Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito
com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o
reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino
que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Estamos na última
parte de Mateus, a parte VII, veremos o capítulo 27.
VII. A PAIXÃO E A RESSURREIÇÃO (26.1-28.20).
Jesus passou por aflições, morreu como o
Rei sofredor dos judeus, e foi exaltado na sua ressurreição como o vitorioso
Rei. Jesus revelou-se a seus discípulos e os comissionou a espalharem o seu
evangelho até aos confins da terra.
Tudo aconteceu tão de repentinamente... por
3 anos e meio, ou 1260 dias, Jesus andou com seus discípulos e realizou tantos
feitos, curas, sinais, prodígios, falou tão profundamente e agora... preso!
Amarraram-no! Os homens, nossas autoridades, amarraram a Jesus!
Judas não suportou o peso e quis se vingar
de si mesmo dando fim a sua própria vida.
O remorso de Judas não foi o mesmo do que
arrependimento (3.2). É possível que ele estivesse tentando forçar Jesus a
demonstrar o seu poder e ficou frustrado quando as coisas aconteceram como
aconteceram. Mesmo que esse fosse o motivo, ele foi motivado pela descrença,
pela má vontade de fazer as coisas da maneira de Jesus e uma presunção de que
ele sabia mais do que o Senhor.
O orgulho era tão forte naquele coração que
diante do erro não pode aceitar o perdão que certamente Cristo lhe daria, antes
optou pelo endurecimento de seu coração maligno.
Recorda-nos a BEG que eles, os chefes dos
sacerdotes e os líderes religiosos – vs. 3 - não podem mostrar indiferença
quanto à questão do sangue inocente pelo qual pagaram o preço. A tentativa
deles de transferir a responsabilidade é quase tão efetiva quanto a de Pilatos
no v. 24.
Como Judas tinha lançado as moedas no
templo e saindo foi enforcar-se, os sacerdotes ajuntaram as moedas e
raciocinaram que não deveriam colocar aquele dinheiro no templo, por isso que
resolveram comprar o campo do Oleiro para cemitério de estrangeiros.
At 1.18 diz que Judas adquiriu o campo,
precipitou-se de cabeça para baixo e as suas entranhas se derramaram. É
possível que a palavra "enforcar' aqui signifique que ele foi empalado e
que Mateus usa o termo mais geral "enforcado" para fazer o paralelo
com Aitofel (2Sm 17.23).
Alternativamente, uma vez que o seu
suicídio ocorreu num dia de festa e a semana seguinte era uma semana santa, o
seu corpo deve ter sido deixado se decompondo por algum tempo, de modo que,
quando ele caiu ou foi solto, o seu abdómen rompeu-se.
A diferença quanto a quem adquiriu o campo
é facilmente harmonizada. Os sacerdotes comprariam o campo no nome de Judas uma
vez que eles, como sacerdotes, não poderiam obter terras ou comprá-las para o
templo.
A maior parte das palavras na citação (vs.
9-10) são de Zc 11.12-13, mas o conteúdo está também intimamente relacionado
com Jr 19.1-13, que é uma profecia de julgamento para o derramamento de sangue
inocente (Mt 27.4) que descreve Tofete como o "vale da Matança" (Jr
19.6), um local de sepultamento (ir 19.11).
Mateus revela nas ações de Judas e dos
sacerdotes um cumprimento do julgamento das profecias de Zacarias e Jeremias,
na medida em que a traição de Judas representa a traição do bom Pastor pela
nação de Israel — especialmente a traição de sua liderança, que
"entregou-o" (Mt 27.26; a mesma palavra grega é traduzida como
"traição') para ser crucificado.
Essa traição por parte da nação é, por sua
vez, a expressão máxima do padrão de apostasia, incredulidade e rejeição da
afirmação da soberania de Deus que havia caracterizado Israel ao longo de sua
história e era expressa nos dias de Jeremias e Zacarias.
Desse modo, o “Campo de Sangue" de
Judas (vs. 8) também se coloca como uma advertência sobre a vinda do julgamento
sobre a casa de Israel.
Dos versos de 11 a 24, Jesus se encontra
diante de Pôncio Pilatos para ser interrogado por ele. O silêncio de Jesus – vs.
12 a 14 - cumpriu Is 53.7.
