segunda-feira, 2 de março de 2015
segunda-feira, março 02, 2015
Jamais Desista
Jeremias 29:1-32 - EU ME DEIXAREI ACHAR POR VÓS...
Estamos na décima segunda parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 29.
XII. A SEVERIDADE E DURAÇÃO DO EXÍLIO (25.1-29.32) - continuação.
Como já dissemos, aqui, nesta parte,
Jeremias prenunciou um exílio longo de setenta anos como punição pelo seu
pecado persistente e adverte que a destruição seria quase total, uma ideia
rejeitada pelos falsos profetas. Sua mensagem continua sofrendo a oposição dos
falsos profetas, dos sacerdotes e do povo (26.1-29.32).
Também dividimos esta parte XII, em 5
seções para facilitar nossa compreensão do assunto: A. A predição de setenta
anos de exílio (25.1-38) – já vista;
B. A reação à predição do exílio (26.1-24) – já vista; C. A rejeição das falsas profecias (27.1-22) – já vimos; D. O confronto com Hananias
(28.1-17) – já vimos; E. Uma carta
aos exilados sobre falsas profecias (29.1-32) – veremos e concluiremos agora.
E. Uma carta aos exilados sobre falsas profecias (29.1-32).
Temos aqui neste capítulo, uma carta aos
exilados sobre as falsas profecias. Esses versículos resumem uma carta enviada
por Jeremias aos judaítas no exílio. Ele os incentiva a aceitar o longo exílio
como o castigo justo de Deus contra a nação, pois, com isso, estariam prontos
para a restauração vindoura. Ou seja, aquela seria a geração que pagaria as
contas e deveria pagá-la com alegria e esperança, pois somente assim
garantiriam um retorno mais rápido.
O público alvo da carta enviada de
Jerusalém por Jeremias era bem extenso e abrangia praticamente todos os exilados:
anciãos, sacerdotes, profetas e todo o povo. A carta também fora enviada sem
demora, assim que eles foram para o cativeiro.
A carta seguiu por mãos de Elasa, filho de
Safã. Possivelmente, era da mesma família que simpatizava com Jeremias (26.24).
Fora o próprio rei Zedequias que o tinha enviado a Nabucodonosor. Embora o
propósito desse envio não seja mencionado, pode-se supor que era mantido algum
tipo de contato regular entre Jerusalém e a Babilônia (51.59).
A carta também era profética e falada em
nome do Senhor, pois ela começava com “Assim diz o SENHOR”. Como as profecias
faladas, a carta também era palavra de Deus. A Bíblia de Estudo de Genebra –
BEG – que está nos servindo de referência e apoio com seus comentários, possui
um artigo teológico "As Escrituras como revelação", em Jr 29, muito
interessante ao qual reproduzimos ao final de nossas reflexões.
A instrução era clara e simples e estranha
para eles que estavam cativos, mas era o que o Senhor queria. Ele dizia para
eles edificarem casas e habitarem nelas. Tomarem mulheres e gerarem filhos,
multiplicarem-se e não diminuírem. Eram, de fato e de verdade, atos de
compromisso com sua nova vida, demonstrando desse modo a aceitação da decisão
do Senhor e reconhecendo a justiça desse longo período de exílio (Ez 8 1).
No verso 7, nos chama a atenção ao tríplice
apelo da paz. O termo hebraico é sempre shalom (6.14). A falsa paz prometida
levianamente (8.11) daria lugar à verdadeira paz (cf. Jn 14.27). Essa instrução
exemplifica a maneira como os cristãos devem agir em relação às nações do mundo
em que vivem. Na verdade somos estrangeiros em terra estranha, apenas esperando
o momento de nossa redenção.
Eles deveriam nesse lugar buscarem a paz da
cidade e orarem por por ela, pois a paz da cidade seria a paz deles. A bênção
do Senhor pode ser concedida a qualquer nação mediante a oração e os atos do
seu povo (p. ex., Abraão - Gn 20.17; José - Gn 37-50; e Daniel - Dn 1-6).
Os falsos profetas em Jerusalém afirmavam
que os problemas causados pela Babilônia logo chegariam ao fim (p. ex.,
28.2-4), mas esses eram profetas, adivinhos, que falsamente profetizavam.
