sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
sexta-feira, janeiro 16, 2015
Jamais Desista
Isaías 50:1-11 - UM SALMO DE CONFIANÇA DO SERVO EM ISAÍAS 50.
Parte IV – ISAÍAS E O JULGAMENTO
BABILÔNICO – 40:1 – 66:24.
C. Os dois instrumentos de Deus
para a restauração (44:24 – 55:13).
2. O plano de Deus para o seu
servo – 49:1 a 55:13.
Como já dissemos, estamos vendo os planos
de Deus para o seu Servo, depois de termos visto os seus planos para Ciro.
Foi também dividida essa parte, seguindo a
estrutura já composta da BEG, em oito partes, para melhor estudo e compreensão
da temática: a. Oráculo real acerca do servo – 49:1-13 – veremos agora; b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 –
50:3 – concluiremos agora; c. O salmo
de confiança do servo – 50:4 – 11 –
veremos agora; d. Debate sobre a compaixão e a retidão de Deus – 51:1-8; e.
Lamento e respostas – 51:9 – 52:12; f. O servo sofredor e exaltado – 52:13 –
53:12; g. Chamado a que Jerusalém louve – 54:1-17; g. O convite para ir – 55:1-13.
b. Debate contra a incredulidade de Israel – 49:14 – 50:3 - continuação.
Como havíamos dito, a partir dos vs 49:24
até o 50:3, Isaías estava respondendo à ideia de que os guerreiros babilônicos
eram poderosos demais para serem vencidos.
Isaías tinha proclamado que Deus resgataria
o seu povo daqueles que o haviam conquistado. Dúvidas permaneceriam na mente de
muitos israelitas, uma vez que eles duvidavam que os terríveis exércitos
babilônicos pudessem ser vencidos.
O Senhor assumiria a causa dos necessitados
e seria justo na retribuição – vs 26; Ap 16:6; 18:20. O próprio Deus lutaria
pelo seu povo e o redimiria da adversidade.
Referindo-se Isaías sobre a legislação sobre
o divórcio (Dt 24:1-41), ele interroga os filhos de Israel a respeito da carta
de divórcio da mãe deles, Jerusalém, casada com o Senhor. A figura marido e
mulher escolhida pelo Senhor mostra o quão profundo é esse relacionamento e o
quão sérios eram os compromissos e responsabilidades de cada um diante dessa
aliança, na qual Jerusalém se mostrava adúltera, preferindo outros relacionamentos.
Deus havia se divorciado do Reino do Norte
(Jr 3:1,8) e havia repudiado Judá (Is 54:6,7). Talvez Deus aqui tenha negado
que ele tivesse sido a causa do divórcio, por causa da escolha dela pelo
pecado.
Seja qual for o caso, Deus nunca rejeitou
totalmente todas as pessoas de Israel ou de Judá; sempre houve um remanescente
de quem Deus nunca se esquecera; e, foi por causa das suas próprias transgressões
– vs 1 – é que ela foi se embora, ou seja, rejeitou livremente à aliança com o
Senhor, representado aqui pelo seu casamento - preferindo outros
relacionamentos, como já salientamos.
Se o Senhor tivesse vendido Israel porque
devia dinheiro, ele teria perdido a autoridade sobre o destino do seu povo (Ex
21:7; II Re 4:1; Ne 5:51). Também, se Israel fosse vendido como pagamento pelo
débito de seus pecados, o seu Redentor teria a responsabilidade de comprar o
seu povo de volta (41:14; 52:3).
Os versos 2 e 3, versam sobre o fato de que
Judá foi mandado para o exílio por causa do seu pecado. Antes do exílio, o
Senhor havia falado com Israel por intermédio dos seus profetas e já havia
redimido anteriormente Israel do Egito, mas o seu povo se recusou a voltar-se
para ele. Por essa razão, a nação foi enviada para o exílio.
c. O salmo de confiança do servo – 50:4–11.
Chegamos aqui no salmo de confiança do
Servo, dos vs 4 ao 11. É também o terceiro dos quatro cânticos que já
mencionamos, no capítulo anterior, sobre o Servo, neste cântico ultrajado, mas
fiel.
A reprovação aos homens por não terem
acreditado que Israel iria para o exílio (51:7) foi um prenúncio da rejeição a
Jesus Cristo. Ele também seria rejeitado e desacreditado por causa da
expectativa deles voltada para as coisas dessa vida de forma egoísta e
gananciosa.
No entanto, Deus deu ao seu servo uma língua
de erudito para que falasse e ouvisse como os eruditos. O Senhor ensinou ao seu
Servo como falar por meio do sofrimento, mas não pelo sofrimento em si, mas por
obediência ao seu Pai celestial que escolhera o caminho pelo qual seria
necessário passar pelo vale do sofrimento para permanência de sua fidelidade
diante do Pai.
