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sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Efésios 3-21 - A SOBERANIA DE DEUS EM PAULO, PRISIONEIRO DE CRISTO, NÃO DO SISTEMA.

Como já dissemos, Paulo escreveu aos efésios com o objetivo de ensinar aos cristãos o quanto é maravilhoso ser a igreja de Cristo e quais são as implicações práticas disso. Estamos no capítulo 3/6.
Breve síntese do capítulo 3.
Paulo escreveu esta epístola de uma prisão. Ele tinha sido preso e com certeza não foi preso porque fez algo errado e mereceu justo castigo, antes por que pregava o evangelho.
Não se percebe em Paulo raízes de amargura, lamentos, queixas de sua sorte, desconforto, ódio de seus algozes, antes, preocupação em evangelizar, mesmo dentro da prisão. Ele tinha certeza de que Deus governava a sua vida e não podia ser dela administrador, mas confiava que estava sendo administrado por Deus.
Paulo sabia o que é um Deus poderoso e soberano. Nisto, ele é igual a Jesus que em si tinha uma forte noção da soberania de Deus. Quer saber de outro que assim também agia? Davi! Pare de se lamentar! Aprenda com Paulo que você é “prisioneiro de Cristo”! Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. COMPREENDENDO AS BÊNÇÃOS DA IGREJA (2.1-3.21)
Nós estamos vendo que compreender o que Deus fez para os crentes é essencial para fortalecer a igreja. Paulo enfatizou que Deus abençoa a igreja ao dar aos crentes a vida eterna, unindo-os uns aos outros e dando-lhes a capacidade de perseverar na fé.
Seguindo a divisão proposta da BEG, nós dividimos essa parte III em quatro seções: A. Vivificado em Cristo (2.1-10) – já vimos; B. Unidos em Cristo (2.11-22) – já vimos; C. Paulo e o mistério divino (3.1-13) – veremos agora; e, D. Força para a igreja (3.14-21) – veremos agora.
C. Paulo e o mistério divino (3.1-13).
Veremos nos próximos 13 versículos, Paulo e o mistério divino. Paulo já estava pronto para orar para que seus leitores gentios fossem preenchidos com a presença de Cristo e estivessem habilitados a compreender as verdades do cap. 2 sobre o amor e o poder do seu Redentor (vs. 14-21).
Porém, antes de continuar, ele fez uma digressão (vs. 2-13) para explicar a natureza do seu próprio ministério e sua visão da unidade entre judeus e gentios em Cristo.
Ele começa dizendo de si mesmo que era prisioneiro de Cristo Jesus e não uma vítima do sistema. Paulo estava em prisão domiciliar em Roma (At 28.16,30).
Ele entende que isso estava se dando por amor a eles, gentios. Havia na vida de Paulo a graça de Deus a favor deles, por isso expunha ele sua responsabilidade imposta por Deus a ele a favor deles.
A responsabilidade na vida de Paulo imposta pela graça de Deus era o mistério que lhe foi dado conhecer por revelação. Foi o Espírito Santo quem revelou aos santos apóstolos e profetas de Deus. O silêncio do Antigo Testamento sobre o mistério de Paulo - igualdade e unidade radicais entre judeus e gentios na igreja (vs. 6) - era relativo, não absoluto.
Um exemplo notável de sua antecipação é vista em Is 19.25, onde o profeta aguardava um dia em que Deus declararia, "Bendito seja o Egito, meu povo, e a Assíria, obra de minhas mãos, e Israel, minha herança".
Se a ideia de unidade e igualdade entre judeus e gentios estivesse completamente ausente do Antigo Testamento, Paulo não poderia ter insistido, como ele fez em Rm 4, que a aliança de Abraão incluía todos aqueles que tivessem a mesma fé de Abraão (incluindo os gentios).
Paulo também não poderia ter-se colocado diante de Agripa e insistido que a sua proclamação de luz tanto para os judeus como para os gentios nada mais era do que o que havia sido prometido pelos profetas e por Moisés (At 26.22-23), aos seus santos apóstolos e profetas.
O mistério não era uma revelação secreta recebida apenas por Paulo. Lembre-se da experiência de Pedro em At 10-11 e suas implicações para a questão da circuncisão dos gentios em At 15.7-11.
Esse mistério era que mediante o evangelho os gentios são coerdeiros com Israel, membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa em Cristo Jesus – vs. 6.
A despeito de eventuais vislumbres de uma raça humana unificada, é apenas sob a luz do verdadeiro sacrifício de Cristo que fica claro que o plano de Deus desde o começo era eliminar, com um golpe magnífico e decisivo, a inimizada entre ele e a humanidade e erradicar as divisões que fraturavam a humanidade (2.14-18).
Em Romanos, Paulo refletiu sobre a maneira não natural pela qual Deus incluiu os gentios entre o povo de Deus: eles eram um ramo bravo enxertado (contrario à prática normal da agricultura) numa oliveira cultivada (Rm 11.11-24).
