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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Gálatas 2 1-21 - CRISTO VIVE EM MIM.

Como dissemos, Gálatas foi escrito para auxiliar os cristãos da Galácia a resistir aos falsos mestres que pregavam que só era salvo quem acrescentava à fé em Cristo, o mérito humano da obediência à lei. Estamos refletindo no capítulo 2/6.
Breve síntese do capítulo 2.
Paulo agora sobe para Jerusalém e se encontra com as colunas da fé cristã, aqueles que pareciam de maior influência, Pedro, Tiago e João e afirma aos Gálatas que eles aprovaram sua pregação estendendo para eles a destra da comunhão e dando-lhes apenas uma recomendação quando fosse aos gentios e eles à circuncisão: - que não se esquecessem dos pobres.
Depois, noutra ocasião posterior, por causa de seu zelo pelo evangelho e pela verdade do evangelho, chega a repreender, face a face, a Pedro pela sua dissimulação diante dos judeus. E afirma peremptoriamente que ninguém é justificado diante de Deus por suas obras, mas por sua fé em Jesus Cristo.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. RELATOS HISTÓRICOS (1.11-2.21) - continuação.
Nós já dissemos que muitos acontecimentos históricos apoiavam a afirmação de Paulo de que o evangelho da salvação pela fé, e não pelas obras, é o verdadeiro evangelho de Cristo.
Isso formou nossa divisão proposta, seguindo a BEG: A. Chamado e treinamento (1.11-17) – já vimos; B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10) – concluiremos agora; e, C. O conflito com Pedro (2.11-21) – veremos agora.
B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10) – continuação.
Como falamos, dos vs. 1.18 ao 2.10, veremos a questão dos líderes de Jerusalém. Paulo confirma a sua autoridade como apóstolo ao relatar o seu relacionamento com os apóstolos em Jerusalém.
Paulo relatou um segundo acontecimento que demonstrava a sua autoridade e a veracidade do seu evangelho: seus encontros com os líderes da igreja em Jerusalém.
Isso se deu após catorze anos, ou seja, depois da sua conversão ou depois da sua primeira visita à Jerusalém. Pode ser esta a segunda visita que Paulo fez após sua conversão, implícita em At 11.27-30, ou a sua terceira visita (At 15.2).
O propósito da visita mencionada aqui corresponde ao propósito da visita em At 15. Se essas visitas são na verdade uma só e a mesma, então Paulo provavelmente omitiu a visita de At 11 de sua narrativa por ser irrelevante para a questão de sua autoridade.
Se Gálatas, como acreditam alguns estudiosos, foi escrita depois da primeira viagem missionária de Paulo (At 13-14) e antes do concílio de Jerusalém (At 15), então a jornada relatada aqui se refere à visita de At 11, e a de At 15 ainda não havia ocorrido.
Ele tinha subido a Jerusalém com Barnabé - natural de Chipre e um dos primeiros cristãos (At 4.36). Em aramaico, o nome Barnabé significa “filho de exortação", e seu aparecimento em Atos demonstra que vivia de acordo com o seu nome (At 4.36-37; 11.22-24,30). Também tinha levado Paulo consigo a Tito - não é mencionado em Atos, mas era um dos mensageiros e companheiro de confiança de Paulo.
O motivo de sua subida foi devida a uma revelação. Caso se refira à visita de At 11, essa revelação pode ter sido a profecia de Ágabo (At 11.28). Do contrário, provavelmente refere-se às revelações especiais que Paulo recebeu de Deus (At 9.4-6: 16.9; 18.9-10; 2Co 12.1-6).
Tendo subido, fez o que tinha de fazer, cumprir sua missão de anunciar o evangelho que pregava entre os gentios, e particularmente aos que estavam em mais evidência (os mais influentes); para que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão – vs. 2.
Os líderes de Jerusalém não eram a fonte da autoridade de Paulo, mas seus esforços para pregar o evangelho teriam sido impedidos caso esses líderes influentes se opusessem a ele.
