sábado, 21 de novembro de 2015
sábado, novembro 21, 2015
Jamais Desista
Atos 20 1-38 - E SE OS NOSSOS CULTOS FOSSEM ASSIM?
Como já dissemos, Atos foi escrito para
orientar a igreja em sua missão permanente por meio do relato de como o
Espírito Santo capacitou os apóstolos para propagar o testemunho de Cristo ao
mundo gentio. Estamos no capítulo 20, da parte IV.
Breve síntese do capítulo 20
Paulo continua seu ministério como ministro
de Cristo e despenseiro dos mistérios de Deus por onde quer que vá sempre
pregando e fortalecendo aqueles que já pregou. E assim como Paulo continuava
seu ministério, assim continuava também as perseguições.
E Paulo empolgado com uma plateia ávida de
ouvir a voz de Deus prega e avança na pregação (como eu gostaria de ouvi-lo
pregar!) indo além da meia-noite até que um jovem que ouvia sentado na janela
do Cenáculo não resiste e adormece e por fim cai.
Na queda falece! Imaginem o terror que se
seguiria com a morte de Êutico, mas Paulo o ressuscita e todos se alegram com o
poder de Deus. Ele então ministra a ceia do Senhor e a reunião vai até ao
romper da alva em uma vigília! Que bênção!
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
IV. O TESTEMUNHO APOSTÓLICO AOS CONFINS DA TERRA (13.1-28.31) – continuação.
Como já dissemos, Paulo, como testemunha
apostólica de Cristo, sofreu a mesma perseguição que os apóstolos haviam
sofrido antes dele. Em suas três viagens missionárias e em suas prisões, Paulo
levou o evangelho aos confins da terra e foi capacitado poderosamente pelo
Espírito Santo para dar testemunho da verdade e chamar muitos judeus e gentios
à fé.
Essa parte foi dividida em 7 seções: A. A
primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) – já vimos; B. O concílio de Jerusalém (15.1-35) – já vimos; C. A segunda viagem
missionária de Paulo (15.36-18.22) – já
vimos; D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) – estamos vendo; E. A detenção, o
julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32); F A viagem de Paulo
a Roma (27.1-28.16); e, G. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão
domiciliar em Roma (28.17-31).
D. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) - continuação.
Como dissemos, Paulo ficou ali, em
Antioquia, algum tempo, provavelmente vários meses, a partir do outono de 52
d.C., até a primavera de 53 d.C., mas logo partiu para a sua terceira viagem
missionária. Lucas descreve a terceira etapa da evangelização de Paulo às
nações gentias. Mais uma vez, ele viajou para a Grécia.
Depois daquele tumulto terrível e eles
pareciam acostumados com essas coisas, Paulo ministra na vida deles, se despede
e parte para a Macedônia.
Paulo partiu de Éfeso e subiu a costa da
Ásia Menor, por terra ou por mar, até Trôade, e depois navegou para a Macedônia
(cf. 16.8-10) e de lá para Filipos (cf. 16.11-40), visitando vários grupos de
crentes à medida que se deslocava.
Enquanto esteve na Macedônia, Paulo pode
ter propagado o seu ministério até o Ilírico (a região onde hoje estão situadas
a Albânia e a Iugoslávia; Rm 15.19).
Ele ia encorajando os irmãos e abrindo
novas frentes de trabalho, ou seja, ia plantando igrejas e ai chegou à Grécia.
Paulo chegou a Corinto, capital da província de Acaia, onde passou o inverno de
56-57 d.C. Foi nessa época que ele escreveu a carta aos Romanos (Rm 15.26;
16.23-24).
No vs. 4, são listados os nomes dos
companheiros que viajavam com Paulo. Embora o texto não informe explicitamente
o motivo da presença deles, esses homens podem ter sido representantes oficiais
da igreja que foram escolhidos para acompanhar Paulo na entrega da oferta
coletada para ajudar a igreja de Jerusalém (1Co 16.1-4; 2Co 9.1-5).
Sópatro pode ser o Sosípatro mencionado em
Rm 16.21. Aristarco acompanhou Paulo durante a sua terceira viagem missionária
(19.29) e posteriormente até Roma (27.2), onde esteve preso junto com Paulo (Cl
4.10). Secundo não é mencionado em nenhuma outra passagem do Novo Testamento.
Gaio, de Derbe, na Ásia Menor, pode não ser o mesmo Caio da Macedônia mencionado
em At 19.29, embora alguns manuscritos tragam "Doberus" - (uma cidade
da Macedônia oriental) em vez de "Derbe".
