INSCREVA-SE!

sábado, 11 de abril de 2015

Ezequiel 12:1-28 - OU SOMOS CRENTES OU CASAS REBELDES.

Para nos situarmos na leitura e não perdemos nosso foco, estamos estudando o livro de Ezequiel composto de 48 capítulos. Veja em nosso mapa de leitura, a seguir, que ainda estamos no primeiro capítulo “I”, agora na segunda parte “B”, na segunda seção “2”, estamos no capítulo 11:
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM (1.1-24.27).
B. A segunda série de visões, a vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (8.1-24.27).
2. Os atos simbólicos (12.1-20).
Dos versos 1 ao 20, estaremos vendo esses atos simbólicos. Paralelamente a 4.1-5.17 (vejam nossas reflexões do capítulo 4), Ezequiel realizou dois atos simbólicos relacionados com a partida para o exílio. Ele preparou a sua bagagem (vs. 1-16) e comeu e bebeu (vs. 17-20).
a. A preparação da bagagem (12.1-16).
Até ao verso 16, estaremos vendo a preparação de sua bagagem que é outro ato simbólico (veja 4.1-3). Ezequiel encenou o exílio final daqueles que ainda permaneciam em Jerusalém.
Ele continua a dizer que ainda lhe veio a palavra do Senhor e esta lhe dizia que ele, Ezequiel, habitava no meio de uma casa rebelde que tendo olhos e ouvidos, não vê, nem ouve, ou seja, na verdade, não se importam, justamente porque são casa rebelde.
Assim, vejo também todos os rebeldes ao Senhor e à sua palavra. Ou somos crentes, porque cremos que ele falou, ou somos rebeldes, porque rejeitamos, desprezamos, a sua fala. Veja 2.3-8; 3.9,26-27; compare com Dt 29.4; Pv 20.12, Is 6.10; 32.3; Jr 5.21; Mt 13.15-16; Mc 8.18; At 28.26; Rm 11.8. Toda a seção faz frequentes alusões à faculdade de ver (vs. 4-7, 12-13).
Um exilado podia carregar apenas um mínimo necessário: talvez uma capa, um par de recipientes para alimento e água e uns poucos itens pessoais. Os bens restantes ficavam como espólio para o conquistador. Nem uma fuga rápida e segura, nem uma jornada penosa até o local do exílio seriam possíveis se as coisas de valor fossem levadas (veja Mt 10.9-10; Lc 10.4; 22.35-36).
Os seus procedimentos todos deviam ser feitos “`a vista deles” e por diversas vezes a instrução clara a Ezequiel enfatizava essa preocupação de que tudo o que faria, deveria ser à vista deles, pois Ezequiel estava sendo por sinal à casa de Israel.
A partida à tarde visava facilitar uma saída furtiva, sob o manto da escuridão, também simbolizada pela abertura de um buraco na parede da casa. Ezequiel retrata o esforço frustrado de Zedequias de fugir da Jerusalém sitiada (vs. 10-11; 2Rs 25.3-7).
Ele deveria também cobrir o seu rosto, um gesto tanto de vergonha como de lamento (24.17,22; Is 13.45; 2Sm 19.4; Et 6.12; 7.8; SI 44.15; 69.7). Isso sugere também que os exilados nunca veriam Jerusalém novamente e particularmente que Zedequias perderia o seu sentido da visão (vs. 12-13; 2Rs 25.7).
Ezequiel cumpriu assim todas as instruções. A palavra profética perguntou-lhe se alguém tinha notado algo e se tinham indagado de seu proceder estranho. Ele deveria explicar os detalhes, principalmente relacionados ao príncipe em Jerusalém e a toda casa de Israel no meio dela.
Ezequiel deveria dizer que ele era um sinal para eles e que, em breve, o estariam imitando nos mínimos detalhes porque a palavra haveria de se cumprir e eles iriam para o exílio para o cativeiro.
O príncipe que está no meio deles tentaria fugir, fazendo uma abertura na parede, da forma como Ezequiel estava narrando em detalhes. Embora os muros de Jerusalém tivessem sido arrombados no tempo de Zedequias, o rei e todo o seu séquito conseguiram escapar por uma porta (2Rs 25.4).
No entanto, Deus estenderá a sua rede sobre ele - Deus é apresentado aqui como um caçador ou montador de armadilhas (17.20; 32.3; Jó 19.6; Sl 91.3; Pv 6.5; Is 8.14; 24.18; 51.20; Jr 50.24; Lm 1.13; Os 7.12) – e o apanharão e será levado para a Babilônia, mas não a verá com seus olhos.
Quanto aos seus seguidores e protetores, suas tropas, seriam dispersas e perseguidas pela fome, pela peste e pela espada, no entanto, Deus deixará que sobrem uns poucos que confessarão as suas abominações entre as nações para onde forem e ali saberão que o Senhor é Deus.