Paulo explica que nem mesmo Tito fora obrigado a circuncidar-se. A circuncisão era a marca de autenticidade do judeu e havia se tornado o último estágio na conversão de um homem gentio à religião judaica.
Alguns cristãos judeus acreditavam que os gentios tinham de aceitar a circuncisão antes de serem salvos. Paulo se opunha vigorosamente a esse ensinamento, afirmando que apenas a fé unicamente em Cristo é suficiente para a salvação.
Paulo considerava tão importante a doutrina da salvação unicamente pela fé que negou a salvação de todos aqueles que se opunham a ela (1.8-9; 5.2-4).
Para Paulo, a liberdade do cristão não é a liberdade para pecar, mas a libertação das tradições humanas e da maldição que a lei declara sobre o pecado (3.10-14; 5,1,13). Já o que eles pregavam provocariam a escravidão do crente, provavelmente do pecado (Rm 6.15-23; 7.25) e da maldição que a lei pronuncia sobre aqueles que pecam (3.10).
Paulo resistiu a eles por amor ao evangelho. A salvação procede unicamente da fé que Deus concede graciosamente àquele que crê (1.15-16; cf. Ef 2.8-9). Qualquer tentativa de acrescentar outras exigências, tais conto a circuncisão, é uma negação da suficiência da fé para a salvação e, desse modo, uma corrupção do evangelho.
Paulo não se incomodava nem um pouco com quem parecia mais influente, pois que Deus não julga ninguém pelas suas aparências, mas pelo seu caráter. Assim como a marca externa da circuncisão não define o povo de Deus, do mesmo modo a aparência externa de prestígio – daqueles que são mais influentes na sociedade ou num negócio - não é importante para Deus (I Sm 16.7; Rm 2.25-29).
Pedro era um dos porta-vozes principais da igreja primitiva de Jerusalém (At 1-12). Foi com muita relutância que obedeceu à ordem de Deus para se associar e pregar o evangelho ao gentio Cornélio (At 10). Embora Pedro tenha reconhecido a necessidade de evangelizar os gentios (At 10.34-35; 11.17; 15.7-11), Deus o chamou para pregar o evangelho especificamente aos judeus.
Quanto à conversão e ao chamado de Paulo, veja 1.15. Tiago, Cefas e João reconheceram a graça concedida a Paulo. Esse trio exercia uma autoridade especial na igreja primitiva em Jerusalém.
Pedro e João andavam juntos com frequência (At 3-4), e Tiago tinha uma posição proeminente na igreja de Jerusalém (At 12.17; 15.13; 21.18). Todos pareciam unânimes em decidirem que Paulo iria para os gentios e eles, aos judeus. Barnabé, assim como Paulo, era um missionário principalmente entre os gentios (At 13-14; 15.36-41).
Uma vez definidos o público alvo de cada um deles, fizeram mais uma recomendação a Paulo e seus seguidores, que se lembrassem dos pobres – vs. 10.
Paulo tinha em mente a pobreza econômica, não a espiritual. Alguns aplicam essas palavras à visita que Paulo fez a Jerusalém em At 11.27-30. Nessa visita, Paulo e Barnabé foram comissionados a levar uma oferta levantada em Antioquia para os cristãos da Judeia que estavam sofrendo por causa da fome.
Outros, porém, acreditam que essas palavras se referem à coleta que Paulo fez para os santos de Jerusalém (At 24.17; Rm 15.26; 1Co 16.1-3; 2Co 8-9), para a qual os gálatas contribuíram (1 Co 16.1).
C. O conflito com Pedro (2.11-21).
Dos vs. 11 ao 21, veremos como foi o conflito de Paulo com Pedro. Paulo relata uma ocasião em que repreendeu Pedro por este violar o verdadeiro evangelho ao manter-se separado dos cristãos gentios.
