domingo, 26 de abril de 2015
domingo, abril 26, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 27:1-36 - UM CÂNTICO FÚNEBRE PARA TIRO.
II. PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
(25.1-32.32).
A. Amom (25.1-7) – já vista; B. Moabe (25.8-11) – já vista; C. Edom (25.12-14) – já vista; D. Filístia (25.15-17) – já vista; E. Fenícia (26.1-28.26) – veremos agora; F. Egito (29.1-32.32).
E. Fenícia (26.1-28.26) - continuação.
Como já dissemos, doravante até o capítulo
28, veremos as palavras proféticas contra a Fenícia, vizinhos de Israel,
principalmente Tiro (26.1-28.19).
Os capítulos se dividirão em cinco
subseções, cada uma introduzida pela frase "veio a mim a palavra do SENHOR": 1. Profecia de julgamento
contra Tiro (26.1-21) – já vimos; 2.
Lamento por Tiro (27.1-36) – veremos
agora; 3. Profecia de julgamento contra o rei de Tiro (28.1-10); 4. Lamento
pelo rei de Tiro (28.11-19); e, 5. Profecia de julgamento contra Sidom
(28.20-26).
2. Lamento por Tiro (27.1-36).
Neste capítulo veremos um lamento do
profeta por Tiro. Para demonstrar a severidade do julgamento que se aproximava
contra Tiro, Ezequiel fez um lamento em favor da cidade minada.
Veio novamente a palavra do Senhor ao seu
servo e lhe dizendo para ele levantar uma lamentação sobre Tiro que habitava na
entrada do mar e negociava com muitas ilhas.
Tiro se achava perfeita em sua formosura –
vs. 3. A metáfora do navio era especialmente adequada à cidade insular de Tiro.
Nenhuma despesa havia sido economizada na sua construção (vs. 3-9). Ela havia
sido construída com os materiais mais finos sem atentar para os custos,
detalhes luxuosos haviam sido usados para o acabamento e era dirigida por uma
tripulação experiente.
Ela estava situada no coração dos mares,
onde estavam os seus termos e de ciprestes de Senir - nome amorreu para o monte
Hermom (Dt 3.9) – é que foram feitas todas as suas tábuas. Os remos com
carvalho de Basã, os bancos com marfim engastado em buxo das ilhas de Quitim.
Ele continua a descrever a cidade e todos
os povos que com Tiro se interagiam e tinham envolvimento militar, comercial,
de negócios. Ele descreve cada detalhe na tentativa de nos passar uma ideia
dessa importante cidade que se achava muito bela e importante.
Os exércitos mercenários de Tiro vinham da
Pérsia, da Lídia (uma região no extremo oeste da península de Anatólia) e de Pute
(parte da Líbia). Eles também tinham os filhos de Arvade – vs. 11 - cilicia, na
região nordeste do Mediterrâneo, em seus muros e os gamaditas - a identidade de
Gamade é incerta, mas provavelmente era uma região no norte da Síria – nas suas
torres.
Dos versos de 12 ao 24, ele vai elencando
cada cidade, começando de Társis até chagar a Quilmade. A lista de parceiros
comerciais está em ordem geográfica, começando no extremo oeste com Társis
(Tartessus na Espanha) e prosseguindo até Dedã (v. 15), no leste do
Mediterrâneo. Então começa no sul com a Síria (v. 16) e prossegue para o norte
até Damasco (v. 18) e finalmente até a Arábia e a Mesopotâmia.
Tubal e Meseque, do vs. 13, são povos da
Ásia Menor (32.26; 38.2-3; 39.1; Gn 10.2; 1Cr 1.5), na região a nordeste do
Mediterrâneo; são também conhecidos a partir de inscrições assírias. Havia, na
época, muito comércio de homens que eram negociados como mercadorias entre os
poderosos. Sobre o tráfico de escravos em Tiro seria muito oportuno refletirmos
em JI 3.3-8.
Cada um desses povos tinha interesses
comerciais e negociavam com Tiro que se aproveitava disso tornando-se cada vez
mais rica e poderosa.
·
Tarsis
comercializavam sua prata, ferro, estanho, e chumbo pelas mercadorias de Tiro.
·
Juvá,
Tubal e Meseque comercializavam escravos e objetos de bronze.
·
Os
da casa de Togarma - uma região do nordeste da Ásia Menor – comercializavam cavalos
e ginetes e machos.
·
Os
homens de Dedã comercializavam dentes de marfim e pau de ébano.