Pilatos ficou intrigado com Jesus e
realmente teve medo dele, principalmente depois de sua mulher o advertir de que
não mexesse com ele, pois era homem justo diante de Deus, conforme sonhou a
noite toda com ele.
Até o povo que foi beneficiado pelos seus
dons e visitado com seu poder agora estava contra Jesus e a sua opção era por
outro Jesus. Dois Jesus estavam ali. Um deveria ser solto pelo governador. A
multidão preferia o Jesus Barrabás do que o Jesus Cristo. Que seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos! (vs. 25). Esta
foi a maldição lançada na escolha do Jesus errado!
Muitas vezes, esse versículo que fala dessa
maldição tem sido lido como um julgamento antissemita da parte do autor de
Mateus. Porém, totalmente à parte do fato de que Mateus estava registrando um
incidente histórico, a denúncia de Israel pela sua culpa coletiva era alguma
coisa que os profetas do Antigo Testamento falam com regularidade, e esses
profetas judeus certamente não eram antissemitas. O julgamento é ético, não
racial, e sempre permanece um remanescente fiel entre a nação infiel.
Pilatos estava querendo soltar a Jesus por
causa do senso da justiça que estava sobre seus ombros no exercício de seu
governo, mas o amor dos homens e a glória deles falou mais alto do que Deus e
sua escolha foi abafada em sua consciência por um lavar de mãos diante de
todos.
Diante do pedido do povo e do lavar de suas
mãos, ele finalmente soltou a Barrabás e, após haver açoitado a Jesus,
entregou-o para ser crucificado.
O açoite que era feito pelos romanos era
incrivelmente cruel, com pontas de ossos presas num chicote multirretorcido.
Muitas vezes, os homens morriam somente em decorrência do traumatismo dos
açoites. Não conseguimos sequer começar a perceber o quanto foi terrível o
sofrimento que Cristo suportou pelas nossas iniquidades 53.5; 1Pe 2.24).
Os soldados pareciam bestas selvagens e
fizeram contra ele requintes de maldade e crueldade. Compare os vs. 27-31 com
Is 53.3. Até o seu manto, provavelmente o manto de um soldado romano - Mateus
descreve o manto como 'escarlate", apesar de Marcos e João chamarem de
"púrpura" (Mc 15.20; Jo 19.2). E duvidoso que Mateus tenha mudado a
cor para simbolizar o sangue e o sofrimento; muitas vezes, a diferenciação da
cor é altamente subjetiva –, foi usado com a finalidade de zombar de Jesus.
Eles é que colocaram nele esse manto no
lugar das suas vestes originais somente para zombar dele e depois de zombarem
dele, tiraram o manto e recolocaram suas vestes originais – vs. 31. Foi nesse
momento que o levaram para ser crucificado.
No caminho, encontraram um homem de Cirene,
chamado Simão que foi forçado a ajudar a Jesus a carregar a sua cruz.
A BEG comenta que a crucificação era um
modo de execução lenta e inexplicavelmente agonizante. Provavelmente, os pulsos
e não as palmas foram pregados e amarrados ao pedaço de madeira.
A força da gravidade tornava a respiração
difícil e dolorosa, e esforços involuntários das pernas para diminuir a pressão
aumentava grandemente a dor nos pés. Isso continuava até que a total exaustão
resultava em asfixia. O processo da morte poderia demorar dias.
Foi num lugar chamado de Gólgota, Lugar da
Caveira, que o crucificaram. Em determinado momento eles lhe deram para beber
vinho misturado com fel – vs. 34. Pode se referir a qualquer das ervas amargas;
Marcos menciona mirra (Mc 15.23).
A combinação de mirra com vinho é
geralmente entendida por comentaristas modernos como sendo narcótica; tivesse
sido esse o caso, Jesus teria recusado, uma vez que ele queria estar totalmente
consciente.
Mas a oferta do vinho com fel não foi
provavelmente um gesto de compaixão, mas um tormento adicional, como em SI
69.21, que é aqui cumprido. A sede de Jesus deveria ter sido muito grande, mas
o fel teria tornado o vinho intragável.
Depois da crucificação de Jesus, lá estavam
os soldados novamente se divertindo com as vestes que foram de Jesus, mas agora
sobre o manto lançavam sorte – vs. 35. “Eles
repartiram entre si as suas vestes.” Isso cumpriu SI 22.18, como é
explicitado em Jo 19.23-24 e alguns manuscritos posteriores de Mateus. Por ali
mesmo ficaram os soldados vigiando a crucificação.
