Como dissemos, Gálatas foi escrito para auxiliar
os cristãos da Galácia a resistir aos falsos mestres que pregavam que só era
salvo quem acrescentava à fé em Cristo, o mérito humano da obediência à lei.
Estamos refletindo no capítulo 2/6.
Breve
síntese do capítulo 2.
Paulo agora sobe para Jerusalém e se encontra com as colunas da fé
cristã, aqueles que pareciam de maior influência, Pedro, Tiago e João e afirma
aos Gálatas que eles aprovaram sua pregação estendendo para eles a destra da
comunhão e dando-lhes apenas uma recomendação quando fosse aos gentios e eles à
circuncisão: - que não se esquecessem dos pobres.
Depois, noutra ocasião posterior, por causa de seu zelo pelo evangelho e
pela verdade do evangelho, chega a repreender, face a face, a Pedro pela sua
dissimulação diante dos judeus. E afirma peremptoriamente que ninguém é
justificado diante de Deus por suas obras, mas por sua fé em Jesus Cristo.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
III. RELATOS HISTÓRICOS (1.11-2.21) - continuação.
Nós já dissemos que muitos acontecimentos
históricos apoiavam a afirmação de Paulo de que o evangelho da salvação pela
fé, e não pelas obras, é o verdadeiro evangelho de Cristo.
Isso formou nossa divisão proposta,
seguindo a BEG: A. Chamado e treinamento (1.11-17) – já vimos; B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10) – concluiremos agora; e, C. O conflito com
Pedro (2.11-21) – veremos agora.
B. Os líderes de Jerusalém (1.18-2.10) – continuação.
Como falamos, dos vs. 1.18 ao 2.10, veremos
a questão dos líderes de Jerusalém. Paulo confirma a sua autoridade como
apóstolo ao relatar o seu relacionamento com os apóstolos em Jerusalém.
Paulo relatou um segundo acontecimento que
demonstrava a sua autoridade e a veracidade do seu evangelho: seus encontros
com os líderes da igreja em Jerusalém.
Isso se deu após catorze anos, ou seja, depois
da sua conversão ou depois da sua primeira visita à Jerusalém. Pode ser esta a
segunda visita que Paulo fez após sua conversão, implícita em At 11.27-30, ou a
sua terceira visita (At 15.2).
O propósito da visita mencionada aqui
corresponde ao propósito da visita em At 15. Se essas visitas são na verdade
uma só e a mesma, então Paulo provavelmente omitiu a visita de At 11 de sua
narrativa por ser irrelevante para a questão de sua autoridade.
Se Gálatas, como acreditam alguns
estudiosos, foi escrita depois da primeira viagem missionária de Paulo (At
13-14) e antes do concílio de Jerusalém (At 15), então a jornada relatada aqui
se refere à visita de At 11, e a de At 15 ainda não havia ocorrido.
Ele tinha subido a Jerusalém com Barnabé -
natural de Chipre e um dos primeiros cristãos (At 4.36). Em aramaico, o nome
Barnabé significa “filho de exortação", e seu aparecimento em Atos demonstra
que vivia de acordo com o seu nome (At 4.36-37; 11.22-24,30). Também tinha
levado Paulo consigo a Tito - não é mencionado em Atos, mas era um dos
mensageiros e companheiro de confiança de Paulo.
O motivo de sua subida foi devida a uma
revelação. Caso se refira à visita de At 11, essa revelação pode ter sido a
profecia de Ágabo (At 11.28). Do contrário, provavelmente refere-se às
revelações especiais que Paulo recebeu de Deus (At 9.4-6: 16.9; 18.9-10; 2Co
12.1-6).
Tendo subido, fez o que tinha de fazer, cumprir
sua missão de anunciar o evangelho que pregava entre os gentios, e
particularmente aos que estavam em mais evidência (os mais influentes); para
que de maneira alguma não corresse ou não tivesse corrido em vão – vs. 2.
