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sábado, 17 de outubro de 2015

João 6 1-71 - SE SOMENTE JESUS TEM AS PALAVRAS DA VIDA ETERNA, PARA ONDE IREMOS NÓS?

O Evangelho de João é o livro escrito por João para apresentar a vida de Jesus de tal modo que os incrédulos possam ir a ele pela fé e os cristãos possam desenvolver sua fé em Cristo como o Messias e o Filho de Deus que desceu do céu. Assim, testemunhar de Jesus é o tema central desse Evangelho, tanto por parte de um homem especial como João Batista, do Pai, do Espírito Santo e de seus discípulos e fieis em toda parte do mundo. Estamos vendo o capítulo 6, da parte II.
Breve síntese do capítulo 6
Jesus multiplica milagrosamente, depois das ações de graça pelo que tinham (não pelo que estava para acontecer), 5 pães e dois peixinhos de forma que mais de 5 mil pessoas comem, se fartem e ainda sobrem 12 cestos cheios de pedaços dos 5 pães.
É engraçado que primeiro Jesus sabendo o que iria fazer faz um teste com seus discípulos e provoca Filipe. Podem me dizer o que quiserem, mas vejo aqui senso de humor. Ele parece brincar com seus discípulos.
É Jesus quem cuida de tudo e até os organiza para não haver tumultos, mas ele põe seus discípulos para trabalharem seguindo as suas instruções. Eu vejo aqui um Deus zeloso e cuidadoso que tudo controla e governa e que está atento à nossas necessidades.
Depois do milagre, despacha seus discípulos num barco e somente vai encontrá-los umas 12 horas depois andando por sobre as águas em uma forte tempestade de ventos contrários. Agora ele está aqui como aquele que controla o tempo e as estações.
Vejamos o presente capítulo com mais detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. O MINISTÉRIO PÚBLICO DE JESUS (1.19-12.50) - continuação.
Como já dissemos, Jesus passou a maior parte do seu tempo ministrando às pessoas de várias partes, especialmente nas festas judaicas. Veremos, doravante, até o capítulo doze, o ministério público de Jesus.
Estamos seguindo, conforme já falamos a proposta de divisão da BEG: A. O começo do ministério de Jesus (1.19-51) – já vimos; B. Os eventos que ocorreram durante a viagem entre Caná (na Galileia) e a Judeia (2.1-4.54) – já vimos; C. Uma breve visita a Jerusalém (5.1-47) – já vimos; D. O seu ministério na Galileia (6.1-71) – veremos agora; e, E. Vários acontecimentos próximos e dentro de Jerusalém durante várias festas (7.1-12.50).
D. O seu ministério na Galileia (6.1-71).
Os milagres e ensinamentos de Jesus na Caldeia correspondem às experiências de Israel da Páscoa, da travessia do mar e do recebimento do maná durante o êxodo do Egito.
Esse capítulo é o ponto crucial dos caps. 2-12, em que o relato de João se desloca de Jerusalém para a Galileia, revelando de modo completo a identidade de Jesus como aquele enviado pelo Pai (vs. 38,44,46,50-51,57).
Também faz uma distinção visual entre os cristãos e os incrédulos por meio do simbolismo de comer e beber da carne e do sangue de Jesus (vs. 53-58), registrando o crescimento da rejeição motivada pela descrença com a qual Jesus defrontou-se (vs. 41-42,60-66).
Os milagres registrados nesse capítulo relembram os atos de salvação da história de Israel e devem ser percebidos como sinais do cumprimento de Jesus como tipificado pela primeira Páscoa, pelo êxodo e pela alimentação milagrosa no deserto.
Era esperado que os leitores estivessem familiarizados com os relatos do Antigo Testamento para apreciarem com mais propriedade as afirmações que Jesus fez sobre si mesmo.
Esse material está divido em três segmentos: 1. Alimentando cinco mil (6.1-15) – veremos agora; 2. Andando sobre as águas (6.16-21) – veremos agora; e, 3. Ensinando as multidões (6.22-71) – veremos agora.
1. Alimentando cinco mil (6.1-15).
Quando estava chegando o momento de celebrar a Páscoa. Jesus deixou Jerusalém para ir até a margem mais distante do mar da Galileia.