O que foi figurativamente feito com Davi
foi literalmente feito com Jesus. A crucificação de Jesus envolveu muitos
cumprimentos literais assim como figurativos do Sl. 22.
Por cima de sua cabeça colocaram por
escrito a acusação feita contra ele – vs. 37. A placa acima da cabeça nomeava o
crime. Pilatos estava pretendendo insultar os líderes judeus, mas a ironia de
sua verdade ficou evidente para a igreja primitiva.
Jesus fora crucificado entre dois ladrões –
vs. 38. Compare com Is 53.12. O termo traduzido ladrões" é a palavra que
Josefo usou para os insurrecionistas. Normalmente, os ladrões não eram
crucificados. Talvez esses dois pertencessem ao bando de Barrabás (cf. Mc
15.7).
Todos à sua volta estavam ali zombando dele
e o desafiando a descer da cruz uma vez que era ele que dizia que destruiria o
templo e o reedificaria em três dias. A zombaria da multidão ("se és Filho de Deus”) imita Satanás
(4.3.6).
Observe a ironia – nos chama a atenção a
BEG. Por não ter descido da cruz, Jesus estava destruindo o templo (seu corpo,
mas também o templo literal; cf. v. 51) e reconstruindo-o em três dias (seu
corpo físico e seu corpo metafórico, a igreja).
Da
mesma forma, os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes
religiosos zombavam dele, dizendo: "Salvou os outros, mas não é capaz de
salvar a si mesmo! E é o rei de Israel! Desça agora da cruz, e creremos nele. Ele
confiou em Deus. Que Deus o salve agora (um cumprimento de SI 22), se dele tem compaixão, pois disse: ‘Sou o
Filho de Deus!" Igualmente o insultavam os ladrões que haviam sido
crucificados com ele. (41-44).
O objetivo das portas do inferno, que nunca
prevalecerão contra a igreja, contra o seu templo, era fazer com que Jesus
descesse da cruz. Do meio-dia até às 15h, a terra se encheu de trevas e já as
3h da tarde, Jesus bradou em aramaico "Eloí,
Eloí, lamá sabactâni?" que significa: "Meu Deus! Meu Deus! Por
que me abandonaste? "
Na maioria dos manuscritos Eli é o hebraico
para "meu Deus" em vez de “Eloi” (aramaico), mas alguns dos melhores
o traduzem como “Eloí" (como em Marcos).
O restante da lamentação é em aramaico. Se
Jesus usou o hebraico “Eli", a confusão com Elias pode ser, de algum modo;
mais compreensível.
O grito de abandono de Jesus “por que me desamparaste” foi um
cumprimento de SI 22.1, mas também muito mais, refletiu a profundidade da
angústia de Jesus quando ele enfrentou a agonia de Ser separado do seu pai.
Mais tarde, os apóstolos perceberam que
Jesus estava enfrentando a maldição do julgamento de Deus do pecado - a total,
furiosa e amedrontadora ira do Todo-Poderoso Deus. Isso foi o mais agonizante
para Jesus, que havia desfrutado da mais íntima relação de amor com o Pai desde
toda a eternidade.
Quando Jesus pronunciou essa expressão em
aramaico, alguns ali pensaram que ele chamava por Elias. Foi nisso que um deles
correu para molhar uma esponja embebida em vinagre e a colocou na ponta da
lança para Jesus beber. No entanto, outros comentavam que era para deixa-lo
quieto para ver se Elias viria mesmo. Esse foi outro cumprimento de SI 69.21 (Deram-me fel por mantimento, e na minha sede
me deram a beber vinagre).
Mais uma vez Jesus deu outro brado em alta
voz e nesse momento, entregou o seu espírito – vs. 50.
O véu que separava o lugar Santíssimo do
resto do santuário, que simbolizava a natureza inacessível de Deus (Hb 9.8),
foi rompido. A morte de Jesus foi o seu sacrifício no altar celestial (Hb
9.12,24-251, abrindo para nós o caminho para Deus (11b 10.19-20). O véu
simbólico na Soja terrestre do tabernáculo celestial foi rasgado porque a
verdadeira barreira espiritual havia sido removida. O céu havia sido aberto
para um novo e real sacerdócio em Cristo (1 Pe 2.9). A expressão “de alto a
baixo” implica uma ação divina. A morte de Jesus tornou o sistema cerimonial do
Antigo Testamento obsoleto e destruiu o templo (veja Jo 2.19).