Ao afirmar que em Cristo os gentios compartilham privilégios idênticos aos dos judeus, Paulo demonstrou a profundidade desse enxerto.
Compare o progresso da descrição que Paulo faz de si mesmo em 1Co 15.9 com Ef 3.8; 1Tm 1.15-16. Paulo se tornou ministro pelo dom da graça de Deus, concedida a ele pela operação de poder divino. Embora ele se achava o menor dos menores dentre todos os santos, a ele foi concedida a graça de anunciar aos gentios as insondáveis riquezas de Cristo e esclarecer a todos a administração deste mistério que, durante as épocas passadas, foi mantido oculto em Deus, que criou todas as coisas – vs. 7 a 9.
A intenção dessa graça de Deus era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais, de acordo com o seu eterno plano que ele realizou em Cristo Jesus, nosso Senhor, por intermédio de quem temos livre acesso a Deus em confiança, pela fé nele – vs. 10-12.
Paulo já havia mencionado "o príncipe da potestade do ar" (2.2) e retornaria à batalha dos cristãos contra os seus inimigos celestiais (6.10-17). É útil relembrar a sua controvérsia com os falsos mestres em Colossos.
Ele havia argumentado em sua epístola àquela igreja que Jesus é Senhor de todas as coisas, incluindo o mundo espiritual, e também que é em Jesus, e em Jesus apenas, que céu e terra são reconciliados (Cl 1.15-20; 2.8-23).
Portanto, Paulo via o estabelecimento da paz entre judeus e gentios na igreja como um sinal para os poderes cósmicos.
Do ponto de vista de sua cultura, não havia maior divisão na raça humana do que entre judeus e gentios. O fato de eles poderem ser unificados radicalmente uns com os outros em Cristo era uma demonstração da profunda sabedoria de Deus (Is 55.8-9; 1Co 2.6-10), e servia como prova para os poderes celestiais de que Jesus é realmente Senhor do universo (1.20-23).
Paulo os exorta a não se desanimarem por causa das suas cadeias e tribulações, pois elas eram para o bem deles e do povo de Deus. Nossos olhos não podem mais examinar os fatos históricos apenas humanamente, mas temos de ter a mente de Cristo e entender a soberania de Deus nos governos deste mundo.
D. Força para a igreja (3.14-21).
Dos vs. 14 ao 21, Paulo orou para que o Espírito Santo fortalecesse e iluminasse os crentes efésios para que eles perseverassem na fé e oferecessem louvor maior a Deus.
Paulo se punha de joelhos, mas normalmente, os judeus oravam de pé (Mt 6.5; Mc 11.25; Lc 18.11,13). Aparentemente, ajoelhar-se era uma postura de humildade e urgência maiores que o habitual (Ed 9.5; Mt 26.39; Lc 22.41; At 7.59-60; Fp 2.10).
Esse versículo introduz a oração que Paulo havia quase começado no vs. 1.
As palavras gregas para "pai" e "família" são semelhantes. Então, a tradução no vs. 15 poderia ser "toda paternidade"; se isso for aceito, indica que todos os relacionamentos de paternidade (ou seja, familiares), terrenos e celestiais, têm sua origem num Pai celestial. no céu. A literatura intertestamentária e rabínica dos judeus fazem referência a famílias de anjos.  
A oração de Paulo era para que o Senhor os fortalecesse, por meio do seu Espírito, no homem interior ou no profundo ou íntimo do seu ser. Essa é uma das maneiras mais precisas entre as usadas por Paulo para falar a respeito da obra do Espírito no interior dos indivíduos (2Co 5.17).
Grande parte de Efésios trata do sentido de identidade corporativa dos crentes (1.10-14; 2.14-18,21-22; 3.6,10; 4.3-6,12-16,25; 4.32-5.2; 5.19; 5.21-6.9). Mas Cristo também reside no coração de cada um.
O Cristianismo não é uma confissão geral para a exclusão da experiência individual, nem uma crença privada sem visão corporativa. O Cristianismo, em toda a sua extensão, é tanto uma como outra.
Ele orava para que o Senhor os fortalecesse, por meio do seu Espírito, no homem interior ou no profundo ou íntimo do seu ser para que Cristo habitasse em seus corações mediante a fé.
Também orava para que eles fossem arraigados e alicerçados em amor. Isso provavelmente se refere ao amor dos crentes uns pelos outros e é o ponto de partida para o que se segue.
Sendo assim, poderiam eles, juntamente com todos os santos, compreender – vs. 18 - qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade.
Paulo provavelmente pretendia que essas dimensões espaciais (substantivos em vez de adjetivos em grego) trouxessem a imagem do templo de 2.21 “no qual todo o edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário santo no Senhor” viesse à mente dos leitores. Como pedras vivas e unidas em amor, a moradia de Deus cresce e é preenchida pelo próprio Cristo.
