quinta-feira, 19 de novembro de 2015
quinta-feira, novembro 19, 2015
Jamais Desista
Atos 18 1-28 - FALA E NÃO TE CALES.
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 18, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 18
Atos 18 começa com o encontro de Paulo com
seus colegas de trabalho na confecção de redes Áquila e Priscila, sua mulher.
Ele trabalha, produz redes e ainda evangeliza nas oportunidades. Paulo nunca
desvalorizou o trabalho, pelo contrário, muitas vezes, esforçou-se por não ser
pesado aos seus irmãos.
Ele ainda está evangelizando os judeus e
persuade a muitos. Paulo incomodava a oposição que ainda ficou mais incomodada
porque com a chegada de Silas e Timóteo, ele pode dedicar-se, integralmente, ao
evangelho.
Paulo foi confortado pelo Senhor que lhe
apareceu em visão dizendo a ele para perseverar e continuar a pregar – “fales e
não te cales!”. Diante do grande trabalho de evangelização de Paulo, um levante
de perseguição e de oposição ao seu trabalho.
É incrível! Quem se dedica ao trabalho do
Senhor jamais ficará sem uma forte oposição! Pelo menos, é isso que aprendemos
em Atos.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha
apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam
sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo
levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo
Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios
à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A
primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem
missionária de Paulo (15.36-18.22) – concluiremos
agora; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) – começaremos a ver agora; E. A detenção,
o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de
Paulo a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua
prisão domiciliar em Roma (28.17-31).
C. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36 - 18.22) - continuação.
Desde o verso 36, do capítulo 15, anterior,
ao 18.22, estamos, como dissemos, vendo a segunda viagem missionária de Paulo.
Lucas registrou a segunda fase missionária de Paulo aos gentios.
Depois da confusão em Atenas, saiu de lá e
foi para Corinto. Essa cidade foi a capital da província romana de Acaia desde
27 a.C., e situava-se cerca de 80 km a sudoeste de Atenas, próximo ao istmo que
liga Ática, ao norte, com o Peloponeso, ao sul.
Embora Corinto tenha sido uma cidade grande
e próspera entre os séculos 8 e 6 a.C., começou a declinar e foi tomada em 338
a.C. por Filipe II da Macedônia; depois, foi conquistada em 196 a.C. pelos
romanos e saqueada em 146 a.C., também pelos romanos, por causa de uma revolta;
finalmente, foi reconstruída em 44 a.C. por Júlio César, que a transformou numa
colónia romana.
No período neotestamentário, Corinto tinha
um população de duzentos mil habitantes, formada por gregos, homens libertos da
Itália, veteranos do exército romano, homens de negócios, oficiais do governo,
pessoas do Oriente Próximo, e também incluindo uma grande comunidade de judeus
(foi encontrada parte de uma inscrição de uma sinagoga judaica nas ruínas de
Corinto) e muitos escravos.
Além de sua riqueza e natureza cosmopolita,
Corinto tinha uma cultura inteiramente pagã e imoral, cheia de templos pagãos e
possuindo também uma acrópole ao sul (chamada de Acrocorinto), um templo dedicado
à deusa Afrodite.
A partir do século 5 d.C., a expressão
"corintianizar" passou a significar “praticar atos sexuais
imorais".
Foi nesse lugar, terrível, que Paulo
encontrou Áquila, natural do Ponto, que havia chegado recentemente da Itália
com sua mulher Priscila. Áquila era nativo de Ponto, uma região ao norte da
Ásia Menor entre a Bitínia e a Arménia.
Priscila com frequência é mencionada antes
de seu marido (vs. 18-19, 26; Rm 16.3; 2Tm 4.19), indicando que talvez tivesse
uma posição social mais elevada que Áquila, ou talvez fosse mais conhecida que
ele no negócio de fabricação de tendas.
Paulo trabalhava com eles, mas todos os
sábados debatia na sinagoga e ali convencia muitos judeus e gregos. Foi somente
depois com a chegada de Silas e Timóteo que ele Paulo pode dedicar-se
integralmente à pregação, testemunhando aos judeus que Jesus era o Cristo.
Muitos deles se opunham e lançavam
maldições sobre Paulo. Este sacudiu as vestes para expressar repúdio em razão da
rejeição e da incredulidade – (cf. 13:51). E disse a eles que sobre a cabeça
deles estaria o sangue deles e a responsabilidade disso. Eles seriam
responsáveis por terem rejeitado a Cristo (cf. Mt 27.25) e por isso teriam de
carregar o peso de seus próprios pecados.
Saindo da sinagoga foi para a casa de Tício
Justo que era temente a Deus. Foi o primeiro lar da igreja em Corinto. Ticio
Justo, dois nomes romanos, era um cidadão romano gentio que praticava a fé na
sinagoga.
Provavelmente pertencia a uma das famílias
que Júlio César enviou para colonizar Corinto. Há motivos para acreditar que
ele pode ser o mesmo Gaio relatado em Rm 16.23, mencionado como tento sido
batizado por Paulo (1Co 1.14).
