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terça-feira, 19 de maio de 2015

Daniel 2:1-49 - DANIEL REVELA O SONHO DE NABUCODONOSOR, REI DA BABILÔNIA

Estamos estudando o livro de Daniel que basicamente se divide um duas partes principais, as suas narrativas, até o capítulo 6 e as suas visões, do 7 ao 12. Estamos vendo agora as suas narrativas. Ressaltamos que as histórias de Daniel e de seus amigos ilustram a fidelidade deles a Deus e a supremacia de Deus sobre todas as nações.
Como já dissemos, esta primeira parte foi dividida, seguindo a estruturação da BEG, em seis seções: A. a defesa de Daniel e de seus amigos (1.1-21) – já vimos; B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49) – veremos agora; C. Livramento da fornalha (3.1-30); D. O segundo sonho de Nabucodonosor (4.1-37); E. O julgamento de Belsazar (5.1-31); e, F. O livramento de Daniel da cova dos leões (6.1-28).
B. O sonho de Nabucodonosor (2.1-49).
Este foi o primeiro dos sonhos de Nabucodonosor. Enquanto a serviço de Nabucodonosor, Daniel interpretou os sonhos do rei, demonstrando que era grandemente abençoado por Deus, e que Deus estava dirigindo a História para o estabelecimento do seu reino.
O fato se deu no segundo ano do reinado de Nabucodonosor – conforme sistema de datação babilônico do ano da ascensão - quando ele teve uns sonhos e seu espírito muito se perturbou e o seu sono foi-se embora. Muito provavelmente depois daquela sabatina pela qual passaram os 4 jovens que foram tidos por dez vezes mais sábios que os outros, conforme o rei babilônico.
Como Daniel e seus amigos somente foram apresentados 3 anos depois ao rei, conforme preparativos pelos quais teriam de passar para se avistarem com o rei, a contagem de tempo parece contraditória aqui, mas não é, se considerarmos que o primeiro ano de treinamento era considerado o “ano da ascensão”.
No antigo Oriente Próximo, era amplamente aceito que os deuses falavam aos seres humanos por meio dos sonhos. A agitação de Nabucodonosor é compreensível, pois o sonho tinha implicações para o futuro do seu reino.
Quando uma pessoa não se conseguia se lembrar de um sonho que tivera, era crido que isso era sinal de que a divindade estava irada com ela.
A primeira coisa que ocorre ao rei por causa de seu sonho é chamar os magos, os encantadores, os adivinhadores e os caldeus, aqueles praticantes de adivinhação que fazem uso de meios como a feitiçaria. Suas atividades eram proibidas por Deus (Êx 22 18; Dt 18.10; Is 47.9,12; Jr 27.9).
Repare que na lista dos que ele mandou chamar, incluía “os caldeus”. Não se trata aqui de uma designação para um grupo étnico, mas provavelmente de uma classe de adivinhos envolvidos com astrologia. Veja 1.4; 3.8; 5.30; 9.1.
O rei então lhes disse que teve um sonho e para saber o sonho estava perturbado o seu espírito. O rei queria saber o sonho e também a sua interpretação por isso que não contava o sonho a eles.
Curiosamente, desse ponto do texto, até o final do cap. 7, o texto está escrito em aramaico e não em hebraico (Ed 4.8-6.18, também foi escrito em aramaico).
Não é clara a razão pela qual as duas línguas foram usadas, mas o aramaico pode ter sido usado para as seções que continham profecias de maior interesse para os não judeus.
Nabucodonosor formulou um plano para testar seus conselheiros. Se eles não conseguissem relatar o sonho que tiver então ele não poderia confiar na interpretação deles (veja o v. 9).
Os caldeus perguntaram ao rei então qual seria o sonho e conforme fosse, eles dariam a ele a devida interpretação, no entanto o rei insistia que eles é que deveriam contar-lhe o sonho primeiro e assim, ele saberia que eles interpretariam corretamente.
O rei estava decidido a não contar e tornou sua fala irrevogável. Agora ou eles contariam a ele o sonho ou algo terrível iria acontecer com todos eles. Se contassem o sonho e a sua interpretação receberiam presentes e dádivas, caso contrário, a morte os estaria esperando.
Pela segunda vez, como quem desconsiderando a fala anterior do rei, insistem com ele para que contasse o sonho.
O rei viu nisso uma má intenção procurando apenas ganharem tempo uma vez que sabiam tratar-se de uma resolução irrevogável da parte do rei.
