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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Jó 32:1-22 - ELIÚ E SEUS DISCURSOS: O PAPEL DISCIPLINADOR E REDENTOR DO SOFRIMENTO.

A fim de nos localizarmos na leitura atual, nos encontramos na
Parte IV – OS MONÓLOGOS – 29:1 A 42:6.
B. Os discursos de Eliú – 32:1 a 37:24.
Esses capítulos apresentarão o segundo monólogo que é do jovem Eliú. Ao contrário dos demais, ele tinha um nome que era comum entre os judeus de sua época. Também ele não é mencionado no epílogo – capítulo 42 - quando Deus repreenderá os amigos de Jó pela arrogância deles.
A severa crítica de Eliú gira em torno das palavras proferidas por Jó durante a discussão. Ele muitas vezes cita Jó, mas não o acusa de sofrer por ter levado uma vida ímpia.
Embora seja outra voz humana, ele enfatiza um tema negligenciado pelos conselheiros; o papel disciplinador e redentor do sofrimento. Elifaz havia falado sobre o assunto – 5:17 -, mas ele não mais foi mencionado.
Essa seção B. Os discursos de Eliú – 32:1 a 37:24 será subdividida em 5 partes: 1. Introdução aos seus discursos – 32:1-5. 2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33. 3. O segundo discurso – 34:1 – 37. 4. O terceiro discurso – 35:1 – 16. 5. O quarto discurso – 36:1 – 37:24.
1. Introdução aos seus discursos – 32:1-5.
Aqui ele simplesmente faz a sua introdução se apresentando e formando a base interpretativa para seus discursos que seguirão.
O texto não é claro, mas dá a entender que Eliú estava ali desde o início e acompanhou todos os discursos e as respostas de Jó desde quando começaram as falas.
Como tinha presenciado tudo, ele estava mesmo descontente e chateado com as falas iniciais, bem assim com a insistência de Jó em sua defesa, como se fosse de fato um homem justo que não peca de jeito nenhum. A falha de Jó consistia mais em este querer provar a sua inocência do que em continuar a crer na justiça de Deus.
Quanto à falha dos três amigos era que mesmo não achando eles culpa em Jó, insistiam em acusa-lo – vs 3.
Eliú somente se manifestou quando todos se calaram e parecia terem chegado a um limite. Eliú não pediu aparte, mas ficou ali aguardando a sua vez e quando chegou, tomou uso da palavra para apresentar o seu discurso.
2. O primeiro discurso – 32:6 – 33:33.
Eliú precisou de toda essa seção para fazer a sua introdução e dar a sua razão para falar. Parece que ele tinha mais consciência e humildade, combinada a fortes convicções, do que os outros amigos de Jó.
Até agora Jó não tinha sido tratado pelo seu nome e Eliú começa seu discurso resgatando o nome de Jó. O seu primeiro discurso pode ser dividido da seguinte forma: a. A defesa de Eliú (de sua própria qualificação para poder discutir) – 32:6-14. b. Um solilóquio – 32:15-22. c. Palavras de aconselhamento para Jó – 33:1-33.
a. A defesa de Eliú  – 32:6-14.
Em resumo aqui, Eliú apresentará justificativas para entrar no debate.
Primeiro ele fala de sua pouca idade e do tempo que esperou para falar dando ampla oportunidade para as pessoas mais experientes se manifestarem totalmente.
Na sua fala quem faz o homem sábio é Deus e não a sua idade ou a sua experiência, embora tenham o seu devido valor. Antes de falar, ele disse que tudo ouviu e cogitou em sua mente buscando primeiramente entender.
Ele critica os amigos de Jó por não terem sido capazes de refutarem sabiamente a Jó nem por terem sido eficazes em responder às suas razões – vs 12.
Nos versos 6, 10 e 17 ele afirma, repetidamente, que irá declarar a sua opinião como se estivesse já preparando o leitor para mostrar a sua convicção e certeza dos fatos a que bem deveria atentar Jó.
Veja o tratamento diferenciado de Eliú para com Jó, tratando-o pelo seu nome – vs 15. Os seus amigos e conselheiros em nenhum momento o tratou pelo nome.
Eliú, apesar de jovem, tem personalidade, além de mostrar grande maturidade e inteligência. Ele não apoia nem se rende à posição de Jó, mas também não apoia a posição dos amigos.
b. Um solilóquio – 32:15-22.
