domingo, 15 de novembro de 2015
domingo, novembro 15, 2015
Jamais Desista
Atos 14.1-28 - INDO SEMPRE, MAS COM OUSADIA, GRAÇA E PODER
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 14, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 14
Enquanto eles iam pregando ousadamente e
alcançando resultados incríveis na evangelização, haviam os judeus incrédulos
que trabalhavam ao contrário...
O Senhor cooperava com eles na pregação
confirmando a palavra pregada da sua graça ao conceder a eles que pelas suas
mãos se fizessem sinais e prodígios. Quem era então aquele que trabalhava
contra o Senhor?
Por um lado, a pregação ousada e sinais, curas
e maravilhas; por outro, um povo invejoso que tentava de todas as formas
impedir a pregação. Em virtude da confusão formada, são obrigados a partirem e
vão para Listra e Derbe, cidades da Icônia, pregarem o evangelho.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha
apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam
sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo
levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo
Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios
à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A
primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – concluiremos agora; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35); C. A
segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22); D. A terceira viagem
missionária de Paulo (18.23-21.14); E. A detenção, o julgamento e a prisão de
Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16); e,
G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma
(28.17-31).
A. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) - continuação.
Estamos vendo, como falamos, a primeira
viagem missionária de Paulo. Paulo e Barnabé alcançam Chipre e a Galácia.
Eles chegam em Icônio e Paulo e Barnabé,
como de costume, foram à sinagoga judaica pregarem o evangelho com ousadia,
graça e poder.
O resultado disso foi que muitos creram
neles, tanto judeus como gentios, mas alguns dos judeus que se tinham recusado
a crer – eles poderiam ter escolhido crer! - incitaram os gentios e
irritaram-lhes os ânimos contra os irmãos.
Mesmo assim, Paulo e Barnabé passaram
bastante tempo ali, falando corajosamente do Senhor, que confirmava a mensagem
de sua graça realizando sinais e maravilhas pelas mãos deles.
Com a chegada deles, o povo da cidade ficou
dividido: alguns estavam a favor dos judeus, outros a favor dos apóstolos.
Essa é a primeira vez em Atos – vs. 4 - em
que o termo “apóstolos” é usado num sentido mais amplo que inclui outros homens
(p. ex., Barnabé) além dos apóstolos escolhidos por Jesus (Mt 10.1-4; At
1.24-26; em 2Co 1.1, Paulo se distinguiu dos demais companheiros designando-se
a si mesmo como apóstolo).
Uma conspiração estava formada de gentios e
judeus para os maltratarem e os apedrejarem. O apedrejamento era um modo de
execução judaica que visava punir com a morte os crimes de blasfêmia (7.58-59).
Eles foram avisados e fugiram para Listra e
Derbe, cidades da Licaônia. Embora essas duas cidades pertencessem mais
precisamente à província romana da Galácia, juntamente com Icônio, também
faziam parte do subdistrito chamado Licaônia. Contudo, entre 37-72 d.C., Icônio
foi considerada, em termos linguísticos e políticos, como pertencente à Frigia.
Eles pareciam nem ligar para as consequências
ou para os acontecimentos, o fato era que estavam sempre pregando as boas novas
– vs. 7.
Assim, em Listra encontraram um homem
paralítico dos pés e aleijado desde o nascimento. Em 6 d.C., o imperador Augusto
fortificou esse antigo assentamento licaônico (Listra) e o transformou numa
colônia romana pertencente à província da Galácia, povoando-a com veteranos do
exército romano.
Paulo depois de sua prédica, encontrou-se
com o paralítico e olhando nos olhos dele, viu que tinha fé para ser curado e
deu uma ordem para seu corpo em nome de Jesus. Ele foi muito objetivo e disse: "Levante-se!
Fique de pé!” Com isso, o homem deu um salto e começou a andar – vs. 10.
Ao verem tal fato inusitado o povo começou
a gritar em sua própria língua licaônica. A língua nativa da maior parte do
povo. Eles achavam terem os deuses descido até eles em forma humana.
Uma antiga lenda que circulava em Listra
dizia que o deus grego Zeus (chefe dos deuses) e Hermes (o mensageiro de Zeus)
andavam pela região disfarçados como seres humanos.
De acordo com a lenda, eles foram para o
interior da Frigia para conhecer a hospitalidade do povo; porém, somente um
casal os recebeu e, como recompensa, a cabana deles foi transformada num templo
com colunas de mármore e teto de ouro; as outras pessoas que haviam se recusado
a recebê-los tiveram suas casas destruídas.
