sábado, 8 de agosto de 2015
sábado, agosto 08, 2015
Jamais Desista
Mateus 4 1-25 - EU DESAFIO VOCÊ A LARGAR TUDO PARA SEGUIR A JESUS.
Como já dissemos, estamos estudando o
Evangelho segundo Mateus, o qual se encontra estruturado em cinco principais
sermões: 1. Ética; 2. Discipulado e missão; 3. O reino do céu; 4. A igreja; e,
5. A escatologia. O objetivo de Mateus foi padronizar seu livro de acordo com
os cinco livros de Moisés - a Torah - e assim apresentar Jesus como o
"profeta [Moisés]".
Estamos na parte II, alínea “A”:
A. Narrativa: o anúncio do reino (3.1-4.25) - continuação.
Na parte narrativa que irá até o capítulo
4, veremos o anúncio do reino. Os caps. 3-4 formam essa parte narrada que
descreve como João e Jesus anunciaram a vinda do reino.
Neste capítulo, Jesus está sendo levado ao
deserto pelo Espírito Santo para ser tentado pelo diabo. O diabo então o
tentou. Jesus poderia levar a vida que quisesse, mas, vemos pelas tentações, que
ele optou por depender do Pai cabalmente. Isso foi e é exemplo para nós.
Primeiro, sobre o que ele era e as suas
necessidades básicas. De fato ele era o Filho de Deus. De fato ele poderia
transformar aquelas pedras em pães. O diabo e Jesus sabiam quem eram. O diabo o
tentou a fazer a sua vontade e a satisfazer os seus desejos sem se importar com
seu Pai. Jesus o rechaçou usando a Palavra de Deus dizendo que Deus está acima
até de nossas necessidades básicas.
Segundo, ainda sobre o que ele era e seus
poderes, mas Jesus o rechaçou novamente mediante a palavra escrita na qual não
devemos tentar ao Senhor.
Terceiro, vendo que não conseguia
demovê-lo, ousou obter dele adoração e reconhecimento, mas, usando novamente a
Palavra, definitivamente, o expulsou de sua presença dizendo que devemos
somente adorar a Deus e prestar-lhe culto.
Após o diabo, vêm os anjos e o servem.
Devemos resistir ao diabo que ele fugirá de nós.
Conforme a BEG, a tentação de Jesus é a
contraparte da tentação de Israel no deserto e isso faz muito sentido.
Como em Nm 14.34, os quarenta dias
representam quarenta anos. Esse acontecimento relembra Dt 8.1-5, que Jesus
citou em resposta a uma das tentações. Novamente vemos Jesus como o verdadeiro
ou último Israel, o Filho de Deus.
Na verdade, a experiência da nação de
Israel foi o tipo, a sombra que apontou para o que Cristo experimentaria mais
tarde. A real provação e experiência penosa de Israel como o filho de Deus foi
concluída por Jesus, o Israel e Filho de Deus definitivo.
As tentações que Jesus enfrentou naquele
deserto, ao qual ele tinha sido levado pelo Espírito Santo, representam os
tipos de tentações que todo ser humano experimenta:
·
Aquelas
originadas por impulsos físicos.
·
Aquelas
que apelam para o orgulho.
·
Aquelas
que advêm de um desejo por posses (cf. I Jo 2.16).
Porém, cada uma deles foi também uma
tentação distintamente messiânica. Observe que Satanás não apelou somente para a
fome ou o orgulho em Jesus, mas armou as tentações em termos de um desafio à
justa divindade de Jesus: "Se és Filho de Deus..." (vs. 3,6; cf. com
o escárnio em 27.40).
A última tentação apresentou Jesus com um
caminho para o reinado que teria evitado a cruz.
Não somente Jesus foi tentado em todos os
aspectos que nós somos (Hb 4.15), mas as suas tentações foram muito maiores do
que qualquer uma que experimentamos.
No entanto, ele não pecou. Seu triunfo
sobre a tentação o qualifica de modo inigualável para nos representar diante de
Deus como nosso "misericordioso e fiel sumo sacerdote" (Hb 2.17); o
Filho sabe pessoalmente e por experiência própria o que é passar por uma
tentação.
Jesus foi e é sem pecado. A tentação não
nascia nele como acontece conosco (Tg 1.14). Porém, como verdadeiro homem,
Jesus foi realmente tentado.
Somente a pessoa que resiste à tentação
sente a sua força total. (nesse ponto de seu excelente comentário a BEG
recomenda a leitura de seu artigo teológico “A humanidade plena de Cristo",
em Lc 3).
Em Dt 8.3, essa expressão “de toda a
palavra” se refere à palavra de orientação de Deus no deserto e à sua provisão
do maná. Diferente de Israel, Jesus não abandonou a sua confiança na provisão
de Deus.