Jeremias volta a falar do prazo de duração
do exílio e diz que em setenta anos tudo terá passado. Uma geração inteira
passaria, a do exílio!
Os versos de 11 ao 14 trazem à memória as
palavras de Dt 30.3-5 (que é semelhante a Dt 4.29-30). A medida da compaixão de
Deus na restauração, seria a medida de sua ira no exílio. Essa expectativa de
uma restauração extremamente abençoada fundamenta a esperança neotestamentária
de que as bênçãos do reino consumado de Cristo excederão em muito as bênçãos
concedidas no AT.
Os planos e os projetos de Deus nunca foram
de ruína para o seu povo, mas como ele mesmo diz, de paz para assim dar-lhes um
futuro e com ele esperanças – vs. 11. O que na verdade estava ocorrendo era um
grande ato da graça e da misericórdia de Deus sobre todo o povo rebelde e
desobediente de Deus.
Apesar deles, a porta da invocação ainda
estava aberta e bastaria que invocassem a Deus, que prontamente, os ouviria. Se
o buscassem de todo coração, ele mesmo prometia que se deixaria achar por eles
– vs. 13.
O castigo do exílio era a boa surra do
papai e da mamãe que disciplina os seus filhos com amor no caminho em que devem
andar para que ao crescerem não se desviem dele – Pv 22:6.
Essa frase do vs. 14 de que faria mudar a
sorte deles, indica a restauração do relacionamento entre o Senhor e o seu
povo. É típica do "livro de consolação" de Jeremias (caps. 33-36). Outras
referências bíblicas: 30.3,18; 31.23; 32.44; 33.7,11,26; 48.47; 49.6,39.
Deus promete trazê-los de volta dentro do
seu tempo, após cumprirem os seus planos e propósitos.
Apesar de ser um títere dos babilônios,
Zedequias ainda reinava em Jerusalém e talvez fosse o objeto de falsas esperanças
dos exilados, por isso que Jeremias falou a ele no verso 17 de que enviaria ali
o tríplice terror de Deus: a espada, a fome e a peste para fazer deles como os
figos ruins que não se pode comer de tão ruins – 24.8.
Há uma repetição do tríplice juízo de Deus
no verso 18. No verso 17, ele os enviaria e no 18, os perseguiriam a tal ponto
de se tornarem espetáculo de terror para todos os lados e ainda como motivo de
execração, de espanto, de assobio e de opróbrio entre todas as nações para onde
os haveria de lançar.
Ainda assim, não deram ouvidos, como de praxe,
justamente para o juízo vir mesmo sem misericórdias. Zedequias e os que ficaram
em Jerusalém seriam ainda mais castigados porque não haviam aprendido a lição ensinada
pelas tribulações nas mãos dos babilônios. Eles recusaram arrepender-se do
pecado e voltar-se para o Senhor em busca de socorro.
No vs. 19, está claro o fato de que não
escutaram, isto é, fizeram pouco caso das advertências proféticas. Os exilados
aos quais Jeremias escreve estavam na mesma situação que os judaítas que haviam
permanecido na terra. Nenhum dos grupos havia entendido a necessidade de
arrependimento total
Ainda mais uma vez no v. 20, o apelo para
que ouvissem e se arrependessem, mas como já disse a palavra pregada que
encontra corações de barro, somente faz endurecer mais ainda, para que o juízo
venha com todas as suas forças.
Acabe, filho de Colaías e de Zedequias, e
de Manassés, profetizava falsamente em nome do Senhor, por isso todos seriam
exilados por causa deles e ainda seria formulada uma maldição – vs. 22. O
julgamento de Deus contra Zedequias e Jerusalém seria tão grande que seria
usado como o padrão do que uma pessoa amaldiçoada experimentaria no fogo. Um
método babilônico de execução (veja Dn 3.6).
Eram tão terríveis e malignos que insensatamente
– vs. 23 - se prostituiam e depois diziam que eram do Senhor e profetizavam.