E possível que os habitantes de Listra
tivessem identificado Barnabé como Zeus (Júpiter, para os romanos) e Paulo como
Hermes (Mercúrio, para os romanos). Logo, procurando evitar a ira divina, os habitantes
passaram a honrá-los como se fossem deuses.
De imediato, eles recusaram aquela
homenagem e rasgaram suas vestes numa demonstração de angústia.
O conteúdo desse sermão de Paulo – vs. 15
ao 17 - é semelhante àquele que ele pregou em Atenas (17.22-31), sendo ambos
dirigidos a uma multidão pagã que não entenderia as citações e explicações das
Escrituras do Antigo Testamento. Paulo salientou o fato de que o poder criador
e o cuidado de Deus também se estendiam às pessoas de Listra.
·
Eles
eram homens como eles.
·
Eles
eram arautos do Deus verdadeiro.
·
Eles
estariam trazendo boas novas desse Deus.
·
A
palavra de Deus dizia para eles se afastarem dessas coisas vãs e se voltarem
para o Deus vivo.
·
Esse
Deus vivo foi quem fez o céu, a terra, o mar e tudo o que neles há.
·
Esse
Deus vivo, no passado, permitiu que todas as nações seguissem os seus próprios
caminhos.
·
Nesse
tempo, esse Deus vivo não ficou sem testemunho mostrando a sua bondade:
ü
Dando-lhes
chuva do céu.
ü
Dando-lhes
colheitas no tempo certo.
ü
Concedendo-lhes
sustento com fartura.
ü
Enchendo
de alegria os seus corações.
Ainda assim, tiveram muita dificuldade em
impedir a oferta de sacrifícios para eles.
Alguns judeus que chegaram de Antioquia e
de Icônio, percebendo a situação, trataram de reverter o ânimo da multidão, fazendo
com que ela passasse a odiá-los a tal ponto de apedrejarem Paulo e darem ele
como morto e assim o arrastaram para fora da cidade, pensando estar ele morto.
Veja a cena de forma completa. Paulo e
Barnabé iam de cidade em cidade pregando o evangelho e alguns judeus iam no
mesmo caminho, mas procurando de todas as formas desfazerem todo trabalho
missionário deles.
Ora, se Deus estava levando Paulo e Barnabé
a pregarem; o diabo, certamente, estaria fazendo o mesmo, mas ao contrário.
Quando os discípulos chegaram perto de
Paulo, este se levantou e ainda voltou para a cidade e somente no dia seguinte
partiram para Derbe - outra cidade na fronteira da província de Licaónia (atual
Kerti Huyuk, na Turquia) situada no sudeste da Galácia, distante cerca de 105
km a sudeste de Listra. Quão triste e terrível é ver a Turquia hoje totalmente
esquecida do evangelho.
Em Derbe, continuaram o trabalho de evangelização
e missões onde fizeram muitos discípulos. Depois, voltaram no caminho de ida
para Listra, Icônio e Antioquia para fortalecer os discípulos, encorajá-los a
permanecerem na fé afirmando a eles que era necessário que passassem por muitas
tribulações para entrarem no Reino de Deus.
O trabalho de Paulo e Barnabé era contínuo
em cada lugar, em cada igreja, sempre com oração e jejum e deixando presbíteros
e oficiais da igreja encomendados ao Senhor, em quem haviam confiado.
Eles continuam suas viagens e passando pela
Pisídia, chegaram à Panfília e, tendo pregado a palavra em Perge, desceram para
Atália. De Atália, navegaram de volta a Antioquia, onde tinham sido
recomendados à graça de Deus para a missão que agora haviam completado.
Havia realmente muito a ser compartilhado
com todos e chegando em Antioquia de onde tudo começou reuniram a igreja e
relataram tudo o que Deus tinha feito por meio deles e como abrira a porta da
fé aos gentios. Diz a palavra de Deus que eles ficaram ali muito tempo com os
discípulos.
Havia um gás neles, uma energia constante,
uma disposição mental que os transformavam em máquinas eficientes de pregação,
cuidado e trabalho produtivo para o reino de Deus. Eles se foram, mas o
trabalho de Deus ainda não.
Enquanto Jesus não voltar, o tempo é o
mesmo da pregação, do cuidado e do trabalho produtivo para o reino de Deus, não
importando os problemas, nem as circunstâncias, muito menos as oposições –
também reais e sempre presentes – do diabo para tentar impedir de todas as formas
o sucesso de nossa empreitada santa.
Vamos queridos em frente, sem jamais
desistir, caminhando com eles, nossos primeiros pais, pois nosso tempo se
abrevia velozmente.