A boa notícia da pregação de Paulo foi que
Crispo, o principal da sinagoga, creu no Senhor Jesus. Como dirigente da
sinagoga, Crispo era encarregado dos preparativos para o culto judaico. Foi
esse Crispo (e provavelmente toda a sua casa) que Paulo batizou (1Co 1.14).
Paulo teve uma visão com o Senhor que lhe
deus instruções para não temer, mas continuar falando e não ficar calado, pois
ele, o Senhor, era com ele e ninguém iria lhe fazer mal ou feri-lo porque ele
tinha muito povo naquela cidade.
Jesus garantiu a Paulo que a sua pregação
em Corinto não seria improdutiva porque havia muitas pessoas do povo de Deus
(isto é, aquelas pessoas a quem Deus elegeu para a vida eterna; 13.48) que
viviam na cidade.
Ainda que os eleitos de Corinto ainda não
houvessem crido no evangelho, pois muitos deles ainda nem tinham ouvido a
pregação de Paulo, mesmo assim eles pertenciam ao Senhor.
Paulo então ficou ali pregando e ensinando por
um ano e meio. Quando, porém, Gálio era procônsul da Acaia, os judeus em
conjunto fizeram um levante contra Paulo e o levaram ao tribunal com a acusação
de estar persuadindo o povo a adorar a Deus de maneira contrária à lei.
Isto é, contrário à lei romana, que proibia
qualquer prática religiosa que não fosse previamente reconhecida por Roma. No
entanto, o judaísmo era uma religião legalmente reconhecida e por isso o
Cristianismo, inicialmente reconhecido como uma ramificação do judaísmo, também
era uma religião legal (religio licita).
Lucas identifica corretamente o governador
dessa Província senatorial (Acaia), pois uma inscrição encontrada em Deites, na
Grécia, identifica Gálio como ocupando o cargo de procônsul durante a vigésima
sexta aclamação do imperador Cláudio (ou seja, de janeiro a julho de 52 d.C.).
Paulo ia começar a falar no tribunal em sua
defesa, mas Gálio o interrompe e cessa os trabalhos alegando que se tratava de
problemas deles mesmos e que, portanto, não seria juiz daquilo. Então eles,
inflamados pelo inferno, se voltaram contra Sóstenes o chefe da sinagoga e o
espancaram diante do tribunal. Gálio nem se importava com isso.
Assim, Paulo permaneceu em Corinto por um
tempo e depois se despediu dos irmãos, pois estaria indo para a Síria, junto
com Áquila e Priscila. Assim, antes do embarque, rapou a cabeça em Cencréia por
conta de um voto que fizera. Embora essa frase possa se referir a Áquila,
provavelmente se aplica a Paulo.
Como o voto de nazireu envolvia uma pureza
cerimonial tão rigorosa que era inviável cumpri-lo em terras gentias (Nm
6.1-21), Paulo provavelmente fez esse voto em particular, como forma de
exercício religioso. Raspar o cabelo (que era deixado crescer durante o período
do voto) marcava o encerramento do voto e talvez fosse uma expressão de
gratidão a Deus.
Paulo chega então em Éfeso e deixa ali
Priscila e Áquila. Ele entra na sinagoga dali e começa já a debater com os
judeus que pareciam estar interessados em sua pregação e até pediram que
ficasse mais tempo, mas Paulo não ficou, disse que poderia voltar se Deus o
permitisse e, então, partiu de Éfeso para Cesaréia e ali já subiu até a igreja
para saudá-la e depois desceu a Antioquia.
D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14).
Paulo ficou ali algum tempo, provavelmente
vários meses, a partir do outono de 52 d.C., até a primavera de 53 d.C., mas
logo partiu para a sua terceira viagem missionária. Lucas descreve a terceira
etapa da evangelização de Paulo às nações gentias. Mais uma vez, ele viajou
para a Grécia.
Aqui teve inicio a terceira viagem
missionária de Paulo. Partiu dali e viajou por toda a região da Galácia e da Frigia
com o objetivo de ir fortalecendo os irmãos. Paulo começou pela região mais
próxima de onde estava e onde já havia passado: a região da Galácia e Frigia,
ao sul da Mia Menor.
Nisso, ele conhece um judeu chamado Apolo,
natural de Alexandria, que tinha chegado a Éfeso. Ele era homem culto e tinha
grande conhecimento das Escrituras. Também fora instruído no caminho do Senhor
e com grande fervor falava e ensinava com exatidão acerca de Jesus, embora
conhecesse apenas o batismo de João.
Ele era veemente e logo começou a falar
corajosamente na sinagoga. Quando Priscila e Áquila o ouviram, convidaram-no
para ir à sua casa e lhe explicaram com mais exatidão o caminho de Deus, pois
tinham aprendido as coisas do reino de Deus de forma mais apurada com o próprio
Paulo.
Querendo ele ir para a Acaia, os irmãos o
encorajaram e escreveram aos discípulos que o recebessem. Ao chegar, ele
auxiliou muito os que pela graça haviam crido, pois refutava vigorosamente os judeus
em debate público, provando pelas Escrituras que Jesus é o Cristo.
deixando
Paulo Atenas,
partiu
para Corinto.
