domingo, 5 de abril de 2015
domingo, abril 05, 2015
Jamais Desista
Ezequiel 6:1-14 - PALAVRA PROFÉTICA CONTRA A IDOLATRIA EM ISRAEL.
I. JULGAMENTO SOBRE JUDÁ E JERUSALÉM
(1.1-24.27).
A. A primeira série de visões, a
vocação, os atos simbólicos e os discursos relacionados de Ezequiel (1.1-7.27).
1. Visão e vocação (1.1-3.27) – já vimos;
2. Os atos simbólicos (4.1-5.4) – já vimos;
3. Discursos relacionados (5.5-7.27)
– estamos vendo agora.
3. Discursos relacionados às profecias de julgamentos (5.5-7.27) - continuação.
O Senhor concedeu a Ezequiel as palavras
para falar sobre a destruição de Jerusalém que se aproximava.
Como já explicamos, nós dividimos essa parte
em três seções: a. Profecias explicativas de julgamento (5:5-17) – já vista; b. A primeira profecia de
julgamento contra a idolatria (6:1-14) – já
vista; e. c. A segunda profecia de Julgamento contra a idolatria (7:1-27) –
veremos agora.
b. A primeira profecia de julgamento contra a idolatria (6:1-14).
Neste capítulo, veremos nos próximos
quatorze versículos, a primeira profecia de julgamento contra a idolatria pela
boca do profeta Ezequiel.
A palavra do Senhor veio sobre o seu
profeta para que dirigisse o seu rosto para os montes de Israel e contra eles
profetizasse.
O fato de Ezequiel ter falado às montanhas
e montes de Israel como se estivesse presente lá, levou alguns a sugerir que
uma fase do seu ministério houvesse sido realmente cumprida em Israel e não na
Babilônia.
Os montes e montanhas de Israel
representavam os exilados aos quais os oráculos eram na realidade dirigidos.
Eles estavam familiarizados com o terreno de sua terra natal e o coração deles
estava lá.
Aos montes, aos outeiros e às ravinas e
vales a palavra seria de anúncio de que a espada seria trazida sobre eles para
serem assolados seus altares e quebrados aqueles que eram de incenso e fossem,
assim, arrojados os mortos diante dos seus ídolos.
Os outeiros eram os topos dos montes onde
os cananeus tinham o costume de adorarem os seus ídolos. Quando os israelitas
entraram na terra, Deus havia ordenado que eles erradicassem esses altos (Nm
33.52; Dt 12.1-3; 33.29).
Entretanto, os altos continuaram a
florescer mesmo depois que o templo foi construído; o povo adorava os deuses
cananeus nesses locais ou usava os altares para misturar idolatria com o culto
ao Senhor.
O escritor do livro de Reis sentia-se
particularmente ofendido pela permanência dos lugares altos (1Rs 11.7;
12.31-32; 13.2,32; 14.23; 2Rs 12.3; 14.4; 15.4,35; 17.29; 23.5,8,13,15,19-20; cf
Jr 7.31; 19.5; 32.35; 48.35; Ez 16.16).
Deus promete colocar os cadáveres dos
filhos de Israel e espalhar os seus ossos diante de seus ídolos nesses lugares
altos que deveriam ter sido destruídos. Os cadáveres humanos profanariam os
altares (9.7; Nm 19.16, 18; 1 Re 13.2; 2Rs 23.14-16; 2Cr 23.14-15; 34,5).
Deus deu a terra – isso é fato! Deus deu a
vitória para eles – outro fato! No entanto, Deus não entregou nem a terra, nem
a vitória enquanto eles não tomassem posição e possuíssem a terra e obtivessem
a vitória obedecendo ao Senhor e cumprindo seus mandamentos.
Eles não entenderam ou se fizeram de
garotos mimados que tudo tem de ser posto nas suas boquinhas e ao invés de
lutarem e tomarem posse, imitaram as nações vizinhas e se tornaram iguais ou
pior a eles, seus inimigos.
Assim, esses mortos seriam aqueles que
cairiam traspassados para que soubessem que isso vinha mesmo do Senhor – vs. 7.
Ezequiel fez uso constante dessa "fórmula de reconhecimento" (cf.
7.4,9; 11.10,12; 12.20). Conhecer a Deus, nesse sentido, era estar convencido,
por meio da destruição provocada pelos babilônios, de que Deus é, sem dúvida, o
Senhor da criação.
O pior tratamento que podemos dar para
alguém nessa vida é chamá-lo de “Tadinho”. Quando agimos assim, estamos dizendo
que todos estão recebendo o que é justo, mas o “Tadinho” não, é vítima,
merecedor de nossa pena e dó, é o tal do “coitadinho”. No entanto, no mundo de
Deus, não existe aquele que é desprovido de sua graça, amor, misericórdia ou
tratado de forma injusta, sendo pois, uma vítima.
Também não são merecedores de nossa misericórdia
aqueles que por livre escolha de sua vontade se deixam dominar pelos vícios sem
ao menos demonstrarem ou esboçarem uma reação contrária à sua escravização.
Os mendigos que querem mendigar, os
viciados que querem se drogar, os ladrões que querem roubar, os assassinos que
querem matar não são “tadinhos”, nem vítimas, mas pecadores malignos e
acostumados com a miséria. Nem pensam em sair dessa, porque se acostumaram. Também
sabem que sempre se levantará alguém para estar ali, para por eles, resolverem
as suas coisas.
Deus deu a terra para eles e também a
vitória, mas optaram pela escravidão de suas almas.
