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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

João 10 1-41 - VIDA COM ABUNDÂNCIA

O Evangelho de João é o livro que foi escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 10, da parte II.
Breve síntese do capítulo 10
Que maravilha! Jesus aqui não somente é a porta, mas também o pastor, o bom pastor que dá a sua vida pelas suas ovelhas.
Ele também fala do ladrão que vem somente para RMD, ou seja, roubar, matar e destruir. Ele rouba para tentar se apossar de algo de alguém que ele roubou; ele mata, para o que foi roubado não mais reclame seu direito e ele destrói porque seu reinado é de morte e de trevas, um reinado parasita e não condizente com a vida e com Deus.
O diabo ao qual Jesus veio destruir as suas obras e pôr fim ao seu reinado é nosso inimigo e nos quer enganar como enganou a Eva no princípio.
Ele não é inimigo de Deus no sentido de ser co-igual com Deus e ser capaz de se lhe opor ou ter auto existência. Deus é único e seu reinado único é não disputável. O reinado de Deus não está em perigo por causa do reinado do mal.
Novamente, depois, os judeus tentaram acoar a Jesus para extrair dele a verdade, porém o coração deles não estavam buscando a verdade... que pena!
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O seu ministério na Galileia (6.1-71) – já vimos; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) – estamos vendo.
E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50) - continuação.
Como dissemos, esses vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas começa no capítulo 7 e termina no 12. Assim, dividiremos essa alínea “E” em 3 seções: E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos (7.1-10.21) – começaremos agora; E2. Em Jerusalém, perto da festa da dedicação (10.22-42); e, E3. Em Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
E1. Em Jerusalém, perto da festa dos tabernáculos (7.1-10.21) - continuação.
Já dissemos que Jesus realizou milagres e ensinou em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. Muitos ainda o rejeitaram. Em Jerusalém, perto da Festa dos Tabernáculos. João passa a registrar uma série de acontecimentos do ministério de Jesus dentro e ao redor de Jerusalém que ocorreram próximo à Festa dos Tabernáculos.
João dividiu essas atividades de Jesus em cinco partes principais: 1. Partindo para Jerusalém (7.1-13) – já vimos; 2. Ensinando os judeus (7.14-8.59) – já vimos; e, 3. Curando e ensinando (9.1-10.21) – concluiremos agora. 4. Em Jerusalém, perto da Festa da Dedicação (10.22-42) – veremos agora; 5. Em Jerusalém e vizinhança, perto da páscoa (11.1-12.50).
3. Curando e ensinando (9.1-10.21) - continuação.
Estamos vendo Jesus curando e ensinando, como sempre fez e faz em seu ministério. No capítulo 9, ele foi a luz do mundo; no 10, será a porta.
A ilustração do pastor e das ovelhas tem a sua origem no Antigo Testamento. Jacó chamou Deus de "pastor" (Gn 48.15; 49.24), como também fez Davi (SI 23.1; 28.9), Asafe (SI 78.52; 80.1), Isaías (Is 40.11), Jeremias (Jr 31.10), Ezequiel (Ez 34.11-16) e o autor do SI 100.
Com frequência, os governantes das nações são comparados a pastores (Nm 27.17; 2Sm 7.7; 1Rs 22.17; Is 56.11; Jr 23.1; 50.6; Ez 34.5; Zc 11.9,17).
Jesus aplicou a si mesmo uma profecia de Zc 13.7 que diz respeito ao pastor de Israel (Mt 26.31).
Nas parábolas da ovelha perdida (Mt 18.12-14; Lc 15.3-7), Jesus assume esse título para si mesmo e desenvolve as implicações disso com mais profundidade.
Posteriormente, Jesus é referido como "o grande Pastor" (Hb 13.20) e "o Supremo Pastor" (1 Pe 5.4), e em Ap 7.17 está registrado que "o Cordeiro... os apascentará". Jesus, por sua vez, delega algumas dessas responsabilidades aos líderes da igreja, que se tomam pastores auxiliares (Jo 21.15-17; At 20.28; 1Pe 5.2).
