderoso, e a sua fama
cresceu em todas as províncias.
A uns, Deus humilha até ao pó e a outros,
Deus exalta sobre todos. O segredo para ser exaltado é se humilhar, descer e o
segredo para ser humilhado é se exaltar, se achar o mais importante,
inteligente, capaz. “Pois todo o que se
exalta será humilhado; e o que se humilha será exaltado.” (Lucas 14:11).
A extensão da matança está ressaltada (vs.
6-11), bem como no fato de que os judeus não tocaram nos despojos de seus
inimigos (v. 10; repare no contraste com a tomada de despojos dos amalequitas,
que levou ao fim de Saul, em ISm 15:17-19).
Essa restrição moral com relação ao saque
dos bens, que teria sido legal, de acordo com o decreto em 8:11, sugere a
natureza digna da conduta dos judeus nesse encontro final com os
"amalequitas", a despeito da extensão da matança.
Nos vs 12 a 15, o rei oferece a Ester nova
oportunidade de vingança. Ele dá um relatório das baixas daquele dia e oferece
a ela nova oportunidade – vs 13. Isso pode ter sido motivado pelo grande ódio
contra os judeus naquela cidade o que levou a um segundo dia de derramamento de
sangue em Susã (v.15). De modo claro, a ênfase na narrativa está em matar os
"inimigos" (p. ex., 9:5) e não em simplesmente obter uma vitória.
O segundo dia de derramamento de sangue
também causou diferenças na tradição quanto à data em que o Purim deveria ser
observado anualmente (vs. 17-19). Atualmente, o Purim é celebrado pelos judeus
no dia 14 de adar, exceto em Jerusalém, onde é celebrado no dia 15.
Quanto aos dez filhos de Hamã, todos foram enforcados,
com destino igual ao do pai. Os seus corpos (v. 12) foram exibidos como uma
advertência e um sinal de desonra. O descanso concedido aos judeus nesse
momento tornou-se a base para a celebração anual de Purím (veja v. 22).
Todo massacre dos inimigos de Israel,
inclusive dos dez filhos de Hamã, dos mais de setenta e cinco mil inimigos não
causaram nenhum problema moral para o narrador. Pelo contrário, essa narrativa
enfatizou a extensão do antagonismo com relação aos judeus por todo o império e
serviu para justificar as celebrações que se seguiram.
A troca de presentes, normalmente alimento
(v. 22), permitia que até mesmo o mais pobre dos judeus participasse das
celebrações (cf. Dt 16:11,14; Ne 8:10,12) e é um exemplo a mais do cuidado
providencial para com o oprimido dentro da comunidade judaica.
Nos versos de 20 a 32, temos o
estabelecimento da Festa de Purim. Mordecai estabeleceu o Purím como uma
celebração permanente em Israel.
Esses versículos deixam claro que um dos
principais propósitos do livro era institucionalizar o Purim como uma festa
comemorada por cada nova geração de judeus e de estabelecer os padrões de como ela
deveria ser celebrada.
Ele, Mordecai, despachou cartas com
instruções sobre a celebração do Purim como um dia de alegria e festa,
celebrando o livramento que os judeus receberam da ação de seus inimigos.
Todos receberam essas instruções de
Mordecai como um prenúncio de que tal data e evento seria comemorado todos os
anos a partir daquele dia haja vista que Hamã, filho de Hamedata, o agagita,
inimigo de todos os judeus tinha intentado destruir os judeus, e tinha lançado
Pur, isto é, a sorte, para os assolar e destruir. Ve-se, aqui, que o narrador
bíblico apresenta Hamã como o típico adversário de todos os judeus, do passado
e do presente (3:10; cf. 8:1; 9:10).
Et 9:1 E, no duodécimo mês, que é o mês
de Adar,
no
dia treze do mesmo mês em que chegou a palavra do rei
e
a sua ordem para se executar,
no
dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles,
sucedeu
o contrário, porque os judeus foram
os
que se assenhorearam dos que os odiavam.
Et
9:2 Porque os judeus nas suas cidades,
em
todas as províncias do rei Assuero,
se
ajuntaram para pôr as mãos naqueles
que
procuravam o seu mal;
e
ninguém podia resistir-lhes, porque o medo deles
caíra
sobre todos aqueles povos.
Et
9:3 E todos os líderes das províncias, e os sátrapas,
e
os governadores, e os que faziam a obra do rei,
auxiliavam
os judeus porque tinha caído sobre eles
o
temor de Mardoqueu.
Et
9:4 Porque Mardoqueu era grande na casa do rei,
e
a sua fama crescia por todas as províncias,
porque
o homem Mardoqueu ia sendo engrandecido.
Et
9:5 Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos,
a
golpes de espada, com matança e com destruição;
e
fizeram dos seus inimigos o que quiseram.
Et
9:6 E na fortaleza de Susã os judeus mataram
e
destruíram quinhentos homens;
Et
9:7 Como também a Parsandata, e a Dalfom e a Aspata,
Et
9:8 E a Porata, e a Adalia, e a Aridata,
Et
9:9 E a Farmasta, e a Arisai, e a Aridai, e a Vaisata;
Et
9:10 Os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata,
o
inimigo dos judeus, mataram, porém ao despojo
não
estenderam a sua mão.