Essa festa, estabelecida em Ex 12.43-51, comemora a destruição dos egípcios e o livramento dos israelitas.
Algumas evidências sugerem que nos dias de Jesus, as seguintes passagens do Antigo Testamento eram lidas durante a Páscoa: Gn 1-8; Ex 11-16; Nm 6-14. E possível que as palavras de Jesus nesse contexto componham o seu comentário sobre essas passagens à luz de sua pessoa e obra.
Herodes construiu a cidade de Tiberíades entre os anos 18 e 22 d.C. Portanto, a designação de João – quando chama o mar da Galileia de Tiberíades - reflete a nova denominação usada para o mar da Galileia.
A multidão estava seguindo a Jesus por causa dos sinais que ele fazia curando todos os doentes. O Evangelho de João registra, até esse momento, apenas uma cura na Galileia: a do filho de um oficial do rei (4.46-54). Nesse versículo fica subentendido que Jesus realizou outros milagres além desse (cf. 21.25).
No verso 3, subiu Jesus ao monte com os seus discípulos. Esse detalhe pode ter sido registrado para chamar a atenção quanto à semelhança entre Jesus e Moisés, que subiu ao monte Sinai (vs. 14).
A multidão não largava o pé de Jesus e olhando para ela que crescia mais e mais, principalmente por causa da chegada da páscoa, Jesus resolve provocar Felipe mandando-o ir comprar comida. Uma vez que Felipe era de Betsaida, a cidade mais perto dali, era natural Jesus tê-lo questionado para lhes dar a comer? Semelhante a Nm 11.13, onde Moisés faz uma pergunta semelhante a Deus.
Felipe, prático, logo pensou no montante necessário para isso: duzentos denários de pães. Um denário era aproximadamente a quantia paga a um trabalhador por um dia de serviço (Mt 20.2).
Já André, irmão de Pedro, localizou no meio da multidão alguém que tinha uma pequena quantidade de pães e peixes, mas isso seria desprezível diante de tão grande multidão de cindo mil homens. Não estão incluídas as mulheres e as crianças (Mt 14.21). Compare com 2Rs 4.42-44).
Jesus manda apanharem da comida que tinha aquele jovem, manda que todos se assentem e ordena os discípulos a organizarem a multidão de forma a ficarem organizadas em grupos. Jesus dá graças a Deus pelo que tinham e manda distribuir ao povo, onde todos comem, se saciam e ainda sobram 12 cestos cheios de alimento.
Um grande milagre ali ocorrera e exclamaram que diante deles estava um grande profeta que Deus tinha levantado – vs. 14 - uma referencia ao profeta como Moisés (Dt 18.15).
Diante disso, o povo se levantou para arrebatá-lo e proclamarem-no rei. A realeza de Jesus, associada à sua encarnação, era espiritual e não política. Embora tenha aceitado o título de “Rei de Israel” (1.49), Jesus se esquivou da oferta de Satanás (Mt 4.8-9; Lc 4.5-6) e dos esforços mal direcionados do povo.
2. Andando sobre as águas (6.16-21).
O dia amanheceu e os seus discípulos desceram para o mar. João registrou esse milagre – Jesus andando por sobre as águas -, que corresponde à travessia do mar Vermelho (Ex 15). Esse sinal também está registrado em Mt 14.22-33 e em Mc 6.47-51. Não deve ser confundido com o acalmar da tempestade (Mt 8.23-27; Mc 4.36-41; Lc 8.22-25).
O fato foi que Jesus entrando no barco, logo chegou ao seu destino. Alguns comentaristas entendem que esse é um outro milagre; outros, como significando que depois que Jesus entrou no barco não houve mais dificuldades.
3. Ensinando as multidões (6.22-71).
A partir do vs. 22 ao 71, veremos Jesus ensinando as multidões.
Continuando com sua apresentação de Jesus como o cumprimento do êxodo de Israel, João registra que após terem cruzado o lago, Jesus ensinou que ele era o pão que veio do céu.
Nesse sermão, Jesus e a multidão são comparados e contrastados com o provimento de maná aos israelitas no deserto e o milagre de Jesus (alimentar os cinco mil), e com a realidade da redenção que estava representada na alimentação.
