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terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Romanos 2 1-29 - TODOS SOMOS CULPADOS, PECADORES.

Estamos diante de um escrito que ultrapassa a normalidade em questão de produção de conteúdo intelectual, notadamente espiritual. Não é à toa que esta epístola recebe o apelido de QUINTO EVANGELHO. Se ninguém falou como este homem, referindo-se a Jesus; ninguém escreveu como este homem, digo eu de Paulo.
Paulo escreve aos Romanos para apresentar a mensagem do evangelho aos crentes em Roma e explicar como esse evangelho corrige as divisões entre os crentes judeus e os crentes gentios. (BEG).
São tratadas nesta epístola as questões dos judeus e gentios e seus papéis interconectados na história relacionadas ao pecado, à justiça e ao juízo de Deus; ao recebimento da justificação somente mediante a fé, à parte das obras; à santificação, que conduz à glorificação, a qual ocorre mediante a dependência do Espírito Santo; e, como cristãos judeus e gentios devem aprender a aplicar o evangelho à vida prática. Estamos no capitulo 2/16, na parte II.
Breve síntese do capítulo 2.
No capítulo 2, Paulo desmascara aqueles que se dizem judeus por causa de seu nascimento e não porque seguem e praticam a lei que Deus deu ao povo.
Ao transgredirmos a lei nos tornamos pecadores e não há distinção. Se a circuncisão era o sinal de que pertencíamos à família da aliança, a mesma somente teria valor se eu fosse não apenas mero observador da lei, mas praticante.
Não praticando a lei, minha circuncisão não vale nada e naquilo que condeno meus irmãos e pratico, torno-me reprovável. É o mesmo caso daquele que se diz de Cristo e que tem a salvação eterna nas mãos, mas vive desprezando aquele que disse para sermos santos.
De que vale nossa salvação quando vivemos impiamente? Ele chega mesmo a falar como Tiago que disse que a nossa fé sem as obras não serve de nada. Na minha segmentação, isto fica bem claro:
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. A PECAMINOSIDADE DOS JUDEUS E DOS GENTIOS (1.18-3.20) - continuação.
Como vimos, cada um, a seu próprio modo, tanto os judeus como os gentios são pecadores e permanecem sob o juízo divino. A necessidade do evangelho se dá pelo fato de todo o mundo ser culpado diante de Deus.
Esta parte, seguindo a estruturação da BEG, foi dividida em três: A. A pecaminosidade dos gentios (1.18-32) – já vimos; B. A pecaminosidade dos judeus (2.1-3.8) – estamos vendo; e, C. A pecaminosidade universal (3.9-20).
B. A pecaminosidade dos judeus (2.1-3.8).
Tendo demonstrado que os gentios eram culpados por rebelião contra a revelação de Deus na natureza, Paulo então se soltou para a pecaminosidade dos judeus.
Dos vs. 1 ao 16, Paulo conclui que eles eram indesculpáveis, principalmente no dia em que Deus resolver julgá-los. No que se segue, o apóstolo Paulo passou a uma representação imaginária de um grupo de pessoas real e identificável.
Embora os judeus sejam mencionados no versículo 17 de modo específico, Paulo provavelmente já os tinha em mente antes. Eles concordavam com a declaração dele sobre a ira de Deus; no entanto, presumiam que estavam fora dela (daí a severa advertência dele no vs. 5). Mas a natureza dessa presunção, se não sua forma especifica. não estava limitada aos judeus.
Nesse contexto, o apóstolo fiou-se fortemente nos princípios do juízo divino que se aplicam a todas as pessoas. Paulo mostra então que o juízo, além de trazer juízo e ruína agonizante para todos os pecadores impenitentes (vs. 8-9): 
ü  É segundo a verdade (vs. 2).
ü  É materializado pela justiça (vs. 5).
ü  Ele é segundo as obras (vs. 6).
ü  É de natureza imparcial (vs. 11).
ü  É executado por meio de Cristo (vs. 16).
O capítulo começa com a palavra indesculpável. Paulo desmascarou aqueles que, embora concordassem com a sua exposição sobre a ira divina contra os gentios (1.18-32), suponham ter imunidade pessoal ao juízo de Deus, presumidamente por não serem gentios.
Essa indesculpabilidade se devia ao fato de eles praticarem as mesmas obras reprovadas pelas quais vieram o juízo e a ira divina.
Por mais diferentes que judeus e gentios possam ter sido no mundo antigo, as rumos básicos de suas sidas não eram radicalmente diferentes.