O rasgo do véu prenunciou a iminente
destruição do templo terreno. Não somente foi o véu rasgado, mas a terra
sacudida, pedras se quebraram e tumbas foram abertas. Tudo o que separava Deus
de seu povo - até mesmo a morte - foi destruído pela morte de Jesus.
A ressurreição de "muitos corpos de
santos", apesar de mencionada aqui para mostrar a ligação com o rasgo do
véu, está materialmente relacionada com a ressurreição de Jesus (vs. 53).
Seria estranho para eles serem
ressuscitados e então esperarem em suas tumbas até que Jesus fosse
ressuscitado. Qualquer que tenha sido o caso, essa ressurreição foi um
pré-cumprimento simbólico de Dn 12.2. Isso nos dá poucas informações para
especularmos sobre quem eram essas pessoas ou se elas morreram novamente ou
foram trasladadas.
Se o centurião e os soldados entenderam ou
não o título messiânico contido no título Filho de Deus", suas palavras
mostram que enquanto a maioria dos herdeiros naturais da aliança estava
denegrindo o seu Messias, os gentios fizeram uma afirmação apropriada.
Ao final da tarde é que chegou um homem
rico, de Arimatéia, chamado José, que se tornaria discípulo de Jesus,
preocupado com o seu corpo e foi providenciar para ele uma sepultura digna.
Somente Mateus nos informa que José era rico. A provisão de José de uma
sepultura completou o cumprimento de Jesus com relação a Is 53.9.
Mateus inclui os fatos relatados dos vs. 62
a 66 como um pano de fundo para 28.11-15. Eles tiveram a preocupação de
cuidarem do corpo de Jesus, guardando-o com toda segurança, porque havia sua
promessa de que em três dias ele ressuscitaria.
Mt 27:1 Ao romper o dia,
todos os
principais sacerdotes
e
os anciãos do povo entraram em conselho
contra
Jesus,
para
o matarem;
Mt
27:2 e, amarrando-o,
levaram-no
e o
entregaram ao governador Pilatos.
Mt 27:3 Então, Judas,
o que o
traiu,
vendo
que Jesus fora condenado,
tocado
de remorso,
devolveu
as trinta moedas de prata
aos
principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo:
Mt
27:4 Pequei,
traindo
sangue inocente.
Eles, porém,
responderam:
Que
nos importa?
Isso
é contigo.
Mt 27:5
Então, Judas,
atirando
para o santuário as moedas de prata,
retirou-se
e
foi enforcar-se.
Mt 27:6 E os
principais sacerdotes,
tomando
as moedas, disseram:
Não
é lícito deitá-las no cofre das ofertas,
porque
é preço de sangue.
Mt
27:7 E, tendo deliberado,
compraram
com elas o campo do oleiro,
para
cemitério de forasteiros.
Mt
27:8 Por isso, aquele campo
tem
sido chamado, até ao dia de hoje,
Campo
de Sangue.
Mt 27:9
Então, se cumpriu o que foi dito
por
intermédio do profeta Jeremias:
Tomaram
as trinta moedas de prata,
preço
em que foi estimado aquele
a
quem alguns dos filhos
de Israel
avaliaram;
Mt
27:10 e as deram pelo campo do oleiro,
assim
como me ordenou o Senhor.
Mt 27:11 Jesus estava em pé ante o
governador;
e este o
interrogou, dizendo:
És
tu o rei dos judeus?
Respondeu-lhe
Jesus:
Tu
o dizes.
Mt 27:12 E, sendo
acusado
pelos
principais sacerdotes e pelos anciãos,
nada
respondeu.
Mt 27:13
Então, lhe perguntou Pilatos:
Não
ouves quantas acusações te fazem?
Mt 27:14
Jesus não respondeu nem uma palavra,
vindo
com isto a admirar-se grandemente o governador.
Mt 27:15 Ora, por ocasião da festa,
costumava o
governador soltar ao povo um dos presos,
conforme
eles quisessem.
Mt 27:16
Naquela ocasião,
tinham
eles um preso muito conhecido,
chamado
Barrabás.
