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quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Mateus 16 1-28 - UMA GERAÇÃO MALIGNA PEDIA SINAIS

Estamos vendo o Evangelho de Mateus escrito com o propósito de inspirar os cristãos ao serviço grato e fiel de promover o reino de Deus ao apresentar Jesus como o tão esperado rei e apresentar o reino que ele trouxe como o cumprimento do plano da redenção de Deus. Entramos hoje na parte V, no capítulo 16.
V. A AUTORIDADE DO REINO (14.1-18.35) - continuação.
Como já dissemos, os milagres de Jesus demonstraram a sua autoridade como Messias. Muitos testemunharam a sua supremacia quando o viram fazendo grandes obras. Jesus insistiu que a vida sob o seu reinado é diferente da vida sob outros reinados.
A maior preocupação dos caps. 14-18 é a autoridade no reino. Eles foram divididos em duas seções: A. Narrativa: o caráter e a autoridade de Jesus (14.1-17.27) – Estamos vendo e B. Sermão: o caráter e a autoridade da igreja (18.1-35).
A. Narrativa: o caráter e a autoridade de Jesus (14. 1-17.27) - continuação.
Na narrativa que vai até o capítulo 17, estamos vendo o caráter e a autoridade de Jesus como Rei ao relembrar os milagres que ele realizou, bem como as reações daqueles que tinham contato com ele.
A nossa maldita mania de ficar pedindo sinal para Deus! Ali estavam os fariseus e saduceus vendo sinais e milagres todos os dias sendo executados pelas mãos de Deus, publicamente, e eles pedindo um sinal.
Jesus indicou aos fariseus um sinal literal do céu, o próprio céu. A analogia que ele fez com o modo como eles interpretavam o tempo, mostra que o problema não era a falta de evidências, mas uma má vontade em aceitar o seu significado. Jesus já havia fornecido muitos sinais. A evidência, sendo milagre ou não, será mal interpretada ou distorcida pela mente descrente. Jesus não jogava pérolas aos porcos (veja 7.6).
Que sinal seria dado aos incrédulos? Quando o coração está endurecido não adiantam sinais pois o efeito deles será o contrário do esperado. O sol que brilha forte derrete a cera, mas ao mesmo tempo endurece o barro.
Se o coração deles era de barro, como seriam amolecidos com sinais? A verdade era que eles não criam nele e nada haveria Jesus de falar ou mostrar que os demovesse daquilo. Um coração incrédulo é um coração que está cego pelo enganador e pelo engano do pecado.
Jesus chamou aquela geração de perversa e adúltera que pedia sinais e ele disse que daria um sinal, o sinal de Jonas e em seguida os deixou e retirou-se dali.
Ainda mesmo os discípulos eram tardios em crerem e assim ficaram cogitando o fato de não terem pães e Jesus lhes lembra o que aconteceu por duas vezes com as multidões de 5000 e de 4000 que foram alimentados sobrenaturalmente pelo poder de Deus.
Jesus frequentemente falou por meio de parábolas, mas era mal interpretado como se estivesse falando literalmente. A menção que ele fez à alimentação dos milhares mostra que ele esperava que os discípulos compreendessem o simbolismo dos milagres.
A BEG nos adverte que como fermento na massa, os falsos ensinos podem rapidamente permear a igreja e corromper a sua santidade. Jesus não considerou as doutrinas como não sendo importantes.
Agora Jesus e seus discípulos chegaram à região de Cesareia de Filipe. Era uma pequena cidade no pé do monte Hermom, cerca de 37 km ao norte da Galileia e o ponto mais ao norte do itinerário de Jesus registrado nos evangelhos.
Em lá chegando, ele resolve fazer uma pergunta importante para seus discípulos: quem dizeis que eu sou? – vs. 15, 16. Jesus fez a pergunta para todos os discípulos, mas Pedro respondeu em nome dos Doze.
Sua declaração foi de que - Jesus é "o Cristo” (vs. 16) reflete a percepção de que Jesus era o esperado rei escatológico profetizado no Antigo Testamento. Não somente o Cristo, mas também o filho do Deus vivo.
O título "Filho do Deus" (nesse versículo "Filho do Deus vivo") aparece em Mateus:
(1)   Em reconhecimento por Satanás e seus demônios (4.3; 8.29).
(2)   Em confissão pelos discípulos (14.33; 16.16).
(3)   Em dúvida ou questão pelos descrentes judeus (26.63; 27.40,43).
(4)   Nos lábios do centurião gentio (27.54).
