quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
quarta-feira, janeiro 27, 2016
Jamais Desista
Filipenses 2 1-30 - TOPA UM DESAFIO DE "NÃO MURMURAR" POR APENAS 21 DIAS?
Como dissemos, Paulo escreveu essa epístola
para agradecer aos filipenses pela solidariedade enquanto esteve na prisão e
animá-los a se unirem e a se ajudarem mutuamente em Cristo. Estamos no capítulo
2/4.
Breve
síntese do capítulo 2.
Fazei tudo sem murmurações. Um dia desses,
em pregação na Primeira Igreja Presbiteriana, o Rev. Sabino Cordeiro Dourado fez
um desafio à igreja, obviamente aos que se sentiram tocados pelo Espírito
Santo, para fazerem uma campanha por 21 dias sem murmurações.
Ele nos ofereceu uma pulseira como lembrete
do compromisso. Eu apanhei a pulseira e a usei para me lembrar de não murmurar.
Sabem o que descobri? Que sou viciado em murmurações! Do momento que apanhei a
pulseira até o momento que cheguei a casa saindo da igreja, eu já havia
murmurado tanto!
A experiência é válida para nos lembrar de
quem somos e de como carecemos do Espírito Santo para continuarmos nossa
jornada nesta vida. Na verdade, eu sou egoísta, orgulhoso, ... pecador! Se a
experiência de não murmurar se constituir em lei para mim: “- não murmurarás”,
eu jamais a vencerei.
Amados, nós não somos capazes de vencer o
pecado, por isso Cristo morreu por nós. Se pudéssemos vencê-lo, não
precisaríamos de Cristo. O segredo então é Cristo. Quer não murmurar? O segredo
é Cristo!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. O PROGRESSO DO EVANGELHO (1.12-2.30) - continuação.
Estamos vendo, portanto, nos vs. de 1.12 a
2.30, esse progresso do evangelho. Paulo iniciou a principal parte de sua carta
com uma apresentação positiva dos métodos para o avanço do evangelho.
Assim, foi dividida esta parte também em
duas, conforme a BEG: A. Progressos por meio de Paulo (1.12-26) – já vimos; B. O progresso por meio dos
filipenses (1.27-2.30) – concluiremos agora.
B. O progresso por meio dos filipenses (1.27-2.30) - continuação.
Como dissemos, dos vs. 1.27 ao 2.30, estamos
vendo o progresso por meio dos filipenses. Tendo descrito o evangelho em
relação à sua própria vida, Paulo agora se volta para o papel dele na vida dos
filipenses.
Elas foram divididas, conforme a BEG, do
seguinte modo: 1. Um chamado à unidade (1.27-2.5) – concluiremos agora; 2. O exemplo de Cristo (2.6-11) – veremos agora; 3. Um chamado mais
profundo à unidade (2.12-18) – veremos
agora; e, 4. Dois exemplos de serviço (2.19-30) – veremos agora.
1. Um chamado à unidade (1.27-2.5).
A principal preocupação de Paulo nesse
momento era de que os filipenses vissem a unidade entre os crentes como uma
consequência essencial do evangelho.
Paulo suplicou pelo encorajamento ou esperança
que todos os crentes obtêm do fato de estarem unidos a Cristo por meio da fé (a
BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu excelente artigo teológico "A
união com Cristo", em Cl 6).
A repetição dessa expressão – se há - tornou
as palavras de Paulo especialmente vigorosas. Além disso, as qualidades
mencionadas são verdadeiras para todos os crentes de um nível ou outro.
Como um resultado, o apelo do vs. 1 fornece
a base para as exortações dos vs. 2-4. Se essas condições são realidades em
algum grau (vs. 1), então os resultados (vs. 2-4) devem estar em evidência
também.
Se por estarmos em Cristo, nós temos:
·
Alguma
motivação.
Cristo
nos foi exemplo em tudo e o fato de ele ter sido bem sucedido do início ao fim,
nos motiva a seguirmos os seus exemplos, confiados no seu poder,
·
Alguma
exortação de amor.
Paulo
também apela para o fato de todos os crentes recebem encorajamento tanto do
amor de Cristo por eles quanto do amor deles por Cristo.
·
Alguma
comunhão no Espírito.
A
expressão também pode ser interpretada como "relacionamento produzido pelo
Espírito". A maravilha da obra do Espírito é evidente de alguma maneira na
vida de crente verdadeiro.