Mt 27:17
Estando, pois, o povo reunido, perguntou-lhes Pilatos:
A
quem quereis que eu vos solte,
a
Barrabás
ou
a Jesus, chamado Cristo?
Mt
27:18 Porque sabia que, por inveja,
o
tinham entregado.
Mt 27:19 E,
estando ele no tribunal,
sua
mulher mandou dizer-lhe:
Não
te envolvas com esse justo;
porque hoje,
em sonho, muito sofri por seu respeito.
Mt 27:20 Mas
os principais sacerdotes
e os anciãos
persuadiram o povo
a
que pedisse Barrabás
e
fizesse morrer Jesus.
Mt 27:21 De
novo, perguntou-lhes o governador:
Qual
dos dois quereis que eu vos solte?
Responderam
eles:
Barrabás!
Mt 27:22
Replicou-lhes Pilatos:
Que
farei, então, de Jesus, chamado Cristo?
Seja
crucificado! Responderam todos.
Mt 27:23 Que
mal fez ele? Perguntou Pilatos.
Porém
cada vez clamavam mais:
Seja
crucificado!
Mt 27:24 Vendo
Pilatos
que
nada conseguia, antes, pelo contrário,
aumentava
o tumulto,
mandando
vir água,
lavou
as mãos perante o povo, dizendo:
Estou
inocente do sangue deste [justo];
fique
o caso convosco!
Mt 27:25 E o
povo todo respondeu:
Caia
sobre nós o seu sangue
e
sobre nossos filhos!
Mt 27:26 Então, Pilatos lhes soltou
Barrabás;
e, após haver
açoitado a Jesus,
entregou-o
para ser crucificado.
Mt 27:27 Logo a seguir,
os soldados
do governador,
levando
Jesus para o pretório,
reuniram
em torno dele toda a coorte.
Mt 27:28
Despojando-o das vestes,
cobriram-no
com um manto escarlate;
Mt
27:29 tecendo uma coroa de espinhos,
puseram-lha
na cabeça
e, na mão
direita,
um
caniço;
e,
ajoelhando-se diante dele,
o
escarneciam, dizendo:
Salve,
rei dos judeus!
Mt
27:30 E, cuspindo nele,
tomaram
o caniço
e
davam-lhe com ele na cabeça.
Mt 27:31
Depois de o terem escarnecido,
despiram-lhe
o manto
e
o vestiram com as suas próprias vestes.
Em seguida,
o
levaram para ser crucificado.
Mt 27:32 Ao saírem,
encontraram
um cireneu, chamado Simão,
a
quem obrigaram a carregar-lhe a cruz.
Mt
27:33 E, chegando a um lugar chamado Gólgota,
que
significa Lugar da Caveira,
Mt
27:34 deram-lhe a beber vinho com fel;
mas
ele, provando-o,
não
o quis beber.
Mt 27:35 Depois de o crucificarem,
repartiram
entre si as suas vestes,
tirando
a sorte.
Mt
27:36 E, assentados ali,
o
guardavam.
Mt 27:37 Por cima da sua cabeça
puseram
escrita a sua acusação:
ESTE
É JESUS, O REI DOS JUDEUS.
Mt 27:38 E
foram crucificados com ele
dois
ladrões,
um
à sua direita,
e
outro à sua esquerda.
Mt 27:39 Os
que iam passando
blasfemavam
dele,
meneando
a cabeça e dizendo:
Mt
27:40 Ó tu que destróis o santuário
e
em três dias o reedificas!
Salva-te
a ti mesmo,
se
és Filho de Deus,
e
desce da cruz!
Mt 27:41 De
igual modo,
os
principais sacerdotes,
com
os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam:
Mt
27:42 Salvou os outros,
a
si mesmo não pode salvar-se.
É
rei de Israel!
Desça
da cruz,
e
creremos nele.
Mt
27:43 Confiou em Deus;
pois
venha livrá-lo agora,
se,
de fato, lhe quer bem; porque disse:
Sou Filho de
Deus.
Mt 27:44 E os
mesmos impropérios lhe diziam também os ladrões
que
haviam sido crucificados com ele.
Mt 27:45
Desde a hora sexta até à hora nona,
houve
trevas sobre toda a terra.
Mt 27:46 Por
volta da hora nona,
clamou
Jesus em alta voz, dizendo:
Eli,
Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer:
Deus meu,
Deus meu, por que me desamparaste?