Os líderes de Jerusalém não eram a fonte da
autoridade de Paulo, mas seus esforços para pregar o evangelho teriam sido
impedidos caso esses líderes influentes se opusessem a ele.
Paulo explica que nem mesmo Tito fora
obrigado a circuncidar-se. A circuncisão era a marca de autenticidade do judeu
e havia se tornado o último estágio na conversão de um homem gentio à religião
judaica.
Alguns cristãos judeus acreditavam que os
gentios tinham de aceitar a circuncisão antes de serem salvos. Paulo se opunha
vigorosamente a esse ensinamento, afirmando que apenas a fé unicamente em
Cristo é suficiente para a salvação.
Paulo considerava tão importante a doutrina
da salvação unicamente pela fé que negou a salvação de todos aqueles que se
opunham a ela (1.8-9; 5.2-4).
Para Paulo, a liberdade do cristão não é a
liberdade para pecar, mas a libertação das tradições humanas e da maldição que
a lei declara sobre o pecado (3.10-14; 5,1,13). Já o que eles pregavam
provocariam a escravidão do crente, provavelmente do pecado (Rm 6.15-23; 7.25)
e da maldição que a lei pronuncia sobre aqueles que pecam (3.10).
Paulo resistiu a eles por amor ao evangelho.
A salvação procede unicamente da fé que Deus concede graciosamente àquele que
crê (1.15-16; cf. Ef 2.8-9). Qualquer tentativa de acrescentar outras exigências,
tais conto a circuncisão, é uma negação da suficiência da fé para a salvação e,
desse modo, uma corrupção do evangelho.
Paulo não se incomodava nem um pouco com
quem parecia mais influente, pois que Deus não julga ninguém pelas suas
aparências, mas pelo seu caráter. Assim como a marca externa da circuncisão não
define o povo de Deus, do mesmo modo a aparência externa de prestígio –
daqueles que são mais influentes na sociedade ou num negócio - não é importante
para Deus (I Sm 16.7; Rm 2.25-29).
Pedro era um dos porta-vozes principais da
igreja primitiva de Jerusalém (At 1-12). Foi com muita relutância que obedeceu
à ordem de Deus para se associar e pregar o evangelho ao gentio Cornélio (At
10). Embora Pedro tenha reconhecido a necessidade de evangelizar os gentios (At
10.34-35; 11.17; 15.7-11), Deus o chamou para pregar o evangelho especificamente
aos judeus.
Quanto à conversão e ao chamado de Paulo,
veja 1.15. Tiago, Cefas e João reconheceram a graça concedida a Paulo. Esse
trio exercia uma autoridade especial na igreja primitiva em Jerusalém.
Pedro e João andavam juntos com frequência
(At 3-4), e Tiago tinha uma posição proeminente na igreja de Jerusalém (At
12.17; 15.13; 21.18). Todos pareciam unânimes em decidirem que Paulo iria para
os gentios e eles, aos judeus. Barnabé, assim como Paulo, era um missionário
principalmente entre os gentios (At 13-14; 15.36-41).
Uma vez definidos o público alvo de cada um
deles, fizeram mais uma recomendação a Paulo e seus seguidores, que se lembrassem
dos pobres – vs. 10.
Paulo tinha em mente a pobreza econômica,
não a espiritual. Alguns aplicam essas palavras à visita que Paulo fez a
Jerusalém em At 11.27-30. Nessa visita, Paulo e Barnabé foram comissionados a
levar uma oferta levantada em Antioquia para os cristãos da Judeia que estavam
sofrendo por causa da fome.
Outros, porém, acreditam que essas palavras
se referem à coleta que Paulo fez para os santos de Jerusalém (At 24.17; Rm
15.26; 1Co 16.1-3; 2Co 8-9), para a qual os gálatas contribuíram (1 Co 16.1).
C. O conflito com Pedro (2.11-21).
Dos vs. 11 ao 21, veremos como foi o conflito
de Paulo com Pedro. Paulo relata uma ocasião em que repreendeu Pedro por este
violar o verdadeiro evangelho ao manter-se separado dos cristãos gentios.
