Estamos estudando, com a ajuda preciosa da
BEG, o livro de Zacarias cujo pano de fundo histórico é o mesmo de Ageu, sendo
que a ênfase de Zacarias não era somente a reconstrução do templo, como vimos
em Ageu, mas ele também encorajava o povo quanto à Jerusalém ser o local, num
futuro de médio prazo, para o reino de Deus.
Estamos no último capítulo do livro de Zacarias.
B. O segundo grupo de profecias (12.1-14.21) - continuação.
Como já falamos, estamos vendo o segundo
grupo de profecias, sendo que no primeiro vimos detalhes da vinda de Deus, o
Rei, em julgamento e neste segundo grupo de profecias, na segunda metade do
livro, estamos vendo o julgamento de Deus contra as nações.
O ápice desse grupo é a salvação final de
Jerusalém e a celebração da Festa dos Tabernáculos. Dividiremos, didaticamente,
conforme a BEG, esta segunda seção “B” em seis partes: 1. A vitória sobre as
nações (12.1-9) – já vimos; 2. O
pranto sobre o passado (12.10-14) – já
vimos; 3. A purificação da terra de Judá (13.1-6) – já vimos; 4. O pastor ferido (13.7-9) – já vimos; 5. A guerra contra Jerusalém (14.1-15) – veremos agora; e, 6. A futura celebração
(14.16-21) – veremos agora.
5. A guerra contra Jerusalém (14.1-15).
Até o verso 15, veremos a guerra contra
Jerusalém. A cidade de Jerusalém seria atacada e muitos seriam levados cativos.
Então o Senhor lideraria o seu povo numa grande batalha para derrotar tanto os
seus inimigos como os inimigos do povo.
O Dia do SENHOR estaria vindo, quando no
meio deles os seus bens seriam divididos. Seria um dia designado pelo Senhor no
qual ele viria para julgar as nações e proteger o seu povo. A figura, aqui, é
do povo escolhido que reinaria vi torioso por causa da presença do Deus poderoso
em seu meio (Sf 3.17).
Seria o próprio Senhor quem reuniria todos
os povos, todas as nações para a peleja contra Jerusalém. Seria algo terrível
onde a cidade seria tomada, saqueada e suas mulheres violentadas (Ez 38-39). A
cidade e seus habitantes seriam desolados pelas nações que por ali passassem
(veja 13.8-9).
Ele afirmava que metade seria levada para o
exílio e a outra ficaria na cidade. Isso nos faz lembrar da parábola das dez
virgens, onde 50% delas vão ao encontro do Senhor, justamente as que estariam
preparadas e 50%, as néscias, apesar de discernirem os tempos sabendo da volta
de seu mestre, perderiam a ocasião, por não estarem prepararas adequadamente. (Mt
25.1-13).
Em meio à devastação, o Senhor apareceria
para lutar pelo seu povo (vs. 3-55). Os seus pés estariam sobre o monte das
Oliveiras, a leste de Jerusalém. O mesmo monte, provavelmente, em que ocorreu a
ascensão de Jesus e cujos anjos afirmaram que ele voltaria do mesmo jeito que
subira. (At 1.11-12)
Nesse momento, o monte se fenderia ao meio,
de leste a oeste, por um grande vale, onde metade do monte seria removido para
o norte e a outra metade para o sul.
O povo de Deus haveria de fugir pelo vale
entre os montes que se estenderia até Azal – vs. 5. Obviamente, trata-se de um
local próximo a Jerusalém, mas a sua localização precisa é desconhecida.
Eles haveriam de fugir como fugiram do
terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá e aí, sim, o Senhor viria com todos os
seus santos. Todos os servos escolhidos de Deus, os humanos e os angelicais,
iriam a Jerusalém para libertar a cidade de seus agressores pagãos.
Essa profecia se cumprirá na segunda vinda
de Cristo, quando o povo de Deus alcançará a vitória final (I Ts 3.13; Jd 14). Que
dia espetacular e terrível será esse e que ousadia dos que rejeitaram ao
Senhor, estando muito pertos da sua ruína e destruição.
Nesse dia especial, em especial, não haverá
calor, nem frio – vs. 6 – e será um dia diferente sem que haja a costumeira
separação entre dia e noite, pois em que chegando a noite, ainda estará claro.
A Bíblia fala desse dia como um dia que o Senhor conhece, mas não os humanos,
nem os anjos.
O próprio Deus será a luz da cidade (Is
60.19-20; Ap 21.25; 22.5). O vs. 6 está se referindo à luz natural do sol. Esse
dia da batalha introduzirá o eterno êxtase da especial presença de Deus entre o
seu povo.
Como resultado da presença do Senhor, ainda
naquele dia, uma corrente de águas frescas trará a cura para todos os que
buscarem nele o seu refúgio.