Deus promete deixar, no entanto, alguns escaparem
– vs. 8. Ezequiel, destarte, introduziu o tema do remanescente (9.8; 11.12-13;
12.16; 14.22-23;20.39-44).
O remanescente representava os poucos que,
embora tendo experimentado certo grau de desgraça, em geral em razão do julgamento
pelo pecado, ainda sobreviveriam para tornar-se o núcleo que garantiria a
continuidade do grupo: eles personificaram as esperanças desse grupo e herdaram
de novo as promessas de Deus.
Nem todos os que fossem poupados
permaneceriam fiéis ao Senhor, mas o Senhor purificaria o remanescente durante
o exílio de modo que um povo puro emergiria dele.
O verso nove, embora seja sofrível, era bom
para todo o povo porque falava a eles de que haveria a possibilidade de eles saírem
do engano e caírem em si, reconhecendo que aquilo que faziam com tanta entrega
e abnegação era realmente o preparativo para sua própria ruína.
Haveria esperanças para eles quando
estivessem longe e exilados sofrendo entre as nações, sem liberdade e
explorados. Somente ali é que haveria de reconhecer que erraram e não acertaram
com o caminho da vida.
Chegarão a ter nojo deles mesmos por causa
de suas práticas afrontivas diante de Deus. Isso é pura graça de Deus que
permite por meio do sofrimento, o quebrantamento do coração corrompido – vs. 9.
Somente neste momento é que saberiam quem é
o Senhor e que nada do que lhes sucedia era por acaso ou em vão, mas tinha
propósitos. Aqui de fazê-los vir à realidade.
A espada, a fome e a peste estavam vindo
velozmente sobre eles por causa de todas as péssimas abominações da casa de
Israel.
·
Quem
estiver longe: morrerá de peste.
·
Os
que ficarem de perto: cairá à espada.
·
Os
que sobrarem: serão cercados e morrerão de fome.
Somente assim e dessa forma é que se
cumprirá o furor da ira de Deus contra eles – vs. 12.
Ez 6:2 Filho
do homem, dirige o teu rosto para os montes de Israel,
e
profetiza contra eles.
Ez 6:3 E dize:
Montes de
Israel, ouvi a palavra do Senhor Deus.
Assim diz o Senhor Deus
aos montes,
aos outeiros,
às ravinas
e aos vales:
Eis
que eu, sim eu, trarei a espada sobre vós,
e
destruirei os vossos altos.
Ez 6:4 E
serão assolados os vossos altares,
e
quebrados os vossos altares de incenso;
‘e
arrojarei os vossos mortos diante dos vossos ídolos.
Ez 6:5 E
porei os cadáveres dos filhos de Israel diante dos seus ídolos,
e
espalharei os vossos ossos em redor dos vossos altares.
Ez 6:6 Em
todos os vossos lugares habitáveis
as
cidades serão destruídas,
e
os altos assolados;
para
que os vossos altares sejam destruídos
e
assolados, e os vossos ídolos se quebrem
e
sejam destruídos,
e
os altares de incenso sejam cortados,
e
desfeitas as vossas obras.
Ez 6:7 E os
traspassados cairão no meio de vós,
e
sabereis que eu sou o Senhor.
Ez 6:8
Contudo deixarei com vida um restante,
visto
que tereis alguns que escaparão da espada
entre
as nações, quando fordes espalhados
pelos
países.
Ez 6:9 Então
os que dentre vós escaparem
se
lembrarão de mim entre as nações
para
onde forem levados em cativeiro,
quando eu
lhes tiver quebrantado o coração corrompido,
que
se desviou de mim,
e
cegado os seus olhos,
que
se vão corrompendo após os seus ídolos;
e
terão nojo de si mesmos,
por
causa das maldades que fizeram em todas
as
suas abominações.
Ez 6:10 E
saberão que eu sou o Senhor;
não
disse debalde que lhes faria este mal.
Ez 6:11 Assim diz o Senhor Deus:
Bate com a
mão, e bate com o teu pé, e dize:
Ah!
por causa de todas as péssimas abominações
da
casa de Israel; pois eles cairão à espada,
e
de fome, e de peste.
Ez 6:12 O que
estiver longe morrerá de peste;
e,
o que está perto cairá à espada;
e
o que ficar de resto e cercado morrerá de fome;
assim
cumprirei o meu furor contra eles.
Ez 6:13 Então
sabereis que eu sou o Senhor,
quando
os seus mortos estiverem estendidos
no
meio dos seus ídolos, em redor dos seus altares,
em
todo outeiro alto,
em todos os
cumes dos montes,
e debaixo de
toda árvore verde,
e debaixo de
todo carvalho frondoso,
lugares
onde ofereciam suave cheiro a todos os seus ídolos.
Ez 6:14 E
estenderei a minha mão sobre eles,
e
farei a terra desolada e erma,
em
todas as suas habitações;
desde o
deserto até Dibla;
e
saberão que eu sou o Senhor.
E assim saberão – vs. 13 - que o Senhor é
Deus quando os seus mortos estiverem todos estendidos nos lugares onde
ofereciam suave cheiro a todos os seus ídolos:
·
No
meio dos seus ídolos.
·
Em
redor dos altares.
·
Em
todo outeiro alto.
·
Em
todos os cumes dos montes.
·
Debaixo
de toda árvore verde.
·
Debaixo
de todo carvalho frondoso.
Mortos estendidos pelo chão, ossos
espalhados, lugares profanados, terra desolada e erma em todas as suas
habitações, desde o deserto até Ribla - uma localidade desconhecida que também
poderia ser ou indicar um possível erro de cópia.
...
1 comentários:
Glórias a Deus : )
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.