·
Alguma
profunda afeição e compaixão
Essas
qualidades têm a sua fonte em Deus, e elas encontram expressão na atitude que
os cristãos têm uns para com os outros (1.8; Cl 3.12). Elas estão intimamente
associadas com o amor, uma qualidade de vida que todo cristão verdadeiro
possui.
Então, Paulo, conclui, completem a minha
alegria, mas como? Paulo fez uma profunda súplica pessoal. Se os filipenses
tivessem até mesmo a menor medida das qualidades mencionadas no vs. 1, então
Paulo queria que eles dessem um passo a mais e o enchessem de alegria.
Respondendo ao como – vs. 2 a 5 – vejamos de
que forma:
·
Tendo
o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e uma só atitude.
A
ênfase na unidade é forte no versículo (1.27; 2.2). Por meio da unidade na
igreja, Paulo receberia muita alegria.
·
Nada
fazendo nada por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerando
os outros superiores a si mesmos.
Paulo
acrescentou uma proibição contra as atitudes que destroem a unidade cristã. O
orgulho coloca um cristão acima dos outros e, portanto, promove conflitos em
vez de harmonia nos relacionamentos pessoais. Em contraste, a humildade coloca
o cristão abaixo dos outros numa posição de serviço com uma preocupação pelas
necessidades e pelos interesses dos outros (1.27; 2.2,4,14). O amor (vs. 2) é
essencial, uma vez que os crentes devem se relacionar mutuamente com humildade
(também a oração de 1.9; cf. 1Co 13.4-5).
·
Cada
um cuidando, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos
outros.
·
Sendo
a nossa atitude a mesma de Cristo Jesus.
Esse
versículo 5 que fala de mesmo sentimento ou nossa atitude de ser a mesma de
Cristo, conforme a NVI, liga as exortações dos vs. 1-4 com o louvor a Cristo
nos vs. 6-11. Paulo fez a ligação com a mesma palavra grega (aqui traduzida
"sentimento") que ele havia usado duas vezes no vs. 2.
Ao
falar do orgulho que estava na raiz da desunião dos filipenses (1.27-2.4),
Paulo evocou Cristo como o exemplo supremo de humildade.
Para
Paulo, Cristo é primeiramente Senhor e Salvador (v. 11; 3.20), mas ele e
certamente um exemplo também (Rm 15.1-3; 2Co 10.1).
A alegria de Paulo somente estaria completa
diante dos filipenses se ele pudesse contemplar a unidade na vida deles e
Cristo é também exemplo para nós.
2. O exemplo de Cristo (2.6-11).
Dos vs. 6 ao 11, veremos esse exemplo de
Cristo. Paulo escreveu sobre o que deve ter sido um hino que era cantado na
igreja primitiva.
Esse hino de adoração a Cristo pode ser
convenientemente dividido em seis versos. Os primeiros três (vs. 6-8) celebram
a humilhação de Cristo; os três últimos (9-11) a sua exaltação.
Jesus Cristo subsistiu em forma de Deus sem
a isso se apegar, antes de si mesmo esvaziou-se. A palavra "forma"
testemunha a realidade básica. A expressão "forma de Deus" aponta
para a divindade de Jesus.
O verbo "subsistindo" indica não
somente existência, mas também possessão. Cristo possui a divindade, uma
divindade à qual ele não renunciou ao se tornar homem (vs. 7).
Isso indica algo desejável – que ele
poderia ter usurpado - e, nesse caso, de posse da pessoa. Jesus não se apegou à
glória de seu estado celeste de maneira egoísta, mas, em vez disso,
comportou-se da maneira descrita no vs. 7.
Nesse exemplo – o ser igual a Deus -, o artigo
definido “o” aponta para algo anteriormente mencionado (isto é, Cristo
"subsistindo em forma de Deus"). Subsistir "em forma de
Deus" é ser igual a Deus. No entanto, ele não se apegou a isso, mas – vs.
7 - a si mesmo se esvaziou.
Não é dito que Cristo esvaziou-se de seus
atributos divinos. A frase significa que ele se entregou totalmente, que ele se
gastou totalmente ao se tornar um homem.
A natureza do seu esvaziamento é definida
nas três expressões que se seguem ("assumindo... tornando-se...
reconhecido"). Paulo aqui descreve a renúncia de Cristo à sua glória
celestial (veja Jo 17.5), não a abdicação de Cristo de sua natureza divina e de
seus poderes divinos.