O aprisco das ovelhas se refere a um curral cercado com apenas uma entrada para impedir não apenas as ovelhas que estão dentro de saírem, mas também para evitar a entrada de predadores.
Jesus dizia que o que entra pela porta é o pastor das ovelhas. Um pastor legítimo não precisa pular a cerca e é prontamente reconhecido pelo vigia. A linguagem usada aqui sugere que há vários rebanhos guardados nesse curral e que o pastor genuíno é reconhecido especificamente pelas suas próprias ovelhas.
Há um porteiro responsável por abrir as portas as pastor das ovelhas que conhecem a sua voz. O pastor conhece as suas ovelhas pelo nome, e estas reconhecem prontamente a voz do seu pastor e o seguem.
Isso é uma representação do propósito gracioso e eletivo de Deus, que escolheu algumas pessoas para si mesmo em meio à humanidade decaída. O fato de as conhecer pelo respectivo nome indica um conhecimento individual e íntimo, em que todas as necessidades da ovelha são supridas (vs. 4,10).
As ovelhas conhecem a sua voz por isso vão aonde ele as conduz. Graça eletiva também é graça efetiva: o Deus que conhece suas ovelhas se faz conhecer por elas a tal ponto que estas lhe correspondem. Ele não obriga suas ovelhas a segui-lo contra a vontade delas, mas as incentiva a fazer isso com alegria.
Como estão acostumadas com a voz do seu pastor, jamais irão seguir outras vozes. Essa promessa confortadora não exclui a necessidade de advertir os cristãos a respeito dos falsos mestres (Mc 13.22-23; 2Tm 35; 4.2-5; 1 Jo 2.26).
Jesus lhes tinha falado por meio dessa parábola, mas eles ficaram perdidos. Os símbolos que ilustram a verdade também podem confundir ou espantar. Em alguns casos, nem mesmo os discípulos de Jesus entenderam o que Cristo estava dizendo (Mt 13.10-17,36; 15.15).
Jesus então apela e afirma com contundência: eu sou porta das ovelhas. Jesus mudou a metáfora de "pastor' para “porta”. Como "a porta das ovelhas', Jesus é aquele por meio do qual a vida eterna é recebida (cf. 14.6; Mt 7.13-14). A fórmula 'eu sou' dá prosseguimento à série dos “sete EU SOU”.
Sendo ele a porta das ovelhas, todos os que vieram antes dele eram ladrões e salteadores. Obviamente isso não se refere aos profetas do Antigo Testamento enviados por Deus (Mt 21.34-36; 23.29-36), mas sim aos falsos mestres sem escrúpulos, tais como aqueles castigados em Ez 34 e talvez também os escribas e fariseus dos dias de Jesus.
Como ele é a porta, se alguém entrar por ele, será salvo. Aqui está a garantia de que a salvação é sempre concedida àqueles que confiam genuinamente em Cristo (At 16.31; Rm 10.9-10).
Somente estes estão salvos (Jo 14.6), e Cristo é o caminho indispensável e suficiente para a salvação (3.36). Eles poderão entrar e sair. As ovelhas entram no curral para se protegerem e saem para pastar, tudo sob a supervisão do pastor.
Quanto ao ladrão, o seu propósito é apenas roubar, matar e destruir, mas para Jesus era para que tivessem vida e esta em abundância. O propósito final de Deus não é empobrecer aqueles que lhe pertencem, mas enriquecê-los e lhes conceder bênçãos infinitas e duradouras.
Jesus contrasta o seu serviço sacrificial com a ação daqueles que, motivados pelo egoísmo, abandonam covardemente as suas ovelhas. Os ladrões espreitam as ovelhas, os mercenários as abandonam, mas Jesus dá a própria vida por elas.
Jesus conhece as suas ovelhas e por elas, ele é conhecido – vs. 14. Um paralelo entre a reciprocidade entre o Pai e o Filho na Trindade (vs. 15; cf. 17.21-23).
