quarta-feira, 26 de novembro de 2014
quarta-feira, novembro 26, 2014
Jamais Desista
Ester 9:1-11 - A ORIGEM DA FESTA DO PURIM
Parte
V – A HISTÓRIA DE ESTER – Et 1:1 a 10:3.
(1)
Introdução e contexto – 1:1-22 – já vista.
(2)
O primeiro decreto do rei resulta em perigo mortal para Israel – 2:1 – 3:15 – já vista.
(3)
O conflito entre Hamã e Mordecai – 4:1 – 5:14 – já vista.
(4)
O triunfo de Mordecai sobre Hamã – 6:1 – 7:10 – já vista.
(5)
O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 – 9:32. – iniciaremos agora.
(6)
Epílogo – 10:1-3.
(5) O segundo decreto do rei resulta em salvação para Israel – 8:1 –
9:32 - continuação.
Os 290 dias se passaram muito velozes e
agora eles já estavam no 12º mês, mês de Adar, e no 13º dia, o dia que poderia
ser o fim da raça judaica em Susã. Ainda o veneno da mamba negra poderia causar
sérios danos em muitos.
No entanto, havia um antídoto e ele foi
aplicado tempestivamente de forma que a mamba negra já não iria mais ferir
ninguém, ela mesmo seria toda esmagada e destruída para sempre.
Embora tudo estivesse preparado para o fim
dos judeus, tudo aconteceu justamente ao contrário. No dia em que os inimigos
dos judeus imaginavam que iriam ser vitoriosos, foram os judeus que se assenhoaram
deles.
O fato é que os judeus se uniram e o temor
deles caiu sobre todo o povo – vs 2. O medo do Deus dos judeus estava por trás
do difuso medo dos judeus – Ex 15:15. A reviravolta foi tão completa que todos
os oficiais que foram designados para exterminar os judeus, na verdade os
ajudaram – vs 3.
Havia neles o temor de Mordecai – vs 3. Uma
vez que Mordecai se tornou excessivamente grande, poderoso, e a sua fama
cresceu em todas as províncias.
A extensão da matança está ressaltada (vs.
6-11), bem como no fato de que os judeus não tocaram nos despojos de seus
inimigos (v. 10; repare no contraste com a tomada de despojos dos amalequitas,
que levou ao fim de Saul, em ISm 15:17-19).
Essa restrição moral com relação ao saque
dos bens, que teria sido legal, de acordo com o decreto em 8:11, sugere a
natureza digna da conduta dos judeus nesse encontro final com os
"amalequitas", a despeito da extensão da matança.
Nos vs 12 a 15, o rei oferece a Ester nova
oportunidade de vingança. Ele dá um relatório das baixas daquele dia e oferece
a ela nova oportunidade – vs 13. Isso pode ter sido motivado pelo grande ódio
contra os judeus naquela cidade o que levou a um segundo dia de derramamento de
sangue em Susã (v.15). De modo claro, a ênfase na narrativa está em matar os
"inimigos" (p. ex., 9:5) e não em simplesmente obter uma vitória.
O segundo dia de derramamento de sangue
também causou diferenças na tradição quanto à data em que o Purim deveria ser
observado anualmente (vs. 17-19). Atualmente, o Purim é celebrado pelos judeus
no dia 14 de adar, exceto em Jerusalém, onde é celebrado no dia 15.
Quanto aos dez filhos de Hamã, todos foram enforcados,
com destino igual ao do pai. Os seus corpos (v. 12) foram exibidos como uma
advertência e um sinal de desonra. O descanso concedido aos judeus nesse
momento tornou-se a base para a celebração anual de Purím (veja v. 22).
Todo massacre dos inimigos de Israel,
inclusive dos dez filhos de Hamã, dos mais de setenta e cinco mil inimigos não
causaram nenhum problema moral para o narrador. Pelo contrário, essa narrativa
enfatizou a extensão do antagonismo com relação aos judeus por todo o império e
serviu para justificar as celebrações que se seguiram.