Então eles desabafaram ao rei dizendo que na terra ninguém havia que pudesse revelar diante do rei, senão os deuses. Os sábios foram obrigados a confessar que eram incapazes de fazer o que o rei pedia. Eles afirmaram que apenas os deuses têm tal poder e não revelam tais coisas aos homens (veja Ex 8.18-19).
O rei muito se indignou e deu sua ordem para que matassem a todos os magos, os encantadores, os adivinhadores e os caldeus.
Em função disso foi que buscaram a Daniel e aos seus companheiros para serem mortos igualmente com os demais, mas Daniel, prudentemente e avisadamente, se dirigiu a Arioque, capitão do guarda do rei que tinha a missão da morte deles e achando graça diante dele, o convenceu a levá-lo diante do rei.
Daniel, humilhando-se, convence o rei a lhe conceder um prazo que ele tornar-se-ia um instrumento de Deus para trazer a revelação ao rei.
Daniel vai para casa e faz saber o caso aos seus demais colegas que juntos passaram a orar e a pedirem a Deus misericórdia e a revelação vinda do céu sobre este mistério.
Daniel também compreendeu que a sabedoria humana era insuficiente para responder à exigência do rei (2.11). Daniel dirigiu-se a Deus como soberano das estrelas às quais os astrólogos gentios haviam pedido orientação.
Eles se encontravam diante de um enigma que somente pode ser interpretado pela revelação de Deus. Mais tarde Daniel usou o termo como uma referência ao propósito escondido de Deus trabalhando na História (4.9).
A resposta de Deus veio a ele em visões noturnas e Daniel louvou a Deus com grande força – vs. 19.
Daniel entendeu que do Senhor é a sabedoria e a força e que ele muda os tempos e as estações, remove reis e estabelece os reis, dá sabedoria aos sábios e entendimento aos entendidos.
“A ti, ó Deus dos meus pais, eu te rendo graças e te louvo.” Daniel estava profundamente grato pela misericórdia de Deus em responder à sua oração. A revelação divina recebida por ele demonstrava um violento contraste com o silêncio das divindades falsas dos adivinhos gentios. Apenas Deus sabe todas as coisas e é soberano sobre toda a criação. Deus escolheu exaltar Daniel conferindo-lhe conhecimento especial.
Daniel estava mesmo encantado com Deus que revela o profundo e o escondido; que conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz. Ele exaltou o Deus de seus pais, e deu graças e louvor porque dele recebeu sabedoria e força; e agora Deus o fez saber o que eles pediram, ou seja, Deus os fez saber este assunto do rei. Seria interessante uma comparação entre essa oração de gratidão de Daniel com a oração de gratidão de Ana pelo filho que lhe nasceu.
Daniel, então, se dirige a Arioque e pede para ser introduzido na presença do rei, pois que já tinha a resposta que o rei desejava.
Aqui Daniel menciona apenas a interpretação do sonho. O texto assume que ele conhecia também o seu conteúdo.
Arioque o introduz à presença do rei que admirado interroga Daniel dizendo se ele seria mesmo capaz de interpretar e ainda contar-lhe o seu sonho. Daniel responde com humildade dizendo que não há na terra quem o possa fazer conforme o rei pedira.
No entanto, que havia um Deus no céu, o qual revela os mistérios. Como José havia feito no Egito (Êx 40.8; 41.16), Daniel atribui o seu conhecimento do sonho e a sua interpretação à revelação divina. Deus se mostrou superior em sua capacidade de revelar segredos e mistérios.
Daniel começa a dizer ao rei o que ele tinha em mente mesmo antes de começar a dormir. Aquele, pois, que revela os mistérios fez saber ao rei, conforme os seus pensamentos, o que há de ser no futuro. Literalmente "na parte posterior dos dias".
Essa expressão pode significar "no fim dos tempos" ou "nos últimos dias" que seria o tempo da restauração depois do exílio (veja Dt 4.30). A frase também pode se referir simplesmente ao futuro em geral (Gn 49.1; Dt 4.30; 31.29).
A Septuaginta (tradução grega do AT) a interpreta como "nos últimos dias", embora seja difícil determinar a intenção de Daniel ao usá-la.
Essa expressão grega aparece cinco vezes no Novo Testamento, duas com referência ao período que começou no Pentecoste (At 2.17; Hb 1.2) e três em relação ao fim dos tempos que precede a segunda vinda de Cristo (2Tm 3.1; Tg 5.3; 2Pe 3.3).