Normalmente, a água simboliza as bênçãos da
salvação (Is 55.1-5; Ez 47.1-12; Jo 4.10-14), particularmente, a bênção da
presença do Espírito Santo (Jo 7.37-39; Ap 22.17).
Jesus falou do crente como sendo o
recipiente da água viva que somente ele pode fornecer e como sendo a fonte
dessa água para as outras pessoas (Jo 7.37-39).
O crente, hoje, recebe a vida de Jesus pelo
Espírito, por meio da fé, e o último estágio oferece a promessa de um rio de
água da vida (Ap 22.1-2).
Novamente aqui a divisão pela metade. Dessa
vez das águas correntes que fluirão de Jerusalém. Metade delas para o mar do
leste e metade para o mar do oeste. Isto acontecerá tanto no verão quanto no
inverno e assim, o Senhor será rei de toda a terra. Naquele dia haverá um só
Senhor e o seu nome será o único nome. (Vs. 8 e 9).
O SENHOR será Rei sobre toda terra. Os vs.
9-21 falam dos resultados da batalha, e o mais importante é o aparecimento de
Deus como o Senhor reconhecido sobre todo mundo e um só será o seu nome. Essas
palavras foram claramente tiradas de Dt 6.4, a base confessional de Israel. O
verdadeiro significado dessa confissão somente será plenamente compreendido
nesse dia de vitória
A extensiva descrição geográfica do vs. 10 serve
para reforçar como toda a terra do povo de Deus será reivindicada pelo próprio
Senhor que fará com que seja habitada, nunca mais destruída e totalmente segura
– vs. 11.
Quanto aos que ousaram enfrentar o Senhor,
essa é a descrição de mais um resultado do reinado do Senhor (como no vs. 9)
uma praga terrível se espalharia. A praga recorda as pragas do Egito (Êx 7-12),
que também foram infligidas por Deus porque o Egito havia oprimido o seu povo.
A praga diz que a carne deles apodrecerá
enquanto estiverem ainda em pé, que seus olhos apodrecerão em suas órbitas e
que sua língua apodrecerá dentro de suas bocas. Ainda afirma que naquele dia
grande confusão dominará essas nações, causada pelo Senhor e cada um atacará o
que estiver ao seu lado – vs. 12 e 13.
A praga se estenderia a todos os seres
viventes que pertencessem aos inimigos de Deus. O profeta enfatizou que a
destruição dos inimigos de Deus seria final e completa. Mesmo hoje, os cristãos
desfrutam da vitória pela fé (I Jo 5.4) e aguardam que Deus subjugue seus
adversários a Cristo (1Co 15.24-28).
Também Judá lutaria em Jerusalém e todas as
riquezas (ouro, pratas e roupas) de todas as nações vizinhas seriam recolhidas
ao povo de Deus – veja também Ag 2.7.
6. A futura celebração (14.16-21).
Dos versos 16 ao 21, veremos a futura celebração.
Essa passagem culminante retrata a celebração universal que Deus concederá
quando a restauração estiver totalmente completada. O Novo Testamento ensina
que os crentes devem esperar por esse tipo de celebração na volta de Cristo (Ap
19.9).
Nem todas as pessoas das nações pagãs serão
destruídas. Mesmo os sobreviventes que ousaram atacar Jerusalém subirão ano
após ano, se converterão e irão a Jerusalém para adorar ao Deus vivo e
verdadeiro (Is 2.24) para celebrar a Festa dos Tabernáculos. A adoração dos
gentios é expressa nos termos dessa festa que celebrava a alegria e gratidão a Deus
por suas bênçãos (Lv 23.33-36,39-43; Nm 29.12-34; Dt 16.13-15). Esta festa
ocorre durante a época da colheita; portanto, pode simbolizar tanto a colheita dos
povos (ou seja, dos gentios), como a colheita dos grãos.
Ai daqueles que não viessem adorar o Senhor
em Jerusalém, pois sobre eles não viria a chuva. Se os egípcios não subissem
para participar, o Senhor ainda mandaria sobre eles a praga com a qual afligira
as nações que se recusaram a ir celebrar a festa das cabanas ou dos
Tabernáculos.
Essa seria pois a punição tanto do Egito
como de qualquer outra nação que ousasse não celebrar essa festa – vs. 19.
»ZACARIAS [14]
Zc 14:1 Eis
que vem um dia do Senhor,
em que os teus despojos se repartirão no meio de ti.
Zc 14:2 Pois eu ajuntarei todas as nações
para a peleja contra Jerusalém;
e a cidade será tomada,
e as casas serão saqueadas,
e as mulheres forçadas;
e metade da cidade sairá para o cativeiro
mas o resto do povo não será exterminado da cidade.
Zc 14:3 Então o Senhor sairá, e pelejará contra estas
nações,
como quando peleja no dia da batalha.