Esse título está relacionado ao "Cristo" em 16.16; 26.63. O próprio Deus também testificou que Jesus é seu Filho (3.17; 17.5).
O conceito não é o de meia-divindade ou um homem divino como encontrado na literatura pagã, mas vem dos antecedentes do Antigo Testamento sobre o rei ungido como filho de Deus (cf. 2Sm 7.14; 51 2.7, ambas consideradas corretamente pelos judeus como passagens messiânicas). A BEG recomenda aqui que se veja seu excelente artigo teológico "Jesus Cristo, Deus e homem", em Jo 1.
No Antigo Testamento, Israel como um todo era filho de Deus (p. ex., Ex 4.22), e Jesus cumpriu essa posição de Israel (2.15). No entanto, como aplicado a Jesus, o título reflete o seu próprio conhecimento do Pai como o único Filho (11.27; cf. 21.38).
Jesus foi conhecido pelo Pai como sendo seu filho amado (3.17) no sentido de Filho único (Gn 22.2). Conquanto o entendimento de Pedro não fosse ainda tão esclarecido quanto se tornaria mais tarde (1 Pe 3.15), ele lhe foi dado pelo Pai e ia além do que Pedro poderia ter concluído por si mesmo (v.17).
Jesus então exclama diante de tão forte declaração de Pedro – vs. 17 – que não foi carne e sangue que lhe revelaram. O reconhecimento de quem Jesus é, deve vir de Deus.
Então Jesus diz a ele, Pedro, que ele era Pedro e que sobre esta (não essa) pedra, ele, Jesus edificaria a sua igreja.
Conforme a BEG, a palavra grega é petra, de modo que há um trocadilho com as letras e o nome "Pedro", mas o significado exato desse trocadilho é questionado.
As opções mais prováveis são que
(1)   A confissão de Pedro (de que Jesus é o Cristo) é a "pedra" sobre a qual a igreja é construída.
(2)   Jesus é a "pedra", como o próprio Pedro testifica em 1Pe 2.5-8.
(3)   Pedro, como o apóstolo representante e confidente, é a base da igreja (cf. Ef 2.20).
(4)   Em sua confissão, Pedro representa o tipo de material com o qual e no qual a verdadeira igreja será construída.
A primeira e a segunda opções são frequentemente defendidas ao se apontar para o fato de que o nome de Pedro é petros, e a pedra fundamental é peta. Porém, o aramaico não teria feito tal distinção - em ambos os casos seria kefa - e mesmo o grego fazia pequena distinção entre os dois termos.
A segunda opção é também problemática porque nessa passagem Jesus não é o fundador, mas o construtor da igreja. Não fosse o abuso da passagem pela Igreja Católica Romana, é pouco provável que alguma dúvida tivesse surgido de que a referência aqui é a Pedro. Porém, apesar de sua confissão, a pedra fundamental não é Pedro, mas Pedro como um apóstolo cuja confissão de Cristo foi revelada a ele pelo Pai.
Quando Pedro, mais tarde, insistiu que Jesus não deveria sofrer na cruz, ele não foi chamado de "pedra" fundamental, mas de "pedra de tropeço" (v. 23). E nem Pedro deve ser separado dos Onze.
A autoridade dada a ele também foi dada aos outros discípulos, e essa autoridade provê a base para o governo da igreja de Cristo (18.18). Como o próprio Pedro declara (1 Pe 2.5-8), todos os crentes se tornaram pedras vivas em virtude de sua associação com Cristo, mas os apóstolos, representados aqui pelo porta-voz dos Doze, são o fundamento (cf. Ef 2.20-21; Ap 21.14).
É evidente que, mesmo se a pedra fundamental é interpretada como a pessoa de Pedro, ainda não há nada que sugira que Pedro teria “sucessores".
A igreja seria edificada no fundamento que é Cristo e na doutrina dos apóstolos (Ef 2.19-20; At 2.42), por isso que as portas do inferno não haveriam de prevalecer contra ela. Tanto no Antigo Testamento (por ex., Jó l7.16; SI 9.13) como na literatura judaica intertestamental, “as portas do inferno" e "as portas de Hades" são usadas para representar a morte, o poder de Satanás. Jesus afirmou que a própria morte não triunfará sobre o seu povo, esse é o sentido mais preciso.
Jesus afirma então que daria aos apóstolos e não somente a Pedro as chaves do reino dos céus. A metáfora especifica o modo em que os apóstolos são fundamentais para a igreja: a eles foram dados poderes de unir e soltar, ou "chaves", que fecham e abrem portas.