Sobre Timóteo, nós temos as epístolas de 1
e II Timóteo, um jovem promissor dentro do reino de Deus. Tíquico viria a ser o
representante de Paulo para várias igrejas durante a prisão do apóstolo (Ei
6.21; Cl 4.7-9; 2Tm 4.12). Trófimo acompanhou Paulo a Jerusalém, o que acabou
causando a prisão do apóstolo (21.29). Aparentemente também viajou com Paulo
após a libertação do apóstolo de sua primeira prisão em Roma (2Tm 4.20).
Esses homens saíram na frente em direção à
Trôade. Novamente Lucas constrói a frase na primeira pessoa do plural,
indicando que acompanhou Paulo na viagem para Jerusalém. Após a festa dos pães
sem fermento, eles navegaram de Filipos e cindo dias após, se encontraram em
Trôade, onde permaneceram por sete dias.
No primeiro dia da semana, domingo, após o
sábado judaico, eles tinham se reunido para partirem o pão. Considerando que
estavam juntos para o culto de adoração no primeiro dia da semana, o dia do
Senhor (Ap 1.10), essa celebração deve ser entendida como a comunhão (2.42), e
não apenas uma refeição casual (2.46).
Como ele ia viajar no dia seguinte, Paulo
continuou a falar com eles até meia-noite e assim os exortava. Era um culto de
adoração dominical.
Dos vs. de 8 ao 12, Lucas registra que durante
a pregação de Paulo, Êutico caiu de uma janela e foi levantado “morto", o
resultado mais provável após tal queda. A restauração à vida desse jovem foi
uma dentre duas ressurreições de entre os mortos realizadas por um apóstolo no
registro de Atos (9.40; cf. Lc 7.11-17; 8.49-56; Jo 11.1-44).
O culto ao invés de se acabar, teve
continuidade e da meia-noite em diante, continuou a pregar até ao amanhecer e
ai sim foi embora.
Alguns deles foram de navio para Assôs, mas
Paulo permaneceu em Trôade e depois caminhou cerca de 30 km até Assôs –
preferiu ir à pé -, que ficava no litoral, de frente para a atual ilha de
Lesbos, cuja capital é Mitilene.
Conforme combinado, eles se encontraram em
Assôs. Paulo embarcou com eles e prosseguiram, no dia seguinte, até Mileto.
Navegaram costeando o literal em direção ao sul para a cidade de Mileto,
situada cerca de 50 km ao sul de Éfeso. Seu objetivo seria chegar o mais breve
quanto possível à Jerusalém, se possível, antes do dia de Pentecostes.
De Mileto, Paulo mandou chamar os
presbíteros da igreja de Éfeso. Em relação ao cargo, os presbíteros eram
representantes eleitos pela congregação de Éfeso; em relação à função, deveriam
supervisionar e pastorear a igreja de Deus (v. 28; cf. 1Tm 3.1-7; Tt 1.5-9).
O ministério de Paulo durante a sua estadia
de três anos (vs. 31) ensinando em Éfeso obviamente foi bastante extenso,
abrangendo sermões públicos (na sinagoga e na escola de Tirano, vs. 8-10) e
particulares (nos lares).
Em resumo, qual foi o ensino e a pregação
de Paulo? Ele testificou, tanto a judeus como a gregos, que eles precisam
converter-se a Deus com arrependimento e fé em nosso Senhor Jesus – vs. 21.
Tanto judeus como gentios devem ir a Deus
da mesma maneira: arrependidos dos seus pecados (Lc 24.47; At 26.20) e
confiando em Jesus Cristo.
Havia uma compulsão nele que o estava
constrangendo em seu espírito a ir para Jerusalém. Com frequência, o Espírito
Santo claramente orientou o ministério de Paulo (16.6-10). Paulo não sabia o
que iria acontecer lá, mas sabia pelo Espírito Santo que prisões e sofrimentos
o estariam aguardando.
Ele nem tinha a sua vida por preciosa, conquanto
pudesse concluir com êxito o que estava a ele proposto de completar o ministério
que o Senhor Jesus lhe havia confiado, de testemunhar do evangelho da graça de
Deus.
Essa afirmação de Paulo no vs. 25 de que
eles não mais veriam a sua face, estava baseada na sua própria análise da
situação e não em revelação divina, pois ele considerava muito improvável que
fosse rever os presbíteros efésios por causa dos seguintes motivos:
·
A
contínua ameaça dos judeus quanto a tirar-lhe a vida (vs. 3).
·
A
revelação divina de que o aguardavam "cadeias e tribulações" (vs.
23).
