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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Jeremias 9:1-26 - QUER SE GLORIAR? GLORIE-SE NO SENHOR!

Estamos em nossa quinta parte, de nossa divisão proposta de dezoito delas, nos baseando na estruturação apresentada pela BEG. Estamos no capítulo 9.
V. O TEMPLO (7.1-10.25).
Estamos vendo agora como Jeremias rejeitou a suposição geral de que o templo protegeria Jerusalém da destruição.
E para melhorar nossa compreensão, dividimos essa série de discursos de Jeremias em três seções: A. O templo de Salomão e Siló – 7:1 – 8:3 – já vimos; B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 - concluiremos agora; e, C. A idolatria ou o Senhor – 10:1-25.
B. Os pecados e julgamentos de Judá – 8:4 – 9:26 - continuação.
Estamos vendo, como já dissemos, os pecados e o julgamento de Judá. Depois de mostrar que o templo não garantia proteção contra a ira de Deus, essa parte do texto trata dos pecados de Jerusalém que trariam sobre a cidade santa a decisão divina de destruição e exílio.
Jeremias começa este capítulo se mostrando semelhante a Jesus em sua compaixão pelo povo (Lc 19.41).
Ele sente o drama de o povo ter se lançado tão profundamente no pecado a ponto de se esquecer completamente do Senhor. Ele chega a desejar uma oportunidade de se livrar do povo, de se apartar dele por causa das suas escolhas e preferências, mas, negando-se a si mesmo, resiste a isso e o tolera numa esperança bem remota de salvar quem sabe os remanescentes dele.
O versículo usa uma imagem militar ao comparar o arco com a língua, pois ambos, neste caso, parecem mortais. Seu arco é a falsidade que eles empunham como se estivessem em combate. É o Senhor quem está falando – vs. 3 -, o Senhor dos Exércitos, de modo que a passagem de 8.21-9.3 adquire um novo significado. Deus também ansiava pelo deserto, para que pudesse lançar o seu povo fora e não ter mais comunhão com ele (2.2-3). Essa passagem retrata claramente os sentimentos do Senhor, expressos por intermédio do seu profeta.
O povo andava mesmo desviado completamente do Senhor a ponto de enganarem-se mutuamente, sem que fosse possível confiar um no outro, nesta nossa caminhada da vida. Engano e calúnia é a escolha do povo.
Nos versos 5 e 6, a descrição das escolhas erradas do povo continua. O povo tem andado no engano e com o engano, desprezando a verdade e optando pela mentira e até se cansavam de tanto praticarem a iniquidade. Era por causa do engano que eles se recusavam a conhecerem ao Senhor.
Não que isso não fosse possível ou extremamente difícil, mas por pura rebeldia mesmo. Dizem que nossas escolhas determinam o que somos; sendo assim, as escolhas deles diziam que eles eram o joio no meio do trigo e as gravinhas nas videiras.
Já dizia o Senhor no evangelho de João que todo ramo que nele estando não der fruto, será cortado e lançado fora, depois o apanharão e o queimarão no fogo – Jo 15.
Já no verso 7, o Senhor, sem mais qualquer outra alternativa, promete fundi-los e prová-los uma vez que sua palavra não cumpriu o efeito desejado que era a de conversão. Eles endureceram seus corações enganosos.
A paz – vs. 8 - seria a verdadeira base da sociedade e o resultado da fidelidade à aliança; o seu oposto é a falsidade - a base da sociedade de Judá nessa época.
A resposta óbvia a pergunta do verso 9 é sim. Sim, o Senhor haverá de castigar o povo por causa disso e se vingar de uma nação semelhante a essa.
Como Jeremias chorou, o Senhor também choraria (vs. 1), especialmente pela desolação da terra que ele havia dado ao seu povo. Era seu desejo que a terra fosse rica e populosa; ao invés disso, ficaria desolada (Mq 1.8; Mt 23.27-28).
Jerusalém, em função da ira de Deus, se tornaria em montões de pedras e morada de chacais, totalmente desolada, sem habitantes. A maldição da terra é marcada pela sua falta de habitantes, um tema comum nas Escrituras (SI 44.19; Is 13.21-22).
Os sábios entenderão e compreenderão o que se passa com a terra e a razão de sua desolação terrível. Isso nos remete para a terminologia sapiencial referente ao conhecimento que Deus concede (Pv 1.2-5). Israel, que deveria ser louvado pela sua sabedoria - Dt 4:6 -, é envergonhado pela sua insensatez.