A multidão que seguia a Jesus notara que tinham sido deixados para trás, mas não ficaram desanimados, pelo contrário, pegaram barcos e atravessaram o mar atrás de Jesus e o encontraram.
Jesus lhes fala que o procuraram, não porque tinham visto sinais, mas porque comeram dos pães e se fartaram. Embora essas pessoas tivessem visto o milagre da alimentação dos cinco mil, elas não perceberam no sinal a identificação de Jesus com o Messias, mas simplesmente como uma oportunidade de ganhar uma refeição.
Jesus apontou para o significado espiritual do milagre: o selo de aprovação de Deus para o seu ministério e suas afirmações, o que o identificava como o Messias prometido (o Filho do Homem).
As pessoas pensavam que a vida eterna podia ser assegurada por meio de algo que elas mesmas pudessem fazer. Porém, Jesus mostrou que estavam muito enganados: a salvação é de graça, e vem pela fé; e até mesmo essa fé é obra de Deus, embora exercitada por um ser humano responsável.
As multidões esperavam que a vinda do Messias fosse marcada por um milagre tão grande quanto o do maná no deserto, se não maior. A alimentação dos cinco mil foi bem menor em comparação com o "pão do céu” que alimentou o povo de Israel por um período de quarenta anos.
Essa multidão tinha saído à procura de Jesus, não por causa dos sinais, nem da palavra de Deus, mas porque comeram e se fartaram. Ela também tinha perguntado a ele como teria ele chegado ali, se eles o estavam vigiando; depois, o que fariam para realizar as obras de Deus e que sinais Jesus poderia fazer para provar quem ele era e assim eles crerem nele.
Jesus lhes replica dizendo ser ele o verdadeiro pão do céu. A palavra "verdadeiro” tem um significado especial, pois Jesus estava se referindo ao que é eterno em oposição ao que é apenas uma sombra ou um tipo.
O pão que Deus proveu por meio de Moisés (Ex 16; Nm 11) não era falso; era pão de verdade, mas apenas material. Esse pão antecipou o sustento perfeito e eterno que Deus iria prover ao mandar o seu Filho, em quem há vida eterna (17.3).
Ele sim era que era o pão verdadeiro que desce do céu. Refere-se a Jesus Cristo, cuja encarnação é descrita como aquele que “desce do céu” (3.13,37; 6.38,41-42, 50.51,58; Ef 4.9-10) e dá vida ao mundo.
Eles respondem a ele pedindo que nunca lhes falte esse pão. Os ouvintes de Jesus entenderam suas declarações apenas num sentido puramente físico, exatamente como Nicodemos (3.4) e a mulher samaritana (4.15) haviam feito anteriormente.
Jesus então declara que ele era o pão da vida. Essa afirmação "Eu sou" é a primeira de uma série de sete que ocorrem nesse Evangelho (8.12; 9.5; 10.7,9,11,14; 11.25; 14.6; 15.1,5), relembrando as palavras de Ex 3.14 e desse modo constituindo unia afirmação implícita de divindade (8.58,59).
Jesus ainda lhes dizia que o que viria a ele, jamais teria fome. Pressupõe que a união dos cristãos com Cristo, da qual fala os vs. 53-58, é um vinculo espiritual de fé. Esse versículo apresenta as metáforas de fome e sede que serão desenvolvidas nos vs. 53-58.
Apesar do privilégio especial que tinham em se associar com o Cristo encarnado e testemunhar alguns de seus milagres, muitas dessas pessoas fecharam o coração e recusaram-se a aceitá-lo pela fé. Por causa desse privilégio, a recusa delas fez com que se tornassem mais culpadas (Mt 11.20-24).
Por isso que Jesus lhes disse no verso 37 que todo aquele que o Pai lhe desse, viria a ele. Deus conduz à fé todos aqueles que planejou redimir. A redenção dos eleitos está garantida, e ninguém mais tem a capacidade de ir até ele.
Portanto é válido dizer que o que vai a ele, de modo nenhum será lançado fora. Demonstra isso a receptividade do Filho, que promete acolher qualquer pessoa que acredite nele genuinamente. Observe que o versículo enfatiza a soberania divina ("o Pai me dá") e a responsabilidade humana ("o que vem"). Óbvio supor que todo o que vai até ele é porque o Pai o enviou e todos os que o rejeitam é porque não foram enviados.