E ainda – vs. 19 – para compreender e conhecer o amor de Cristo que excede todo o conhecimento para que todos fôssemos cheios de toda a plenitude de Deus.
Deus usa o amor que é compartilhado "com todos os santos" - judeus e gentios - para construir um todo que é maior que qualquer uma das partes individuais e, nesse cenário, dar a cada um deles uma compreensão maior do amor de Cristo do que eles poderiam obter individualmente.
Alternativamente, Paulo pode ter pretendido que a sua linguagem espacial fosse considerada de maneira menos concreta, talvez como uma oração para que, por meio do amor mútuo, os crentes pudessem compreender ainda mais sobre o amor de Cristo por eles - que ele é inclusivo, inesgotável, dignificante e altruísta.
A primeira metade da carta termina – vs. 20 e 21 – com uma exaltação e glorificação de Deus que é capaz de nos surpreender sempre e fazer infinitamente mais do que tudo o que possamos pedir e mesmo pensar, conforme o seu poder que já opera em nós - veja também 1.19-23; 2.5-6.
Ele descreve o poder impressionante de Deus que realiza o seu plano infinitamente gracioso (2.7) e inquestionavelmente sábio (3.10) para a reconciliação da raça humana.
Enquanto o poder vem de Deus, a glória vai para ele na igreja e em Cristo Jesus. Perceba a relação mútua entre:
·         O corpo e a sua cabeça (1.22-23).
·         O reconciliado e o reconciliador (2.14-18; 4.3).
·         A noiva e seu noivo (5.22-33).
Deus é glorificado em Cristo e na igreja, na História e por toda a eternidade.
Ef 3:1 Por esta causa eu, Paulo,
sou o prisioneiro de Cristo Jesus,
por amor de vós, gentios,
Ef 3:2 se é que tendes ouvido a respeito
da dispensação da graça de Deus
a mim confiada para vós outros;
Ef 3:3 pois, segundo uma revelação,
me foi dado conhecer o mistério,
conforme escrevi há pouco, resumidamente;
Ef 3:4 pelo que, quando ledes, podeis compreender
o meu discernimento do mistério de Cristo,
Ef 3:5 o qual, em outras gerações,
não foi dado a conhecer aos filhos dos homens,
como, agora, foi revelado
aos seus santos apóstolos
e profetas, no Espírito,
Ef 3:6 a saber, que os gentios são
co-herdeiros,
membros do mesmo corpo
e co-participantes da promessa em Cristo Jesus
por meio do evangelho;
Ef 3:7 do qual fui constituído
ministro conforme o dom da graça de Deus
a mim concedida
segundo a força operante do seu poder.
Ef 3:8 A mim, o menor de todos os santos,
me foi dada esta graça de pregar aos gentios
o evangelho
das insondáveis
riquezas de Cristo
Ef 3:9 e manifestar qual seja
a dispensação do mistério,
desde os séculos,
oculto em Deus,
que criou todas as coisas,
Ef 3:10 para que, pela igreja,
a multiforme sabedoria de Deus
se torne conhecida, agora,
dos principados
e potestades nos lugares celestiais,
Ef 3:11 segundo o eterno propósito que estabeleceu
em Cristo Jesus,
nosso Senhor,
Ef 3:12 pelo qual
temos ousadia
e acesso com confiança,
mediante a fé nele.
Ef 3:13 Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas tribulações por vós,
pois nisso está a vossa glória.
Ef 3:14 Por esta causa,
me ponho de joelhos diante do Pai,
Ef 3:15 de quem toma o nome toda família,
tanto no céu como sobre a terra,
Ef 3:16 para que, segundo a riqueza da sua glória,
vos conceda que sejais fortalecidos com poder,
mediante o seu Espírito no homem interior;
Ef 3:17 e, assim,
habite Cristo no vosso coração,
pela fé,
estando vós arraigados
e alicerçados em amor,
Ef 3:18 a fim de poderdes compreender,
com todos os santos,
qual é a largura,
e o comprimento,
e a altura,
e a profundidade
Ef 3:19 e conhecer
o amor de Cristo,
que excede todo entendimento,
para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.
Ef 3:20 Ora, àquele que é poderoso
para fazer infinitamente mais do que tudo
quanto pedimos ou pensamos,
conforme o seu poder que opera em nós,
Ef 3:21 a ele seja
a glória,
na igreja
e em Cristo Jesus,
por todas as gerações,
para todo o sempre.
Amém!
Paulo constantemente lembrava seus ouvintes de que era um pregador do evangelho, ele que era o menor de todos os santos, lhe foi dada esta graça de pregar aos gentios o evangelho das insondáveis riquezas de Cristo. Ele entendia esta sua missão não como um fardo, mas como uma graça!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.