Jeremias estava especificamente preocupado com as práticas idólatras (v. 14). O povo tinha rejeitado a lei do Senhor e escolhido, obstinadamente, os seus próprios caminhos e pensamentos, principalmente aqueles que os remetiam aos baalins, conforme lhes ensinaram os seus próprios pais.
Em função dessas coisas, o Senhor os espalharia entre as nações desconhecidas, de pessoas estranhas e falas completamente diferentes. A espada também não os deixaria em paz tamanhos seria a perseguição contra eles. Essa era a maldição prevista em Dt 28.64 e executada no reino do norte, em 722 a.C. e sobre Judá em 586 a.C. A declaração é enfatizada pelo retrato de destruição total.
O tema do pranto é retomado (vs. 1,10). Essa é a referência mais clara do Antigo Testamento a mulheres que se dedicavam profissionalmente a dirigir os lamentos pelos mortos, as conhecidas carpideiras – vs. 17. (cf. Am 5.16).
A ruína era muito grande e o lamento enorme gerando nos olhos lágrimas de desespero. A voz do pranto se ouvia em Sião e diziam e exclamavam como estariam arruinados, envergonhados por terem deixado a terra e por terem perdido as suas moradas.
No verso 21, a morte é personificada como o deus cananeu Mot (que significa "morte") que entra pelos palácios, ou "fortalezas" (nesse momento estes se encontravam vazios e frágeis. 6.11; Lm 5.13-15), para exterminar das ruas e das praças as crianças e os jovens.
Até os cadáveres dos homens seriam como o adubo ou o esterco da terra para preparar o solo para torná-lo fértil. É de fato uma situação calamitosa a ponto da cidade não ter condições de enterrar os seus próprios mortos.
Quem é que poderia se orgulhar ou se gloriar? Em suas sabedorias, forças, riquezas, poderiam os sábios, forte e ricos se gloriarem? Até que poderiam, mas não seria sensato. A palavra de Deus orienta que aquele que quer se gloriar, que se glorie nele, no Senhor, em conhecê-lo e saber que ele é Deus sobre a terra toda.
O verso 24 proclama em alto e bom som que o que se gloriar, glorie-se nisto:
·         Em entender que Deus é Senhor - entendimento.
·         Em conhecer, que Deus é Senhor – conhecimento.
·         Que como Senhor faz
ü  Benevolência.
ü  Juízo.
ü  Justiça na terra - praticidade.
·         Que como Senhor se agrada justamente dessas coisas acima - satisfação.
Ressalte-se que a sabedoria, a força e a riqueza não se tratam de coisas negativas quando são presentes de Deus. Observar que Salomão preferiu a sabedoria às riquezas e que Deus lhe deu ambas (1 Rs 3; cf. também Dt 8.17; SI 20.7; Pv 8.8-21).
Não devemos ter medo de administrar, se necessário, milhões ou bilhões que nos chegarem às mãos com sabedoria, com força e inteligência. As riquezas até podem entrar em nossos bolsos, mas jamais em nossos corações.
Jr 9:1 Oxalá a minha cabeça se tornasse em águas,
e os meus olhos numa fonte de lágrimas,
para que eu chorasse de dia e de noite
os mortos da filha do meu povo!
Jr 9:2 Oxalá que eu tivesse no deserto uma estalagem de viandantes,
para poder deixar o meu povo, e me apartar dele!
porque todos eles são adúlteros,
um bando de aleivosos.
 Jr 9:3 E encurvam a língua, como se fosse o seu arco, para a mentira;
fortalecem-se na terra, mas não para a verdade;
porque avançam de malícia em malícia,
e a mim me não conhecem, diz o Senhor.
Jr 9:4 Guardai-vos cada um do seu próximo,
e de irmão nenhum vos fieis;
porque todo irmão não faz mais do que enganar,
e todo próximo anda caluniando.
Jr 9:5 E engana cada um a seu próximo, e nunca fala a verdade;
ensinaram a sua língua a falar a mentira;
andam-se cansando em praticar a iniqüidade.
Jr 9:6 A tua habitação está no meio do engano;
pelo engano recusam-se a conhecer-me, diz o Senhor.
Jr 9:7 Portanto assim diz o Senhor dos exércitos:
Eis que eu os fundirei e os provarei;
pois, de que outra maneira poderia proceder
com a filha do meu povo?
Jr 9:8 uma flecha mortífera é a língua deles;
fala engano; com a sua boca fala cada um de paz
com o seu próximo,
mas no coração arma-lhe ciladas.
Jr 9:9 Não hei de castigá-los por estas coisas? diz o Senhor;
ou não me vingarei de uma nação tal como esta?