O juízo de Deus é segundo a verdade. Uma ligação com 1.18. O juízo de Deus está baseado na realidade da reação da pessoa a ele, ou da falta dela, e não em outras considerações.
Essas pessoas recusam-se a reconhecer que a bondade de Deus tem a intenção de produzir pesar pelo pecado e um distanciamento dele. Elas desprezam a função da bondade divina e, desse modo, mostram desprezo para com o próprio Deus.
Pelo contrário, acumulam a ira. Presunção religiosa é “dureza”, e aqueles que resistem à graça de Deus aumentam a própria culpa, ainda que protestem inocência. O “acúmulo” da ira aponta na direção de uma punição eterna proporcional.
Dos versos 6 ao 10, percebemos que o que colherão cada um será segundo a obra de cada um, segundo o seu próprio procedimento. O julgamento será proporcional ao que as pessoas foram ou fizeram (vs. 6).
Aqui Paulo não está negando o que havia enfatizado em outras passagens: a salvação é um dom, e não uma recompensa (5.15,17; 6.23).
Pessoas justas que fazem boas obras serão salvas, porém não com base nessas obras. De fato, todos os que têm guardado a fé demonstram a mesma pelas boas obras, e "procuram glória, honra e incorruptibilidade" (vs. 7) - mas somente pela graça de Deus e pela habitação interior do Espírito (Fp 2.13).
O mérito que faz jus à salvação deles é unicamente Cristo (CI 2.13-14; 2Tm 1.9-10; Hb 9.11-15). Todavia, as recompensas eternas dos crentes correspondem diretamente às suas boas obras (Mc 9.41; Lc 19.16-19; 2Jo 8).
Quanto maior for o número de boas obras um crente fizer durante vida, maiores serão as recompensas eternas. Já os incrédulos são "facciosos" (vs. 8), não honram a Deus. Além disso, enquanto a salvação é segundo as boas obras de Cristo imputadas aos crentes, o julgamento dos incrédulos está baseado nas suas próprias obras pecaminosas (2Co 5.10).
Separado da graça de Deus só existe um veredicto possível, "ao judeu primeiro e também ao grego" (vs. 10; 1.16): culpado.
Isso é porque, com Deus, não há acepção de pessoas. Entre os seres humanos, se alguém quiser reconciliar-se com Deus, isso não dependerá da etnia a qual ele pertence ou de qualquer distinção natural ou que ele mesmo tenha desenvolvido. (9.6-13; Cl 6.15).
Essa questão de obras, de fé, de praticar, de fazer, ou não, isso confunde um pouco. Por exemplo, como devo glorificar a Deus por eu não adulterar, quando quem não adulterará serei eu mesmo? Somente tem um jeito de eu não adulterar e o nome de Deus ser glorificado: eu não adulterando.
No entanto, não posso levar as glórias disso; nem jactar-me diante de Deus com meus feitos. Então, não sou eu quem não adultera, mas a graça de Deus em mim que me faz não adulterar. Se não fosse a graça de Deus, não teria como ser exitoso.
Se já não sou eu, mas a graça de Deus em mim, não sou eu quem faço ou deixo de fazer, mas a pura graça de Deus. O mesmo se dá com o pecado. Veremos isso mais adiante nos capítulos 5 a 7. Também esperamos deixar isso ainda mais claro à medida que avançarmos em Romanos.
O instinto natural de autodefesa do judeu (diferente do gentio) era apelar para o fato de possuir a lei de Moisés. A implicação era que quanto a isso, Deus faz "acepção de pessoas" (vs. 11).
Sendo o papel da lei um dos temas principais de Romanos (3.27-31; 4.13-15; 5.13-15; 6.14-15; 7.1-25; 13.8-10), aqui, na primeira consideração de Paulo sobre o assunto, ele mostrou que o que agrada a Deus não é o conhecimento da lei, mas a obediência à vontade divina revelada na lei.
Todo aquele que pecar sem a lei, sem a lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a lei, pela lei será julgado – vs. 12. A lei, aqui, se refere a lei de Moisés, o eterno testamento moral de Deus resumido e aplicado a Israel nos Dez Mandamentos (Ex 20.1-17; Dt 5.1-22) e em outras legislações no Pentateuco.
Quando ele fala de pecar sem a lei e sem a lei perecer, ele está fazendo uma referência a uma consideração anterior de Paulo sobre como os gentios são julgados de acordo com a violação deles da luz da natureza (1.18-32).