Jeremias se opõe abertamente a esse falso
profeta – vs. 24, Semaías, o neelamita - que estava no meio dos exilados. Ele fez
semelhantemente a Jeremias cartas em seu próprio nome ao povo que estava em
Jerusalém, como também a Sofonias, filho de Maaséias, o sacerdote, e a todos os
sacerdotes dizendo que ele tinha sido colocado no lugar de Jeoiada, o
sacerdote, para ser o encarregado da casa do Senhor e que, portanto, deveria
ter lançado em prisão e no tronco o profeta Jeremias, o anatotita, que falara
do exílio que haveria de durar muito. Durariam os setenta anos especificados em
25.11-12; 29.10 e que, portanto, era para edificarem casas e plantarem pomares.
Semaías cita a carta de Jeremias (vs. 5).
enviou
de Jerusalém, aos que restavam dos anciãos do cativeiro,
como
também aos sacerdotes, e aos profetas, e a todo o povo,
que
Nabucodonosor levara cativos de Jerusalém
para
Babilônia,
Jr
29:2 depois de terem saído de Jerusalém o rei Jeconias,
e
a rainha-mãe, e os eunucos, e os príncipes de Judá
e
Jerusalém e os artífices e os ferreiros.
Jr
29:3 Veio por mão de Elasa, filho de Safã, e de Gemarias,
filho
de Hilquias, os quais Zedequias, rei de Judá,
enviou
a Babilônia, a Nabucodonosor,
rei
de Babilônia; eis as palavras da carta:
Jr 29:4 Assim diz o Senhor dos
exércitos,
o
Deus de Israel, a todos os do cativeiro,
que
eu fiz levar cativos de Jerusalém para Babilônia:
Jr
29:5 Edificai casas e habitai-as;
plantai
jardins,
e
comei o seu fruto.
Jr
29:6 Tomai mulheres e gerai filhos e filhas;
também
tomai mulheres para vossos filhos,
e
dai vossas filhas a maridos,
para
que tenham filhos e filhas;
assim
multiplicai-vos ali, e não vos diminuais.
Jr
29:7 E procurai a paz da cidade,
para
a qual fiz que fôsseis levados cativos,
e
orai por ela ao Senhor:
porque
na sua paz vós tereis paz.
Jr 29:8 Pois assim diz o Senhor dos
exércitos, o Deus de Israel:
Não
vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós,
nem
os vossos adivinhadores;
nem
deis ouvidos aos vossos sonhos, que vós sonhais;
Jr
29:9 porque eles vos profetizam falsamente em meu nome;
não os enviei, diz o Senhor.
Jr 29:10 Porque assim diz o Senhor:
Certamente
que passados setenta anos em Babilônia,
eu
vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra,
tornando
a trazer-vos a este lugar.
Jr
29:11 Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós,
diz
o Senhor; planos de paz, e não de mal,
para
vos dar um futuro e uma esperança.
Jr
29:12 Então me invocareis, e ireis e orareis a mim,
e
eu vos ouvirei.
Jr
29:13 Buscar-me-eis, e me achareis,
quando
me buscardes de todo o vosso coração.
Jr
29:14 E serei achado de vós, diz o Senhor,
e
farei voltar os vossos cativos,
e
congregarvos-ei de todas as nações,
e
de todos os lugares para onde vos lancei,
diz
o Senhor;
e
tornarei a trazer-vos ao lugar de onde vos transportei.
Jr
29:15 Porque dizeis:
O
Senhor nos levantou profetas em Babilônia;
Jr
29:16 portanto assim diz o Senhor a respeito do rei
que
se assenta no trono de Davi, e de todo o povo que habita
nesta
cidade, vossos irmãos,
que
não saíram convosco para o cativeiro;
Jr
29:17 assim diz o Senhor dos exércitos:
Eis
que enviarei entre eles a espada, a fome e a peste
e
fá-los-ei como a figos péssimos,
que
não se podem comer, de ruins que são.
Jr
29:18 E persegui-los-ei com a espada, com a fome e com a peste;
farei
que sejam um espetáculo de terror para todos
os
reinos da terra, e para serem um motivo
de
execração, de espanto, de assobio, e de opróbrio
entre
todas as nações para onde os tiver lançado,
Jr
29:19 porque não deram ouvidos às minhas palavras, diz o Senhor,
as
quais lhes enviei com insistência pelos meus servos,
os
profetas; mas vós não escutastes, diz o Senhor.