Esse acontecimento serviu para confirmar a autoridade de Paulo como apóstolo, bem como a verdade do seu evangelho.
Foi quando Pedro veio a Antioquia que Paulo o enfrentou para o bem do evangelho. Não a Antioquia da Pisídia (At 13.14; 14.19,21), mas a capital da província romana da Síria e também a maior cidade dessa província (At 13.1; 14.26).
Antioquia era o lar de uma comunidade judaica numerosa e foi o primeiro lugar mencionado em Atos onde os cristãos judeus pregaram o evangelho aos gentios (At 11.19-20; Gl 2.1).
Tanto quanto sabemos, a igreja de Antioquia foi não apenas a primeira igreja a reunir cristãos judeus e gentios, mas também a primeira a enviar missionários para pregar o evangelho especificamente aos gentios (At 13.1-3).
Muitos cristãos judeus aceitaram o mandamento de Deus para acolherem os cristãos gentios, mas somente depois de que estes se submetessem ao cerimonial da lei de Moisés (At 10.28; 11.2-3,19; 15.1). Pedro e Barnabé (v. 13) cederam à pressão de um grupo de cristãos judeus que acreditavam na circuncisão como etapa necessária para se tornar cristão.
Pedro se mostrava falso, pois estando ausente de Tiago e seus companheiros, se aproximava dos gentios, mas quando se encontravam, afastava-se deles. Foi por isso que Paulo, não resistindo, o repreendeu.
Pedro havia se associado livremente com os cristãos gentios (2.12), mas acabou se separando deles sob pressão do recém-chegado grupo "da circuncisão" (2.12). Paulo repreendeu Pedro com severidade pela sua hipocrisia.
A hipocrisia era tanta que até mesmo Barnabé se tinha deixado levar por ela, bem assim também os demais judeus. Ou seja, ninguém tinha a coragem de repreender isso, até que Paulo, com sabedoria e autoridade, confrontou o problema e o resolveu em definitivo.
Esses versículos – vs. 15 e 16 - são fundamentais em Gálatas. A conclusão de Paulo é que todos (tanto judeus circuncisos quanto gentios incircuncisos) são colocados num relacionamento correto com Deus unicamente por meio da fé em Jesus Cristo.
No grego, o substantivo traduzido como "justiça", o adjetivo traduzido como "justo" e o verbo traduzido como "justificar", são todos derivados da mesma raiz e têm significados relacionados.
No Antigo Testamento, Deus é justo (Sf 3.5), aquele que governa e julga com perfeita justiça (1Sm 26.23) e que pronuncia seu veredicto de culpa ou inocência.
"Justificar" significa "declarar justo" (veja Dt 25.1). Todavia, se nenhum ser vivente é justo diante de Deus (SI 143.2), como pode haver esperança de sermos declarados justos (Jó 9.2)?
Sendo Deus o Juiz cujo veredicto é definitivo e justo, ele também é o Salvador que pode providenciar libertação de seu próprio julgamento ao 2.9).
A justiça de Deus é revelada não apenas como exigência dele, mas também como seu dom (Is 45.24-25; 54.14-17). Esse dom veio finalmente por intermédio do Messias (Is 53.8; Jr 23.5-6; 33.14-16).
Ninguém será justificado pelas obras da lei, ou pela prática dela. Paulo se refere especificamente àquelas "obras" que fazem distinção entre judeus e gentios: circuncisão, restrições alimentares e a observância do sábado (2.15-16).
Contudo, os ensinos de Paulo abrangem todas as tentativas humanas de esforço para merecer a salvação por meio das boas obras.
“Ninguém será justificado” é uma citação aproximada de SI 143.2. Ninguém pode obedecer à lei completamente; logo, observâncias tais como a circuncisão não podem resultar num relacionamento correto com Deus.
Para se obter isso, é necessário algo diferente da lei, o qual Deus providenciou mediante o dom da justiça e do sangue da expiação de Cristo.