Cristo tomou a forma de um escravo sem
abandonar a forma de Deus. Nesse estado encarnado, ele não abandonou, mas
manifestou, a essência e o caráter de Deus.
Assumiu, destarte, a forma de servo. Essa
linguagem expressa vividamente a voluntariedade de Cristo de se privar de sua
glória, tornando-se em semelhança de homens.
Cristo não possuía apenas aparência humana.
Sua encarnação não era uma ilusão. Ele escolheu revelar-se por meio de sua
humanidade, por isso que foi reconhecido em figura humana.
Cristo é verdadeiramente humano. A palavra
"reconhecido" não nega a realidade da sua humanidade. Para que
pudesse morrer (vs. 8), Cristo teria de ser genuinamente humano.
Ao mesmo tempo, Paulo fez uma distinção
entre Cristo e os outros seres humanos normais, comuns. Ao contrário deles,
Cristo não é pecador (2Co 5.21); ele pertence essencialmente (quanto à sua
natureza divina) ao mundo transcendente.
Mesmo ao se esvaziar e se humilhar, ele
permaneceu um ser celestial (aqui a BEG recomenda a leitura e a reflexão em seu
excelente artigo teológico "Jesus Cristo, Deus e homem", em Jo 1).
Ele a si mesmo se humilhou. A linguagem
aqui corresponde à frase "a si mesmo se esvaziou" no vs. 7. Cada ato
aconteceu pelo livre exercício da própria vontade de Cristo. Os leitores de
Paulo deveriam fazer o mesmo.
Assim fazendo e agindo, ele se tornou
obediente até a morte. A submissão à vontade do Pai (Hb 10.5-9) é mais
significativa para aquele que é igual ao Pai (vs. 6) mais do que para aquele
que não é.
As palavras de Paulo infundem toda a vida
de Cristo de obediência incondicional e enfatiza que a suprema expressão dessa
obediência aconteceu na sua morte.
Por isso que sofreu a morte de cruz. O
ponto principal aqui é ter sofrido a morte mais vergonhosa e dolorosa de todas
as mortes, e não no maravilhoso significado desse acontecimento (cf. Rm
3.21-26).
E, sendo encontrado em forma humana,
humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! – vs. 8. Pelo
que também Deus o exaltou.
O ato do Pai foi uma resposta direta à obediência
do Filho. Ele o exaltou sobremaneira. O verbo "exaltou" aqui não significa
que Deus proporcionou a Cristo uma situação mais elevada do que antes, mas que
Deus deu a ele a máxima exaltação possível.
Cristo foi restaurado à glória que ele
tinha no início - a glória a que ele voluntariamente renunciou para que pudesse
se tornar um ser humano. Por isso que recebeu o nome que está acima de todo
nome.
Diante do nome de Jesus agora todo joelho
deverá se dobrar e confessar que ele é o Senhor, no céu, na terra e ainda
debaixo da terra.
Essa expressão “ao nome de Jesus” pode
significar "o nome que pertence a Jesus" (ou seja,
"Senhor", como no vs. 11). Porém, é mais provável que Paulo quisesse
dizer que a declaração do nome "Jesus" é o sinal para que "todo
joelho se dobre" para oferecer a ele adoração e para aclamá-lo como
Senhor.
"Jesus" vem da forma grega do
hebraico "Josué", que significa "Javé é salvação". Já a
expressão “nos céus, na terra e debaixo da terra” envolve todo o cosmos, tanto
do mundo físico, natural, quanto do espiritual. A linguagem é compreensiva, mas
a questão dos poderes demoníacos hostis deve estar especificamente em pauta
(cf. Ef 1.19-21; Cl 2.15).
Agora sim toda língua deve confessar que
Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. A ação que deveria
acompanhar o dobrar dos joelhos, que Jesus Cristo é Senhor. A segunda pessoa da
Trindade tomou o nome "Jesus" em sua encarnação.
Consequentemente, nesse contexto o nome
enfatiza a sua humildade. "Cristo" é um título advindo de sua tarefa
humana como Messias ou rei de Israel.
Além disso, é como alguém humilde que
Cristo é exaltado; a sua humildade é a sua glória (cf. Mt 23.12). O "nome
que está acima de todo nome" (vs. 9) é "Senhor".
Na Septuaginta (a tradução grega do AT),
Deus é representado pelo título de "Senhor" (grego, kyrios). Em Is 45.23, é Yahweh diante de quem "se dobrará
todo joelho" e por quem "jurará toda língua".
