segunda-feira, 4 de janeiro de 2016
segunda-feira, janeiro 04, 2016
Jamais Desista
II Coríntios 4 1-18 - JAMAIS DESISTA! NOSSA GLÓRIA (FUTURA) É MAIOR QUE NOSSOS SOFRIMENTOS (PRESENTE).
Ressaltamos que II Coríntios foi escrita
para expressar carinho e gratidão pelo arrependimento que houve em Corinto e
encorajar uma maior lealdade a Paulo como um apóstolo de Cristo. Estamos vendo
a parte II, cap. 4/13.
Breve
síntese do capítulo 4.
O capítulo 4 de II Coríntios é muito interessante em suas ideias,
pensamentos, desenvolvimento de raciocínio, argumentações. Há neste capítulo
verdadeiros mananciais que dariam livros e mais livros explorando cada detalhe.
Dentre tantos, chamou-me a atenção o que fala que cri, por isso falei e que,
portanto, cremos, por isso também falamos.
Isso daria um gancho com Romanos 10 uma vez que o crer ali remete o
ouvinte da pregação à invocação do Senhor onde é salvo por Deus e o crer aqui
gera novos pregadores que somente pregam quando são enviados por Deus. Então,
somente nisso, poderíamos viajar muito no oceano do Espírito Santo, mas tem
muito mais.
Vejamos o presente capítulo com mais
detalhes, conforme ajuda da BEG:
II. EXPLICAÇÃO SOBRE O MINISTÉRIO DE PAULO (1.3-7.16) - continuação.
Nós já explicamos que como os coríntios
haviam interpretado mal as ações e motivações de Paulo, ele começou a carta com
uma explicação de algumas coisas que haviam acontecido desde que os havia visto
pela última vez, especialmente as maravilhas do seu ministério na nova aliança.
Assim, dividimos esta parte, conforme a
BEG, em seis seções: A. Gratidão pelo consolo de Deus (1.3-11) – já vimos; B. Explicação sobre a mudança
de planos (1.12-2.4) – já vimos; C.
Perdão de um pecador penitente (2.5-11) – já
vimos; D. Viagem à Trôade e à Macedônia (2.12-13) – já vimos; E. A maravilha do ministério da nova aliança (2.14-7.4) –
estamos vendo; e, F. Alegria pela
chegada de Tito (7.5-16).
E. A maravilha do ministério da nova aliança (2.14-7.4) - continuação.
Como já dissemos, dos vs. 2.14 ao 7.4,
estamos vendo a grandeza do ministério apostólico. Enquanto descreve a sua
ansiedade com relação à igreja de Corinto e o seu desapontamento por não ter
encontrado Tito em Trôade, Paulo se aprofundou numa longa reflexão sobre a
natureza do seu ministério.
Assim, dividimos essa seção “E”, conforme a
BEG, igualmente em seis: 1. A vitória no ministério (2.14-17) – já vimos; 2. A carta viva (3.1-3) – já vimos; 3. A nova e excelente aliança
(3.4-4.6) – concluiremos agora; 4.
Vasos de barro (4.7-5.10) – começaremos a
ver agora; 5. O ministério da reconciliação (5.11-6.13); e, 6. Nenhuma
comunhão com os incrédulos (6.1 4-7.4)
3. A nova e excelente aliança (3.4-4.6) - continuação.
Paulo continuou a descrever a natureza do
seu ministério focalizando a glória associada ao seu trabalho.
Apesar dos retrocessos e fracassos, Paulo
não desistia da esperança, porque o ministério da nova aliança no poder transformador
do Espírito Santo é excelente e muito poderoso.
Paulo nunca atenuaria a Palavra de Deus ou
tentaria modificá-la ou distorcê-la somente para o prazer de seus ouvintes (CF.
Gl 1.10). Ele afirmou que os seus inimigos praticavam esse tipo de fraude e
distorção.
E se o evangelho ainda está encoberto, é
para os que estão perecendo que ele permanece encoberto, sendo que o deus deste
século, Satanás (cf. I Jo 5.19), é quem os cega.
Este mundo está caído e cheio de impiedade
durante essa fase que antecede a volta de Jesus. Quando ele vier, ele trará
completamente “o mundo por vir" (Lc 18.30; cf. Gl 1.4; a BEG recomenda
também a leitura e reflexão em seu excelente artigo teológico "O plano das
eras", em Hb 7).
É o diabo quem cega o entendimento dos
incrédulos para que não lhes resplandeça a glória do evangelho de Cristo, que é
a imagem de Deus.
O texto grego não possui um termo para
"não" como é utilizado aqui. As palavras "não" ou
"talvez não" (expressando propósito) também são traduções aceitáveis.
Os incrédulos não estão totalmente lúcidos ao avaliarem as afirmações do
evangelho (a menos que Deus, por meio do evangelho, os ilumine; 4.6).
Quem disse que nós nos pregamos a nós
mesmos? Não! Não pregamos a nós mesmos. O ponto crucial não era se as pessoas
aceitavam ou rejeitavam Paulo, mas como elas reagiam a Cristo, a quem Paulo
pregava.