·
Seu
próprio desejo de concentrar o seu ministério no Mediterrâneo ocidental (Rm
15.23.29).
No entanto, há indicação de que Paulo
retornou a Éfeso após ser libertado de sua prisão em Roma (1 Tm 1.3).
Paulo declarou a todos ali que estaria
livre do sangue deles, pois não deixou de proclamar lhes toda a vontade de Deus
ou todo o desígnio de Deus. Todo o propósito de Deus (isto é, a revelação que
Deus nos deu em seu Filho Jesus Cristo, por meio de quem os cristãos recebem a
salvação; 2.23; 4.28), incluindo especialmente a mensagem do evangelho (cf. Ez
3.17-21).
Paulo não suprimiu nenhuma verdade do
evangelho; pelo contrário, pregou o evangelho em sua totalidade aos judeus e
gentios. Embora tenha agido com tato e discrição, nunca expôs as boas-novas ao
descrédito.
Paulo ensinou que os presbíteros são os
supervisores da igreja (bispos) e que é da responsabilidade deles todos (e não
de um só) pastorear o rebanho.
Ele dizia e isso se aplica para nós, hoje,
pastores com essa responsabilidade. Cuidem de vocês mesmos e de todo o rebanho
sobre o qual o Espírito Santo os colocou como bispos, para pastorearem a igreja
de Deus, que ele comprou com o seu próprio sangue – vs. 28.
Agora vem uma palavra difícil, mas
verdadeira, que dentre essa liderança, dentre eles mesmos, haveria quem iria
torcer a verdade e não poupar o rebanho de Deus.
Essa advertência profética se cumpriu
quando a igreja de Éfeso foi assolada, logo em seguida, por falsos mestres,
alguns dos quais, ao que parece, eram líderes na própria igreja – (1Tm
1.3,7,19-20; 6.3-5). Hoje também não é diferente, pois há muitos lobos
conduzindo o rebanho como se fossem ovelhas. A palavra de ordem então seria
vigilância máxima! Ele tinha ficado com eles por três anos, ensinado,
preparando eles, os exortando de noite e de dia e com muitas lágrimas.
Finalmente, ele os estava entregando a Deus
e à palavra da sua graça, que tinha poder de edificá-los e dar-lhes herança
entre todos os que são santificados – vs. 32.
Então se defende e se justifica que de
ninguém cobrou nada, nem que devia alguma coisa a alguém. Paulo fora exemplo de
que mediante o seu trabalho árduo ele até pode ajudar também os fracos, com
foco na palavra de Cristo que dizia que haveria maior felicidade em dar do que
em receber – vs. 35.
Em seguida, despedindo-se, ajoelhou-se com
todos e oraram. Eles choraram muito, abraçaram-se, o beijaram e ficaram muito
entristecidos por causa de sua declaração de jamais o veriam novamente. A
antiga prática do beijo cristão (Lc 7.45; 1 Ts 5.26; 11'e 5.14) ainda hoje é
mantida em algumas culturas. Eles o acompanharam até o navio – vs. 35.
Paulo mandou
chamar os discípulos,
e, tendo-os
confortado,
despediu-se,
e
partiu para a Macedônia.
At 20:2 Havendo atravessado aquelas
terras,
fortalecendo
os discípulos com muitas exortações,
dirigiu-se
para a Grécia,
At
20:3 onde se demorou três meses.
Tendo havido uma conspiração por parte
dos judeus contra ele,
quando estava
para embarcar rumo à Síria,
determinou
voltar pela Macedônia.
At 20:4 Acompanharam-no [até à Ásia]
Sópatro, de
Beréia, filho de Pirro,
Aristarco e
Secundo, de Tessalônica,
Gaio, de
Derbe,
e Timóteo,
bem como
Tíquico e Trófimo, da Ásia;
At 20:5 estes nos precederam,
esperando-nos
em Trôade.
At 20:6 Depois dos dias dos pães asmos,
navegamos de
Filipos
e, em cinco
dias, fomos ter com eles naquele porto,
onde
passamos uma semana.
At 20:7 No primeiro dia da semana,
estando nós
reunidos com o fim de partir o pão,
Paulo,
que devia seguir viagem no dia imediato,
exortava-os
e
prolongou o discurso até à meia-noite.
At 20:8 Havia
muitas lâmpadas no cenáculo
onde
estávamos reunidos.
At 20:9 Um
jovem, chamado Êutico,
que
estava sentado numa janela,
adormecendo
profundamente durante
o
prolongado discurso de Paulo,
vencido
pelo sono,
caiu
do terceiro andar abaixo
e
foi levantado morto.