Em Filipenses, Cristo é então aclamado por
ser quem ele sempre foi: o próprio Deus. Ao confessar que "Jesus Cristo é
Senhor", as criaturas reconhecem tanto o fato quanto o caráter de sua deidade.
A atribuição de adoração enfatiza a
humanidade ("Jesus Cristo") e também a deidade ("Senhor")
de Cristo; ele é adorado como o Deus-homem, para glória de Deus Pai.
Jesus Cristo é, por implicação, o filho do
Pai. Tanto Cristo como o Pai podem receber adoração. Os membros da Trindade são
tão unidos que o próprio ato de adorar o filho glorifica o Pai.
3. Um chamado mais profundo à unidade (2.12-18).
Dos vs. 12 ao 18, depois dessa demonstração
da deidade de Cristo que ganhou o mais excelente nome que se possa nomear,
Paulo volta ao assunto e faz um novo chamado à unidade.
Tendo dado atenção à maravilha da
humilhação de Cristo como um modelo para a vida cristã, Paulo novamente exortou
os filipenses à unidade e ao serviço.
Tendo como base o exemplo supremo de
Cristo, Paulo retomou o seu apelo. A presença do apóstolo incentivava ainda
mais os filipenses a obedecerem, mas a maior motivação vinha do fato de que
"Deus é quem efetu(ava)" neles (vs. 13) para que a obediência deles
se desenvolvesse também na ausência de Paulo (1.27).
Paulo não acreditava que a salvação vem por
meio das obras ao dizer a eles para desenvolverem a salvação deles com temor e
tremor. Isso é evidentemente claro em seus outros escritos (Rm 4.2ss.; 9.2; Cl
2.16; 3.10; 2Tm 1.9). Como em 1.28, Paulo falou aqui sobre a salvação em termos
da obra da salvação inicial na santificação diária dos crentes, que os leva à
eterna salvação que virá com a volta de Cristo.
Todos esses processos são dons totalmente
graciosos de Deus, mas o processo de santificação exige apenas uma contínua
obediência.
Na versão NVI a expressão não seria
desenvolver a salvação, antes, por em ação a salvação já alcançada com temor e
tremor. Refere-se a respeito e reverência em vez de pânico e alarme.
Essas emoções são essenciais para a vida
cristã por muitas razões, e a perspectiva do julgamento que vem sobre aqueles
que provam que eles nunca haviam tido fé salvadora ao se afastarem do
evangelho, não é a menor delas (aqui, novamente, a BEG recomenda a leitura e a
reflexão em seu excelente artigo teológico "A perseverança e a preservação
dos santos", em Fp 1).
Devemos por em ação a nossa salvação com
temor e tremor porque Deus é quem efetua em nós tanto o querer como o realizar.
O emprego do esforço humano (vs.12), longe de violar a soberana vontade de Deus
(cf. Ef 2.10), é exatamente o que Deus pede para que possamos obter o seu
propósito salvador.
Além disso, a sua obra em nós dá poder aos
crentes para desenvolverem a sua santificação. Tendo apelado para o exemplo de
Cristo, Paulo agora ofereceu a segurança necessária de que os filipenses não
trabalhariam independentemente, mas que seus desejos e ações seriam as próprias
áreas nas quais o próprio poder de Deus se manifestaria (4.13; lTs 2.13).
No vs. 14 ele nos diz para tudo fazermos sem
murmurações nem contendas. Os filipenses deveriam evitar imitar os antigos
israelitas (Ex 15.24; 16.7-9; 1Co 10.10). Observe também a alusão a Dt 32.5 no
vs. 15. Os filipenses podem muito bem ter resmungado a respeito dos líderes da
igreja, como os israelitas haviam feito com relação a Moisés (v. 29; lTs
5.12-13).
Sem queixas e discussões, sem reclamações e
murmurações está em vista o testemunho corporativo de uma igreja unida. Assim,
seriam irrepreensíveis e sinceros, mesmo inculpáveis. Os significados desses
termos se sobrepõem consideravelmente. Paulo descreve a qualidade de vida
requerida dos "filhos de Deus".
Essas pessoas irão resplandecer "como
luzeiros no mundo" - em total contraste com a geração "pervertida e
corrupta" dos seus contemporâneos - mas eles oferecerão esperança aos seus
contemporâneos também (Mt 5.14-16; At 2.40).