Toda a sua essência estava a serviço e
comprometida com seu Pai em prol de seu plano e propósitos. Apesar de tudo pelo
que teve de passar e enfrentar, ele não foi rebelde.
Entendia o Servo do Senhor que Deus não
somente era soberano sobre os céus e a terra, mas, em especial, sobre a sua
vida, quer ela fosse de seu agrado, quer não fosse.
A noção de soberania – vs. 9 - presente no
Servo e depois confirmada em Jesus é de tirar o fôlego de qualquer um que
estude as Escrituras buscando nela o mel da pregação para alimentar o povo de Deus.
O soberano deu-lhe língua erudita – vs. 4; o soberano abriu os seus ouvidos – vs.
5; o soberano o ajudou - vs. 7; o soberano defendeu o seu nome – vs. 8; o
soberano o ajudou novamente – vs. 9.
No verso 6, por conta desse entendimento de
que todas as coisas estão no absoluto controle de seu Pai, que é soberano,
inclusive sobre a sua vida, é que ele oferece as suas costas, o seu rosto e não
esconde a sua face da zombaria e dos cuspes – vs. 6; Pv 10:13; 19:29; 26:3. Ao
ser espancado e desprezado, Jesus Cristo cumpriu essa profecia de injustiça (42:2;
49:4; 53:12; Mt 27:26; Jo 19:1).
Assim, como o Senhor o fez firme e o ajuda,
ele não será constrangido. Também se oporá com firmeza, como uma dura rocha, ou
seja, com resoluta determinação diante de qualquer oposição à vontade de seu
Pai - Jr 1:8; Ez 3:8-9; Lc 9:51. Ele sabe que não será envergonhado, pelo
contrário, será honrado- 42:3; 49:7; 52:13.
Onde
está a certidão de divórcio de sua mãe com a qual
eu
a mandei embora?
A
qual de meus credores eu vendi vocês?
Por
causa de seus pecados vocês foram vendidos;
por
causa das transgressões de vocês sua mãe
foi
mandada embora.
Is
50: 2 Quando eu vim, por que não encontrei ninguém?
Quando
eu chamei, por que ninguém respondeu?
Será
que meu braço era curto demais para resgatá-los?
Será
que me falta a força para redimi-los?
Com
uma simples repreensão eu seco o mar,
transformo
rios em deserto;
seus
peixes apodrecem por falta de água
e
morrem de sede.
Is
50: 3 Visto de trevas os céus e faço da veste de lamento
a
sua coberta.
Is
50: 4 O Soberano, o Senhor, deu-me uma língua instruída,
para
conhecer a palavra que sustém o exausto.
Ele
me acorda manhã após manhã,
desperta
meu ouvido para escutar como alguém
que
está sendo ensinado.
Is
50: 5 O Soberano, o Senhor, abriu os meus ouvidos,
e
eu não tenho sido rebelde;
eu
não me afastei.
Is
50: 6 Ofereci minhas costas àqueles que me batiam,
meu
rosto àqueles que arrancavam minha barba;
não
escondi a face da zombaria e dos cuspes.
Is
50: 7 Porque o Senhor, o Soberano, me ajuda,
não
serei constrangido. Por isso eu me opus firme
como
uma dura rocha,
e
sei que não ficarei decepcionado.
Is
50: 8 Aquele que defende o meu nome está perto.
Quem
poderá trazer acusações contra mim?
Encaremo-nos
um ao outro! Quem é meu acusador?
Que
ele me enfrente!
Is
50: 9 É o Soberano, o Senhor, que me ajuda.
Quem
irá me condenar? Todos eles se desgastam
como
uma roupa; as traças os consumirão.
Is
50: 10 Quem entre vocês teme o Senhor
e
obedece à palavra de seu servo?
Que aquele que anda no escuro,
que
não tem luz alguma,
confie
no nome do Senhor
e
se apóie em seu Deus.
Is
50: 11 Mas agora, todos vocês que acendem fogo
e
fornecem a si mesmos tochas acesas,
vão,
andem na luz de seus fogos
e
das tochas que vocês acenderam.
Vejam
o que receberão da minha mão:
vocês
se deitarão atormentados.
Nos versos 10 e 11, a certeza de que mesmo
andando no escuro, sem luz alguma, ou seja, sem aparente direção e sem entender
mesmo muitas das coisas que acontecem, aquele que teme ao Senhor estará seguro
e obedecerá ao Senhor. Este é convidado a confiar no nome do Senhor e se apoiar
em seu Deus.
Ao contrário, haverá outros que buscarão
para si e fornecerão a si mesmo, luzes ou tochas acesas – vs. 11 - para evitar
o escuro, mas estes, apesar das luzes, não terão paz e serão atormentados
porque resolveram não confiar em Deus, mas em seus próprios caminhos.
Eu entendo que não é o ver e o entender os
caminhos que nos colocam em posição de segurança, mas nossa fé, apesar do não ver,
ou do não entender.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.