Jr
29:20 Ouvi, pois, a palavra do Senhor, vós todos os do cativeiro
que
enviei de Jerusalém para Babilônia.
Jr
29:21 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel,
acerca
de Acabe, filho de Colaías, e de Zedequias,
filho
de Maaséias, que vos profetizam falsamente
em
meu nome:
Eis
que os entregarei na mão de Nabucodonosor,
rei
de Babilônia, e ele os matará diante
dos
vossos olhos.
Jr
29:22 E por causa deles será formulada uma maldição
por
todos os exilados de Judá que estão em Babilônia,
dizendo:
O
Senhor te faça como a Zedequias,
e
como a Acabe, os quais o rei de Babilônia assou no fogo;
Jr
29:23 porque fizeram insensatez em Israel,
cometendo
adultério com as mulheres de seus próximos,
e
anunciando falsamente em meu nome palavras que
não
lhes mandei.
Eu
o sei, e sou testemunha disso, diz o Senhor.
Jr
29:24 E a Semaías, o neelamita, falarás, dizendo:
Jr
29:25 Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel:
Porquanto
enviaste em teu próprio nome cartas a todo o povo
que
está em Jerusalém, como também a Sofonias,
filho
de Maaséias, o sacerdote,
e
a todos os sacerdotes, dizendo:
Jr
29:26 O Senhor te pôs por sacerdote em lugar de Jeoiada,
o
sacerdote, para que fosses encarregado da casa do Senhor,
sobre
todo homem obsesso que profetiza,
para
o lançares na prisão e no tronco;
Jr
29:27 agora, pois, por que não repreendeste a Jeremias,
o
anatotita, que vos profetiza?
Jr
29:28 Pois que até nos mandou dizer em Babilônia:
O
cativeiro muito há de durar; edificai casas, e habitai-as;
e
plantai jardins, e comei do seu fruto.
Jr
29:29:29 E lera Sofonias, o sacerdote,
esta
carta aos ouvidos de Jeremias, o profeta.
Jr
29:30 Então veio a palavra do Senhor a Jeremias, dizendo:
Jr
29:31 Manda a todos os do cativeiro, dizendo:
Assim
diz o Senhor acerca de Semaías, o neelamita:
Porquanto
Semaías vos profetizou,
quando
eu não o enviei,
e
vos fez confiar numa mentira,
Jr
29:32 portanto assim diz o Senhor:
Eis
que castigarei a Semaías, o neelamita,
e
a sua descendência; ele não terá varão que habite
entre
este povo, nem verá ele o bem que hei de fazer
ao
meu povo, diz o Senhor, porque pregou
rebelião
contra o Senhor.
No verso 29, temos que Sofonias, o
sacerdote, leu esta carta aos ouvidos de Jeremias, o profeta, mas ai vem a
palavra do Senhor para Jeremias repreendendo veementemente a Semaías como tendo
sido falso profeta e feito com que lhe dessem crédito, o que não teria o Senhor
pedido isso.
Comparando-se as ameaças feitas a Semaías
com as feitas a Hananias (28.15-16), veremos que terrível coisa é pregar
rebelião contra o Senhor. Ele não veria o bem que o Senhor haveria de fazer. Uma
justiça irônica para quem anunciou o "bem" de maneira precipitada e
sem conhecer a mente do Senhor.
As Escrituras como revelação: A
Bíblia é a Palavra de Deus?
A teologia reformada enfatiza que Deus é
transcendente sobre a sua criação. Sua transcendência cria uma distância tal
entre ele e a humanidade que só podemos conhecer a Deus se ele condescender em
se revelar a nós, o que ele faz de várias maneiras, tanto mediante os aspectos
típicos da criação (revelação geral) quanto por meio de interações providenciais
com o seu povo como seus profetas e apóstolos investidos de autoridade que
escreveram as Escrituras (revelação especial). A teologia reformada procura
fundamentar-se inteiramente na revelação que Deus fez de si mesmo, e não em
especulações humanas acerca de Deus, e confia somente nas Escrituras como o
único padrão infalível pelo qual toda revelação deve ser julgada.