At 18:2 Lá, encontrou certo judeu
chamado Áqüila,
natural
do Ponto, recentemente chegado da Itália,
com Priscila, sua mulher,
em vista de ter Cláudio decretado
que
todos os judeus se retirassem de Roma.
Paulo aproximou-se deles.
At 18:3 E, posto que eram do mesmo
ofício,
passou
a morar com eles
e
ali trabalhava,
pois
a profissão deles era fazer tendas.
At 18:4 E todos os sábados
discorria
na sinagoga,
persuadindo
tanto judeus como gregos.
At 18:5 Quando Silas e Timóteo desceram
da Macedônia,
Paulo
se entregou totalmente à palavra,
testemunhando
aos judeus que o Cristo é Jesus.
At 18:6 Opondo-se eles
e blasfemando,
sacudiu
Paulo as vestes e disse-lhes:
Sobre
a vossa cabeça, o vosso sangue!
Eu
dele estou limpo
e,
desde agora,
vou
para os gentios.
At 18:7 Saindo dali, entrou na casa de
um homem chamado Tício Justo,
que
era temente a Deus;
a
casa era contígua à sinagoga.
At 18:8 Mas Crispo, o principal da
sinagoga,
creu
no Senhor, com toda a sua casa;
também muitos dos coríntios,
ouvindo,
criam
e eram batizados.
At 18:9 Teve Paulo durante a noite uma
visão
em
que o Senhor lhe disse:
Não
temas;
pelo
contrário,
fala
e não te cales;
At
18:10 porquanto eu estou contigo,
e ninguém ousará fazer-te mal,
pois
tenho muito povo nesta cidade.
At 18:11 E ali permaneceu um ano e seis
meses,
ensinando
entre eles a palavra de Deus.
At 18:12 Quando, porém, Gálio era
procônsul da Acaia,
levantaram-se
os judeus,
concordemente,
contra Paulo
e
o levaram ao tribunal, At 18:13 dizendo:
Este
persuade os homens a adorar a Deus
por
modo contrário à lei.
At 18:14 Ia Paulo falar, quando Gálio
declarou aos judeus:
Se
fosse, com efeito, alguma injustiça ou crime da maior gravidade,
ó
judeus, de razão seria atender-vos;
At
18:15 mas, se é questão de palavra, de nomes e da vossa lei,
tratai
disso vós mesmos;
eu
não quero ser juiz dessas coisas!
At 18:16 E os expulsou do tribunal.
At 18:17 Então, todos agarraram Sóstenes,
o
principal da sinagoga,
e
o espancavam diante do tribunal;
Gálio, todavia,
não
se incomodava com estas coisas.
At 18:18 Mas Paulo, havendo permanecido
ali ainda muitos dias,
por
fim, despedindo-se dos irmãos,
navegou
para a Síria,
levando em sua companhia
Priscila e Áqüila,
depois
de ter raspado a cabeça em Cencréia,
porque
tomara voto.
At 18:19 Chegados a Éfeso, deixou-os
ali;
ele, porém, entrando na sinagoga,
pregava
aos judeus.
At 18:20 Rogando-lhe eles que permanecesse
ali mais algum tempo,
não
acedeu.
At 18:21 Mas, despedindo-se, disse:
Se
Deus quiser, voltarei para vós outros.
E, embarcando,
partiu
de Éfeso.
At 18:22 Chegando a Cesareia,
desembarcou,
subindo a Jerusalém;
e,
tendo saudado a igreja,
desceu para Antioquia.
At 18:23 Havendo passado ali algum
tempo,
saiu,
atravessando sucessivamente a região da Galácia e Frígia,
confirmando
todos os discípulos.
At 18:24 Nesse meio tempo,
chegou
a Éfeso um judeu, natural de Alexandria, chamado Apolo,
homem
eloqüente
e
poderoso nas Escrituras.
At
18:25 Era ele instruído no caminho do Senhor;
e,
sendo fervoroso de espírito,
falava
e ensinava com precisão
a
respeito de Jesus,
conhecendo
apenas o batismo de João.
At
18:26 Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga.
Ouvindo-o,
porém, Priscila e Áqüila,
tomaram-no consigo
e, com mais exatidão,
lhe expuseram o
caminho de Deus.
At 18:27 Querendo ele percorrer a Acaia,
animaram-no
os irmãos
e
escreveram aos discípulos para o receberem.
Tendo chegado,
auxiliou
muito aqueles que,
mediante
a graça,
haviam
crido;
At
18:28 porque, com grande poder,
convencia
publicamente os judeus,
provando,
por meio das Escrituras,
que
o Cristo é Jesus.
A obra do evangelho continua e novos varões
valorosos são levantados dia a dia pelo Senhor da seara. Agora surge Apolo, o
eloquente que não entendia corretamento o Caminho, mas amparado por Áquila e
Priscila corrige suas deficiências e sai mundo afora convencendo a muitos, por
meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.