A palavra da vida, as Escrituras, deveriam
ser retidas firmemente. Paulo estava preocupado com a fidelidade dos filipenses
ao evangelho de Jesus Cristo (1.27; 2.1-5).
Por sua vez, o fato de os crentes
preservarem o evangelho em amor mútuo constitui-se num poderoso testemunho para
o mundo (Jo 13.34-35). Essa palavra da vida se refere tanto ao evangelho quanto
aos ensinamentos éticos que são baseados nele (1.27; 4.8-9).
O orgulho de Paulo no "dia de
Cristo" (1.6,10) será o desenvolvimento espiritual dos filipenses em vez
do dele próprio (1.9-11).
Paulo aqui – vs. 17 - se referiu não ao
sofrimento que ele enfrentava no momento, mas à possibilidade (embora não a certeza)
do seu martírio.
Como um seguidor de Cristo, o servo (vs.
6-9), Paulo desejava doar-se ao máximo para o seu povo (2Co 12.15). Tanto que
desejava ser uma libação (normalmente vinho, não sangue) que devia acompanhar
um sacrifício ao ser derramado como oferta. O sacrifício e serviço da fé dos
filipenses eram os presentes dos filipenses a Paulo (4.10-12).
O sofrimento em si não é prazeroso, mas
Paulo encontrava razões para ter alegria mesmo em meio ao sofrimento. E assim
deveria ser também com os filipenses (v.18).
4. Dois exemplos de serviço (2.19-30).
A ênfase de Paulo na humilhação e no
serviço como necessidades da vida cristã o levou a mencionar dois importantes
modelos de tais serviços: Timóteo (vs. 19-24) e Epafrodito (vs. 25-30).
Timóteo (vs. 19-24).
Paulo queria enviar Timóteo de Roma para
Filipos (veja 1.1) para levar saudações e obter informações sobre a igreja de
lá. Timóteo havia mostrado grande interesse pelo bem-estar dos filipenses (vs.
20).
Esse versículo é semelhante ao vs. 4, em
que a expressão "propriamente seu" primeiramente ocorre. A vida de
Timóteo era um modelo da humildade para a qual Paulo havia chamado a atenção de
seus leitores assim como uma imagem da humilhação do próprio Cristo (vs. 5-11).
Timóteo trabalhava intimamente com Paulo
para Cristo o Senhor; ambos eram servos de Cristo (1.1).
Em meio às circunstâncias difíceis
(1.12-30), talvez incluindo a provação vindoura, Paulo precisava de uma pessoa
do caráter de Timóteo. Nos vs. 23-24 Paulo reafirmou a confiança que ele havia
expressado em 1.19-26.
Os planos com relação a Timóteo e Paulo
haviam sido submetidos à vontade de Deus (vs. 19).
Epafrodito (vs. 25-30).
Esse companheiro de trabalho de Paulo,
assim como Timóteo, era digno de honra. Como Timóteo, e como o próprio Jesus,
ele era um homem devotado a outros. Ele obedecia a Cristo trabalhando no
serviço de Jesus em prol de outros crentes - tanto para os filipenses (4.18)
quanto para Paulo, por quem ele havia arriscado a vida (vs. 26-27,30).
Epafrodito estava mais preocupado pelo fato
de os filipenses estarem entristecidos pelas notícias de sua doença do que ele
mesmo estava com o seu próprio sofrimento. Paulo considerava a sua atitude como
um exemplo de serviço e humildade cristãos.
Paulo recomenda que sejam bem recebidos e
até mesmo com honras pelo que demonstraram no Senhor. Epafrodito havia estado
perto da morte (vs. 30), então Paulo o enviou para casa em Filipos. Paulo
encorajou os filipenses a honrarem não somente a Epafrodito com também outras
pessoas que serviam Cristo como ele fazia.
alguma
exortação em Cristo,
alguma
consolação de amor,
alguma
comunhão do Espírito,
se
há entranhados afetos
e
misericórdias,
Fp
2:2 completai a minha alegria,
de
modo que penseis a mesma coisa,
tenhais
o mesmo amor,
sejais
unidos de alma,
tendo
o mesmo sentimento.
Fp
2:3 Nada façais por partidarismo ou vanglória,
mas
por humildade,
considerando
cada um os outros
superiores
a si mesmo.
Fp
2:4 Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu,
senão
também cada qual o que é dos outros.