Esse acontecimento serviu para confirmar a
autoridade de Paulo como apóstolo, bem como a verdade do seu evangelho.
Foi quando Pedro veio a Antioquia que Paulo
o enfrentou para o bem do evangelho. Não a Antioquia da Pisídia (At 13.14;
14.19,21), mas a capital da província romana da Síria e também a maior cidade
dessa província (At 13.1; 14.26).
Antioquia era o lar de uma comunidade
judaica numerosa e foi o primeiro lugar mencionado em Atos onde os cristãos judeus
pregaram o evangelho aos gentios (At 11.19-20; Gl 2.1).
Tanto quanto sabemos, a igreja de Antioquia
foi não apenas a primeira igreja a reunir cristãos judeus e gentios, mas também
a primeira a enviar missionários para pregar o evangelho especificamente aos
gentios (At 13.1-3).
Muitos cristãos judeus aceitaram o
mandamento de Deus para acolherem os cristãos gentios, mas somente depois de
que estes se submetessem ao cerimonial da lei de Moisés (At 10.28; 11.2-3,19;
15.1). Pedro e Barnabé (v. 13) cederam à pressão de um grupo de cristãos judeus
que acreditavam na circuncisão como etapa necessária para se tornar cristão.
Pedro se mostrava falso, pois estando
ausente de Tiago e seus companheiros, se aproximava dos gentios, mas quando se
encontravam, afastava-se deles. Foi por isso que Paulo, não resistindo, o
repreendeu.
Pedro havia se associado livremente com os
cristãos gentios (2.12), mas acabou se separando deles sob pressão do
recém-chegado grupo "da circuncisão" (2.12). Paulo repreendeu Pedro
com severidade pela sua hipocrisia.
A hipocrisia era tanta que até mesmo
Barnabé se tinha deixado levar por ela, bem assim também os demais judeus. Ou seja,
ninguém tinha a coragem de repreender isso, até que Paulo, com sabedoria e
autoridade, confrontou o problema e o resolveu em definitivo.
Esses versículos – vs. 15 e 16 - são
fundamentais em Gálatas. A conclusão de Paulo é que todos (tanto judeus
circuncisos quanto gentios incircuncisos) são colocados num relacionamento
correto com Deus unicamente por meio da fé em Jesus Cristo.
No grego, o substantivo traduzido como
"justiça", o adjetivo traduzido como "justo" e o verbo
traduzido como "justificar", são todos derivados da mesma raiz e têm
significados relacionados.
No Antigo Testamento, Deus é justo (Sf
3.5), aquele que governa e julga com perfeita justiça (1Sm 26.23) e que
pronuncia seu veredicto de culpa ou inocência.
"Justificar" significa
"declarar justo" (veja Dt 25.1). Todavia, se nenhum ser vivente é
justo diante de Deus (SI 143.2), como pode haver esperança de sermos declarados
justos (Jó 9.2)?
Sendo Deus o Juiz cujo veredicto é
definitivo e justo, ele também é o Salvador que pode providenciar libertação de
seu próprio julgamento ao 2.9).
A justiça de Deus é revelada não apenas
como exigência dele, mas também como seu dom (Is 45.24-25; 54.14-17). Esse dom
veio finalmente por intermédio do Messias (Is 53.8; Jr 23.5-6; 33.14-16).
Ninguém será justificado pelas obras da lei,
ou pela prática dela. Paulo se refere especificamente àquelas "obras"
que fazem distinção entre judeus e gentios: circuncisão, restrições alimentares
e a observância do sábado (2.15-16).
Contudo, os ensinos de Paulo abrangem todas
as tentativas humanas de esforço para merecer a salvação por meio das boas
obras.
“Ninguém será justificado” é uma citação
aproximada de SI 143.2. Ninguém pode obedecer à lei completamente; logo,
observâncias tais como a circuncisão não podem resultar num relacionamento
correto com Deus.
Para se obter isso, é necessário algo
diferente da lei, o qual Deus providenciou mediante o dom da justiça e do
sangue da expiação de Cristo.