Está claro que aqui o verbo “conhecer", como é frequente nas Escrituras, significa muito mais do que uma simples percepção intelectual; envolve uma ligação emocional intensa e um comprometimento da vontade. O fato de Deus "conhecer" uma pessoa, nesse sentido, refere-se à sua eleição redentora graciosa.

Quando ele diz que ainda tem outras ovelhas, ele está fazendo uma referência óbvia ao caráter universal do Novo Testamento, na qual a salvação é oferecida amplamente a todas as nações.
E é por isso que o Pai o ama – vs. 17 – porque ele dá a vida pelas suas ovelhas. O sacrifício do Filho é um ato tão profundo de amor e obediência ao plano de Deus que inevitavelmente intensifica o amor entre as três pessoas da trindade.
Ele dá a sua vida para a reassumir, depois. Refere-se a ressurreição de Cristo, um milagre extraordinário que, tal corno a criação e a salvação, é visto como uma obra das três pessoas da Trindade:
·         O Pai (At 2.32; 3.15; 4.10; Cl 1.1).
·         O Filho (Jo 10.17.18).
·         O Espírito Santo (Rm 8.10-11).
Jesus afirmava que ninguém a tiraria dele; pelo contrário, ele espontaneamente a daria. Isso implicaria uma afirmação de divindade (que até mesmo os inimigos de Jesus entenderam; vs. 33), pois somente Deus é o autor e o doador da vida, e também o único com autoridade para tirar a vida.
Esse versículo também salienta o papel ativo do sacerdócio de Jesus Cristo em dar a própria vida pelos pecadores, revelando que não há conflito entre a vontade do Pai e a vontade do filho. Cristo obedece à vontade do Pai de maneira espontânea e diligente.
Como se pode ver, as palavras de Jesus não eram de um homem maníaco, e seus milagres eram provas das bênçãos de Deus, e não de influência satânica. No vs. 21, eles tiveram essa dúvida, mas logo a rechaçaram.
4. Em Jerusalém, perto da Festa da Dedicação (10.22-42)
Jesus revelou-se como o pastor de Israel, porém foi rejeitado.
Em Jerusalém, perto da Festa da Dedicação, João relata brevemente um período em que a incredulidade entre os judeus era particularmente resistente.
Essa Festa da Dedicação hoje em dia é chamada de Chanukah e é celebrada perto do Natal, sendo uma festa que comemora os acontecimentos dos dias de Macabeus, quando ocorreu uma revolta judaica contra Antíoco Epifanes, em 164 a.C.
Jesus tranquilamente caminhava no templo, pelo Pórtico de Salomão - um alpendre coberto e apoiado por colunas, localizado no lado leste do pátio dos gentios, no templo de Herodes (At 3.11; 5.12).
Já os judeus o rodeavam e queriam pressioná-lo a que dissesse a verdade se ele, de fato, era o Cristo. O tema principal da discussão sobre o ministério de Jesus. Os discípulos haviam concluído que Jesus era, de fato, o Cristo (Mt 16.16; Mc 8.29; Lc 9.20; Jo 6.69). Essa mesma pergunta reapareceu no julgamento de Cristo, durante o qual o sumo sacerdote aceitaria a opinião de que a resposta de Jesus era uma blasfêmia Mt 26.63-65; Mc 14.61.64; Lc 22.67-71).
Jesus, por sua vez, alegava que já tinha dito isso, mas não criam nele. Jesus havia confirmado isso para a mulher samaritana (4.26) e ao homem cego de nascença (9.37), e não fez objeções ao reconhecimento de seus discípulos (1.49; 10.24).
Em seus debates com os judeus, Jesus certamente havia dado indicações a esse respeito (8.28,58), e aqui faz uma afirmação categórica. As obras ou “milagres", aos quais Jesus se referiu como evidências que apoiavam as suas afirmações (5.36); posteriormente, salientou esse ponto com seus discípulos (14.11; 15.2-1). O cego de nascença raciocinou do mesmo modo (9.32-331.