Outros livros, especialmente textos
antigos associados a Israel, são de grande valor para os cristãos. Ainda assim,
desde o seu início, a teologia reformada aceitou os sessenta e seis livros da
Bíblia como único registro, interpretação e explicação absolutamente inquestionável
da autorrevelação de Deus. Logo, chamamos esse conjunto de livros que
constituem a Bíblia de cânon (que significa "medida" ou
"padrão").
Num sentido, as Escrituras são o
testemunho fiel de pes-soas piedosas acerca do Deus que amaram e serviram. Num
outro sentido, porém, são a revelação que o próprio Deus fez de si mesmo
mediante a inspiração do Espírito Santo (2Tm 3.16). A igreja chama esses
escritos de Palavra de Deus porque, em última análise, o seu autor é o próprio
Deus.
A crença na revelação divina na forma
escrita já existia nas práticas de sacerdotes do antigo Oriente Próximo que
registravam as palavras dos deuses por escrito. Em Israel, a revelação escrita
teve início, se não antes, na ocasião em que Deus gravou os Dez Mandamentos em
tábuas de pedra e inspirou Moisés a escrever as leis e a história dos cinco
pri-meiros livros da Bíblia (Êx 32.15-16; 34.1,27-28; Nm 33.2; Dt 31.9).
A verdadeira devoção em Israel sempre
teve como elemento central a prática da revelação escrita na vida diária, tanto
para líderes quanto para o povo em geral (Js 1.7-8; 2Rs 17.13; 22.8-13, 1Cr
22.12-13, Ne 8; SI 119). Esse mesmo princípio de que a vida toda deve ser
governada pelas Escrituras norteia o Cristianismo de hoje.
Os cristãos acreditam que a Bíblia é a
Palavra de Deus por vários motivos (CFW 1.5). Uma corroboração essencial para
essa afirmação é o testemunho de Cristo e de seus apóstolos. Nosso conhecimento
acerca de Cristo e seus apóstolos é proveniente da Bíblia, mas eles também
deram testemunho da autoridade das Escrituras. Jesus considera-va a Bíblia de
sua época (correspondente ao nosso Antigo Testamento) a instrução escrita de
seu Pai celestial que ele devia obedecer (Mt 4.4,7,10; 5.17-20; 19.4-6;
26.31,52-54; Lc 4.16-21; 16.17; 18.31-33, 22 37; 24.25-27,45-47; Jo 10.35) e
cumprir (Mt 26.24; Jo 5.46). Paulo descreve o Antigo Testamento como sendo
inteiramente "inspirado por Deus" e escrito com o propósito de
ensinar a fé cristã (2Tm 3.15-17; veja também Rm 15 4; 1Co 10.11). Pedro afirma
a origem dos ensinamentos bíblicos em 1 Pe 1 .1 0-1 2 e 2Pe 1.21, e o escritor
de Hebreus cita o Antigo Testamento de maneiras que evidenciam a sua autoridade
(Hb 1.5-13; 3.7; 4.3; 10.5-7,15-17; cf. At 4.25; 28.25-27).
Uma vez que o ensino dos apóstolos a
respeito de Cristo é a verdade revelada (1 Co 2.12-13), a igreja está cor-reta
ao considerar que os ensinamentos apostólicos reuni-dos no Antigo Testamento
completam as Escrituras. Pedro coloca as epístolas de Paulo no mesmo nível que
o restante das Escrituras (2Pe 3.15-16) e Paulo cita o Evangelho de Lucas como
parte das Escrituras em 1 Tm 5.18 (Lc 10.7).
As palavras das Escrituras são palavras
de Deus. Assim, todo o seu conteúdo variado — histórias, profecias, poe-mas,
cânticos, textos sapienciais, sermões, estatísticas, epís-tolas, etc. — deve
ser recebido como sendo proveniente de Deus e tudo o que os escritores bíblicos
ensinaram deve ser reverenciado como instrução que tem autoridade divina. Essa
convicção é o foco da doutrina reformada Sola Scriptura (Somente as
Escrituras), a crença de que a Bíblia é a única revelação absoluta,
inquestionável e com autoridade para o povo de Deus Os cristãos devem ser
gratos a Deus pela dádiva de sua Palavra escrita e atentar para a impor ância
de basear a sua fé e a sua vida nessa verdade.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.