Por diversas vezes, nós estudantes da palavra de Deus, nos deparamos com a frase, muito comum “e saberão que eu sou o Senhor”. Reparem que ela está associada aos juízos, aos sofrimentos decorrentes das consequências das desobediências do povo de Deus, à dor provocada pelos seus atos rebeldes, às provações, perseguições, fomes, pestes, espada, guerras. Não seria melhor saber disso – de que ele é o Senhor -, sem ter de passar por isso tudo?
b. Comida e bebida (12.17-20).
Dos versos 17 ao 20, veremos o comer e o beber, outra ação simbólica. O alimento e a água de Ezequiel eram, presumidamente, as rações de fome que lhe foram atribuídas em 4.9-11.
Sua fraqueza física e seus tremores representavam a sorte de todos Os que permaneceram em Jerusalém.
Novamente, somente saberão que o Senhor é Deus, depois de passarem pelo crivo da dor, do sofrimento e da perseguição.
·         O pão comerão com receio.
·         A água beberão com susto.
·         A terra será despojada de sua abundância.
Mas por quê? A explicação está no próprio versículo 9, por causa da violência de todos os que nela habitam!
Tem muita coisa acontecendo em nosso mundo hoje de ruim que ninguém associa com nossos comportamentos rebeldes, mas com problemas ambientais e outras questões científicas, totalmente desassociadas de qualquer vínculo ou viés comportamental, contrário às leis de Deus.
3. Discursos relacionados (12.21-24.27).
Do vs. 21 ao capítulo 24, estaremos vendo os discursos relacionados. Em paralelo com a seção anterior de discursos (5.5 a 7.27), Ezequiel comunicou alguns oráculos com relação ao que seus atos simbólicos anteriores mostravam.
Dividiremos esses discursos em quatorze partes:
a.       Um provérbio falso (12.21-28).
b.      Falsos profetas e profetisas (13.1-23).
c.       As consequências da idolatria (14.1-23).
d.      A parábola da videira (15.1-18).
e.       Jerusalém como uma criança e uma prostituta (16.1-63).
f.       A parábola das duas águias (17.1-24).
g.      Responsabilidade individual (18.1-32).
h.      Canto fúnebre para os reis de Israel (19.1-14).
i.        A história e o futuro das nações (20.1-49).
j.        Babilônia, a espada de Deus (21.1-32).
k.      Os pecados de Jerusalém (22.1-31).
a.       A parábola das duas irmãs meretrizes (23.1-49).
l.        A parábola da panela (24.1-14).
m.    A morte da esposa de Ezequiel (24.15-27).
a. Um provérbio falso (12.21-28).
Até ao final deste capítulo, veremos um falso provérbio. Deus direcionou Ezequiel para abordar a questão de um provérbio que circulava entre os que haviam sido deixados em Jerusalém. Esse provérbio falacioso provavelmente havia sido espalhado por falsos profetas que insistiam que as ameaças de destruição e exílio para Jerusalém eram sem fundamento.
E continua Ezequiel dizendo que lhe veio ainda a palavra do Senhor a ele e dessa vez lhe perguntando que ditado era aquele que estavam dizendo do dilatamento dos dias e da falha das visões.
A alegação era de que, a despeito das predições dos profetas, nada havia acontecido (uma resistência semelhante à palavra profética foi predita em 2Pe 3.3-4 quando Pedro fala da vinda dos escarnecedores cobrando a volta do Senhor Jesus, como se ela não viesse a ocorrer jamais).
Deus responde a eles dizendo que faria cessar esse provérbio e anuncia que estão próximos os dias e o cumprimento de toda a visão. O Senhor volta a afirmar à casa rebelde que não haverá mais nenhuma visão vã, nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel – vs. 24.
·         Falará e a palavra que falar, se cumprirá!
·         Não mais seria adiada!
O cumprimento de profecias havia, algumas vezes, sido adiado devido às respostas das pessoas, mas Ezequiel deixou claro que as suas ameaças de destruição de Jerusalém veriam realização imediata. Isso porque ele, o Senhor é Deus.
Ez 12:1 Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:2 Filho do homem, tu habitas no meio da casa rebelde,
que tem olhos para ver e não vê,
e tem ouvidos para ouvir e não ouve;
porque é casa rebelde.
Ez 12:3 Tu, pois, ó filho do homem,
prepara-te os trastes para mudares para o exílio,
e de dia muda à vista deles;
e do teu lugar mudarás para outro lugar à vista deles;
bem pode ser que reparem nisso,
ainda que eles são casa rebelde.
Ez 12:4 À vista deles, pois, tirarás para fora,
de dia, os teus trastes, como para mudança;