At
20:10 Descendo, porém, Paulo
inclinou-se
sobre ele
e,
abraçando-o, disse:
Não
vos perturbeis, que a vida nele está.
At
20:11 Subindo de novo,
partiu
o pão,
e
comeu,
e
ainda lhes falou largamente até ao romper da alva.
E,
assim, partiu.
At
20:12 Então, conduziram vivo o rapaz
e
sentiram-se grandemente confortados.
At
20:13 Nós, porém, prosseguindo,
embarcamos
e
navegamos para Assôs,
onde
devíamos receber Paulo,
porque
assim nos fora determinado,
devendo
ele ir por terra.
At 20:14 Quando se reuniu conosco em
Assôs,
recebemo-lo a
bordo
e fomos a
Mitilene;
At
20:15 dali, navegando, no dia seguinte,
passamos
defronte de Quios,
no
dia imediato, tocamos em Samos
e,
um dia depois, chegamos a Mileto.
At 20:16 Porque Paulo
já havia
determinado
não
aportar em Éfeso,
não
querendo demorar-se na Ásia,
porquanto
se apressava com o intuito
de
passar o dia de Pentecostes
em Jerusalém,
caso lhe fosse possível.
At 20:17 De Mileto,
mandou a
Éfeso chamar os presbíteros da igreja.
At 20:18 E, quando se encontraram com
ele, disse-lhes:
Vós bem
sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo,
desde
o primeiro dia em que entrei na Ásia,
At
20:19 servindo ao Senhor
com
toda a humildade,
lágrimas
e
provações que,
pelas
ciladas dos judeus,
me
sobrevieram,
At 20:20
jamais deixando de vos anunciar
coisa
alguma proveitosa
e
de vo-la ensinar publicamente
e
também de casa em casa,
At 20:21
testificando tanto a judeus como a gregos
o
arrependimento para com Deus
e a fé em nosso
Senhor Jesus [Cristo].
At 20:22 E, agora, constrangido em meu
espírito,
vou para
Jerusalém,
não
sabendo o que ali me acontecerá,
At
20:23 senão que o Espírito Santo,
de
cidade em cidade,
me
assegura que me esperam
cadeias
e tribulações.
At 20:24 Porém em nada considero a vida
preciosa para mim mesmo,
contanto que
complete a minha carreira
e o
ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar
o
evangelho da graça de Deus.
At 20:25 Agora, eu sei que todos vós,
em cujo meio
passei pregando o reino,
não
vereis mais o meu rosto.
At
20:26 Portanto, eu vos protesto, no dia de hoje,
que
estou limpo do sangue de todos;
At 20:27
porque jamais deixei de vos anunciar
todo
o desígnio de Deus.
At 20:28
Atendei por vós
e por todo o
rebanho sobre o qual o Espírito Santo
vos
constituiu bispos,
para
pastoreardes a igreja de Deus,
a
qual ele comprou
com
o seu próprio sangue.
At 20:29 Eu sei que, depois da minha
partida,
entre vós
penetrarão lobos vorazes,
que
não pouparão o rebanho.
At 20:30 E que, dentre vós mesmos,
se levantarão
homens falando coisas pervertidas
para
arrastar os discípulos atrás deles.
At 20:31 Portanto, vigiai,
lembrando-vos
de que, por três anos, noite e dia,
não
cessei de admoestar, com lágrimas, a cada um.
At 20:32 Agora, pois,
encomendo-vos
ao Senhor
e à palavra
da sua graça,
que
tem poder para vos edificar
e
dar herança entre todos os que são santificados.
At 20:33 De ninguém cobicei prata, nem
ouro, nem vestes;
At 20:34 vós mesmos sabeis que estas
mãos serviram
para o que me
era necessário
a mim e aos
que estavam comigo.
At 20:35 Tenho-vos mostrado em tudo que,
trabalhando
assim,
é
mister socorrer os necessitados
e
recordar as palavras do próprio Senhor Jesus:
Mais
bem-aventurado é dar que receber.
At 20:36 Tendo dito estas coisas,
ajoelhando-se,
orou
com todos eles.
At 20:37 Então, houve grande pranto
entre todos,
e, abraçando afetuosamente a Paulo, o
beijavam,
At 20:38
entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera:
que não mais veriam o seu rosto.
E
acompanharam-no até ao navio.
Paulo fala de sua partida e adverte que
após ele virão lobos devoradores e que dentre eles mesmos se levantarão homens
que falarão coisas pervertidas, por isso que devemos nos guiar pelas
Escrituras.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.