·
A
Síria comercializava granadas, púrpura, obras bordadas, linho fino, corais e
rubis
·
Judá
e a terra de Israel comercializavam o trigo de Minite (localizada a leste do
Jordão perto de Rabá, dos amonitas - atual Amã -, embora a localização dessa
cidade não tenha sido identificada com certeza - Jz 11.33.), cera, mel, azeite
e bálsamo. Tiro, como um poder marítimo, provavelmente não era autossuficiente
em produtos de agricultura; várias vezes a Bíblia menciona o comércio de
produtos alimentícios que havia entre Tiro e Israel (1Rs 5.9-11; 2Cr 2.10; Ed
3.7; Ne 13.16; At 12.20).
·
Damasco
negociava com vinho de Helbom (cidade a nordeste de Damasco. Textos acacianos e
historiadores gregos mencionam o vinho dessa região) e lã branca de Saar (provavelmente
perto de Helbom, mas quanto ao mais, desconhecida).
·
Dã
ou Vedã (esses dois termos representam uma dificuldade textual muito debatida.
Em lugar de Dã, alguns eruditos leem "Vedã" - cf. Gn 10.2,4, 1 Cr
1.5,7) e Javã de Uzal trocavam lã fiada pelas tuas manufaturas; ferro polido,
cássia e cálamo aromático.
·
Dedã
negociava mantas para cavalos.
·
A
Arábia negociava cordeiros, carneiros e bodes.
·
Sabá
e Raamá comercializavam especiarias, pedras preciosas e ouro.
·
Harã,
e Cané (uma cidade no norte da Síria - Is 10.9, "Calno") e Edem (isto
é, Bete-Éden uma cidade situada entre os rios Eufrates e Balique - Am 1.5; 2Rs
19.12; Is 37.12), os mercadores de Sabá, Assur e Quilmade (pode representar
toda a Média) comercializavam roupas escolhidas, em agasalho de azul e de obra
bordada, e em cofres de roupas preciosas, amarrados com cordas e feitos de
cedro.
Dos versos de 25 ao 36, Tiro se parecia com
um grande navio no mar, carregado com carga pesada. Era inimaginável que Tiro,
um navio metafórico, pudesse afundar. Mas sua força, riqueza e habilidade não
eram capazes de competir com os mares que obedeciam ao comando de Deus.
O destino de Tiro seria uma advertência
para as outras nações.
Ez 27:2 Tu
pois, ó filho do homem,
levanta
uma lamentação sobre Tiro;
Ez 27:3 e
dize a Tiro, que habita na entrada do mar,
e
negocia com os povos em muitas ilhas:
Assim
diz o Senhor Deus:
ó Tiro, tu
dizes:
Eu
sou perfeita em formosura.
Ez 27:4 No
coração dos mares estão os teus termos;
os
que te edificaram aperfeiçoaram a tua formosura.
Ez 27:5 De
ciprestes de Senir fizeram todas as tuas tábuas;
trouxeram
cedros do Líbano para fazerem um mastro para ti.
Ez 27:6
Fizeram os teus remos de carvalhos de Basã;
os
teus bancos fizeram-nos de marfim engastado
em
buxo das ilhas de Quitim.
Ez 27:7 Linho
fino bordado do Egito era a tua vela,
para
te servir de estandarte; de azul,
e
púrpura das ilhas de Elisá era a tua cobertura.
Ez 27:8 Os
habitantes de Sidom e de Arvade eram os teus remadores;
os
teus peritos, ó Tiro, que em ti se achavam,
esses
eram os teus pilotos.
Ez 27:9 Os
anciãos de Gebal e seus peritos eram em ti
os
teus calafates; todos os navios do mar
e
os seus marinheiros se achavam em ti,
para
tratarem dos teus negócios.
Ez 27:10 Os
persas, e os lídios, e os de Pute eram no teu exército
os
teus soldados; penduravam em ti o escudo e o capacete;
aumentavam
o teu esplendor.
Ez 27:11 Os
filhos de Arvade e o teu exército
estavam
sobre os teus muros em redor,
e
os gamaditas nas tuas torres;
penduravam os
seus escudos nos teus muros em redor;
aperfeiçoavam
a tua formosura.
Ez 27:12
Társis negociava contigo,
por
causa da abundância de toda a casta de riquezas;
seus
negociantes trocavam pelas tuas mercadorias
prata,
ferro, estanho, e chumbo.
Ez 27:13
Javã, Tubál e Meseque eram teus mercadores;
pelas
tuas mercadorias trocavam as pessoas de homens
e
vasos de bronze.
Ez 27:14 Os
da casa de Togarma trocavam pelas tuas mercadorias
cavalos
e ginetes e machos;
Ez 27:15 os
homens de Dedã eram teus mercadores;
muitas
ilhas eram o mercado da tua mão;
tornavam
a trazer-te em troca de dentes de marfim
e
pau de ébano.