Jesus veio não para fazer a sua própria vontade, e sim a vontade daquele que o enviou. Não há indicio de qualquer competição entre a vontade do Filho e a vontade do Pai, muito menos sugestão de que há diferenças entre as suas vontades. Pelo contrário, esse versículo indica concordância perfeita entre o que enviou e o enviado, chamando a atenção para a submissão do Filho.
Jesus estava garantindo que nenhum se perca de todos os que lhe foram dados; pelo contrário, ele o ressuscitará no último dia. A vontade do Pai não é apelas que Jesus faça um convite aos pecadores perdidos, mas que ele ressuscite a todos os que lhe são dados pelo Pai e não perca nenhum deles. Esses versículos afirmam a graciosa proteção de Deus aos cristãos verdadeiros, o que lhes garante a salvação completa.
Como Jesus se dizia o pão que veio do céu ou o pão do céu, isso provocou grande murmuração entre eles, os judeus. Trata-se de isso de uma atitude semelhante à dos israelitas no deserto, quando murmuraram contra Moisés e Arão (Ex 16.7; 17.3; Nm 11.1).
A origem de Jesus é de importância fundamental para estabelecer a sua identidade como o Messias e Filho de Deus (1.1-2,14,18,45-46; 3.2,13,17,31; 5.36-38; 6.29,33,38). A razão para essa contestação e para as futuras é bastante clara: Jesus se identifica como o Filho de Deus encarnado, cuja origem está no Pai. Aqueles que são confrontados com essa revelação devem reagir com fé ou rejeição, pois não há meio-termo.
Jesus afirmava que ninguém poderia ir a ele se o Pai, que o enviou, não o conduzisse a ele. Ninguém pode reagir favoravelmente ao convite de Jesus se o Pai não conduzir essa pessoa a Cristo. O coração naturalmente endurecido da humanidade impede a aceitação desse convite, a menos que ocorra urna obra graciosa de Deus (6.65).
Jesus afirmou o que estava escrito nas Escrituras que seriam todos ensinados por Deus. O contexto original dessa citação de Is 54.13 se refere à promessa da redenção final.
Jesus, ao indicar na frase seguinte que aqueles que participam dessa realidade são os que vão até ele, identifica a si mesmo como aquele em quem essa redenção final se realiza. Todos os que desejarem, podem ir a Jesus; porém, como alguém pode ter essa disposição a menos que a obra da graça esteja movendo o coração dessa pessoa para que ouça?
No verso 46, em seu arrazoado, Jesus, o Cristo, afirma a sua própria divindade (1.18; 14.9).
Os ouvintes de Jesus continuam interpretando mal as afirmações dele, pois só atentam para o sentido físico e literal (cf. vs. 34).
Compreendido em sentido literal, as palavras de Jesus seriam bastante censuráveis, pois envolvem canibalismo e beber sangue, coisas que eram totalmente proibidas pela lei (Gn 9.4; Lv 7.26-27; 17.10-14; Dt 12.23-24).
Contudo, a fim de testar o coração deles, Jesus não corrigiu o equívoco. Ele usou essa ilustração de comer a sua carne e beber o seu sangue para ilustrar a qualidade da intimidade que há na união entre Cristo e o cristão.
Essa união espiritual, pela qual Cristo concede sustento e uma nova vida ao cristão é representada posteriormente na união da videira e seus ramos (15.1-8). Algumas vezes é chamada de "união mística", pois a sua natureza transcende a nossa compreensão e envolve uma identificação que ultrapassa a união entre marido e esposa (Ef 5.32).
Dessa união procedem todos os benefícios da salvação que são expressos na fórmula “em Cristo” (Gl 2.20; Ef 1.3-14). A referência à ceia do Senhor é apenas indireta, e essa passagem é mais bem compreendida como apontando para a realidade espiritual do significado da ceia do Senhor: união com Cristo e o recebimento de todos os benefícios da salvação por meio dele.