Depois de ele dizer ao rei os seus pensamentos antes de dormir, ele fala de si mesmo dizendo que a ele foi revelado o mistério, não por ter ele mais sabedoria que qualquer outro vivente, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesse os pensamentos do seu coração.
Daniel, em seguida, passa a descrever o sonho de Nabucodonosor. Repare que a descrição dos reinos vai da cabeça aos pés e dos materiais mais preciosos para os mais inferiores, no entanto apresenta um aumento geral em força.
Indo da cabeça para os pés da imagem, há uma diminuição tanto no valor quanto no peso dos materiais, mas um aumento geral na força. A estátua tinha claramente um topo pesado e pés frágeis.
Em seus sonhos, Nabucodonosor contemplava aquela estranha estátua e se admirava dela quando uma pedra foi cortada sem o auxílio de mãos a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmiuçou. Tudo ficou esmiuçado: o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como a pragana das eiras no estio, e o vento os levou, e não se pode achar mais nenhum vestígio deles. Já a pedra, porém, que feriu a estátua, se tornou numa grande montanha, e encheu toda a terra.
Ao contrário dos reinos representados pela estátua, essa pedra que foi cortada sem o auxílio de mãos, seria formada pelo próprio Deus.
No Antigo Testamento, a pedra é com frequência associada ao reinado; aqui ela está ligada ao próprio reino (1 Co 10.4).
É possível que Daniel tivesse em mente o Messias, o grande filho de Davi que estabeleceria o reino de Davi sobre toda a terra — incluindo as nações gentílicas (v. 35) após a restauração do exílio.
Alguns intérpretes veem a mistura de ferro e barro nos pés da imagem como representativa de uma segunda fase do quarto reino — como distintas das pernas que eram feitas de ferro sólido (cf. vs. 41-43).
Ou seja, o reino dos homens representado pela estátua foi de tal forma destruído pela pedra – o reino de Deus – que desapareceu totalmente sem deixar qualquer vestígio. No seu lugar uma montanha enorme que encheu toda a terra, ou seja, o reino de Deus sim prevalecerá sobre tudo e sobre todos levando justiça e verdade para todos os reinos.
Os quatro reinos representam os reinos dos homens, a saber: os impérios Babilônicos, Medo-Persa, Grego e Romano. O quarto reino seria constituído de um composto de povos que não se aglutinariam bem. Esforços para combinar elementos diversos do reino não seriam bem-sucedidos.
Depois, no verso 44, Daniel fala que nos dias destes reis, ou seja, alguns intérpretes presumem que a expressão "destes reis" se refere aos sucessivos reis do quarto reino. Entretanto, parece melhor compreendê-los como uma referência à sucessão dos governantes dos quatro reinos previamente mencionados nesse capítulo.
Então, nesse tempo, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído. Como outros profetas, Daniel falou do reino que seria estabelecido após o exílio como um reino permanente (por ex., Is 9.7; JI 2.26-27; Am 9.15).
O Novo Testamento explica que o reino começou com a primeira vinda de Jesus e alcançará a consumação no retorno glorioso de Cristo.
Então o rei Nabucodonosor, depois de presenciar tudo o que viu e ouviu, não resistiu, caiu com seu rosto em terra – vs. 46 - e se prostrou perante Daniel. Numa notável inversão de papéis, Daniel foi exaltado a uma posição de grande honra em virtude da intervenção do Senhor em seu favor. A reação de Nabucodonosor prognosticou a vinda do reino de Deus.
Dirigindo-se a Daniel, o rei reconheceu que o seu Deus era mesmo o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores. Também entendeu que o revelar os mistérios pertence a ele que compartilha com aqueles que o buscam em verdade.
Nabucodonosor declarou que o Deus de Israel era também supremo sobre todos os governantes humanos e seus reinos. Esse é o tema unificador de Dn 1.1-6.28.
Ato contínuo, o rei Nabucodonosor o exaltou em seu império o destacando como líder em seu governo.
Dn 2:1 Ora no segundo ano do reinado de Nabucodonosor,
teve este uns sonhos; e o seu espírito se perturbou,
e passou-se-lhe o sono.
Dn 2:2 Então o rei mandou chamar
os magos, os encantadores, os adivinhadores, e os caldeus,
para que declarassem ao rei os seus sonhos;
eles vieram, pois, e se apresentaram diante do rei.
