sábado, 7 de março de 2015
sábado, março 07, 2015
Jamais Desista
Jeremias 34:1-22 - A INCONSTÂNCIA EM JUDÁ LHE CAUSOU RUÍNAS.
Iniciamos a décima quarta parte, de nossa
divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada
pela BEG. Estamos no capítulo 34.
XIV.TRANSGRESSÕES E JULGAMENTOS REPRESENTATIVOS (34.1-36.32).
Vários acontecimentos selecionados retratam
os tipos de pecado que transtornavam Judá.
Dos versos de 34.1 até 36.32, estaremos
meditando nas transgressões e julgamentos representativos. Esses capítulos
contêm cenas representativas da rejeição da palavra do Senhor que levaram ao
julgamento final de Judá.
A divisão proposta dessa parte ficará
assim: A. O julgamento contra Zedequias por voltar atrás em sua promessa de
libertar os escravos (34.1-22) – veremos
agora; B. O julgamento por ficarem aquém do exemplo dos recabitas
(35.1-19); C. O julgamento contra Jeoaquim que queimou o rolo de Jeremias
(36.1-32).
A. O julgamento contra Zedequias (34.1-22).
Veremos neste capítulo, o julgamento contra
Zedequias. Essa seção mostra Jeremias transmitindo profecias de julgamento
contra Zedequias por este haver quebrado a sua promessa de libertar os escravos
de Jerusalém.
A palavra do Senhor veio ao profeta naquele
momento em que todo o mundo parecia conspirar contra Jerusalém, mas isso se
explica. Era comum os tratados trazerem estipulações que obrigavam as nações
vassalas a lutar para o seu suserano.
E Deus disse para Jeremias dizer ao rei de
Judá, Ezequias, que ele estaria prestes a entregar a sua cidade nas mãos de
Nabucodonosor que a queimaria a fogo. Reparem nas ações simultâneas. Babilônia
e seus vassalos atacavam Jerusalém e Deus lhe entregava a cidade.
Ora, se Deus não entregasse a cidade,
jamais os babilônios poderiam conquistá-la ainda que fossem muito superiores em
efetivo, armas, táticas e estratégias. Diz a palavra de Deus que em vão vigiam
as sentinelas se o Senhor não guardar a cidade – Sl 127:1,2.
Zedequias veria os olhos do rei da
Babilônia e falaria a ele face a face, mas não morreria, em paz morreria no
tempo oportuno. O fim exato de Zedequias permanece obscuro em 21.4-7; 32.3-5 (52.11).
O fato é que ele não morreria em combate.
Como lhe ordenou o Senhor, assim fez
Jeremias anunciando-lhe todas as palavras fieis e verdadeiras do Senhor em sua
vida. Assim ele fez, no exato momento, quando o exército babilônico atacava a
cidade de Jerusalém e outras como Laquis e Meca, importantes cidades
fortificadas de Judá (2Cr 11.5,9).
Esse versículo – vs. 7 - oferece um
vislumbre dos últimos dias de Judá. Jerusalém sabia que o inimigo estava se
aproximando, tomando, uma a uma, as cidades mais afastadas da capital do reino.
Um fragmento de cerâmica datado de 588 a.C. traz uma mensagem ao comandante de
Laquis: "Estamos esperando os sinais de fogo de Laquis... pois não podemos
ver Azeca".
Novamente a palavra do Senhor veio a
Jeremias quando o rei Zedequias tinha feito um pacto com o povo que estava em
Jerusalém para lhes apregoar a liberdade. De acordo com as leis (Êx 21.2-11; Lv
25.39-55; Dt 15.12-18), os escravos deviam ser libertos no último ano de um
ciclo de sete anos. Zedequias não havia exigido o cumprimento dessa prática, mas
agora obedece à lei na tentativa de apaziguar Deus. Essa iniciativa do rei
reflete a sua ambivalência quanto a dar ouvidos a Jeremias ou aos seus
conselheiros políticos.