Os apóstolos abriram o reino para aqueles que compartilharam da confissão de Pedro e excluíram aqueles que não receberam o seu testemunho sobre Cristo (10.14-15).
Por meio deles, Jesus revelou a sua própria palavra de autoridade do reino. A base apostólica da igreja foi fundamentada no Novo Testamento (Ef 2.20; 3.5). As chaves para a autoridade de Cristo na igreja são a aplicação dessa autoridade apostólica (18.18).
Ato contínuo, ele lhes pede que façam silêncio, por hora, em relação ao fato a eles revelado há pouco. Compare com 8.4. As concepções populares a respeito do Messias estavam longe daqueles que reconheciam o seu ministério sofredor. Permitir que seus discípulos proclamassem a sua messianidade abertamente teria sido instigar um movimento político que teria acabado com a sua missão real (como quase aconteceu em Jo 6.15).
Foi a partir desse momento que Jesus começou a mostrar para eles que era necessária a cruz, o sofrimento do Messias. Isso marca uma nova fase do ministério de Jesus. A mesma frase ocorre em 4.17. (Compare as redações de 4.17 com 16.21).
Aqui Mateus muda da pregação pública do povo da Galileia sobre o reino para a instrução cuidadosa de Jesus a seus discípulos com relação à sua morte e ressurreição, a natureza da sua messianidade e do discipulado deles.
Até esse ponto, Jesus tinha dado somente indicações a respeito da sua morte e sofrimento redentores. Agora ele começa a "explicar" ou "mostrar" essas coisas para seus discípulos, talvez por referências às Escrituras do Antigo Testamento (cf. Lc 24.44-47).
Pedro, novamente Pedro, sentiu-se tocado pelas falas de Jesus e quis repreendê-lo quanto às questões do sofrimento do Messias. Acho que os elogios do Senhor a ele, subiram em sua cabeça. Com seu jeito especial de ser tentou persuadir ao Senhor de que não precisaria de passar por aquilo.
Jesus o repreendeu severamente! Suas palavras foram forte e contundentes: "Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim, e não pensa nas coisas de Deus, mas nas dos homens" – vs. 23.
Como pode, há pouco vaso de Deus que trouxe uma revelação extraordinária de Deus, noutro momento, em seguida, vaso do diabo, com argumentos totalmente malignos. Essa é também a nossa realidade até que tudo se consuma.
Somos filhos de Deus, mas ainda estamos na carne e, embora devamos viver no Espírito, poderemos andar na carne, fazendo a vontade do diabo. Como administrar isso? Com vigilância e oração.
Jesus acrescentou, logo em seguida, o mandamento de "negar-se" a si mesmo, justamente para evitar esse problema. Para sermos discípulos, precisamos abandonar totalmente o nosso desejo natural de procurar o próprio progresso, conforto, respeito e poder.
O que adiantaria a qualquer um de nós ganharmos o mundo e perdermos nossa alma? Ou mesmo o que o homem poderia dar em troca de sua alma? Jesus incentiva então seus discípulos a levarem a vida de seguir a Jesus muito a sério.
Cada um de nós, quando Jesus voltar, será recompensado de acordo com suas respectivas obras, com o que tiverem feito com o uso do corpo, da alma e do espírito – vs. 26, 27.
Em seguida, Jesus passa a falar a eles a respeito de sua transfiguração que aconteceria em menos de sete dias depois. Embora isso - de maneira nenhuma passarão pela morte (vs. 28) - tenha sido tomado como referência à transfiguração, a frase implica um período de pelo menos mais de uma semana.
Uma outra opção é a destruição de Jerusalém (10.23). Mas, diferente de 10.23, o contexto aqui não é especificamente relacionado ao julgamento de Israel, mas à iminente morte e ressurreição de Jesus.
A cisão mais convincente é que a "vinda" mencionada aqui se relaciona com todo o conjunto de acontecimentos envolvidos no recebimento de domínio do Filho do Homem, especialmente a sua ressurreição, ascensão, envio do Espírito e julgamento contra Jerusalém.
Todos esses acontecimentos ocorreram enquanto alguns dos discípulos ainda estavam vivos. A transfiguração também poderia ser incluída nesse conjunto de acontecimentos.
Mt 16:1 Aproximando-se os fariseus e os saduceus,
tentando-o,
pediram-lhe que lhes mostrasse um sinal vindo do céu.