A fé não merece a aceitação de Deus; a fé
aceita o mérito de Cristo diante de Deus (Fp 3.9).
Paulo fala das acusações de pecado que lhe
faziam os agitadores gálatas e os "da parte de Tiago" (vs. 12) quanto
à sua não observância da restrição alimentar (como os gentios do vs. 15), ou
então diz que buscar a salvação em Cristo nos faz perceber e admitir a nossa
verdadeira natureza pecaminosa.
A tradução da palavra grega nessa frase “se
torno a edificar aquilo que destruí” – vs. 18 - é usada com frequência no Novo
Testamento para se referir à demolição de um edifício (Mt 24.2; Mc 13.2; Lc
21.6; Rm 14.20). A metáfora provavelmente se refere ao retorno à prática das
boas obras visando obter aceitação perante Deus.
"Edificar", nesse caso, é
submeter-se novamente à condenação da lei (p. ex., 5.2-4) e assim, me constituo
transgressor novamente. Transgressor não é aquele que abandona a lei e se volta
para Cristo em busca de justificação, mas aquele que transgride a sua fé em
Cristo ao confiar na lei para justificação.
Somente Cristo pode obedecer à lei; logo,
somente aqueles que estão unidos a Cristo pela fé podem ser considerados
guardadores da lei. Todos os outros são considerados transgressores.
Pois, por meio da lei Paulo morreu para a
lei, a fim de viver para Deus. Paulo morreu para a condenação da lei na morte
de Cristo (Rm 6.5-7; 7.1-4), pois foi crucificado com Cristo (vs. 20) por meio
da sua união com Cristo, que morreu em seu lugar (2.20; 3.13; Rm 4.25; 5.6).
Sendo assim, Paulo também foi ressuscitado
com Cristo e desse modo vivia em comunhão com Deus (Cl 2.12; 3.1). A morte para
a lei não transgride a lei, pois Cristo cumpriu as exigências da lei. Sendo
assim, é "mediante a própria lei" que os cristãos são libertados da
servidão e condenação da lei.
Paulo – todos nós também - fomos
crucificados com Cristo. Assim, já não somos nós quem vivemos, mas Cristo vive
em nós. A vida que agora vivemos no corpo, vivemos pela fé no filho de Deus,
que nos amou e se entregou por nós- Gl 2.20.
Por causa desse versículo, eu criei um pseudônimo
chamado CriViM (Cristo vive em mim) que se opõe a outro VeNaM (Velha natureza adâmica
morta).
Na teologia reformada, é comum falar da
união com Cristo em dois sentidos.
1.Primeiro,
a união com Cristo significa que ele nos representa em sua morte e
ressurreição.
Entende-se
por isso que Cristo expiou os nossos pecados e nos garantiu a salvação.
2.Segundo,
a união com Cristo é uma unificação vital com o Salvador, pois Jesus está
presente com o cristão.
O
Senhor, por meio do seu Espírito, vive em íntima comunhão com os que lhe
pertencem, e os cristãos retiram suas forças para viver a partir dessa união
efetiva.
Gl 2:1 Catorze anos depois,
subi outra vez a
Jerusalém
com
Barnabé, levando também a Tito.
Gl 2:2 Subi
em
obediência a uma revelação;
e
lhes expus o evangelho que prego entre os gentios,
mas
em particular aos que pareciam
de maior influência,
para,
de algum modo, não correr
ou ter corrido em vão.
Gl 2:3 Contudo, nem mesmo Tito, que estava comigo,
sendo grego,
foi
constrangido a circuncidar-se.
Gl 2:4 E isto por causa dos falsos irmãos que se entremeteram
com o fim de
espreitar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus
e reduzir-nos à
escravidão;
Gl
2:5 aos quais nem ainda por uma hora nos submetemos,
para
que a verdade do evangelho
permanecesse
entre vós.