À princípio, todos obedeceram ao comando do
rei, mas logo voltaram atrás em suas decisões de libertá-los e refizeram a
escravidão e nisso veio a palavra ao profeta que Deus tinha feito com eles um
pacto, uma aliança no deserto, no dia em que os tirou do Egito, da terra de
servidão.
O Senhor relembra o que foi dito em Dt
15.12 de que era para libertarem cada um a seu irmão hebreu que lhe foi vendido
e que lhe serviu por seis anos, mas ressalta o Senhor o fato de não terem
ouvido a Deus, nem terem se inclinado a ele para obedecer.
Deus tinha se agradado do pacto deles, mas
tão rapidamente desistiram e como meninos voltaram atrás. Isso despertou a ira
do Senhor contra eles.
Esses dois verbos (a mesma palavra no
hebraico “voltado a fazer”; “mudaste” - וַתָּשֻׁ֙בוּ֙) retratam
claramente a inconstância de Judá (3.6,14). Os judaítas iam para um lado e
depois para o outro. Porém, não existe neutralidade moral. O que eles faziam
profanavam o nome do Senhor. A desconsideração ostensiva da lei que determinava
a libertação dos escravos representava, na verdade, um repúdio do Senhor que
deu a lei.
Como cada um desrespeitou sua própria decisão
de proclamar a liberdade deles, ele o Senhor proclamaria a liberdade deles para
a espada, para a fome e para a peste e ainda que os faria um espetáculo de
horror em toda a terra. A repetição irônica “liberdade... liberdade” reflete a
maneira como o povo trouxe julgamento sobre si mesmo (7.5-6; 23.12).
quando
Nabucodonosor, rei de Babilônia, e todo o seu exército,
e todos os
reinos da terra que estavam sob o domínio da sua mão,
e
todos os povos, pelejavam contra Jerusalém,
e
contra todas as suas cidades, dizendo:
Jr 34:2 Assim diz o Senhor, Deus de
Israel:
Vai, e fala a
Zedequias, rei de Judá, e dize-lhe:
Assim
diz o Senhor:
Eis
que estou prestes a entregar esta cidade na mão
do rei de
Babilônia, o qual a queimará a fogo.
Jr 34:3 E tu
não escaparás da sua mão; mas certamente serás preso
e
entregue na sua mão; e teus olhos verão
os
olhos do rei de Babilônia,
e
ele te falará boca a boca, e irás a Babilônia.
Jr 34:4
Todavia ouve a palavra do Senhor, ó Zedequias, rei de Judá;
assim
diz o Senhor acerca de ti:
Não
morrerás à espada;
Jr
34:5 em paz morrerás, e como queimavam perfumes
a
teus pais, os reis precedentes, que foram antes
de
ti, assim tos queimarão a ti;
e te
prantearão, dizendo: Ah Senhor!
Pois
eu disse a palavra, diz o Senhor.
Jr 34:6 E
anunciou Jeremias, o profeta, a Zedequias, rei de Judá,
todas
estas palavras, em Jerusalém,
Jr 34:7
quando o exército do rei de Babilônia
pelejava
contra Jerusalém, e contra todas as cidades de Judá,
que
ficaram de resto, contra Laquis e contra Azeca;
porque dentre
as cidades de Judá, só estas haviam ficado
como
cidades fortificadas.
Jr 34:8 A palavra que da parte do Senhor
veio a Jeremias,
depois que o
rei Zedequias fez um pacto com todo o povo
que estava em
Jerusalém, para lhe fazer proclamação de liberdade,
Jr 34:9 para
que cada um libertasse o seu escravo,
e
cada um a sua escrava, hebreu ou hebréia,
de
maneira que ninguém se servisse mais dos judeus,
seus
irmãos, como escravos.
Jr 34:10 E
obedeceram todos os príncipes e todo o povo
que
haviam entrado no pacto de libertarem
cada
qual o seu escravo, e cada qual a sua escrava,
de
maneira a não se servirem mais deles,
sim,
obedeceram e os libertaram.