No entanto, eles não criam nele – vs. 26. Eles fechavam os olhos para as evidências claras. Eles não o ouviam porque não eram das suas ovelhas. Apenas as ovelhas de Cristo, aqueles que o Pai leva a ele, é que chegam à fé.
Os outros estão tão cegos pelo preconceito pecaminoso que se recusam a crer. A incredulidade é típica de uma pessoa não regenerada; somente os regenerados creem. As ovelhas de Cristo creem nele porque o Espírito Santo as regenerou.
O mesmo não se dava com as suas ovelhas – vs. 27. Aqueles que estão relacionados com Cristo fazem duas coisas que são características da fé: ouvem (vs. 3-5) e o seguem (vs. 4-5). Esses atos refletem uma renovação de vida em termos de orientação e compromisso.
Nesses versos 27-28, veremos que o Senhor faz quatro coisas pelas suas ovelhas:
(1)     Ele as conhece, pois está unido eternamente a elas (vs. 3,14; Rm 8,29).
(2)     Ele concede a elas vida eterna - não apenas uma existência sem fim, mas uma vida marcada pelo relacionamento perpétuo e ininterrupto com Deus (17.2-3).
(3)     Ele as protege da morte eterna, o que enfatiza o caráter infalível da graça divina.
(4)     Ele cuida para que ninguém as roube de suas mãos, uma salvaguarda poderosa contra todos os inimigos externos. Os santos perseveram porque Deus os sustém, e essas bênçãos são fontes de confiança para o cristão.
Se alguém sugerir que as ovelhas podem, voluntariamente, pular para fora do aprisco, devemos observar que, caso façam isso, elas morrerão; Jesus prometeu que isso não acontecerá.
Portanto, a advertência solene da Escritura com respeito à apostasia não tem a intenção de suscitar dúvidas a respeito do fato de que Deus preserva aqueles que ele já salvou (cf. 1Jo 2.19).
Quem seria capaz de retirar algo das mãos do Pai? Impossível! A mão do pastor também é a mão de Deus, e o poder supremo de Deus é a garantia definitiva da segurança das ovelhas.
Então Jesus exclama algo muito profundo: Eu e o Pai somos um. Significa que não são pessoas idênticas, mas uma em essência (o género do termo grego "um" é neutro). O Pai e o Filho (e Espírito Santo) possuem a mesma plenitude da natureza divina em toda sua perfeição.
Essa unidade essencial forma a base da união do propósito redentor. Porém, o versículo sugere muito mais do que uma simples união em torno de um objetivo. A BEG recomenda, neste ponto, ver um de seus excelentes artigos teológicos “A Trindade", em Jo 14.
Os judeus entenderam perfeitamente a alegação de Jesus sobre a sua divindade e por isso queriam apedrejá-lo por blasfêmia (8.59).
Jesus apontou para eles as suas boas obras e perguntou por qual delas eles iriam querer apedrejá-lo. Essa pergunta irónica salienta que, à luz dos milagres de Jesus, seus acusadores não deveriam considerar a acusação de blasfêmia de modo tão leviano.
O argumento de Jesus tem sido interpretado de várias maneiras.
É óbvio que ele afirmou a sua divindade num sentido muito superior àquele representado pelos juízes do Antigo Testamento, que podiam ser chamados de "deuses" (porque eram considerados como representantes de Deus ou como agentes que administravam justiça).
A palavra "Elohim” era utilizada não apenas em referência ao único e verdadeiro Deus (Yahweh), mas também para indicar falsos deuses, anjos, e às vezes homens empossados de funções “divinas", como os governantes.
Portanto, antes de apedrejarem Jesus por blasfêmia, os judeus deveriam examinar as credenciais de Cristo e reconhecê-lo como o enviado de Deus ao mundo, algo que era evidenciado pelos seus milagres.