Gl 2:6 E, quanto àqueles que pareciam ser de maior influência
(quais tenham sido,
outrora, não me interessa;
Deus
não aceita a aparência do homem),
esses, digo,
que me pareciam ser
alguma coisa
nada
me acrescentaram;
Gl 2:7 antes, pelo contrário,
quando viram que o
evangelho da incircuncisão
me
fora confiado,
como a Pedro
o da
circuncisão
Gl 2:8 (pois aquele que operou eficazmente em Pedro
para o apostolado
da circuncisão
também operou eficazmente em mim
para com os
gentios)
Gl 2:9 e, quando conheceram
a graça que me foi
dada,
Tiago, Cefas e João,
que eram reputados
colunas,
me
estenderam, a mim e a Barnabé,
a
destra de comunhão,
a
fim de que nós fôssemos para os gentios,
e
eles, para a circuncisão;
Gl
2:10 recomendando-nos somente
que
nos lembrássemos dos pobres,
o
que também me esforcei por fazer.
Gl 2:11 Quando, porém, Cefas veio a Antioquia,
resisti-lhe face a
face,
porque
se tornara repreensível.
Gl 2:12 Com efeito, antes de chegarem alguns da parte de Tiago,
comia com os
gentios;
quando, porém, chegaram,
afastou-se e, por
fim,
veio a apartar-se,
temendo
os da circuncisão.
Gl 2:13 E também os demais judeus
dissimularam com
ele,
a ponto de o
próprio Barnabé
ter-se
deixado levar pela dissimulação deles.
Gl 2:14 Quando, porém, vi que não procediam corretamente
segundo a verdade
do evangelho,
disse
a Cefas,
na
presença de todos:
se,
sendo tu judeu,
vives
como gentio
e
não como judeu,
por
que obrigas os gentios
a
viverem como judeus?
Gl 2:15 Nós,
judeus por natureza
e não pecadores
dentre os gentios,
Gl 2:16 sabendo, contudo, que o homem
não é justificado
por obras da lei,
e sim mediante a fé
em
Cristo Jesus,
também temos crido
em Cristo Jesus,
para
que fôssemos
justificados
pela fé
em
Cristo
e
não por obras
da
lei, pois, por obras da lei,
ninguém
será justificado.
Gl 2:17 Mas se, procurando ser
justificados em
Cristo,
fomos nós mesmos
também achados
pecadores,
dar-se-á o caso de ser Cristo
ministro do pecado?
Certo
que não!
Gl 2:18 Porque, se torno
a edificar aquilo
que destruí,
a mim mesmo
me constituo
transgressor.
Gl 2:19 Porque eu,
mediante a própria
lei,
morri
para a lei,
a
fim de viver para Deus.
Estou crucificado
com Cristo;
Gl 2:20 logo, já não sou eu quem vive,
mas Cristo vive em
mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne,
vivo pela fé
no
Filho de Deus,
que
me amou
e
a si mesmo
se
entregou por mim.
Gl 2:21 Não anulo a graça de Deus;
pois, se a justiça
é mediante a lei,
segue-se
que morreu Cristo em vão.
Cristo vive em mim! Que mensagem poderosa e maravilhosa. Deus ao me
perdoar, fez de mim sua habitação.
Preciso, aqui, para melhor explicar certos conceitos teológicos me valer
de um escrito do pr. Hernandes Dias Lopes que eu segmentei para melhor
compreensão. Vejamos:
A salvação na
perspectiva do tempo
A salvação
é obra de
Deus
e
não do homem.
É salvação do
pecado
e
não no pecado.
É salvação
pela graça divina
e
não pelo mérito humano.
É recebida
pela fé
e
não pelas obras.
A salvação
foi planejada
na eternidade,
é executada
na história
e será
consumada no segunda vinda de Cristo.
A salvação pode ser analisada na perspectiva
do tempo.
Quanto
ao passado
já
fomos salvos,
já
fomos salvos da condenação do pecado;
quanto
ao presente
estamos
sendo salvos,
estamos
sendo salvos do poder do pecado;
e
quanto ao futuro
seremos
salvos,
seremos
salvos da presença do pecado.