Mt 16:2 Ele, porém, lhes respondeu:
Chegada a tarde, dizeis:
Haverá bom tempo, porque o céu está avermelhado;
Mt 16:3 e, pela manhã:
Hoje, haverá tempestade,
porque o céu está de um vermelho sombrio.
Sabeis, na verdade, discernir o aspecto do céu
e não podeis discernir os sinais dos tempos?
Mt 16:4 Uma geração má e adúltera pede um sinal;
e nenhum sinal lhe será dado,
senão o de Jonas.
E, deixando-os, retirou-se.
Mt 16:5 Ora, tendo os discípulos passado para o outro lado,
esqueceram-se de levar pão.
Mt 16:6 E Jesus lhes disse:
Vede e acautelai-vos do fermento dos fariseus e dos saduceus.
Mt 16:7 Eles, porém, discorriam entre si, dizendo:
É porque não trouxemos pão.
Mt 16:8 Percebendo-o Jesus, disse:
Por que discorreis entre vós,
homens de pequena fé,
sobre o não terdes pão?
Mt 16:9 Não compreendeis ainda,
nem vos lembrais dos cinco pães para cinco mil homens
e de quantos cestos tomastes?
Mt 16:10 Nem dos sete pães para os quatro mil
e de quantos cestos tomastes?
Mt 16:11 Como não compreendeis
que não vos falei a respeito de pães? E sim:
acautelai-vos do fermento
dos fariseus e dos saduceus.
Mt 16:12 Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem
do fermento de pães,
mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus.
Mt 16:13 Indo Jesus para os lados de Cesaréia de Filipe,
perguntou a seus discípulos:
Quem diz o povo ser o Filho do Homem?
Mt 16:14 E eles responderam:
Uns dizem: João Batista;
outros: Elias; e outros: Jeremias
ou algum dos profetas.
Mt 16:15 Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?
Mt 16:16 Respondendo Simão Pedro, disse:
Tu és o Cristo,
o Filho do Deus vivo.
Mt 16:17 Então, Jesus lhe afirmou:
Bem-aventurado és, Simão Barjonas,
porque não foi carne e sangue que to revelaram,
mas meu Pai, que está nos céus.
Mt 16:18 Também eu te digo que tu és Pedro,
e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,
e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Mt 16:19 Dar-te-ei as chaves do reino dos céus;
o que ligares na terra
terá sido ligado nos céus;
e o que desligares na terra
terá sido desligado nos céus.
Mt 16:20 Então, advertiu os discípulos
de que a ninguém dissessem ser ele o Cristo.
Mt 16:21 Desde esse tempo, começou Jesus Cristo
a mostrar a seus discípulos
que lhe era necessário seguir para Jerusalém
e sofrer muitas coisas
dos anciãos,
dos principais sacerdotes
e dos escribas,
ser morto
e ressuscitado no terceiro dia.
Mt 16:22 E Pedro, chamando-o à parte,
começou a reprová-lo, dizendo:
Tem compaixão de ti, Senhor;
isso de modo algum te acontecerá.
Mt 16:23 Mas Jesus, voltando-se, disse a Pedro:
Arreda, Satanás!
Tu és para mim pedra de tropeço,
porque não cogitas das coisas de Deus,
e sim das dos homens.
Mt 16:24 Então, disse Jesus a seus discípulos:
Se alguém quer vir após mim,
a si mesmo se negue,
tome a sua cruz
e siga-me.
Mt 16:25 Porquanto, quem quiser salvar a sua vida
perdê-la-á;
e quem perder a vida por minha causa
achá-la-á.
Mt 16:26 Pois que aproveitará o homem
se ganhar o mundo inteiro
e perder a sua alma?
Ou que dará o homem em troca
da sua alma?
Mt 16:27 Porque o Filho do Homem
há de vir na glória de seu Pai,
com os seus anjos,
e, então, retribuirá a cada um
conforme as suas obras.
Mt 16:28 Em verdade vos digo que alguns há,
dos que aqui se encontram,
que de maneira nenhuma passarão pela morte
até que vejam vir
o Filho do Homem no seu reino.
Uma curiosidade neste capítulo é o fato de que Pedro, primeiramente, receber uma revelação espetacular do Espírito Santo e, de ímpeto, declarar que Jesus é Filho de Deus. Pouquíssimo tempo depois, é usado, pelo diabo para falar uma palavra digna de toda repreensão: Arreda satanás!
E nós ganharemos o mundo e perderemos a nossa alma ou perderemos a vida por causa dele e a acharemos? Que Deus nos guarde da incredulidade!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br
...


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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.