Dn 2:3 E o rei lhes disse:
Tive um sonho, e para saber o sonho
está perturbado o meu espírito.
Dn 2:4 Os caldeus disseram ao rei em aramaico:
Ó rei, vive eternamente; dize o sonho a teus servos,
e daremos a interpretação
Dn 2:5 Respondeu o rei, e disse aos caldeus:
Esta minha palavra é irrevogável
se não me fizerdes saber o sonho
e a sua interpretação, sereis despedaçados,
e as vossas casas serão feitas um monturo;
Dn 2:6 mas se vós me declarardes o sonho
e a sua interpretação, recebereis de mim dádivas,
recompensas e grande honra.
Portanto declarai-me o sonho e a sua interpretação.
Dn 2:7 Responderam pela segunda vez:
Diga o rei o sonho a seus servos, e daremos a interpretação.
Dn 2:8 Respondeu o rei, e disse:
Bem sei eu que vós quereis ganhar tempo;
porque vedes que a minha palavra é irrevogável.
Dn 2:9 se não me fizerdes saber o sonho,
uma só sentença será a vossa;
pois vós preparastes palavras mentirosas e perversas
para as proferirdes na minha presença,
até que se mude o tempo. portanto dizei-me o sonho,
para que eu saiba que me podeis dar
a sua interpretação.
Dn 2:10 Responderam os caldeus na presença do rei, e disseram:
Não há ninguém sobre a terra
que possa cumprir a palavra do rei;
pois nenhum rei, por grande e poderoso que fosse,
tem exigido coisa semelhante de algum
mago ou encantador, ou caldeu.
Dn 2:11 A coisa que o rei requer é difícil,
e ninguém há que a possa declarar ao rei, senão os deuses,
cuja morada não é com a carne mortal.
Dn 2:12 Então o rei muito se irou e enfureceu,
e ordenou que matassem a todos os sábios de Babilônia.
Dn 2:13 saiu, pois, o decreto, segundo o qual deviam ser mortos
os sábios; e buscaram a Daniel e aos seus companheiros,
para que fossem mortos.
Dn 2:14 Então Daniel falou avisada e prudentemente a Arioque,
capitão da guarda do rei, que tinha saído para matar
os sábios de Babilônia;
Dn 2:15 pois disse a Arioque, capitão do rei:
Por que é o decreto do rei tão urgente?
Então Arioque explicou o caso a Daniel.
Dn 2:16 Ao que Daniel se apresentou ao rei
e pediu que lhe designasse o prazo,
para que desse ao rei a interpretação.
Dn 2:17 Então Daniel foi para casa,
e fez saber o caso a Hananias, Misael e Azarias,
seus companheiros,
Dn 2:18 para que pedissem misericórdia ao Deus do céu
sobre este mistério, a fim de que Daniel
e seus companheiros não perecessem,
juntamente com o resto dos sábios de Babilônia.
Dn 2:19 Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite;
pelo que Daniel louvou o Deus do céu.
Dn 2:20 Disse Daniel:
Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre,
porque são dele a sabedoria e a força.
Dn 2:21 Ele muda os tempos e as estações;
ele remove os reis e estabelece os reis;
é ele quem dá a sabedoria aos sábios
e o entendimento aos entendidos.
Dn 2:22 Ele revela o profundo e o escondido;
conhece o que está em trevas, e com ele mora a luz.
Dn 2:23 Ó Deus de meus pais,
a ti dou graças e louvor porque me deste sabedoria e força;
e agora me fizeste saber o que te pedimos;
pois nos fizeste saber este assunto do rei.
Dn 2:24 Por isso Daniel foi ter com Arioque,
ao qual o rei tinha constituído
para matar os sábios de Babilônia;
entrou, e disse-lhe assim:
Não mates os sábios de Babilônia;
introduze-me na presença do rei,
e lhe darei a interpretação.
Dn 2:25 Então Arioque depressa introduziu Daniel à presença do rei,
e disse-lhe assim:
Achei dentre os filhos dos cativos de Judá um homem
que fará saber ao rei a interpretação.
Dn 2:26 Respondeu o rei e disse a Daniel, cujo nome era Beltessazar:
Podes tu fazer-me saber o sonho que tive
e a sua interpretação?
Dn 2:27 Respondeu Daniel na presença do rei e disse:
O mistério que o rei exigiu,
nem sábios, nem encantadores, nem magos,
nem adivinhadores lhe podem revelar;
Dn 2:28 mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios;
ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há
de suceder nos últimos dias.