Zc 14:4 Naquele dia estarão os seus pés sobre o monte
das Oliveiras,
que está defronte de Jerusalém para o oriente;
se o monte das
Oliveiras será fendido pelo meio,
do oriente para o ocidente
e haverá um vale muito grande;
e metade do monte se removerá para o norte,
e a outra metade dele para o sul.
Zc 14:5 E
fugireis pelo vale dos meus montes,
pois o vale dos montes chegará até Azel;
e fugireis assim como fugistes de diante do terremoto
nos dias de Uzias, rei de Judá.
Então virá o Senhor meu Deus,
e todos os santos com ele.
Zc 14:6 Acontecerá naquele dia,
que não haverá calor, nem frio, nem geada;
Zc 14:7 porém será um dia conhecido do Senhor;
nem dia nem noite será;
mas até na parte da tarde haverá luz.
Zc 14:8 Naquele dia também acontecerá que correrão de
Jerusalém
águas vivas, metade delas para o mar oriental,
e metade delas para o mar ocidental;
no verão e no inverno sucederá isso.
Zc 14:9 E o Senhor será rei sobre toda a terra;
naquele dia um será o Senhor,
e um será o seu nome.
Zc 14:10 Toda a terra em redor se tornará em planície,
desde Geba até Rimom, ao sul de Jerusalém;
ela será exaltada, e habitará no seu lugar,
desde a porta de Benjamim
até o lugar da primeira porta,
até a porta da esquina, e desde a torre de Hananel
até os lagares do rei
Zc 14:11 E habitarão nela, e não haverá mais maldição;
mas Jerusalém habitará em segurança.
Zc 14:12 Esta será a praga com que o Senhor ferirá
todos os povos que guerrearam contra Jerusalém:
apodrecer-se-á a sua carne, estando eles de pé,
e se lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas,
e a língua se lhes apodrecerá na boca,
Zc 14:13 Naquele dia também haverá da parte do Senhor
um grande tumulto entre eles;
e pegará cada um na mão do seu próximo,
e cada um levantará a mão contra o seu próximo.
Zc 14:14 Também Judá pelejará contra Jerusalém;
e se ajuntarão as riquezas de todas as nações
circunvizinhas,
ouro e prata, e vestidos em grande abundância.
Zc 14:15 Como esta praga, assim será
a praga dos cavalos, dos muares, dos camelos e dos
jumentos
e de todos os animais que estiverem naqueles arraiais.
Zc 14:16 Então todos os que restarem de todas as
nações
que vieram contra Jerusalém,
subirão de ano em ano para adorarem o Rei,
o Senhor dos exércitos,
e para celebrarem a festa dos tabernáculos.
Zc 14:17 E se alguma das famílias da terra não subir a
Jerusalém,
para adorar o Rei, o Senhor dos exércitos,
não cairá sobre ela a chuva.
Zc 14:18 E, se a família do Egito não subir,
nem vier, não virá sobre ela a chuva;
virá a praga com que o Senhor
ferirá as nações que não subirem a celebrar
a festa dos tabernáculos.
Zc 14:19 Esse será o castigo do Egito,
e o castigo de todas as nações que não subirem
a celebrar a festa dos tabernáculos.
Zc 14:20 Naquele dia se gravará
sobre as campainhas dos cavalos.
SANTO AO SENHOR;
e as panelas na casa do Senhor
serão como as bacias diante do altar.
Zc 14:21 E todas as panelas em Jerusalém e Judá
serão consagradas ao Senhor dos exércitos;
e todos os que sacrificarem virão,
e delas tomarão, e nelas cozerão.
Naquele dia não haverá mais cananeu
na casa do Senhor dos exércitos.
Essa expressão “Santo ao Senhor” – vs. 20 -
era originalmente inscrita no turbante do sumo sacerdote (Ex 28.36-38) como uma
declaração de dedicação, mas um dia será aplicada a todas as coisas em
Jerusalém (nas campainhas dos cavalos, nas panelas) porque a especial presença
de Deus transformará todas as coisas ao redor.
Cada panela de Jerusalém e de Judá seria
separada para o Senhor dos Exércitos, e todos os que viessem sacrificar pegariam
panelas e cozinhariam nelas. Deus promete que a partir daquele dia, nunca mais
haveria cananeu no templo do Senhor dos Exércitos.
Algumas traduções colocam no lugar de “cananeu”
o termo comerciantes ou mercadores, como em Os 12.7. A BEG nos diz que o
significado 'mercador' é improvável. Esse termo étnico (prossegue a BEG) era
usado para identificar qualquer pessoa que fosse inaceitável na presença de
Deus. O estado final e abençoado do povo de Deus envolverá a total separação
dos ímpios.
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
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É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
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A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
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muito bom .Amei
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