Ele, então, apela para as Escrituras – vs. 34 - Um modo frequente de introduzir uma citação da Escritura; enfatiza a sua autoridade divina. Nela estava escrito “vós sois deuses” - essa passagem é encontrada no SI 82.6, porém o termo "lei" não estava restrito ao Pentateuco, mas era usado com referência a qualquer parte do Antigo Testamento, confirmando a sua autoridade legal (Jo 15.25).
Àqueles a quem foi dirigida a palavra de Deus, deveriam ser chamado de deuses. Isso não é uma referência ao que está escrito na Escritura, mas aos juízes designados por Deus. Jesus dá testemunho de que a Escritura não pode falhar - um testemunho impressionante do caráter incontestável da autoridade da Escritura.
Nessa confrontação perigosa, com a morte como o possível resultado, Jesus não hesitou em basear todo o seu argumento em apenas uma palavra de um dos menores salmos de Asafe, para então afirmar sua validade por meio dessa declaração solene.
Os milagres de Jesus e todo o conteúdo de sua vida atestavam a sua alegação de origem e missão divinas. Ou seja Jesus fazia, verdadeiramente, as obras de seu Pai que o enviou para isso – vs. 37.
Assim se sucedia para que cressem que o Pai estava nele e ele no Pai. Essa habitação recíproca é característica da Trindade e, por conseguinte, da vida regenerada (14.10-11,20; 17.21).
Novamente, eles tentaram prendê-lo, mas não conseguiram, pois ele se livrou. Nada poderia se opor ao plano redentor de Deus até que o momento apropriado chegasse (7.44; 8.59).
Saindo dali, Jesus atravessou novamente o Jordão e foi para aquele mesmo lugar onde João estava batizando, no início e ali ficou. Muita gente o seguindo, ficou com ele ali e elas davam testemunho dele dizendo que João não realizou nenhum milagre, mas tudo o que falara de Cristo, era verdadeiro.
Por conta disso foi que muitos creram nele – vs. 42.
Jo 10:1 Em verdade, em verdade vos digo:
quem não entra pela porta no aprisco das ovelhas,
mas sobe por outra parte,
esse é ladrão e salteador.
Jo 10:2 Mas o que entra pela porta
é o pastor das ovelhas.
Jo 10:3 A este
o porteiro abre;
e as ovelhas
ouvem a sua voz;
e ele chama pelo nome as suas ovelhas,
e as conduz para fora.
Jo 10:4 Depois de conduzir para fora todas as que lhe pertencem,
vai adiante delas,
e as ovelhas o seguem,
porque conhecem a sua voz;
Jo 10:5 mas de modo algum seguirão o estranho,
antes fugirão dele,
porque não conhecem a voz dos estranhos.
Jo 10:6 Jesus propôs-lhes esta parábola,
mas eles não entenderam o que era que lhes dizia.
Jo 10:7 Tornou, pois, Jesus a dizer-lhes:
Em verdade, em verdade vos digo:
eu sou a porta das ovelhas.
Jo 10:8 Todos quantos vieram antes de mim
são ladrões
e salteadores;
mas as ovelhas não os ouviram.
Jo 10:9 Eu sou a porta.
se alguém entrar por mim,
será salvo;
entrará
e sairá,
e achará pastagens.
Jo 10:10 O ladrão não vem senão para
roubar,
matar
e destruir;
eu vim para que
tenham vida
e a tenham em abundância.
Jo 10:11 Eu sou o bom pastor;
o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
Jo 10:12 Mas o que é mercenário,
e não pastor,
de quem não são as ovelhas,
vendo vir o lobo,
deixa as ovelhas
e foge;
e o lobo as arrebata
e dispersa.
Jo 10:13 Ora, o mercenário foge
porque é mercenário,
e não se importa com as ovelhas.
Jo 10:14 Eu sou o bom pastor;
conheço as minhas ovelhas,
e elas me conhecem,
Jo 10:15 assim como o Pai me conhece
e eu conheço o Pai;
e dou a minha vida pelas ovelhas.