Mt 27:47 E
alguns dos que ali estavam, ouvindo isto, diziam:
Ele
chama por Elias.
Mt 27:48 E,
logo, um deles correu a buscar uma esponja
e,
tendo-a embebido de vinagre
e
colocado na ponta de um caniço,
deu-lhe
a beber.
Mt 27:49 Os
outros, porém, diziam:
Deixa,
vejamos se Elias vem salvá-lo.
Mt 27:50 E
Jesus,
clamando
outra vez com grande voz,
entregou
o espírito.
Mt 27:51 Eis que
o véu do
santuário
se
rasgou
em
duas partes
de
alto a baixo;
tremeu a
terra,
fenderam-se
as rochas;
Mt 27:52
abriram-se os sepulcros,
e
muitos corpos de santos, que dormiam, ressuscitaram;
Mt
27:53 e, saindo dos sepulcros
depois
da ressurreição de Jesus,
entraram
na cidade santa
e
apareceram a muitos.
Mt 27:54 O centurião e os que com ele
guardavam a Jesus,
vendo o
terremoto
e tudo o que
se passava,
ficaram
possuídos de grande temor e disseram:
Verdadeiramente
este era Filho de Deus.
Mt 27:55 Estavam ali muitas mulheres,
observando de
longe;
eram
as que vinham seguindo a Jesus desde a Galiléia,
para
o servirem;
Mt 27:56
entre elas estavam
Maria
Madalena,
Maria,
mãe de Tiago e de José,
e
a mulher de Zebedeu.
Mt 27:57 Caindo a tarde,
veio um homem
rico de Arimatéia,
chamado
José,
que
era também discípulo de Jesus.
Mt 27:58 Este
foi ter com Pilatos
e
lhe pediu o corpo de Jesus.
Então,
Pilatos
mandou
que lho fosse entregue.
Mt 27:59 E
José,
tomando
o corpo,
envolveu-o
num pano limpo de linho
Mt
27:60 e o depositou no seu túmulo novo,
que
fizera abrir na rocha;
e, rolando
uma grande pedra
para a
entrada do sepulcro,
se
retirou.
Mt 27:61 Achavam-se ali,
sentadas em
frente da sepultura,
Maria
Madalena e a outra Maria.
Mt 27:62 No dia seguinte,
que é o dia
depois da preparação,
reuniram-se
os principais sacerdotes e os fariseus
e,
dirigindo-se a Pilatos,
Mt 27:63
disseram-lhe:
Senhor,
lembramo-nos
de que aquele embusteiro,
enquanto
vivia, disse:
Depois
de três dias ressuscitarei.
Mt 27:64
Ordena, pois,
que
o sepulcro seja guardado com segurança
até
ao terceiro dia,
para não
suceder que, vindo os discípulos,
o
roubem
e
depois digam ao povo:
Ressuscitou
dos mortos;
e
será o último embuste
pior
que o primeiro.
Mt
27:65 Disse-lhes Pilatos:
Aí
tendes uma escolta;
ide
e guardai o sepulcro
como
bem vos parecer.
Mt 27:66 Indo
eles,
montaram
guarda ao sepulcro,
selando
a pedra
e
deixando ali a escolta.
Essa zombaria e provocação a Jesus pra
fazer com que saísse da cruz, veio das mais profundas profundezas do inferno, mas
o Senhor permaneceu firme e rendeu seu espírito, conforme as Escrituras.
Ninguém poderia tirar-lhe a vida, ele a espontaneamente deu pela vida dos
pecadores.
Morreu e foi sepultado depois de um
julgamento vicioso e maligno. A natureza protestou. Os céus também. Somente o
inferno estava em festa e bem assim todos os seus seguidores e participantes
por causa do endurecimento de seus corações.
Fique à vontade para tecer seus comentários. No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 : devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.
Em cada capítulo da Bíblia, você encontrará uma narrativa escrita podendo conter gráficos, tabelas, imagens e textos e um link de vídeo dessa postagem no YouTube. Confira!
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As mensagens do JAMAIS DESISTA do caminho do Senhor são diárias, inéditas, baseadas na Bíblia e buscando sua conformação máxima à teologia reformada e representam o pensamento do autor na sua contínua busca das coisas pertencentes ao reino de Deus e a sua justiça.
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.