Embora Jesus tivesse o poder do Espírito
Santo numa medida plena, ele respondeu a cada uma das tentações de Satanás com
uma referência bíblica. O poder do Espírito é a Palavra de Deus (Ef 6.17), e
até mesmo Jesus fez uso das Escrituras para obter força em sua batalha
espiritual.
O pináculo do templo onde o diabo levou
Jesus e o colocou nessa parte mais alta, tratava-se provavelmente de uma
extensão do muro do templo na beira do ribeiro de Cedrom.
Esclarece a BEG que Josefo (Antiguidades
15.410) referiu-se à queda precipitada do topo desse muro até a base da ravina.
No verso 6, vemos Satanás citando as
Escrituras. Sim, ele também pode citar a Bíblia, mas é importante observar que
ele aqui usou SI 91.11-12 de um modo exatamente oposto à intenção do salmista.
O texto de SI 91 exorta seus leitores a
confiarem em Deus; Satanás tentou trocar confiança por um teste que lançava
dúvida sobre a fidelidade de Deus e exigiu uma prova visual em vez de fé.
A presunção não advém da fé, mas da falta
de fé. É interessante observar que Satanás não prosseguiu para citar SI 91.13 -
Pisarás o leão e a cobra; calcarás aos
pés o filho do leão e a serpente. Israel submeteu Deus a um teste em
Massa/Mereça (Ex 17.1-7).
Diante do desafio do diabo, Jesus, com todo
o zelo de uma adoração verdadeira, rejeitou a idolatria messiânica. Ele ordenou
que Satanás se retirasse, pois havia conquistado o "valente" (12.29).
Depois do diabo, eis que surgem anjos que
vieram até ele e o serviram. Assim também deve ser conosco quando enfrentamos
nossos desafios e permanecemos firmes pela graça divina.
Depois disso, Jesus ouviu que João Batista
tinha sido preso e assim, voltou para a Galiléia. A Galileia dos gentios! Todos
os passos de Jesus pareciam calculados em função das Escrituras para que ela se
cumprisse. Não se tratava de adaptações, mas providências divinas que refletiam
o Deus soberano no governo e no controle de todas as coisas.
Mateus enfatiza o enfoque quase que exclusivo
de Jesus durante o seu ministério terreno sobre a casa de Israel (10.5-6), mas
o fato de que o ministério de Jesus cumpriu Is 9.2 mostra que 28.19 não foi uma
reflexão posterior.
O objetivo máximo sempre havia sido de que
todas as nações fossem esclarecidas.
Israel deveria ser uma luz para os gentios
(Is 60.3), mas essa tarefa poderia somente ser cumprida na obra de Jesus, o
verdadeiro Filho-Servo de Deus (Is 42.6; c1. 51.4). O fato era que o povo que
vivia nas trevas agora estaria vendo uma grande luz – Jesus!
Essa expressão “Daí por diante” – vs. 17 - que
também aparece em 16.21, provavelmente marca um momento decisivo ou a principal
mudança de tema em Mateus. A partir daqui estamos saindo do período de
preparação para o do ministério público de Jesus. Ele começou a pregar sua
mensagem básica: "Arrependam-se,
pois o Reino dos céus está próximo".
Vencida a fase da tentação, encontra os
seus primeiros discípulos que serão suas testemunhas e apóstolos.
Jesus veio para juntar o povo de Deus que
se encontrava espalhado (9.36; 12.30). Ele chamou pescadores como discípulos
para servirem em sua missão (Jr 16.16; Ez 47.10). Ele daria a eles melhores
redes!
Ele simplesmente vai andando à beira do mar
da Galiléia e começa a chamar seus discípulos que conforme o chamado,
imediatamente deixavam o que estavam fazendo para atenderem ao Senhor. Isso é
fantástico! O que impressiona no chamado deles foi prontidão em ouvir o chamado
de Deus e largar tudo para seguir o Messias.
A promessa de Jesus a eles – Pedro e André,
seu irmão - era para segui-lo que ele faria deles pescadores de homens!
Um pouco mais adiante, ele encontra outros
dois irmãos que estavam juntos com seu pai e também os chamam e também esses
largam tudo, inclusive o pai, ali, e passam a seguir a Jesus. Eles pareciam
esperar por isso, pois como pode alguém agir assim?
E Jesus ia por toda a Galiléia – vs. 23 – ensinando,
pregando e curando. O ministério de Jesus envolvia ensinar, pregar e curar. Jesus
foi por toda a Galiléia:
·
Ensinando nas sinagogas deles. Seu ensino comunicava a natureza
e o propósito do reino de Deus. Podemos ver isso no sermão do monte (caps. 5-7)
e nas parábolas do reino (cap. 13).
·
Pregando as boas novas do Reino. Sua
pregação publicou as "boas-novas" de que o reino de Deus estava
perto, e de que seus propósitos divinos na História estavam finalmente se
realizando.