Jo 10:16 Tenho ainda outras ovelhas
que não são deste aprisco;
a essas também me importa conduzir,
e elas ouvirão a minha voz;
e haverá um rebanho
e um pastor.
Jo 10:17 Por isto o Pai me ama,
porque dou a minha vida para a retomar.
Jo 10:18 Ninguém ma tira de mim,
mas eu de mim mesmo a dou;
tenho autoridade para a dar,
e tenho autoridade para retomá-la.
Este mandamento recebi de meu Pai.
Jo 10:19 Por causa dessas palavras,
houve outra dissensão entre os judeus.
Jo 10:20 E muitos deles diziam:
Tem demônio,
e perdeu o juízo;
por que o escutais?
Jo 10:21 Diziam outros:
Essas palavras não são de quem está endemoninhado;
pode porventura um demônio
abrir os olhos aos cegos?
Jo 10:22 Celebrava-se então em Jerusalém
a festa da dedicação.
E era inverno.
Jo 10:23 Andava Jesus passeando no templo,
no pórtico de Salomão.
Jo 10:24 Rodearam-no, pois, os judeus e lhe perguntavam:
Até quando nos deixarás perplexos?
Se tu és o Cristo,
dize-no-lo abertamente.
Jo 10:25 Respondeu-lhes Jesus:
Já vo-lo disse,
e não credes.
As obras que eu faço em nome de meu Pai,
essas dão testemunho de mim.
Jo 10:26 Mas vós não credes,
porque não sois das minhas ovelhas.
Jo 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz,
e eu as conheço,
e elas me seguem;
Jo 10:28 eu lhes dou a vida eterna,
e jamais perecerão;
e ninguém as arrebatará da minha mão.
Jo 10:29 Meu Pai, que mas deu,
é maior do que todos;
e ninguém pode arrebatá-las da mão de meu Pai.
Jo 10:30 Eu e o Pai somos um.
Jo 10:31 Os judeus pegaram então outra vez em pedras
para o apedrejar.
Jo 10:32 Disse-lhes Jesus:
Muitas obras boas da parte de meu Pai vos tenho mostrado;
por qual destas obras ides apedrejar-me?
Jo 10:33 Responderam-lhe os judeus:
Não é por nenhuma obra boa que vamos apedrejar-te,
mas por blasfêmia;
e porque, sendo tu homem, te fazes Deus.
Jo 10:34 Tornou-lhes Jesus:
Não está escrito na vossa lei:
Eu disse:
Vós sois deuses?
Jo 10:35 Se a lei chamou deuses
àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida
(e a Escritura não pode ser anulada),
Jo 10:36 àquele a quem o Pai santificou,
e enviou ao mundo, dizeis vós:
Blasfemas;
porque eu disse:
Sou Filho de Deus?
Jo 10:37 Se não faço as obras de meu Pai,
não me acrediteis.
Jo 10:38 Mas se as faço,
embora não me creiais a mim,
crede nas obras;
para que entendais
e saibais
que o Pai está em mim
e eu no Pai.
Jo 10:39 Outra vez, pois,
procuravam prendê-lo;
mas ele lhes escapou das mãos.
Jo 10:40 E retirou-se de novo
para além do Jordão,
para o lugar onde João batizava no princípio;
e ali ficou.
Jo 10:41 Muitos foram ter com ele, e diziam:
João, na verdade,
não fez sinal algum,
mas tudo quanto disse deste homem era verdadeiro.
Jo 10:42 E muitos ali
creram nele.
A intenção deles era apedrejarem a Jesus pelo que falou e proclamou, mas não puderam. Queriam também prendê-lo, mas Jesus lhes escapou e retirou-se para onde João batizava no princípio e ali ficou.
Os que foram tocados e eram enviados pelo Pai o procuravam e eram ministrados por Deus, mas quanto aos judeus e aos que não creram, não poderiam ir até Jesus e permaneciam em seus pecados.