Ez 27:16 A
Síria negociava contigo por causa da multidão
das
tuas manufaturas; pelas tuas mercadorias
trocavam
granadas, púrpura, obras bordadas,
linho
fino, corais e rubis.
Ez 27:17 Judá
e a terra de Israel eram teus mercadores;
pelas
tuas mercadorias trocavam
o
trigo de Minite, cera, mel, azeite e bálsamo.
Ez 27:18 Por
causa da multidão das tuas manufaturas,
por
causa da multidão de toda a sorte de riquezas,
Damasco
negociava contigo em vinho de Helbom e lã branca.
Ez
27:19 Vedã e Javã de Uzal trocavam lã fiada
pelas
tuas manufaturas; ferro polido, cássia
e
cálamo aromático
achavam-se
entre as tuas mercadorias.
Ez 27:20 Dedã
negociava contigo em suadouros para cavalgar.
Ez 27:21
Arábia e todos os príncipes de Quedar
também
eram os mercadores ao teu serviço;
em
cordeiros, carneiros e bodes,
nestas
coisas negociavam contigo.
Ez 27:22 Os
mercadores de Sabá e Raamá
igualmente
negociavam contigo;
pelas
tuas mercadorias trocavam
as
melhores de todas as especiarias
e
toda a pedra preciosa e ouro.
Ez 27:23
Harã, e Cané e Edem os mercadores de Sabá,
Assur
e Quilmade eram teus mercadores.
Ez 27:24
Estes negociavam contigo em roupas escolhidas,
em
agasalho de azul e de obra bordada,
e
em cofres de roupas preciosas, amarrados com cordas
e
feitos de cedro.
Ez 27:25 Os
navios de Társis eram as tuas caravanas
para
a tua mercadoria; e te encheste,
e
te glorificaste muito no meio dos mares.
Ez 27:26 Os
teus remadores te conduziram sobre grandes águas;
o
vento oriental te quebrantou no meio dos mares.
Ez 27:27 As
tuas riquezas, os teus bens, as tuas mercadorias,
os
teus marinheiros e os teus pilotos, os teus calafates,
e
os que faziam os teus negócios,
e
todos os teus soldados, que estão em ti,
juntamente
com toda a tua companhia,
que
está no meio de ti,
se submergirão no meio dos mares no dia da tua
queda.
Ez 27:28 Ao
estrondo da gritaria dos teus pilotos
tremerão
os arrabaldes.
Ez 27:29 E
todos os que pegam no remo, os marinheiros,
e
todos os pilotos do mar descerão de seus navios,
e
pararão em terra,
Ez
27:30 e farão ouvir a sua voz sobre ti,
e
gritarão amargamente;
lançarão
pó sobre as cabeças,
e
na cinza se revolverão;
Ez
27:31 e se farão calvos por tua causa,
e
se cingirão de sacos,
e
chorarão sobre ti com amargura de alma,
com
amarga lamentação.
Ez 27:32 No
seu pranto farão uma lamentação sobre ti, na qual dirão:
Quem
foi como Tiro, como a que está reduzida
ao
silêncio no meio do mar?
Ez 27:33
Quando as tuas mercadorias eram exportadas pelos mares,
fartaste
a muitos povos; com a multidão das tuas riquezas
e
das tuas mercadorias,
enriqueceste
os reis da terra.
Ez 27:34 No
tempo em que foste quebrantada pelos mares,
nas
profundezas das águas,
caíram
no meio de ti todas as tuas mercadorias
e
toda a tua companhia.
Ez 27:35
Todos os moradores das ilhas estão a teu respeito
cheios
de espanto; e os seus reis temem em grande maneira,
e
estão de semblante perturbado.
Ez 27:36 Os
mercadores dentre os povos te dão vaias;
tu
te tornaste em grande espanto,
e
não mais existiras.
Os povos estavam tristes com o destino de
Tiro que tinha se enchido e se glorificado no meio dos mares. Mas foram seus próprios
remadores que a conduziram para o alto mar onde o vento oriental a quebrantou
no meio dos mares.
Tudo o que ela tinha, riquezas, bens, mercadorias,
marinheiros e os seus pilotos, calafates, os que faziam negócios, todos os soldados,
se submergiram no meio dos mares no dia da sua queda.
Todos haveriam de se lamentar e chorar,
lançando pó sobre as cabeças e em cinzas se revolvendo, se fazendo de calvos
por ela e chorando amargamente com amarga lamentação e dizendo: Quem pode se comprar a Tiro, que agora está
em silêncio no meio do mar?
E agora, o que acontecerá conosco, diziam
todos os moradores do litoral que estavam apavorados. Tinha chegado o seu fim e
isso os assustava por que temiam que o mesmo se sucedesse também com eles.
...
1 comentários:
Boa apresentação
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.