Jesus afirmava que ele era o pão vivo que tinha descido do céu. O maná do deserto também veio do céu (vs. 31.33); porém, esse pão [Jesus] não perece (em contraste com o maná, que apodrecia no deserto) e concede vida eterna (e não apenas vida física) a todos os que comem dele.
Os judeus não entendia nada do que ele estava dizendo e mesmo perguntavam entre si como poderia ele, Jesus, dar a eles a sua própria carne e sangue. Jesus afirmava que se eles não comessem de sua carne, nem bebessem de seu sangue, não poderiam ter vida nele. Esse comer e beber, representa a união indispensável com Cristo mediante a fé e o Espírito Santo. Não há esperança de salvação a não ser pela união com o Salvador.
O discurso era insuportável e intragável, diziam que era duro demais. Jesus lhes responde que se assim estavam achando o que seria então deles quando o vissem crucificado? Ele usou a palavra "Subir" que é um termo semelhante a “levantado" (3.14). Se os discípulos se escandalizaram com esse sermão "duro" (vs. 53-58, 60), qual seria a atitude deles ao verem o escândalo da crucificação?
Jesus lhes dizia que era o espírito que os vivificava e não a carne, que nada aproveitaria. As palavras dele eram na verdade espírito e vida para os que acreditavam nele. Ele, contudo, sabia existir descrentes com ele, mas prosseguiu dizendo que ninguém poderia ir a ele, se o Pai não o tivesse enviado.
Juntamente com a multidão, muitos discípulos se tornaram incrédulos e abandonaram Jesus, embora a fé dos doze tenha se aprofundado (como exemplificado na confissão de Pedro).
Jesus, vendo a reação deles, exclama para os seus discípulos se eles também iriam querer se retirar dele. A pergunta de Jesus deu ocasião à firme confissão de Pedro, o porta-voz dos doze (veja Mt 16.13-20; Mc 8.27-29; Lc 9.18-20): “Simão Pedro lhe respondeu: "Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e sabemos que és o Santo de Deus". (João 6:68,69).
Jesus então afirma que tinha mesmo escolhido os doze, mas ali, confessou que um deles era do diabo. Referia-se a Judas, filho de Simão Iscariotes, que, embora fosse um dos Doze, mais tarde haveria de traí-lo.
Jo 6:1 Depois destas coisas,
                atravessou Jesus o mar da Galiléia, que é o de Tiberíades.
Jo 6:2 Seguia-o numerosa multidão,
                porque tinham visto os sinais que ele fazia na cura dos enfermos.
Jo 6:3 Então,
                subiu Jesus ao monte
                e assentou-se ali com os seus discípulos.
                               Jo 6:4 Ora, a Páscoa, festa dos judeus, estava próxima.
Jo 6:5 Então,
                Jesus, erguendo os olhos
                e vendo que grande multidão vinha ter com ele, disse a Filipe:
                               Onde compraremos pães para lhes dar a comer?
Jo 6:6 Mas dizia isto para o experimentar;
                porque ele bem sabia o que estava para fazer.
Jo 6:7 Respondeu-lhe Filipe:
                Não lhes bastariam duzentos denários de pão,
                               para receber cada um o seu pedaço.
Jo 6:8 Um de seus discípulos,
                chamado André, irmão de Simão Pedro,      informou a Jesus:
                               Jo 6:9 Está aí um rapaz
                                               que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos;
                                                               mas isto que é para tanta gente?
Jo 6:10 Disse Jesus:
                Fazei o povo assentar-se;
                               pois havia naquele lugar muita relva.
Assentaram-se, pois, os homens
                em número de quase cinco mil.
Jo 6:11 Então, Jesus tomou os pães
                e, tendo dado graças, distribuiu-os entre eles;
                e também igualmente os peixes, quanto queriam.
Jo 6:12 E, quando já estavam fartos,
                disse Jesus aos seus discípulos:
                               Recolhei os pedaços que sobraram,
                                               para que nada se perca.
Jo 6:13 Assim, pois, o fizeram
e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada,
                que sobraram aos que haviam comido.
Jo 6:14 Vendo, pois, os homens o sinal
                que Jesus fizera, disseram:
                               Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo.
Jo 6:15 Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir
                com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei,
                               retirou-se novamente, sozinho,
                                               para o monte.