A fé não merece a aceitação de Deus; a fé aceita o mérito de Cristo diante de Deus (Fp 3.9).
Paulo fala das acusações de pecado que lhe faziam os agitadores gálatas e os "da parte de Tiago" (vs. 12) quanto à sua não observância da restrição alimentar (como os gentios do vs. 15), ou então diz que buscar a salvação em Cristo nos faz perceber e admitir a nossa verdadeira natureza pecaminosa.
A tradução da palavra grega nessa frase “se torno a edificar aquilo que destruí” – vs. 18 - é usada com frequência no Novo Testamento para se referir à demolição de um edifício (Mt 24.2; Mc 13.2; Lc 21.6; Rm 14.20). A metáfora provavelmente se refere ao retorno à prática das boas obras visando obter aceitação perante Deus.
"Edificar", nesse caso, é submeter-se novamente à condenação da lei (p. ex., 5.2-4) e assim, me constituo transgressor novamente. Transgressor não é aquele que abandona a lei e se volta para Cristo em busca de justificação, mas aquele que transgride a sua fé em Cristo ao confiar na lei para justificação.
Somente Cristo pode obedecer à lei; logo, somente aqueles que estão unidos a Cristo pela fé podem ser considerados guardadores da lei. Todos os outros são considerados transgressores.
Pois, por meio da lei Paulo morreu para a lei, a fim de viver para Deus. Paulo morreu para a condenação da lei na morte de Cristo (Rm 6.5-7; 7.1-4), pois foi crucificado com Cristo (vs. 20) por meio da sua união com Cristo, que morreu em seu lugar (2.20; 3.13; Rm 4.25; 5.6).
Sendo assim, Paulo também foi ressuscitado com Cristo e desse modo vivia em comunhão com Deus (Cl 2.12; 3.1). A morte para a lei não transgride a lei, pois Cristo cumpriu as exigências da lei. Sendo assim, é "mediante a própria lei" que os cristãos são libertados da servidão e condenação da lei.
Paulo – todos nós também - fomos crucificados com Cristo. Assim, já não somos nós quem vivemos, mas Cristo vive em nós. A vida que agora vivemos no corpo, vivemos pela fé no filho de Deus, que nos amou e se entregou por nós- Gl 2.20.
Por causa desse versículo, eu criei um pseudônimo chamado CriViM (Cristo vive em mim) que se opõe a outro VeNaM (Velha natureza adâmica morta).

Na teologia reformada, é comum falar da união com Cristo em dois sentidos.
1.      Primeiro, a união com Cristo significa que ele nos representa em sua morte e ressurreição.
Entende-se por isso que Cristo expiou os nossos pecados e nos garantiu a salvação.
2.      Segundo, a união com Cristo é uma unificação vital com o Salvador, pois Jesus está presente com o cristão.
O Senhor, por meio do seu Espírito, vive em íntima comunhão com os que lhe pertencem, e os cristãos retiram suas forças para viver a partir dessa união efetiva.
Gl 2:1 Catorze anos depois,
                subi outra vez a Jerusalém
                               com Barnabé, levando também a Tito.
                Gl 2:2 Subi
                               em obediência a uma revelação;
                                               e lhes expus o evangelho que prego entre os gentios,
                                                               mas em particular aos que pareciam
de maior influência,
                                                               para, de algum modo, não correr
ou ter corrido em vão.
Gl 2:3 Contudo, nem mesmo Tito, que estava comigo,
                sendo grego,
                               foi constrangido a circuncidar-se.
Gl 2:4 E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram
                com o fim de espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus
                e reduzir-nos à escravidão;
                               Gl 2:5 aos quais nem ainda por uma hora nos submetemos,
                                               para que a verdade do evangelho
                                                               permanecesse entre vós.