Nesse pequeno monólogo, Eliú reflete no quanto gostaria de falar e no seu compromisso de dizer a verdade e não lisonjear.
Ele começa falando com Jó e a ele se dirigindo ao se referir dos três que parecem ter esgotado tudo em seus discursos. Agora estava chegando a vez dele, de Eliú e com eles iria concorrer ao declarar a sua opinião.
Ele se sente como um vulcão prestes a explodir e expelir suas lavas quentes e incandescentes que no caminho, pelo seu calor, vão derretendo tudo, inclusive as rochas.
Havia muito o que falar e ele já se sentia a ponto de explodir. Com certeza, foi assimilando tudo enquanto eles falavam acusando Jó e Jó insistia em se defender.
Ele promete que não fara acepção de pessoas, nem usará de lisonjas para com o homem.
Jó 32:1 Então aqueles três homens cessaram de responder a Jó;
                porque era justo aos seus próprios olhos.
                Jó 32:2 E acendeu-se a ira de Eliú, filho de Baraquel,
                               o buzita, da família de Rão; contra Jó se acendeu a sua ira,
                               porque se justificava a si mesmo, mais do que a Deus.
                Jó 32:3 Também a sua ira se acendeu contra os seus três amigos,
                               porque, não achando que responder,
                                               todavia condenavam a Jó.
                Jó 32:4 Eliú, porém, esperou para falar a Jó,
                               porquanto tinham mais idade do que ele.
                Jó 32:5 Vendo, pois, Eliú que já não havia resposta na boca daqueles
                               três homens, a sua ira se acendeu.
                Jó 32:6 E respondeu Eliú, filho de Baraquel, o buzita, dizendo:
                               Eu sou de menos idade, e vós sois idosos;
                                               receei-me e temi de vos declarar a minha opinião.
                Jó 32:7 Dizia eu:
                               Falem os dias, e a multidão dos anos ensine a sabedoria.
                Jó 32:8 Na verdade, há um espírito no homem,
                               e a inspiração do Todo-Poderoso o faz entendido.
                Jó 32:9 Os grandes não são os sábios,
                               nem os velhos entendem o que é direito.
                Jó 32:10 Assim digo:
                               Dai-me ouvidos, e também eu declararei a minha opinião.
                Jó 32:11 Eis que aguardei as vossas palavras,
                               e dei ouvidos às vossas considerações,
                                               até que buscásseis razões.
                Jó 32:12 Atentando, pois, para vós, eis que nenhum de vós
                               há que possa convencer a Jó, nem que responda
                                               às suas razões;
                Jó 32:13 Para que não digais:
                               Achamos a sabedoria; Deus o derrubou, e não homem algum.
                Jó 32:14 Ora ele não dirigiu contra mim palavra alguma,
                               nem lhe responderei com as vossas palavras.
                Jó 32:15 Estão pasmados, não respondem mais,
                               faltam-lhes as palavras.
                Jó 32:16 Esperei, pois, mas não falam; porque já pararam,
                               e não respondem mais.
                Jó 32:17 Também eu responderei pela minha parte;
                               também eu declararei a minha opinião.
                Jó 32:18 Porque estou cheio de palavras;
                               o meu espírito me constrange.
                Jó 32:19 Eis que dentro de mim sou como o mosto, sem respiradouro,
                               prestes a arrebentar, como odres novos.
                Jó 32:20 Falarei, para que ache alívio;
                               abrirei os meus lábios, e responderei.
                Jó 32:21 Que não faça eu acepção de pessoas, nem use de palavras
                               lisonjeiras com o homem!
                Jó 32:22 Porque não sei usar de lisonjas;
                               em breve me levaria o meu Criador.
Como é bom ser tratado pelo seu nome. Um nome identifica a pessoa e a convida para um relacionamento. Quando invocamos alguém estamos dizendo que estamos querendo daquela pessoa a sua atenção para aquilo que iremos falar ou compartilhar.
Quando nos dirigimos a Deus, nós estamos querendo dele a sua atenção e ao falarmos e invocarmos temos a certeza que dele temos os seus ouvidos prontos para nos atender.
Eliú resgata isso em sua fala, chamando Jó pelo seu nome e pedindo a ele a atenção para a sua fala. O seu discurso começara no próximo capítulo.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete – 
http://www.jamaisdesista.com.br
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.