·
Curando todas as enfermidades e doenças
entre o povo. Sua
cura, assim como o seu ensino e pregação, era um sinal de que o seu reino havia
realmente chegado (cf. 11.5).
foi Jesus
levado pelo Espírito ao deserto,
para
ser tentado pelo diabo.
Mt 4:2 E, depois de jejuar
quarenta dias
e quarenta noites,
teve
fome.
Mt 4:3 Então, o tentador,
aproximando-se, lhe disse:
Se és Filho
de Deus,
manda
que estas pedras se transformem em pães.
Mt 4:4 Jesus,
porém, respondeu:
Está escrito:
Não
só de pão viverá o homem,
mas
de toda palavra que procede da boca de Deus.
Mt 4:5 Então, o diabo o levou à Cidade
Santa,
colocou-o
sobre o pináculo do templo
Mt
4:6 e lhe disse:
Se
és Filho de Deus,
atira-te
abaixo, porque está escrito:
Aos
seus anjos ordenará a teu respeito que te guardem;
e:
Eles te susterão nas suas mãos,
para
não tropeçares nalguma pedra.
Mt
4:7 Respondeu-lhe Jesus:
Também
está escrito:
Não
tentarás o Senhor, teu Deus.
Mt 4:8 Levou-o ainda o diabo
a um monte
muito alto,
mostrou-lhe
todos os reinos do mundo
e
a glória deles Mt 4:9 e lhe disse:
Tudo
isto te darei
se,
prostrado, me adorares.
Mt 4:10
Então, Jesus lhe ordenou:
Retira-te,
Satanás,
porque
está escrito:
Ao
Senhor, teu Deus, adorarás,
e
só a ele darás culto.
Mt 4:11 Com isto, o deixou o diabo,
e eis que
vieram anjos
e
o serviram.
Mt 4:12 Ouvindo, porém, Jesus que João
fora preso,
retirou-se
para a Galiléia;
Mt 4:13 e,
deixando Nazaré,
foi morar em
Cafarnaum,
situada
à beira-mar, nos confins de Zebulom e Naftali;
Mt 4:14 para
que se cumprisse o que fora dito por intermédio
do
profeta Isaías:
Mt
4:15 Terra de Zebulom,
terra
de Naftali, caminho do mar, além do Jordão,
Galiléia
dos gentios!
Mt
4:16 O povo que jazia em trevas
viu
grande luz,
e aos que
viviam na região e sombra da morte
resplandeceu-lhes
a luz.
Mt 4:17 Daí por diante,
passou Jesus
a pregar e a dizer:
Arrependei-vos,
porque
está próximo o reino dos céus.
Mt 4:18 Caminhando junto ao mar da
Galiléia,
viu dois
irmãos,
Simão,
chamado Pedro,
e
André, que lançavam as redes ao mar,
porque
eram pescadores.
Mt 4:19 E disse-lhes:
Vinde após
mim,
e eu vos
farei pescadores de homens.
Mt 4:20 Então, eles deixaram
imediatamente
as redes
e
o seguiram.
Mt 4:21 Passando adiante,
viu outros
dois irmãos,
Tiago,
filho de Zebedeu,
e
João, seu irmão,
que
estavam no barco em companhia de seu pai,
consertando
as redes;
e
chamou-os.
Mt
4:22 Então, eles,
no
mesmo instante,
deixando
o barco e seu pai,
o
seguiram.
Mt 4:23 Percorria Jesus
toda a
Galiléia,
ensinando
nas sinagogas,
pregando
o evangelho do reino
e
curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.
Mt 4:24 E a sua fama correu por toda a
Síria;
trouxeram-lhe,
então, todos os doentes,
acometidos
de várias enfermidades e tormentos:
endemoninhados,
lunáticos e paralíticos.
E ele os
curou.
Mt 4:25 E da Galiléia, Decápolis,
Jerusalém, Judéia e dalém do Jordão
numerosas
multidões o seguiam.
O que Jesus estava fazendo começou a chamar
a atenção de todos e as notícias começaram a se espalhar por toda a Síria – vs.
24. A BEG fala que essa é uma referência ambígua. Segundo os romanos, a palavra
se aplicava a toda a Palestina, com exceção da Galileia (cf. Lc 2.2).
Um Caldeu poderia provavelmente ter
entendido Síria como se referindo somente ao território ao norte da Galileia,
do Mediterrâneo até Damasco.
O povo tocado por Deus começou a levar até
Jesus todos os que estavam padecendo vários males e tormentos: endemoninhados,
epiléticos e paralíticos; e ele os curou.
Uma distinção deve ser feita entre
endemoninhados e a ocorrência de crises resultantes de várias condições
médicas. A possessão demoníaca não era um antigo e supersticioso diagnóstico
incorreto de doenças como esquizofrenia ou epilepsia.
p.s.: link da imagem original: https://ipzonasul.wordpress.com/category/medite-com-a-imagem/page/2/
...
1 comentários:
Excelente estudo :)
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.