A troca de presentes, normalmente alimento
(v. 22), permitia que até mesmo o mais pobre dos judeus participasse das
celebrações (cf. Dt 16:11,14; Ne 8:10,12) e é um exemplo a mais do cuidado
providencial para com o oprimido dentro da comunidade judaica.
Nos versos de 20 a 32, temos o
estabelecimento da Festa de Purim. Mordecai estabeleceu o Purím como uma
celebração permanente em Israel.
Esses versículos deixam claro que um dos
principais propósitos do livro era institucionalizar o Purim como uma festa
comemorada por cada nova geração de judeus e de estabelecer os padrões de como ela
deveria ser celebrada.
Ele, Mordecai, despachou cartas com
instruções sobre a celebração do Purim como um dia de alegria e festa,
celebrando o livramento que os judeus receberam da ação de seus inimigos.
Todos receberam essas instruções de
Mordecai como um prenúncio de que tal data e evento seria comemorado todos os
anos a partir daquele dia haja vista que Hamã, filho de Hamedata, o agagita,
inimigo de todos os judeus tinha intentado destruir os judeus, e tinha lançado
Pur, isto é, a sorte, para os assolar e destruir. Ve-se, aqui, que o narrador
bíblico apresenta Hamã como o típico adversário de todos os judeus, do passado
e do presente (3:10; cf. 8:1; 9:10).
Et 9:1 E, no duodécimo mês, que é o mês
de Adar,
no
dia treze do mesmo mês em que chegou a palavra do rei
e
a sua ordem para se executar,
no
dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles,
sucedeu
o contrário, porque os judeus foram
os
que se assenhorearam dos que os odiavam.
Et
9:2 Porque os judeus nas suas cidades,
em
todas as províncias do rei Assuero,
se
ajuntaram para pôr as mãos naqueles
que
procuravam o seu mal;
e
ninguém podia resistir-lhes, porque o medo deles
caíra
sobre todos aqueles povos.
Et
9:3 E todos os líderes das províncias, e os sátrapas,
e
os governadores, e os que faziam a obra do rei,
auxiliavam
os judeus porque tinha caído sobre eles
o
temor de Mardoqueu.
Et
9:4 Porque Mardoqueu era grande na casa do rei,
e
a sua fama crescia por todas as províncias,
porque
o homem Mardoqueu ia sendo engrandecido.
Et
9:5 Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos,
a
golpes de espada, com matança e com destruição;
e
fizeram dos seus inimigos o que quiseram.
Et
9:6 E na fortaleza de Susã os judeus mataram
e
destruíram quinhentos homens;
Et
9:7 Como também a Parsandata, e a Dalfom e a Aspata,
Et
9:8 E a Porata, e a Adalia, e a Aridata,
Et
9:9 E a Farmasta, e a Arisai, e a Aridai, e a Vaisata;
Et
9:10 Os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata,
o
inimigo dos judeus, mataram, porém ao despojo
não
estenderam a sua mão.
Et
9:11 No mesmo dia foi comunicado ao rei o número dos mortos
na
fortaleza de Susã.
Et
9:12 E disse o rei à rainha Ester:
Na
fortaleza de Susã os judeus mataram e destruiram
quinhentos
homens, e os dez filhos de Hamã;
nas
mais províncias do rei que teriam feito?
Qual
é, pois, a tua petição? E dar-se-te-á.
Ou
qual é ainda o teu requerimento?
E
far-se-á.
Et
9:13 Então disse Ester:
Se
bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham
em
Susã que também façam amanhã conforme ao
mandado
de hoje; e pendurem numa forca
os
dez filhos de Hamã.
Et
9:14 Então disse o rei que assim se fizesse;
e
publicou-se um edito em Susã, e enforcaram
os
dez filhos de Hamã.
Et
9:15 E reuniram-se os judeus que se achavam em Susã
também
no dia catorze do mês de Adar,
e
mataram em Susã trezentos homens;
porém
ao despojo não estenderam a sua mão.