E quando ele fala de pecar com a lei e com a lei perecer, ele está apontando para os judeus que haviam recebido a revelação especial de Deus por intermédio de Moisés. Eles serão julgados (assim como a igreja visível hoje) segundo os padrões da revelação especial, e, por isso, receberão um juízo muito mais severo do que as pessoas que não conheceram a lei de Deus.
Ou seja, Deus fará completa justiça, pois ele é justo, único justo e o Pai de toda justiça.
Ninguém pode ser justificado com base na justiça pessoal, mas a presença universal de padrões morais (conquanto tendo vários níveis de esclarecimento) e do senso universal de obrigação a tais padrões não podem ser de todo evitados.
Isso é evidenciado pelo fato de as pessoas terem dado crédito às suas consciências "testemunhando-lhes também a consciência" (vs. 15) e pelo correspondente sentido de autojulgamento que passa a existir, ora acusando-os, ora defendendo-os.
Os segredos dos homens serão julgados por meio de Cristo Jesus – vs. 16 – por que foi posto em suas mãos todo julgamento (Mt 7.21-23; 25.31-33; Jo 5.22; 2Co 5.10), e o mesmo será infalível, penetrando até os "segredos dos homens"; nada ficará encoberto aos olhos do Juiz (Hb 4.12-13).
Nem ainda será possível alegar ser injusto um julgamento de seres humanos confrontados com o padrão divino, já que a pessoa a quem eles devem prestar contas é o Cristo encarnado, o qual é totalmente humano.
Isso de acordo e conforme o evangelho que Paulo estava pregando. Era o evangelho que Paulo pregava onde o julgamento do pecado fazia parte desse evangelho porque os justos não podem receber suas recompensas eternas até que os ímpios tenham sido julgados e aniquilados.
Dos versos 17 ao 29, Paulo fala dos que levam o nome de judeu e apoiam-se e se orgulham na lei. O apóstolo Paulo falou explicitamente sobre a reivindicação dos judeus por privilégio especial, tratando em maiores detalhes sobre a posse da lei (vs. 17-24) e a circuncisão (vs. 25-29).
Quanto à lei, ele defendeu com determinação a declaração do versículo 1 de que os judeus eram culpados dos mesmos pecados pelos quais condenavam os outros. Quanto à circuncisão, ele argumentou que a mera circuncisão exterior era insignificante em comparação com a do coração.
Paulo fez uma lista dos privilégios que os judeus julgavam fazê-los superiores aos outros. Isto se encontra nos versos de 17 ao 20.
As responsabilidades que correspondiam aos privilégios não tinham sido cumpridas. Paulo especificou os mandamentos contra o adultério, a idolatria e o furto (Êx 20.4-5,14-15), e assim expôs a hipocrisia de muitos judeus da sua época os quais condenavam os gentios como pecadores, mas falhavam em admitir que eles mesmos pertenciam à mesma categoria.
O argumento de Paulo se dirige ao clímax no verso 25 quando fala da circuncisão. Ele mostra que a condenação resulta do fato de não responder obedientemente à revelação, seja ela de qual tipo for. Os judeus tinham transgredido a lei mosaica em particular, esvaziando a circuncisão de seu significado real.
O apóstolo reconhecia os privilégios da circuncisão (3.1-2; 4.11) e da descendência natural de Abraão (9.4-5), porém a circuncisão física havia sido criada para simbolizar a necessidade da fé salvadora (vs. 25; Dt 30.6).
Em virtude disso tudo, quem afinal era de fato judeu? A circuncisão física confirmava a condição de membro de um homem na comunidade da aliança israelita.
Ela o levava a um contato vital com as promessas pactuais de Deus com Israel, ainda que a circuncisão sozinha não assegurasse o destino eterno de ninguém.
O recebimento da herança oferecida nessas alianças dependia da fé, e não de cerimônias ou de mera submissão exterior. A conclusão de Paulo, embora chocante para os judeus a quem ele se dirigia, estava arraigada no ensino do próprio Antigo Testamento (cf. 9.6).
Nem eram judeus, nem circuncisos os que eram fisicamente assim, mas, principalmente, os que obedeciam de fato e de verdade a lei de Deus. Em suas próprias palavras judeu é quem o é interiormente, e circuncisão aquela que é a operada no coração, pelo Espírito, e não pela lei escrita. Desta forma, para estes o louvor não provém dos homens, mas de Deus.