Em primeiro lugar,
quanto
à justificação
já
fomos salvos
A justificação
é um ato
e
não um processo.
É feita fora
de nós
e
não em nós.
Acontece no
tribunal de Deus
e
não em nosso coração.
Pela justificação,
Deus nos
declara justos
em
vez de nos tornar justos.
A justificação
é completa
e
não possui graus.
Todos
os salvos
estão
justificados de igual forma.
A justificação
é um ato
legal e forense.
Com base na justiça de Jesus,
o Justo,
Deus
justifica
o
injusto
sem
deixar de ser justo.
Seria
injusto
Deus
justificar o injusto.
Porém, Deus,
é
justo
e
o justificador
do
que crê.
Isso, porque
Deus satisfez sua justiça
quando
entregou seu Filho,
o
Advogado Justo,
para
sofrer as penalidades
que
nós deveríamos sofrer.
Deus
fez cair sobre ele
a
iniquidade de todos nós.
Agradou a
Deus
moê-lo.
Jesus foi
traspassado
pelos
nossos pecados.
Ele foi feito
pecado
por
nós.
Ele bebeu,
sozinho,
todo
o cálice cheio da ira de Deus
contra
nós,
pois éramos
filhos da ira.
Pela
morte de Cristo
a
lei foi cumprida
e
a justiça foi satisfeita,
de
tal maneira que, agora,
Deus
pode ser
justo
e
justificador.
Deus
considerou satisfatório
o
sacrifício substitutivo do seu Filho
e
nos declarou quites com sua justiça.
Já
não pesa mais nenhuma condenação
sobre aqueles
que estão em Cristo Jesus,
pois
o próprio Jesus
é a nossa
justiça.
Em
segundo lugar,
quanto à
santificação
estamos
sendo salvos.
A salvação
já está
consumada
pelo
sacrifício perfeito
e
irrepetível de Cristo.
Diante do tribunal de Deus
já estamos
salvos.
Nossos pecados passados, presentes e
futuros
já foram
tratados na cruz de Cristo.
Porém, quanto ao processo da
santificação,
estamos sendo
transformados
de
glória em glória
na
imagem de Cristo.
Agora,
Deus está
trabalhando em nós,
formando
em nós o caráter de seu Filho.
Se a justificação
é um ato,
a santificação
é um processo
que
começa na regeneração
e
só terminará na glorificação.
Se a justificação não tem graus,
a
santificação tem.
Nem todos os salvos
estão na
mesma escala de crescimento
rumo
à maturidade.
Precisamos,
dia a dia,
negarmo-nos
a nós mesmos.
Precisamos
de alimento
sólido
e de
exercício contínuo,
a
fim de fortalecermos as musculaturas da nossa alma.
Se Cristo
é o nosso
substituto na justificação,
ele é
o nosso
modelo na santificação.
Em
terceiro lugar,
quanto à
glorificação
seremos
salvos.
A salvação
é um fato
pretérito,
uma
realidade presente
e
uma garantia futura.
Todos aqueles que foram conhecidos por
Deus de antemão,
foram também
predestinados,
chamados,
justificados
e
glorificados.
Muito embora a glorificação
seja um fato
consumado nos decretos de Deus,
há
de historificar-se apenas na segunda vinda de Cristo.
Nós, que já fomos salvos
da condenação
do pecado
e estamos
sendo salvos
do
poder do pecado,
seremos,
então,
salvos
da presença do pecado.
Receberemos um corpo
imortal,
incorruptível, poderoso, glorioso e celestial,
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
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Paulo Freire – Uma avaliação relâmpago
-
É sempre surpreendente, para mim, ver que a maioria das referências feitas
ao professor Paulo Freire (1921-1997) são benevolentes e eivadas de
admiração. ...
TRANSTORNANDO O CALVINISMO
-
A doutrina Calvinista é a mais bela expressão do ensino bíblico
transmitida a nós pelo seu maior representante - João Calvino. É claro, a
de se ori...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.