Alguns pregadores (como os inimigos de
Paulo) chamavam a atenção tanto para eles mesmos que o seu orgulho próprio e auto
exaltação encobriam a glória de Cristo.
A razão para não pregarmos a nós mesmos é
que somente Deus dá uma vida nova e espiritual. Paulo recorreu à história da
criação (Gn 1.3) para enfatizar o significado da revelação de Cristo.
A vinda de Cristo e a salvação que ele
trouxe deram início à atividade recriadora de Deus, inaugurando a nova criação.
Por essa razão, a "iluminação do conhecimento da glória de Deus" em
Cristo é tão maravilhosa quanto a primeira luz da criação (cf. 5.17; Jo 1.1-10;
Ap 21.1-5).
No Antigo Testamento, a glória de Deus era
a luz brilhante que circundava a presença do próprio Deus. Ela conduziu o povo
para fora do Egito como um pilar de nuvem de dia e um pilar de fogo à noite (ÊX
13.21-22).
Mais tarde, no tempo de Moisés, ela
preencheu o tabernáculo (Ex 33.8-13; 40.34-38) e mais tarde ainda, nos dias de
Salomão, o templo (1Rs 8.10-11). Porém, ela deixou o templo na época de
Ezequiel por causa dos pecados do povo (Ez 10.4,18-19; 11.23).
Ela retornou somente na presença de Jesus
(J0 1.14). Em contraste com a face de Moisés, sobre a qual a glória de Deus se
apagou, a glória brilha eternamente de maneira brilhante "na face de
Cristo".
4. Vasos de barro (4.7-5.10).
Dos vs. 4.7 ao 5.10, veremos Paulo
discorrendo sobre os vasos de barro. Esses versículos expressam a confiança do
apóstolo em Deus. Apesar da condição humilde de sua existência humana, Paulo
experimentou a glória da nova aliança (4.7-18) e manteve seus olhos fixos no
que não é visto e no que é eterno (4.18).
Em consequência disso, ele era capaz de
superar qualquer tipo de desânimo e adversidade.
O tesouro que ele fala é o ministério do
evangelho e a glória da nova aliança do Espírito Santo que o acompanha. O vaso
de barro é a nossa natureza humana fraca, incluindo o nosso corpo físico, mas não
limitada a ele. Isso está em grande contraste com a glória do evangelho. Essa é
a maneira de Deus de trabalhar por intermédio daqueles que são fracos ou
inexpressivos aos olhos humanos (cf. 12.9; 1Co 1.26-31).
Nos vasos de barro, Deus colocou o tesouro
da salvação, o evangelho de Jesus Cristo.
O apóstolo admitiu que o seu ministério
havia sido muito difícil: ele havia sido severamente pressionado, amedrontado,
perseguido e maltratado fisicamente. No entanto, ainda afirmava que, apesar
desses problemas, Cristo não havia deixado de cuidar dele: ele não foi
angustiado, desanimado e nem destruído.
O ministério cristão não é fácil, mas suas
dificuldades trazem glória a Deus na medida em que ele triunfa sobre elas.
Os sofrimentos de Paulo e suas dificuldades
externas eram evidências para todos de que ele não tinha força eficaz nele
mesmo.
Assim conto Cristo morreu, Paulo sabia que
ele era tão bom quanto se estivesse "morto" em termos de sua própria
habilidade para cumprir o seu ministério.
Como Paulo, como todos os crentes, estava
em união com Cristo, ele falou da morte de Cristo e de sua ressurreição como um
padrão pelo qual entender as suas próprias experiências como um apóstolo de
Cristo.
Ele via os seus próprios sofrimentos como
uma parte dos de Cristo (veja 1.5; veja também o excelente artigo teológico da
BEG “A união com Cristo", em Gl 6). Deus usou a fraqueza de Paulo como um
meio de proclamação do poder de Jesus.
Embora Paulo tivesse sofrido muitas
tentações (como Jesus sofreu), o resultado de seu ministério foi o poder da
vida e ressurreição espirituais nos outros.
Os que recebem a mensagem e que se
beneficiam do ministério parecem se sair melhor neste mundo do que a pessoa que
leva a eles esse ministério e que sofre mais pela causa do evangelho. Isso
segue o padrão de Cristo (cf. 8.9).
Se a fé é genuína, ela normalmente se
expressa mediante palavras que afirmam a confiança no que Deus prometeu. Paulo
citou SI 116.10 da Septuaginta (a tradução grega do AT): “Cri, por isso falei”. Com esse mesmo espírito de fé, também nós
cremos, por isso também falamos – vs. 13.
Falamos assim porque sabemos que aquele que
ressuscitou ao Senhor Jesus dentre os mortos, também nos ressuscitará com Jesus
e nos apresentará com todos eles. Essa é nossa esperança que não falha, mas
gera a fé, pela certeza de quem a prometeu, o qual é fiel para cumpri-la.