Et
9:16 Também os demais judeus que se achavam nas províncias
do
rei se reuniram e se dispuseram em defesa das suas vidas,
e
tiveram descanso dos seus inimigos;
e
mataram dos seus inimigos setenta e cinco mil;
porém
ao despojo não estenderam a sua mão.
Et
9:17 Sucedeu isto no dia treze do mês de Adar;
e
descansaram no dia catorze, e fizeram, daquele dia,
dia
de banquetes e de alegria.
Et
9:18 Também os judeus, que se achavam em Susã se ajuntaram nos
dias
treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze,
e
fizeram, daquele dia, dia de banquetes e de alegria.
Et
9:19 Os judeus, porém, das aldeias, que habitavam nas vilas,
fizeram
do dia catorze do mês de Adar dia de alegria
e
de banquetes, e dia de folguedo,
e
de mandarem presentes uns aos outros.
Et
9:20 E Mardoqueu escreveu estas coisas, e enviou cartas
a
todos os judeus que se achavam em todas as províncias
do
rei Assuero, aos de perto, e aos de longe,
Et
9:21 Ordenando-lhes que guardassem o dia catorze
do
mês de Adar, e o dia quinze do mesmo, todos os anos,
Et
9:22 Como os dias em que os judeus tiveram repouso
dos
seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza
em
alegria, e de luto em dia de festa,
para
que os fizessem dias de banquetes e de alegria,
e
de mandarem presentes uns aos outros,
e
dádivas aos pobres.
Et
9:23 E os judeus encarregaram-se de fazer o que já tinham
começado,
como também o que Mardoqueu lhes tinha escrito.
Et
9:24 Porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita,
inimigo
de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus,
e
tinha lançado Pur, isto é, a sorte,
para
os assolar e destruir.
Et
9:25 Mas, vindo isto perante o rei, mandou ele por cartas
que
o mau intento que Hamã formara contra os judeus,
se
tornasse sobre a sua cabeça;
pelo
que penduraram a ele e a seus filhos numa forca.
Et
9:26 Por isso aqueles dias chamam Purim, do nome Pur;
assim
também por causa de todas as palavras daquela carta,
e
do que viram sobre isso,
e
do que lhes tinha sucedido,
Et
9:27 Confirmaram os judeus, e tomaram sobre si,
e
sobre a sua descendência, e sobre todos
os
que se achegassem a eles,
que
não se deixaria de guardar estes dois dias
conforme
ao que se escrevera deles,
e
segundo o seu tempo determinado, todos os anos.
Et
9:28 E que estes dias seriam lembrados e guardados
em
cada geração, família, província e cidade,
e
que esses dias de Purim não fossem revogados
entre
os judeus,
e
que a memória deles nunca teria fim entre os de
sua
descendência.
Et
9:29 Então a rainha Ester, filha de Abiail, e Mardoqueu, o judeu,
escreveram
com toda autoridade uma segunda vez,
para
confirmar a carta a respeito de Purim.
Et
9:30 E mandaram cartas a todos os judeus,
às
cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero,
com
palavras de paz e verdade.
Et
9:31 Para confirmarem estes dias de Purim
nos
seus tempos determinados, como Mardoqueu, o judeu,
e
a rainha Ester lhes tinham estabelecido,
e
como eles mesmos já o tinham
estabelecido
sobre si e sobre a sua descendência,
acerca
do jejum e do seu clamor.
Et
9:32 E o mandado de Ester estabeleceu os sucessos daquele Purim;
e
escreveu-se no livro.
Ester e Mordecai enviaram uma carta oficial
e final sobre o Purim, situando a festa no contexto do jejum e da lamentação
como aquelas práticas israelitas mais estabelecidas – vs 31.
O Purim foi institucionalizado como uma
celebração religiosa oficial, uma tarefa que o escritor parece ter visto como
importante por causa da origem não mosaica da festa.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.