Fp
2:5 Tende em vós o mesmo sentimento
que
houve também em Cristo Jesus,
Fp
2:6 pois ele, subsistindo em forma de Deus,
não
julgou como usurpação o ser igual a Deus;
Fp
2:7 antes,
a
si mesmo se esvaziou,
assumindo
a forma de servo,
tornando-se
em semelhança de homens;
e,
reconhecido em figura humana,
Fp
2:8 a si mesmo se humilhou,
tornando-se
obediente
até
à morte e morte de cruz.
Fp 2:9 Pelo que também
Deus
o exaltou sobremaneira
e
lhe deu o nome
que
está acima de todo nome,
Fp
2:10 para que ao nome de Jesus
se
dobre todo joelho,
nos
céus,
na
terra
e
debaixo da terra,
Fp
2:11 e toda língua confesse que
Jesus
Cristo é Senhor,
para
glória de Deus Pai.
Fp 2:12 Assim, pois, amados meus,
como
sempre obedecestes,
não
só na minha presença,
porém,
muito mais agora, na minha ausência,
desenvolvei
a vossa salvação
com
temor
e
tremor;
Fp
2:13 porque Deus é quem efetua em vós
tanto
o querer
como o realizar,
segundo
a
sua boa vontade.
Fp 2:14 Fazei tudo
sem
murmurações
nem
contendas,
Fp
2:15 para que vos torneis
irrepreensíveis
e
sinceros,
filhos
de Deus
inculpáveis
no meio de uma geração
pervertida
e
corrupta,
na
qual resplandeceis como luzeiros no mundo,
Fp
2:16 preservando a palavra da vida,
para
que, no Dia de Cristo,
eu
me glorie de que não corri em vão,
nem
me esforcei inutilmente.
Fp 2:17 Entretanto, mesmo que seja eu
oferecido por libação
sobre
o sacrifício
e
serviço da vossa fé,
alegro-me
e,
com todos vós, me congratulo.
Fp 2:18 Assim, vós também, pela mesma
razão,
alegrai-vos
e
congratulai-vos comigo.
Fp 2:19 Espero, porém,
no
Senhor Jesus,
mandar-vos
Timóteo, o mais breve possível,
a
fim de que eu me sinta animado também,
tendo
conhecimento da vossa situação.
Fp 2:20 Porque a ninguém tenho de igual
sentimento
que,
sinceramente, cuide dos vossos interesses;
Fp 2:21 pois todos eles buscam
o
que é seu próprio,
não
o que é de Cristo Jesus.
Fp 2:22 E conheceis o seu caráter
provado,
pois
serviu ao evangelho,
junto
comigo,
como
filho ao pai.
Fp 2:23 Este, com efeito, é quem espero enviar,
tão
logo tenha eu visto a minha situação.
Fp 2:24 E estou persuadido no Senhor de
que também eu mesmo,
brevemente,
irei.
Fp 2:25 Julguei, todavia, necessário
mandar até vós
Epafrodito,
por
um lado, meu irmão,
cooperador
e
companheiro de lutas;
e,
por outro,
vosso
mensageiro
e
vosso auxiliar nas minhas necessidades;
Fp 2:26 visto que ele
tinha
saudade de todos vós
e
estava angustiado porque ouvistes que adoeceu.
Fp
2:27 Com efeito, adoeceu mortalmente;
Deus,
porém, se compadeceu dele
e
não somente dele,
mas
também de mim,
para
que eu não tivesse tristeza sobre tristeza.
Fp 2:28 Por isso, tanto mais
me
apresso em mandá-lo,
para
que, vendo-o novamente,
vos
alegreis,
e
eu tenha menos tristeza.
Fp 2:29 Recebei-o, pois,
no
Senhor,
com
toda a alegria,
e
honrai sempre a homens como esse;
Fp
2:30 visto que, por causa da obra de Cristo,
chegou
ele às portas da morte
e
se dispôs a dar a própria vida,
para
suprir a vossa carência de socorro para comigo.
Precisamos, hodiernamente, de vários
Paulos, Timóteos e Epafroditos que se gastam e se deixam gastar por almas –
pela igreja de Cristo - e cuja glória está no outro ao verem que compeltaram e
cumpriram a fé; mais mesmo se gloriam nos outros que eles levaram a Cristo que
em suas próprias conquistas.
Que nosso Senhor tenha, hoje em dia, muitos
Timóteos e Epafroditos para ele enviar à sua obra com à semelhança das mesmas
recomendações feita por Paulo. Temos muitos deles hoje?
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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1 comentários:
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.