Jo 6:16 Ao descambar o dia,
                os seus discípulos desceram para o mar.
Jo 6:17 E, tomando um barco,
                passaram para o outro lado, rumo a Cafarnaum.
Já se fazia escuro,
e Jesus ainda não viera ter com eles.
Jo 6:18 E o mar começava a empolar-se,
                agitado por vento rijo que soprava.
Jo 6:19 Tendo navegado uns vinte e cinco a trinta estádios,
                eis que viram Jesus
                               andando por sobre o mar, aproximando-se do barco;
                e ficaram possuídos de temor.
Jo 6:20 Mas Jesus lhes disse:
                Sou eu.
                Não temais!
Jo 6:21 Então, eles, de bom grado,
                o receberam,
                e logo o barco chegou ao seu destino.
Jo 6:22 No dia seguinte,
                a multidão que ficara do outro lado do mar
                               notou que ali não havia senão um pequeno barco
                               e que Jesus não embarcara nele com seus discípulos,
                                               tendo estes partido sós.
Jo 6:23 Entretanto, outros barquinhos chegaram de Tiberíades,
                perto do lugar onde comeram o pão,
                               tendo o Senhor dado graças.
Jo 6:24 Quando, pois, viu a multidão
                que Jesus não estava ali
                nem os seus discípulos,
                tomaram os barcos e partiram para Cafarnaum à sua procura.
Jo 6:25 E, tendo-o encontrado no outro lado do mar, lhe perguntaram:
                Mestre, quando chegaste aqui?
Jo 6:26 Respondeu-lhes Jesus:
                Em verdade, em verdade vos digo:
                               vós me procurais,
                                               não porque vistes sinais,
                                               mas porque comestes dos pães e vos fartastes.
                Jo 6:27 Trabalhai, não pela comida que perece,
                               mas pela que subsiste para a vida eterna,
                                               a qual o Filho do Homem vos dará;
                                               porque Deus, o Pai, o confirmou com o seu selo.
Jo 6:28 Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando:
                Que faremos para realizar as obras de Deus?
Jo 6:29 Respondeu-lhes Jesus:
                A obra de Deus é esta:
                               que creiais naquele que por ele foi enviado.
Jo 6:30 Então, lhe disseram eles:
                Que sinal fazes para que o vejamos e creiamos em ti?
                Quais são os teus feitos?
                               Jo 6:31 Nossos pais comeram o maná no deserto,
como está escrito:
                                               Deu-lhes a comer pão do céu.
Jo 6:32 Replicou-lhes Jesus:
                Em verdade, em verdade vos digo:
                               não foi Moisés quem vos deu o pão do céu;
                                               o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos dá.
                                               Jo 6:33 Porque o pão de Deus é o que desce do céu
                                                                              e dá vida ao mundo.
Jo 6:34 Então, lhe disseram:
                Senhor, dá-nos sempre desse pão.
Jo 6:35 Declarou-lhes, pois, Jesus:
                Eu sou o pão da vida;
                               o que vem a mim jamais terá fome;
                               e o que crê em mim jamais terá sede.
                Jo 6:36 Porém eu já vos disse que,
                               embora me tenhais visto,
                                               não credes.
                Jo 6:37 Todo aquele que o Pai me dá,
                               esse virá a mim;
                e o que vem a mim,
                               de modo nenhum o lançarei fora.
                Jo 6:38 Porque eu desci do céu,
                               não para fazer a minha própria vontade,
                               e sim a vontade daquele que me enviou.
                Jo 6:39 E a vontade de quem me enviou é esta:
                               que nenhum eu perca de todos os que me deu;          
pelo contrário,
                                               eu o ressuscitarei no último dia.
                Jo 6:40 De fato, a vontade de meu Pai
                               é que todo homem que vir o Filho
                               e nele crer
                                               tenha a vida eterna;
                                                               e eu o ressuscitarei no último dia.
Jo 6:41 Murmuravam, pois, dele os judeus, porque dissera:
                Eu sou o pão que desceu do céu.
Jo 6:42 E diziam:
                Não é este Jesus, o filho de José?
                Acaso, não lhe conhecemos o pai e a mãe?
                Como, pois, agora diz:
                               Desci do céu?