Gl 2:6 E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência
                (quais tenham sido, outrora, não me interessa;
                               Deus não aceita a aparência do homem),
esses, digo,
                que me pareciam ser alguma coisa
                               nada me acrescentaram;
Gl 2:7 antes, pelo contrário,
                quando viram que o evangelho da incircuncisão
                               me fora confiado,
                como a Pedro
                               o da circuncisão
Gl 2:8 (pois aquele que operou eficazmente em Pedro
                para o apostolado da circuncisão
também operou eficazmente em mim
                para com os gentios)
Gl 2:9 e, quando conheceram
                a graça que me foi dada,
Tiago, Cefas e João,
                que eram reputados colunas,
                               me estenderam, a mim e a Barnabé,
                                               a destra de comunhão,
                                                               a fim de que nós fôssemos para os gentios,
                                                               e eles, para a circuncisão;
                               Gl 2:10 recomendando-nos somente
                                               que nos lembrássemos dos pobres,
                                                               o que também me esforcei por fazer.
Gl 2:11 Quando, porém, Cefas veio a Antioquia,
                resisti-lhe face a face,
                               porque se tornara repreensível.
Gl 2:12 Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago,
                comia com os gentios;
quando, porém, chegaram,
                afastou-se e, por fim,
                veio a apartar-se,
                               temendo os da circuncisão.
Gl 2:13 E também os demais judeus
                dissimularam com ele,
                a ponto de o próprio Barnabé
                               ter-se deixado levar pela dissimulação deles.
Gl 2:14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente
                segundo a verdade do evangelho,
                               disse a Cefas,
                                               na presença de todos:
                               se, sendo tu judeu,
                                               vives como gentio
                                               e não como judeu,
                                                               por que obrigas os gentios
                                                                              a viverem como judeus?
Gl 2:15 Nós,
                judeus por natureza
                e não pecadores dentre os gentios,
Gl 2:16 sabendo, contudo, que o homem
                não é justificado por obras da lei,
                e sim mediante a fé
                               em Cristo Jesus,
também temos crido
                em Cristo Jesus,
                               para que fôssemos
                                               justificados pela fé
                                                               em Cristo
                                               e não por obras
                                                               da lei, pois, por obras da lei,
                                                                              ninguém será justificado.
Gl 2:17 Mas se, procurando ser
                justificados em Cristo,
fomos nós mesmos
                também achados pecadores,
dar-se-á o caso de ser Cristo
                ministro do pecado?
                               Certo que não!
Gl 2:18 Porque, se torno
                a edificar aquilo que destruí,
a mim mesmo
                me constituo transgressor.
Gl 2:19 Porque eu,
                mediante a própria lei,
                               morri para a lei,
                                               a fim de viver para Deus.
Estou crucificado
                com Cristo;
Gl 2:20 logo, já não sou eu quem vive,
                mas Cristo vive em mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne,
                vivo pela fé
                               no Filho de Deus,
                                               que me amou
                                               e a si mesmo
                                                               se entregou por mim.
Gl 2:21 Não anulo a graça de Deus;
                pois, se a justiça é mediante a lei,
                               segue-se que morreu Cristo em vão.
Cristo vive em mim! Que mensagem poderosa e maravilhosa. Deus ao me perdoar, fez de mim sua habitação.
Preciso, aqui, para melhor explicar certos conceitos teológicos me valer de um escrito do pr. Hernandes Dias Lopes que eu segmentei para melhor compreensão. Vejamos:
A salvação na perspectiva do tempo
A salvação
é obra de Deus
e não do homem.
É salvação do pecado
e não no pecado.
É salvação pela graça divina
e não pelo mérito humano.
É recebida pela fé
e não pelas obras.
A salvação
foi planejada na eternidade,
é executada na história
e será consumada no segunda vinda de Cristo.
A salvação pode ser analisada na perspectiva do tempo.
Quanto ao passado
já fomos salvos,
já fomos salvos da condenação do pecado;
quanto ao presente
estamos sendo salvos,
estamos sendo salvos do poder do pecado;
e quanto ao futuro
seremos salvos,
seremos salvos da presença do pecado.