Rm 2:1 Portanto, és indesculpável, ó homem,
quando julgas, quem quer que sejas;
porque, no que julgas a outro,
a ti mesmo te condenas;
pois praticas as próprias coisas
que condenas.
Rm 2:2 Bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade
contra os que praticam tais coisas.
Rm 2:3 Tu, ó homem,
que condenas os que praticam tais coisas
e fazes as mesmas,
pensas que te livrarás do juízo de Deus?
Rm 2:4 Ou desprezas
a riqueza da sua bondade,
e tolerância,
e longanimidade,
ignorando que a bondade de Deus é
que te conduz ao arrependimento?
Rm 2:5 Mas, segundo a tua dureza
e coração impenitente,
acumulas contra ti mesmo ira
para o dia da ira e da revelação do justo juízo de Deus,
Rm 2:6 que retribuirá a cada um
segundo o seu procedimento:
Rm 2:7 a vida eterna aos que,
perseverando em fazer o bem, procuram
glória,
honra
e incorruptibilidade;
Rm 2:8 mas ira e indignação
aos facciosos,
que desobedecem à verdade
e obedecem à injustiça.
Rm 2:9 Tribulação e angústia virão
sobre a alma de qualquer homem que faz o mal,
ao judeu primeiro
e também ao grego; R
m 2:10 glória, porém,
e honra,
e paz
a todo aquele que pratica o bem,
ao judeu primeiro
e também ao grego.
Rm 2:11 Porque para com Deus
não há acepção de pessoas.
Rm 2:12 Assim, pois,
todos os que pecaram sem lei
também sem lei perecerão;
e todos os que com lei pecaram
mediante lei serão julgados.
Rm 2:13 Porque os simples ouvidores da lei
não são justos diante de Deus,
mas os que praticam a lei
hão de ser justificados.
Rm 2:14 Quando, pois, os gentios,
que não têm lei,
procedem, por natureza, de conformidade com a lei,
não tendo lei,
servem eles de lei para si mesmos.
Rm 2:15 Estes mostram a norma da lei gravada
no seu coração,
testemunhando-lhes também a consciência
e os seus pensamentos, mutuamente
acusando-se
ou defendendo-se,
Rm 2:16 no dia em que Deus,
por meio de Cristo Jesus,
julgar os segredos dos homens,
de conformidade com o meu evangelho.
Rm 2:17 Se, porém, tu, que tens por sobrenome judeu,
e repousas na lei,
e te glorias em Deus;
Rm 2:18 que conheces a sua vontade
e aprovas as coisas excelentes,
sendo instruído na lei;
Rm 2:19 que estás persuadido de que és
guia dos cegos,
luz dos que se encontram em trevas,
Rm 2:20 instrutor de ignorantes,
mestre de crianças,
tendo na lei a forma da sabedoria e da verdade;
Rm 2:21 tu, pois, que ensinas a outrem,
não te ensinas a ti mesmo?
 Tu, que pregas que não se deve furtar,
furtas?
Rm 2:22 Dizes que não se deve cometer adultério
e o cometes?
Abominas os ídolos
e lhes roubas os templos?
Rm 2:23 Tu, que te glorias na lei,
desonras a Deus pela transgressão da lei?
Rm 2:24 Pois, como está escrito,
o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa.
Rm 2:25 Porque a circuncisão tem valor
se praticares a lei;
se és, porém, transgressor da lei,
a tua circuncisão já se tornou incircuncisão.
Rm 2:26 Se, pois, a incircuncisão
observa os preceitos da lei,
não será ela, porventura, considerada como circuncisão?
Rm 2:27 E, se aquele que é incircunciso por natureza
cumpre a lei,
certamente, ele te julgará a ti,
que, não obstante a letra e a circuncisão,
és transgressor da lei.
Rm 2:28 Porque não é judeu
quem o é apenas exteriormente,
nem é circuncisão
a que é somente na carne.
Rm 2:29 Porém judeu
é aquele que o é interiormente,
e circuncisão,
a que é do coração,
no espírito,
não segundo a letra,
e cujo louvor não procede dos homens,
mas de Deus.
Como sei se sou judeu circuncidado? Se pratico os mandamentos do Senhor e os seus mandamentos não são pesados, diz o apóstolo João. Mas é preciso cuidado porque no momento em que a lei se me tornar lei, eu a transgredirei, por causa de minha outra natureza, a pecadora. Como sair desse dilema entre a fé e as obras? ... continua!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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1 comentários:

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.