O teu sonho e as visões que tiveste na tua cama são estas:
Dn 2:29 Estando tu, ó rei, na tua cama,
subiram os teus pensamentos
sobre o que havia de suceder no futuro.
Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser.
Dn 2:30 E a mim me foi revelado este mistério,
não por ter eu mais sabedoria que qualquer outro vivente,
mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei,
e para que entendesses os pensamentos do teu coração.
Dn 2:31 Tu, ó rei, na visão olhaste e eis uma grande estátua.
Esta estátua, imensa e de excelente esplendor,
estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível.
Dn 2:32 A cabeça dessa estátua era de ouro fino;
o peito e os braços de prata;
o ventre e as coxas de bronze;
Dn 2:33 as pernas de ferro;
e os pés em parte de ferro e em parte de barro.
Dn 2:34 Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada,
sem auxílio de mãos,
a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro,
e os esmiuçou.
Dn 2:35 Então foi juntamente esmiuçado
o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro,
os quais se fizeram como a pragana das eiras
no estio, e o vento os levou,
e não se podia achar nenhum vestígio deles;
a pedra, porém, que feriu a estátua se tornou
uma grande montanha, e encheu toda a terra.
Dn 2:36 Este é o sonho; agora diremos ao rei a sua interpretação.
Dn 2:37 Tu, ó rei, és rei de reis,
a quem o Deus do céu tem dado
o reino, o poder, a força e a glória;
Dn 2:38 e em cuja mão ele entregou os filhos dos homens,
onde quer que habitem, os animais do campo
e as aves do céu, e te fez reinar sobre todos eles;
tu és a cabeça de ouro.
Dn 2:39 Depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu;
e um terceiro reino, de bronze,
o qual terá domínio sobre toda a terra.
Dn 2:40 E haverá um quarto reino, forte como ferro,
porquanto o ferro esmiúça e quebra tudo;
como o ferro quebra todas as coisas,
assim ele quebrantará e esmiuçará.
Dn 2:41 Quanto ao que viste dos pés e dos dedos,
em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro,
isso será um reino dividido;
contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro,
pois que viste o ferro misturado com barro de lodo.
Dn 2:42 E como os dedos dos pés eram em parte de ferro
e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte,
 e por outra será frágil.
Dn 2:43 Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo,
misturar-se-ão pelo casamento;
mas não se ligarão um ao outro,
assim como o ferro não se mistura com o barro.
Dn 2:44 Mas, nos dias desses reis,
o Deus do céu suscitará um reino
que não será jamais destruído;
nem passará a soberania deste reino a outro povo;
mas esmiuçará e consumirá todos esses reinos,
e subsistirá para sempre.
Dn 2:45 Porquanto viste que do monte foi cortada uma pedra,
sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou
o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro,
o grande Deus faz saber ao rei o que há de suceder no futuro.
Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.
Dn 2:46 Então o rei Nabucodonosor caiu com o rosto em terra,
e adorou a Daniel, e ordenou que lhe oferecessem
uma oblação e perfumes suaves.
Dn 2:47 Respondeu o rei a Daniel, e disse:
Verdadeiramente, o vosso Deus é Deus dos deuses,
e o Senhor dos reis, e o revelador dos mistérios,
pois pudeste revelar este mistério.
Dn 2:48 Então o rei engrandeceu a Daniel,
e lhe deu muitas e grandes dádivas,
e o pôs por governador sobre toda a província de Babilônia,
como também o fez chefe principal
de todos os sábios de Babilônia.
Dn 2:49 A pedido de Daniel,
o rei constituiu superintendentes
sobre os negócios da província de Babilônia
a Sadraque, Mesaque e Abednego;
mas Daniel permaneceu na corte do rei.
Conforme nos diz a BEG, o império babilônico era dividido em províncias. Daniel foi designado governador (cf. 3.2) da província onde estava localizada a capital.
Para relatos de ascensões semelhantes de judeus ao poder político de terras estrangeiras, veja Gn 41.37-44 (José) e Et 8.1-2 (Mordecai).
Do mesmo modo, os amigos de Daniel foram exaltados como seus assistentes (v. 49). A aprovação divina de Daniel é outro tema dominante nessa porção do livro.
Embora proeminente na Babilônia, ele nunca fez concessões no que dizia respeito à sua fé; ele era um profeta confiável de Deus.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.