Expiação limitada: Por quem Jesus morreu?[1]
A teologia reformada afirma a doutrina da expiação limitada, também chamada de redenção particular ou limitada ("limitada" não com referencia ao poder ou valor da morte de Jesus, mas como referência ao número de pessoass para as quais Cristo pagou o preço pela salvação. A expiaçao limitada deve ser distinguida de outros dois ensinamentos proeminentes: o universalismo e a redenção geral. As três doutrinas, incluindo a expiação limitada, afirmam que o sacrifício de Cristo tem valor infinito. De acordo com os conceitos de redenção geral e expiação limitada, a oferta gratuita do evangelho é concedida a todos que verdadeiramente ouvem as boas-novas de Cristo. O universalismo afirma que todos são salvos, quer aceitem o evangelho ou não.
Essas três doutrinas poderia ser distinguidas mais facilmente ao se considerar dois aspectos diferentes da expiação: (1) A obra de Jesus na cruz por meio da qual ele obteve a salvação e (2) a aplicação da salvação a indivíduos pelo Espírito Santo. O universalismo afirma que Cristo obteve a salvação para todas as pessoas do mundo, de modo que todos são salvos. A redenção geral afirma que apesar de Cristo ter obtido a salvação para o mundo todo, o Espirito Santo aplica a salvação somente àqueles que aceitam Cristo pela fé, de modo que estes são salvos. A expiação limitada afirma que Cristo obteve a salvação apenas para os eleitos e que o Espírito Santo aplica a salvação somente aos eleitos (veja o artigo teológico "Predestinação e Presciência", em Rm 8).
Assim, de acordo com a doutrina da redenção geral, apesar da morte de Cristo possibilitar a salvação do mundo todo (tanto dos eleitos quanto dos réprobos), não garantiu a salvação de ninguém. Para a doutrina da expiação limitada, porém, o Espírito Santo aplicará a salvação necessariamente a todos aqueles pelos quais Cristo morreu, de modo que todas essas pessoas serão salvas.
As Escrituras dizem que Deus escolheu um grande número de pessoas (os “eleitos") da raça humana decaída para a salvação e que enviou Cristo ao mundo para salvá-las (Jo 6.37-40; 10.2 7-2 9; 11.51-52; Rm 8.28-39; Ef 1.3-14; 1 Pe 1.20). Também afirmam com frequência que Cristo morreu por grupos ou pessoas em particular, tendo corno implicação clara que a sua morte garantiu totalmente a salvação desses indivíduos (Jo 10.1 5-1 8,2 7-2 9; Rm 5.8-10; 8.32; Cl 2.20; 3.1 3-1 4; 4.4-5; 1Jo 4.9-10; Ap 1.4-6; 5.9-10). Pouco antes do seu sofrimento na cruz, Jesus orou somente por aqueles que o Pai havia lhe dado, e não pelo "mundo" (isto é, pelo restante da humanidade [Jo 17.9,20]).
De qualquer modo, juntamente com a doutrina da expiação limitada é importante afirmar a oferta gratuita de Jesus Cristo no evangelho. Por certo, todos os que aceitam a Cristo pela fé encontram misericórdia (Jo 6.35,47-51, 54-57; Rm 1.16; 10.8-13). Os que foram escolhidos por Deus ouvem a oferta de Cristo e, ao ouvi-la, recebem o chamado efetivo do Espírito Santo. Tanto o convite quanto o chamado efetivo são decorrentes da morte expiatória de Cristo. Aqueles que rejeitam a oferta de Cristo o fazem por escolha própria (Mt 22.1-7; Jo 3.18), de modo que serão responsáveis pelo próprio perecimento. Aqueles que recebem a Jesus aprendem a ser gratos a ele pelo fato de seu sangue tê-los purificado inteiramente de toda a injustiça e sabem que, sem essa obra da sua graça, não haveria nenhuma esperança.
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.


[1] Texto de origem da Bíblia de Estudo de Genebra – BEG.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.