Et
9:11 No mesmo dia foi comunicado ao rei o número dos mortos
na
fortaleza de Susã.
Et
9:12 E disse o rei à rainha Ester:
Na
fortaleza de Susã os judeus mataram e destruiram
quinhentos
homens, e os dez filhos de Hamã;
nas
mais províncias do rei que teriam feito?
Qual
é, pois, a tua petição? E dar-se-te-á.
Ou
qual é ainda o teu requerimento?
E
far-se-á.
Et
9:13 Então disse Ester:
Se
bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham
em
Susã que também façam amanhã conforme ao
mandado
de hoje; e pendurem numa forca
os
dez filhos de Hamã.
Et
9:14 Então disse o rei que assim se fizesse;
e
publicou-se um edito em Susã, e enforcaram
os
dez filhos de Hamã.
Et
9:15 E reuniram-se os judeus que se achavam em Susã
também
no dia catorze do mês de Adar,
e
mataram em Susã trezentos homens;
porém
ao despojo não estenderam a sua mão.
Et
9:16 Também os demais judeus que se achavam nas províncias
do
rei se reuniram e se dispuseram em defesa das suas vidas,
e
tiveram descanso dos seus inimigos;
e
mataram dos seus inimigos setenta e cinco mil;
porém
ao despojo não estenderam a sua mão.
Et
9:17 Sucedeu isto no dia treze do mês de Adar;
e
descansaram no dia catorze, e fizeram, daquele dia,
dia
de banquetes e de alegria.
Et
9:18 Também os judeus, que se achavam em Susã se ajuntaram nos
dias
treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze,
e
fizeram, daquele dia, dia de banquetes e de alegria.
Et
9:19 Os judeus, porém, das aldeias, que habitavam nas vilas,
fizeram
do dia catorze do mês de Adar dia de alegria
e
de banquetes, e dia de folguedo,
e
de mandarem presentes uns aos outros.
Et
9:20 E Mardoqueu escreveu estas coisas, e enviou cartas
a
todos os judeus que se achavam em todas as províncias
do
rei Assuero, aos de perto, e aos de longe,
Et
9:21 Ordenando-lhes que guardassem o dia catorze
do
mês de Adar, e o dia quinze do mesmo, todos os anos,
Et
9:22 Como os dias em que os judeus tiveram repouso
dos
seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza
em
alegria, e de luto em dia de festa,
para
que os fizessem dias de banquetes e de alegria,
e
de mandarem presentes uns aos outros,
e
dádivas aos pobres.
Et
9:23 E os judeus encarregaram-se de fazer o que já tinham
começado,
como também o que Mardoqueu lhes tinha escrito.
Et
9:24 Porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita,
inimigo
de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus,
e
tinha lançado Pur, isto é, a sorte,
para
os assolar e destruir.
Et
9:25 Mas, vindo isto perante o rei, mandou ele por cartas
que
o mau intento que Hamã formara contra os judeus,
se
tornasse sobre a sua cabeça;
pelo
que penduraram a ele e a seus filhos numa forca.
Et
9:26 Por isso aqueles dias chamam Purim, do nome Pur;
assim
também por causa de todas as palavras daquela carta,
e
do que viram sobre isso,
e
do que lhes tinha sucedido,
Et
9:27 Confirmaram os judeus, e tomaram sobre si,
e
sobre a sua descendência, e sobre todos
os
que se achegassem a eles,
que
não se deixaria de guardar estes dois dias
conforme
ao que se escrevera deles,
e
segundo o seu tempo determinado, todos os anos.
Et
9:28 E que estes dias seriam lembrados e guardados
em
cada geração, família, província e cidade,
e
que esses dias de Purim não fossem revogados
entre
os judeus,
e
que a memória deles nunca teria fim entre os de
sua
descendência.
Et
9:29 Então a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu,
escreveram
com toda autoridade uma segunda vez,
para
confirmar a carta a respeito de Purim.
Et
9:30 E mandaram cartas a todos os judeus,
às
cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero,
com
palavras de paz e verdade.
Et
9:31 Para confirmarem estes dias de Purim
nos
seus tempos determinados, como Mardoqueu, o judeu,
e
a rainha Ester lhes tinham estabelecido,
e
como eles mesmos já o tinham
estabelecido
sobre si e sobre a sua descendência,
acerca
do jejum e do seu clamor.
Et
9:32 E o mandado de Ester estabeleceu os sucessos daquele Purim;
e
escreveu-se no livro.
Ester e Mordecai enviaram uma carta oficial
e final sobre o Purim, situando a festa no contexto do jejum e da lamentação
como aquelas práticas israelitas mais estabelecidas – vs 31.
O Purim foi institucionalizado como uma
celebração religiosa oficial, uma tarefa que o escritor parece ter visto como
importante por causa da origem não mosaica da festa.
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