Paulo e Barnabé entraram juntos na sinagoga
judaica
e falaram de
tal modo,
que
veio a crer grande multidão,
tanto
de judeus como de gregos.
At 14:2 Mas os judeus incrédulos
incitaram
e irritaram
os
ânimos dos gentios contra os irmãos.
At 14:3 Entretanto,
demoraram-se
ali muito tempo,
falando
ousadamente no Senhor,
o
qual confirmava a palavra da sua graça,
concedendo
que, por mão deles,
se
fizessem sinais e prodígios.
At 14:4 Mas dividiu-se o povo da cidade:
uns eram
pelos judeus;
outros, pelos
apóstolos.
At 14:5 E, como surgisse um tumulto dos
gentios e judeus,
associados
com as suas autoridades,
para
os ultrajar e apedrejar,
At 14:6 sabendo-o eles,
fugiram para
Listra e Derbe, cidades da Licaônia e circunvizinhança,
At
14:7 onde anunciaram o evangelho.
At 14:8 Em Listra, costumava estar
assentado
certo homem
aleijado,
paralítico
desde o seu nascimento,
o
qual jamais pudera andar.
At 14:9 Esse homem ouviu falar Paulo,
que, fixando
nele os olhos
e vendo que
possuía fé para ser curado,
At
14:10 disse-lhe em alta voz:
Apruma-te
direito sobre os pés!
Ele
saltou
e
andava.
At 14:11 Quando as multidões viram o que
Paulo fizera,
gritaram em
língua licaônica, dizendo:
Os
deuses, em forma de homens,
baixaram
até nós.
At 14:12 A Barnabé chamavam Júpiter,
e a Paulo, Mercúrio,
porque era
este o principal portador da palavra.
At 14:13 O sacerdote de Júpiter, cujo
templo estava em frente da cidade,
trazendo para
junto das portas touros e grinaldas,
queria
sacrificar juntamente com as multidões.
At 14:14 Porém, ouvindo isto, os
apóstolos Barnabé e Paulo,
rasgando as
suas vestes,
saltaram
para o meio da multidão, clamando:
At 14:15 Senhores, por que fazeis isto?
Nós também
somos homens como vós,
sujeitos
aos mesmos sentimentos,
e
vos anunciamos
o
evangelho
para que
destas coisas vãs vos convertais ao Deus vivo,
que
fez o céu,
a
terra,
o
mar
e
tudo o que há neles;
At 14:16 o qual, nas gerações passadas,
permitiu que
todos os povos andassem nos seus próprios caminhos;
At
14:17 contudo, não se deixou ficar
sem
testemunho de si mesmo,
fazendo
o bem, dando-vos do céu chuvas
e
estações frutíferas,
enchendo
o vosso coração de fartura
e
de alegria.
At 14:18 Dizendo isto, foi ainda com
dificuldade
que impediram
as multidões de lhes oferecerem sacrifícios.
At 14:19 Sobrevieram, porém, judeus de
Antioquia e Icônio
e, instigando as multidões
e apedrejando a Paulo,
arrastaram-no
para fora da cidade,
dando-o
por morto.
At 14:20 Rodeando-o, porém, os
discípulos,
levantou-se
e entrou na
cidade.
No dia seguinte, partiu, com Barnabé,
para Derbe.
At 14:21 E, tendo anunciado o evangelho
naquela cidade
e feito muitos discípulos,
voltaram para
Listra, e Icônio, e Antioquia,
At
14:22 fortalecendo a alma dos discípulos,
exortando-os
a permanecer firmes na fé;
e
mostrando que, através de muitas tribulações,
nos
importa entrar no reino de Deus.
At 14:23 E, promovendo-lhes, em cada
igreja,
a eleição de
presbíteros,
depois
de orar com jejuns,
os
encomendaram ao Senhor em quem haviam crido.
At 14:24 Atravessando a Pisídia,
dirigiram-se
a Panfília.
At 14:25 E,
tendo anunciado a palavra em Perge,
desceram
a Atália
At
14:26 e dali navegaram para Antioquia,
onde
tinham sido recomendados à graça de Deus
para
a obra que haviam já cumprido.
At 14:27 Ali chegados,
reunida a
igreja,
relataram
quantas coisas fizera Deus com eles
e
como abrira aos gentios a porta da fé.
At
14:28 E permaneceram
não
pouco tempo com os discípulos.
A vida dos discípulos era viajar e pregar a
palavra e Deus, sempre cooperando com eles e, igualmente, os inimigos, se
levantando contra eles.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.