Jr 34:11 Mas
depois se arrependeram, e fizeram voltar os escravos
e
as escravas que haviam libertado, e tornaram
a
escravizá-los.
Jr 34:12
Veio, pois, a palavra do Senhor a Jeremias,
da
parte do Senhor, dizendo:
Jr 34:13 Assim diz o Senhor, Deus de
Israel:
Eu fiz um
pacto com vossos pais,
no
dia em que os tirei da terra do Egito,
da
casa da servidão, dizendo:
Jr 34:14 Ao
fim de sete anos libertareis cada um a seu irmão hebreu,
que
te for vendido, e te houver servido seis anos,
e
despedi-lo-ás livre de ti;
mas vossos
pais não me ouviram, nem inclinaram
os
seus ouvidos.
Jr 34:15 E
vos havíeis hoje arrependido,
e
tínheis feito o que é reto aos meus olhos,
proclamando
liberdade cada um ao seu próximo;
e
tínheis feito diante de mim um pacto,
na
casa que se chama pelo meu nome;
Jr 34:16
mudastes, porém, e profanastes o meu nome,
e
fizestes voltar cada um o seu escravo,
e
cada um a sua escrava,
que
havíeis deixado ir livres à vontade deles;
e
os sujeitastes de novo à servidão.
Jr 34:17 Portanto assim diz o Senhor:
Vós não me
ouvistes a mim, para proclamardes a liberdade,
cada
um ao seu irmão, e cada um ao seu próximo.
Eis, pois,
que eu vos proclamo a liberdade, diz o Senhor,
para
a espada, para a peste e para a fome;
e
farei que sejais um espetáculo de terror
a
todos os reinos da terra.
Jr 34:18
Entregarei os homens que traspassaram o meu pacto,
e
não cumpriram as palavras do pacto que fizeram
diante
de mim com o bezerro que dividiram
em
duas partes,
passando pelo
meio das duas porções.
Jr 34:19 Os
príncipes de Judá, os príncipes de Jerusalém, os eunucos,
os
sacerdotes, e todo o povo da terra,
os mesmos que
passaram pelo meio das porções do bezerro,
Jr 34:20
entregá-los-ei, digo, na mão de seus inimigos,
e
na mão dos que procuram a sua morte.
Os
cadáveres deles servirão de pasto
para
as aves do céu e para os animais da terra.
Jr 34:21 E a
Zedequias, rei de Judá, e seus príncipes entregarei
na
mão de seus inimigos e na mão dos que procuram
a
sua morte, e na mão do exército
do
rei de Babilônia,
os
quais já se retiraram de vós.
Jr 34:22 Eis
que eu darei ordem, diz o Senhor,
e
os farei tornar a esta cidade,
e
pelejarão contra ela, e a tomarão,
e
a queimarão a fogo;
e
das cidades de Judá farei uma assolação,
de
sorte que ninguém habite nelas.
O pacto tinha sido feito e um cordeiro
tinha sido sacrificado ao dividirem o bezerro e passarem entre as partes. (Gn 15.18)
. essa passagem entre os corpos era um ato que, com frequência, acompanhava a
ratificação de uma aliança e indicava uma solene maldição sobre si mesmo (1 Rs
19.2). Aquele que andava entre os pedaços das carcaças dizia: "Se eu
quebrar a minha aliança, que aconteça comigo o mesmo que aconteceu com este
animal". Aqui o Senhor jura permitir que a maldição se realize.
Nos versos 21 e 22, o Senhor decidiu
entregar Zedequias e seus oficiais aos babilônios porque Zedequias havia
transgredido a lei de Deus e a sua aliança com Deus. E se não tivessem falhado
no bom começo que tiveram, mas que recuaram em seguida? Deus teria mudado a
sorte deles! É Deus quem muda a nossa sorte!
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.