Em primeiro lugar,
quanto à justificação
já fomos salvos
A justificação
é um ato
e não um processo.
É feita fora de nós
e não em nós.
Acontece no tribunal de Deus
e não em nosso coração.
Pela justificação,
Deus nos declara justos
em vez de nos tornar justos.
A justificação
é completa
e não possui graus.
Todos os salvos
estão justificados de igual forma.
A justificação
é um ato legal e forense.
Com base na justiça de Jesus,
o Justo,
Deus justifica
o injusto
sem deixar de ser justo.
Seria injusto
Deus justificar o injusto.
Porém, Deus,
é justo
e o justificador
do que crê.
Isso, porque Deus satisfez sua justiça
quando entregou seu Filho,
o Advogado Justo,
para sofrer as penalidades
que nós deveríamos sofrer.
Deus fez cair sobre ele
a iniquidade de todos nós.
Agradou a Deus
moê-lo.
Jesus foi traspassado
pelos nossos pecados.
Ele foi feito pecado
por nós.
Ele bebeu,
sozinho,
todo o cálice cheio da ira de Deus
contra nós,
pois éramos filhos da ira.
Pela morte de Cristo
a lei foi cumprida
e a justiça foi satisfeita,
de tal maneira que, agora,
Deus pode ser
justo
e justificador.
Deus considerou satisfatório
o sacrifício substitutivo do seu Filho
e nos declarou quites com sua justiça.
Já não pesa mais nenhuma condenação
sobre aqueles que estão em Cristo Jesus,
pois o próprio Jesus
é a nossa justiça.
Em segundo lugar,
quanto à santificação
estamos sendo salvos.
A salvação
já está consumada
pelo sacrifício perfeito
e irrepetível de Cristo.
Diante do tribunal de Deus
já estamos salvos.
Nossos pecados passados, presentes e futuros
já foram tratados na cruz de Cristo.
Porém, quanto ao processo da santificação,
estamos sendo transformados
de glória em glória
na imagem de Cristo.
Agora,
Deus está trabalhando em nós,
formando em nós o caráter de seu Filho.
Se a justificação
é um ato,
a santificação
é um processo
que começa na regeneração
e só terminará na glorificação.
Se a justificação não tem graus,
a santificação tem.
Nem todos os salvos
estão na mesma escala de crescimento
rumo à maturidade.
Precisamos,
dia a dia,
negarmo-nos a nós mesmos.
Precisamos
de alimento sólido
e de exercício contínuo,
a fim de fortalecermos as musculaturas da nossa alma.
Se Cristo
é o nosso substituto na justificação,
ele é
o nosso modelo na santificação.
Em terceiro lugar,
quanto à glorificação
seremos salvos.
A salvação
é um fato pretérito,
uma realidade presente
e uma garantia futura.
Todos aqueles que foram conhecidos por Deus de antemão,
foram também predestinados,
chamados,
justificados
e glorificados.
Muito embora a glorificação
seja um fato consumado nos decretos de Deus,
há de historificar-se apenas na segunda vinda de Cristo.
Nós, que já fomos salvos
da condenação do pecado
e estamos sendo salvos
do poder do pecado,
seremos, então,
salvos da presença do pecado.
Receberemos um corpo
imortal, incorruptível, poderoso, glorioso e celestial,
semelhante ao corpo da glória de Cristo.
Quando Cristo voltar,
em sua majestade
e glória,
os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro
e os que estiverem vivos,
serão transformados
e arrebatados
para encontrarem o Senhor Jesus nos ares,
e assim estaremos para sempre com o Senhor.
Essa expectativa bendita
não é apenas uma vaga esperança,
mas uma certeza inabalável.
Nós
que fomos escolhidos na eternidade
e chamados eficazmente no tempo,
seremos recebidos na glória!
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.