então tu sairás de tarde à vista deles,
como quem sai para o exílio.
Ez 12:5 Faze para ti, à vista deles,
uma abertura na parede, e por ali sairás.
Ez 12:6 À vista deles levarás aos ombros os teus trastes,
e às escuras os transportarás,
e cobrirás o teu rosto, para que não vejas o chão;
porque te pus por sinal à casa de Israel.
Ez 12:7 E fiz assim, como se me deu ordem:
os meus trastes tirei para fora de dia,
como para o exílio;
então à tarde fiz com a mão uma abertura na parede;
às escuras saí, carregando-os aos ombros,
à vista deles.
Ez 12:8 E veio a mim a palavra do Senhor, pela manhã, dizendo:
Ez 12:9 Filho do homem, não te perguntou a casa de Israel,
aquela casa rebelde:
Que fazes tu?
Ez 12:10 Dize-lhes:
Assim diz o Senhor Deus:
Este oráculo se refere ao príncipe em Jerusalém,
e a toda a casa de Israel que está no meio dela.
Ez 12:11 Dize:
Eu sou o vosso sinal:
Assim como eu fiz, assim se lhes fará a eles;
irão para o exílio para o cativeiro,
Ez 12:12 E o príncipe que está no meio deles levará aos ombros
os trastes, e às escuras sairá;
ele fará uma abertura na parede e sairá por ela;
ele cobrirá o seu rosto,
pois com os seus olhos não verá o chão.
Ez 12:13 Também estenderei a minha rede sobre ele,
e ele será apanhado no meu laço;
e o levarei para Babilônia, para a terra dos caldeus;
contudo não a verá, ainda que ali morrerá.
Ez 12:14 E todos os que estiverem ao redor dele para seu socorro
e todas as suas tropas, espalhá-los-ei a todos os ventos;
e desembainharei a espada atrás deles.
Ez 12:15 Assim saberão que eu sou o Senhor,
quando eu os dispersar entre as nações
e os espalhar entre os países.
Ez 12:16 Mas deles deixarei ficar alguns poucos,
escapos da espada, da fome, e da peste,
para que confessem todas as suas abominações
entre as nações para onde forem;
e saberão que eu sou o Senhor.
Ez 12:17 Ainda veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:18 Filho do homem, come o teu pão com tremor,
e bebe a tua água com estremecimento e com receio.
Ez 12:19 E dirás ao povo da terra:
Assim diz o Senhor Deus acerca dos habitantes de Jerusalém,
na terra de Israel:
O seu pão comerão com receio,
e a sua água beberão com susto
pois a sua terra será despojada
de sua abundância,
por causa da violência de todos os que nela habitam.
Ez 12:20 E as cidades habitadas serão devastadas,
e a terra se tornará em desolação;
e sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 12:21 E veio ainda a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:22 Filho do homem, que provérbio é este que vós tendes
na terra de Israel, dizendo:
Dilatam-se os dias, e falha toda a visão?
Ez 12:23 Portanto, dize-lhes:
Assim diz o Senhor Deus: Farei cessar este provérbio,
e não será mais usado em Israel;
mas dize-lhes:
Estão próximos os dias, e o cumprimento de toda a visão.
Ez 12:24 Pois não haverá mais nenhuma visão vã,
nem adivinhação lisonjeira, no meio da casa de Israel.
Ez 12:25 Porque eu sou o Senhor;
falarei, e a palavra que eu falar se cumprirá.
Não será mais adiada; pois em nossos dias,
ó casa rebelde,
falarei a palavra e a cumprirei, diz o Senhor Deus.
Ez 12:26 Veio mais a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Ez 12:27 Filho do homem, eis que os da casa de Israel dizem:
A visão que este vê é para muitos dias no futuro,
e ele profetiza de tempos que estão longe.
Ez 12:28 Portanto dize-lhes:
Assim diz o Senhor Deus:
Não será mais adiada nenhuma
das minhas palavras,
mas a palavra que falei se cumprirá,
diz o Senhor Deus.
No verso 26, veio mais a ele a palavra do Senhor sobre a interpretação local de que os tempos proféticos falados por Ezequiel ainda estavam para se cumprir no futuro, em tempos muito longe.
Alguns concluíram que Ezequiel devia estar se referindo a algum outro período de tempo que não aquele em que viviam. Para os falsos profetas, era importante, talvez por razões de ganho financeiro (p. ex., para prolongar o seu emprego), assegurar a uma população assustada que a desgraça não estava para acontecer.
 Senhor faz questão de deixar claro que sua palavra seria cumprida ali, naquele tempo presente, sem mais qualquer adiamento.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...

4 comentários:

Postar um comentário

Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.