Paulo esboçou o objetivo do ministério
cristão, no vs. 15. A glória e a honra de Deus são o objetivo final, mas os
passos para alcançar esse objetivo incluem o benefício daqueles que receberam o
ministério e o aumento do número de pessoas que se beneficiaram. Quanto mais
pessoas são redimidas e quanto mais elas são abençoadas, mais Deus recebe honra.
Era por isso que ele declarava que não se
desanimava – vs. 16. Essa frase repete o vs. 1 onde Deus traria glória a ele mesmo,
mesmo por meio da fraqueza e do desânimo do ministério de Paulo.
O seu homem exterior poderia estar se corrompendo
com a idade, mas o seu homem interior, não. O contraste entre o exterior e o
interior não é simplesmente entre o corpo e a alma, mas também entre a natureza
antiga e caída da humanidade e a renovada.
Embora, segundo uma avaliação comum, as
suas tribulações não fossem leves (4.8-12; 6.4-10: 11.23-33), em comparação com
a glória eterna que seria dele um dia, Paulo as percebia como transitórias e
leves.
Paulo enxergava os problemas como uma
preparação para uma grande recompensa futura para os crentes. A fé e a
obediência de um crente - no sofrimento - são prazerosas e memoráveis para Deus
(Rm 8.17-18; 1 Pe 1.6-7). Nem todo sofrimento é, em si, entretanto, prazeroso
para Deus. Apenas aquele que é suportado em fé ("por causa de Jesus";
vs. 11) receberá o elogio de Deus.
II Co 4:1 Pelo que, tendo este ministério,
segundo a misericórdia que nos foi feita,
não desfalecemos; II Co 4:2
pelo contrário, rejeitamos
as coisas que,
por vergonhosas, se
ocultam,
não andando com astúcia,
nem adulterando a palavra de Deus;
antes, nos recomendamos à
consciência
de todo homem,
na presença de Deus,
pela manifestação da
verdade.
II Co 4:3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto,
é para os que se perdem que está encoberto,
II Co 4:4 nos quais o deus deste século
cegou o entendimento
dos incrédulos,
para que lhes não
resplandeça
a luz do evangelho da glória de Cristo,
o qual é a imagem de Deus.
II Co 4:5 Porque não nos pregamos a nós mesmos,
mas a Cristo Jesus como Senhor
e a nós mesmos
como vossos servos,
por amor de Jesus.
II Co 4:6 Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz,
ele mesmo resplandeceu em nosso coração,
para iluminação do conhecimento da glória de Deus,
na face de Cristo.
II Co 4:7 Temos, porém, este tesouro
em vasos de barro,
para que a excelência do
poder
seja de Deus
e não de nós.
II Co 4:8 Em tudo somos atribulados,
porém não angustiados;
perplexos,
porém não desanimados;
II Co 4:9 perseguidos,
porém não desamparados;
abatidos,
porém não destruídos;
II Co 4:10 levando sempre no corpo o morrer de Jesus,
para que também a sua vida se manifeste em nosso
corpo.
II Co 4:11 Porque nós, que vivemos,
somos sempre entregues à morte
por causa de Jesus,
para que também a vida de Jesus
se manifeste
em nossa carne mortal.
II Co 4:12 De modo que, em nós,
opera a morte,
mas, em vós,
a vida.
II Co 4:13 Tendo, porém, o mesmo espírito da fé,
como está escrito:
Eu cri;
por isso, é que falei.
Também nós cremos;
por isso, também falamos,
II Co 4:14 sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus
também nos ressuscitará com Jesus
e nos apresentará convosco.
II Co 4:15 Porque todas as coisas existem
por amor de vós,
para que a graça,
multiplicando-se, torne abundantes
as ações de graças
por meio de muitos,
para glória de Deus.
II Co 4:16 Por isso, não desanimamos;
pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se
corrompa,
contudo, o nosso homem
interior
se renova
de dia em dia.
II Co 4:17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós
eterno peso de glória,
acima de toda comparação,
II Co 4:18 não atentando nós
nas coisas que se vêem,
mas nas que se não vêem;
porque as que se vêem
são temporais,
e as que se não vêem
são eternas.
Como comparar dois padrões tão diferentes
entre si? Por exemplo, um grão de areia com uma montanha. Assim, Paulo via a
questão de nossos sofrimentos atuais com relação à nossa glória futura e breve.
O pior de todos os sofrimentos que o homem
já suportou em vida não se compara ao mínimo da glória que está reservada aos
filhos de Deus que estão em Cristo Jesus.
A Deus toda glória! p/ pr. Daniel Deusdete.
...
Obs.: O texto acima foi elaborado com base na Bíblia de Estudo de Genebra - disponível em nossa loja nas cores preta, vinho ou azul. Valor promocional R$ 145,00 (fev/2019 - preço sujeito a variações, conforme o mercado). Adquira conosco e ganhe um ebook da série Projeto 1189. Código: BRINDE_BEG. Envie-nos um email com o comprovante de sua compra na Semeadores: contato@ossemeadores.com.br.
0 comentários:
Postar um comentário
Fique à vontade para tecer seus comentários.
No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.