10 Pelos montes levantai choro e pranto,
e pelas pastagens do deserto lamentação;
porque já estão queimadas,
de modo que ninguém passa por elas;
nem se ouve mugido de gado;
desde as aves dos céus até os animais, fugiram e se foram.
Jr 9:11 E farei de Jerusalém montões de pedras, morada de chacais,
e das cidades de Judá farei uma desolação,
de sorte que fiquem sem habitantes.
Jr 9:12 Quem é o homem sábio, que entenda isto?
e a quem falou a boca do Senhor, para que o possa anunciar?
Por que razão pereceu a terra, e se queimou
como um deserto, de sorte que ninguém
passa por ela?
Jr 9:13 E diz o Senhor:
porque deixaram a minha lei, que lhes pus diante,
e não deram ouvidos à minha voz, nem andaram nela,
Jr 9:14 antes andaram obstinadamente
segundo o seu próprio coração,
e após baalins, como lhes ensinaram os seus pais.
Jr 9:15 Portanto assim diz o Senhor dos exércitos, Deus de Israel:
Eis que darei de comer losna a este povo,
e lhe darei a beber água de fel.
Jr 9:16 Também os espalharei por entre nações que nem eles
nem seus pais conheceram; e mandarei a espada após eles,
até que venha a consumi-los.
Jr 9:17 Assim diz o Senhor dos exércitos:
Considerai, e chamai as carpideiras, para que venham;
e mandai procurar mulheres hábeis,
para que venham também;
Jr 9:18 e se apressem, e levantem o seu lamento sobre nós,
para que se desfaçam em lágrimas os nossos olhos,
e as nossas pálpebras destilem águas.
Jr 9:19 Porque uma voz de pranto se ouviu de Sião:
Como estamos arruinados! Estamos mui envergonhados,
por termos deixado a terra,
e por terem eles transtornado as nossas moradas.
Jr 9:20 Contudo ouvi, vós, mulheres, a palavra do Senhor,
e recebam os vossos ouvidos a palavra da sua boca;
e ensinai a vossas filhas o pranto,
e cada uma à sua vizinha a lamentação.
Jr 9:21 Pois a morte subiu pelas nossas janelas,
e entrou em nossos palácios, para exterminar das ruas
as crianças, e das praças os mancebos.
Jr 9:22 Fala:
Assim diz o Senhor:
Até os cadáveres dos homens cairão como esterco
sobre a face do campo, e como gavela atrás
do segador, e não há quem a recolha.
Jr 9:23 Assim diz o Senhor:
Não se glorie o sábio na sua sabedoria,
nem se glorie o forte na sua força;
não se glorie o rico nas suas riquezas;
Jr 9:24 mas o que se gloriar, glorie-se nisto:
em entender, e em me conhecer,
que eu sou o Senhor, que faço
benevolência, juízo e justiça na terra;
porque destas coisas me agrado,
diz o Senhor.
Jr 9:25 Eis que vêm dias, diz o Senhor,
em que castigarei a todo circuncidado
pela sua incircuncisão:
Jr 9:26 ao Egito, a Judá e a Edom,
aos filhos de Amom e a Moabe,
e a todos os que cortam os cantos da sua cabeleira
e habitam no deserto;
pois todas as nações são incircuncisas,
e toda a casa de Israel é incircuncisa de coração.
Que curioso o fato de castigar o circunciso pela sua incircuncisão – vs. 25. Ele está ou não circuncidado? Se está circuncidado, por que é penalizado por ser como se não tivesse? Quem explica bem isso é o apóstolo Paulo.
Qual é, logo, a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas” (Rm 3.1-2); e também “... a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas” (Rm 9.4). A circuncisão, como aliança, foi dada por Deus a Abraão em um determinado tempo e espaço com a intenção de gerar para si um povo santo: “Porque eu sou o Senhor, que vos faço subir da terra do Egito, para que eu seja vosso Deus, e para que sejais santos; porque eu sou santo” (Lv 11.45). Portanto, “a circuncisão é, na verdade, proveitosa, se tu guardares a lei; mas, se tu és transgressor da lei, a tua circuncisão se torna em incircuncisão” (Rm 2.25)[1].
O castigo prometido – vs. 25 – seria sobre todo circuncidado pela sua incircuncisão: o Egito, Judá, Edom, Amon, Moabe, etc. Todas as nações são incircuncisas e toda a casa de Israel o é também de coração.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br

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No entanto, lembre-se de juntar Cl 3:17 com 1 Co 10:31 :
devemos tudo fazer para a glória de Deus e em nome de Jesus! Deus o abençoe.