Jo 6:43 Respondeu-lhes Jesus:
                Não murmureis entre vós.
                Jo 6:44 Ninguém pode vir a mim
                               se o Pai, que me enviou, não o trouxer;
                               e eu o ressuscitarei no último dia.
                Jo 6:45 Está escrito nos profetas:
                               E serão todos ensinados por Deus.
                Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido,
                               esse vem a mim.
                Jo 6:46 Não que alguém tenha visto o Pai,
                               salvo aquele que vem de Deus;
                                               este o tem visto.
                Jo 6:47 Em verdade, em verdade vos digo:
                               quem crê em mim tem a vida eterna.
                Jo 6:48 Eu sou o pão da vida.
Jo 6:49 Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram.
Jo 6:50 Este é o pão que desce do céu,
para que todo o que dele comer não pereça.
Jo 6:51 Eu sou o pão vivo que desceu do céu;
se alguém dele comer,
viverá eternamente;
e o pão que eu darei pela vida do mundo
é a minha carne.
Jo 6:52 Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo:
Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne?
Jo 6:53 Respondeu-lhes Jesus:
Em verdade, em verdade vos digo:
se não comerdes a carne do Filho do Homem
e não beberdes o seu sangue,
não tendes vida em vós mesmos.
Jo 6:54 Quem comer a minha carne
e beber o meu sangue
tem a vida eterna,
e eu o ressuscitarei no último dia.
Jo 6:55 Pois a minha carne é verdadeira comida,
e o meu sangue é verdadeira bebida.
Jo 6:56 Quem comer a minha carne
e beber o meu sangue
permanece em mim,
e eu, nele.
Jo 6:57 Assim como o Pai,
que vive,
me enviou,
e igualmente eu vivo pelo Pai,
também quem de mim se alimenta
por mim viverá.
Jo 6:58 Este é o pão que desceu do céu,
em nada semelhante àquele que os vossos pais comeram
e, contudo, morreram;
quem comer este pão
viverá eternamente.
Jo 6:59 Estas coisas disse Jesus,
quando ensinava na sinagoga de Cafarnaum.
Jo 6:60 Muitos dos seus discípulos,
tendo ouvido tais palavras, disseram:
Duro é este discurso;
quem o pode ouvir?
Jo 6:61 Mas Jesus,
sabendo por si mesmo
que eles murmuravam a respeito de suas palavras, interpelou-os:
Isto vos escandaliza?
Jo 6:62 Que será, pois,
se virdes o Filho do Homem
subir para o lugar onde primeiro estava?
Jo 6:63 O espírito é o que vivifica;
a carne para nada aproveita;
as palavras que eu vos tenho dito
são espírito
e são vida.
Jo 6:64 Contudo, há descrentes entre vós.
Pois Jesus sabia,
desde o princípio,
quais eram os que não criam
e quem o havia de trair.
Jo 6:65 E prosseguiu:
Por causa disto, é que vos tenho dito:
ninguém poderá vir a mim,
se, pelo Pai, não lhe for concedido.
Jo 6:66 À vista disso,
muitos dos seus discípulos o abandonaram
e já não andavam com ele.
Jo 6:67 Então, perguntou Jesus aos doze:
Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
Jo 6:68 Respondeu-lhe Simão Pedro:
Senhor, para quem iremos?
Tu tens as palavras da vida eterna;
Jo 6:69 e nós temos crido
e conhecido que tu és
o Santo de Deus.
Jo 6:70 Replicou-lhes Jesus:
Não vos escolhi eu em número de doze?
Contudo, um de vós é diabo.
Jo 6:71 Referia-se ele a Judas,
filho de Simão Iscariotes;
porque era quem estava para traí-lo,
sendo um dos doze.
Ele deixa claro nas suas palavras que não foi por causa do sinal que eles o procuravam, mas porque tinham comido e se fartado. Jesus mesmo disse que ele é o pão vivo que desceu do céu e que verdadeiramente alimenta a alma.
Após o seu duro discurso, muitos o abandonaram, mas não os 12 que nas palavras de Pedro revelam que Jesus é o Senhor e que somente o Senhor tem as palavras de vida eterna.
A Deus toda glória! 
p/ pr. Daniel Deusdete.
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.